domingo, 22 de novembro de 2015

Lei do mais forte (e nada mais)

Vitória tranquila do FC Porto nos Açores. Num jogo em clima de festa, Lopetegui até fez bastantes mudanças, mas não alinhou nas festividades e a equipa apresentou a seriedade necessária para não apanhar sustos. Além disso, foram vários os jogadores a mostrarem serviço.
 
O primeiro deles foi mesmo Alberto Bueno. O jogo até podia acabar logo ao intervalo que o Espanhol já tinha mostrado o suficiente para ser opção mais vezes. Quer pelo excelente instinto de finalização, quer pelo tipo de movimentações que oferece à equipa no último terço.
 
Mais do que um jogador talhado para desequilíbrios com bola, o número 23 demonstrou a sua excelência na leitura dos movimentos enquanto os colegas trabalham com o esférico. Num ápice, aparece sorrateiro na área quando aí chega o fio de jogo da equipa.
 
Diríamos mesmo que foi aí que começou o desequilíbrio desta partida. Falar do Angrense é falar de uma equipa que não tem estatuto de profissional, o que, só por si, já demonstra uma luta de forças desigual. Porém, a lição parecia bem estudada, no bloco baixo apresentado por Roldão Duarte.
 
Os Açorianos não são equipa de transição rápida, notou-se que a isso não estavam habituados. Mas tinham do seu lado o ânimo próprio de quem vive uma experiência única, quer por receber um grande, quer por ter futebol de primeira na ilha Açoriana.
 
Se Bueno foi dos que chegou ao fim com a certeza de que terá, dos adeptos e do treinador, uma maior atenção futura, outros acabaram por não ter a mesma felicidade.
 
Mas desengane-se quem pensar que não aconteceu por falta de vontade. Nada disso. No caso de Sérgio Oliveira, a falta de ritmo pareceu evidente, o que é normal para o Português, que nem sempre viu o corpo responder ao que a mente idealizava. No caso de Dani Osvaldo, é uma clara falta de confiança, já que o Italo-argentino foi incansável no trabalho feito, mas tornou a pecar na finalização.
 
Felizes saíram, com toda a certeza, todos os Açorianos. Quer os que tiveram a felicidade de ver um grande nos Açores, quer mesmo os que perderam um jogo que, bem lá no fundo, foi ganho. Porque essa é a beleza da Taça.
 
Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Alberto Bueno

1 comentário:

Luís Miguel disse...


Caro Pedro Silva


0-2 é um resultado escasso. Lopetegui esteve vários dias sem poder contar com os jogadores que estiveram a brincar nas selecções. Sem dúvida que com estes jogadores nos treinos o Porto, no mínimo dos mínimos, venceria por 0-3 ou mesmo daria uma enorme cabazada ao Angrense.

Destaque para Bueno, um jogador que não brinca na selecção que aproveitou bem a oportunidade.

Montero, que não brinca na selecção ganhou a titularidade a Teo Gutierrez no Sporting, consequência natural deste ter ido brincar na selecção colombiana.