Vitória de um FC Porto de 2.ª parte

Yacine Brahimi disse, após a vitória com o Chelsea, que o FC Porto tinha que ser tão regular no campeonato como tem mostrado ser na Liga dos Campeões. As palavras do internacional Argelino surgiram na sequência do bom resultado obtido diante dos Londrinos, que surgiu depois da «escorregadela» dos Azuis e Brancos em Moreira de Cónegos, diante do Moreirense, que só não custou a liderança da Liga porque o Sporting não fez melhor na deslocação ao Estádio do Bessa.

Na antevisão ao embate com o Belenenses, Julen Lopetegui optou por manter o discurso do seu jogador, dizendo com todas as letras que o jogo mais importante da semana era este com os Azuis do Restelo e não o embate com o Chelsea. E dentro do campo, no seguimento do jogo de palavras, Brahimi foi a maior personificação do discurso que ele próprio teve e que foi corroborado pelo seu treinador.

O extremo Argelino atravessa um período de enorme confiança e isso ficou bem visível dentro das quatro linhas (uma bola à barra, uma assistência e um golo). Foi por ele que o FC Porto criou mais perigo contra o Belenenses, pois foi através dos seus rasgos individuais que os Dragões foram fazendo face à boa organização defensiva dos comandados de Ricardo Sá Pinto, que obrigaram os da casa a lateralizarem o seu jogo, ao povoarem bem as zonas interiores.

Ao ver-se obrigado a jogar pelos corredores, o FC Porto teve a felicidade de contar com dois extremos endiabrados – Brahimi e Jesús Corona – e foi por lá que construiu as bases para a conquista dos 3 pontos, praticamente garantidos em apenas três minutos. O primeiro, aos 53 minutos, foi da autoria de Jesús Corona – embora tenha contado com um desvio involuntário de Gonçalo Brandão -, após assistência de Brahimi. O segundo teve a finalização certeira do Argelino, após bela assistência de Maxi Pereira.

Em apenas três minutos o FC Porto passou de um 0 x 0 para um resultado favorável de 2 x 0 e sentenciou o jogo. O Belenenses não conseguiu remar contra a boa maré dos Dragões, ao contrário do que havia feito antes, especialmente na primeira parte. Isto porque durante os primeiros 45 minutos, os comandados de Sá Pinto estiveram bastante organizados e beneficiaram de duas belas situações para inaugurarem o marcador. Ambas tiveram o selo de Kuca, que na primeira viu Casillas a negar-lhe o golo e na segunda foi o poste quem o impediu de festejar.

A ganhar por 2 x 0, Julen Lopetegui optou por mudar duas peças no ataque, fazendo entrar Pablo Osvaldo e Cristian Tello, tendo eles construído o lance que estabeleceu o 3 x 0. Assistência do Espanhol e estreia a marcar com a camisola Azul e Branca do internacional Italiano. Houve ainda tempo para Marcano assinar o 4 x 0, estabelecendo um resultado pesado para o Belenenses, especialmente pelo que fez na primeira parte, mas espelhando a superioridade evidenciada pelo FC Porto na etapa complementar. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Brahimi