quinta-feira, 14 de abril de 2016

Reflexões sobre o insucesso desportivo do Futebol Clube do Porto (I)

Há um ditado popular que se encaixa na perfeição no actual estado de coisas no Reino do Dragão. Diz o dito “Em casa que não há Pão todos ralham sem razão”.

Não estou com isto a dizer que muito do que tem sido dito e escrito nos últimos conturbados tempos sobre o Futebol Clube do Porto não seja correcto e racional. O que me parece é que por vezes se escolhem os argumentos que nos "dão mais jeito" numa tentativa – digo eu - de esconder o óbvio. 

Vamos analisar cada uma delas. Se por ventura me faltar alguma estejam à vontade para a indicar e dissecar na Caixa de Comentários. 

Comecemos pelo argumento que vêm sempre à tona quando algo corre mal: arbitragens. 

Não tenho por hábito levar a cabo um registo minucioso das exibições das equipas de arbitragem portuguesas e estrangeiras que apitam os jogos do Futebol Clube do Porto mas sempre que algum jogo não corre bem ao nosso Clube eis que temos uma vasta franja de Portistas a protestar com as arbitragens e a criticar o silêncio da Direcção Azul e Branca. 
O problema é que só vejo esta boa malta a “cascar” nos árbitros portugueses. Já quando a nossa equipa é “roubada” à descarada nas competições europeias é o “come e cala-te”. E por aqui se começa a ver, desde já, que isto das arbitragens não será o maior dos problemas do FC Porto. 

Ora para além do bode expiatório que - pelos vistos - só funciona a nível nacional, eis que temos de colocar em cima da mesa outras evidências. A que me tem saltado mais à vista é a forma como a nossa equipa jogou com Lopetegui nos momentos chave da época anterior. 

Corrijam-me se eu estiver enganado mas na época transacta os Dragões tiveram dois momentos em que poderiam ter colocado o SL Benfica em xeque. O primeiro foi quando os Azuis e Brancos foram à Luz e o segundo aquando da visita ao Estádio do CF Os Belenenses. E o que sucedeu nestes dois jogos? No da Luz tivemos um FC Porto a jogar à defesa e com um meio campo sobrelotado na vã esperança de que um rasgo individual de Ricardo Quaresma resolvesse a contenda a nosso favor. No segundo tivemos um Futebol Clube do Porto a jogar de uma forma tão miserável que após se ter colocado em vantagem permitiu o golo do empate aos Azuis do Restelo. 
Ou seja; será que a arbitragem teve assim tanta influência numa época em que Julen Lopetegui não venceu absolutamente nada? 

Pelos dois exemplos que dei atrás não creio que tal seja manifestamente verdade.  Assim como não foi por causa dos árbitros que o Sporting CP eliminou o FC Porto da Taça de Portugal… Tal como também não foi por causa do árbitro que o Bayern “cilindrou” o nosso Porto.

Fica dado o pontapé de saída na ronda de reflexões sobre o Futebol Clube do Porto. Para a semana “abrirei” um outro tópico.

6 comentários:

Anónimo disse...

Belenenses, Benfica, Nacional, Maritimo, Estoril, Sporting, Boavista foi pura incompetência. O resto são desculpas para enganar papalvos.

Anónimo disse...

Foi por causa dos árbitros que na Alemanha aos 20 minutos já estávamos com 4 na marmita e nem com tudo a monte e fé em Deus conseguíamos defender? Passamos a maior vergonha da nossa história porquê?
E não havia plantel desequilibrado também, tínhamos tudo o que era vedeta.

Anónimo disse...

Continuem a validar os campeonatos ganhos no gamamço!

Continuem a validar que não marquem penaltys, que acabem com a carreira do único árbitro que o faz, que tenham jogado não sei quantas vezes contra dez, e essas coisas todas!

O Lopetegui era um tótó mas o Jergo era perfeito é? Uma volta inteira sem perder um jogo? É por causa de tansos que dizem que a culpa foi nossa que continuamos a levar na pá!

Ganhem juizo e defendam o vosso clube por uma vez carago!

FlechaAzul

Anónimo disse...

A fórmula que deu sucesso aos PORTISTAS baseou-se sempre na capacidade da sad, do seu treinador e do departamento de scouting do clube escolherem jogadores (baratos) de qualidade e a partir daí montar uma equipa competitiva.
Ora o ilusionista do País Basco infelizmente para nós não tinha essas capacidades. Para mim Sr. Pedro Silva o empate do FCPORTO frente ao Nacional, depois da derrota da porta 18 em Vila do Conde, foi o que decidiu esse campeonato. Dizer que o mestre da prestidigitação conseguiu uma 1 volta sem perder é esquecermos que tivemos treinadores que ganharam Campeonatos com 0 derrotas.
Por outro lado, temos uma sad preocupada com comissões de jogadores que se revelam ruinosos "flops". Bem podem contratar o treinador que quiserem que não saíram da cepa torta, lembrem-se do Sr. Paulo Fonseca.
O que importa agora é voltar à receita que deu inúmeras vitórias ao FCPORTO. Para além disso eu defendo que se devia vender a percentagem AZUL E BRANCA do poucocanal, fazendo no NOSSO estádio a DRAGÃOTV (canal de FORTE propaganda/marketing da marca FCPORTO e de "ataque" aos nossos inimigos). Depois de termos feito isto tudo, então sim, enfrentamos o "colinho".

Luís (O do José Peseiro)

Pedro Silva disse...

Atenção a uma coisa.

Não sou defensor daquela tese de que os árbitros não prejudicaram o Futebol Clube do Porto na época transacta (e na actual). Existiram arbitragens "habilidosas", é um facto.

Assim como também é um facto que mesmo com estas "habilidades" o Futebol Clube do Porto na época passada (e na actual) teve várias oportunidades de ter feito "virar os pratos da balança do campeonato" a seu favor e nunca o conseguiu.

Fica feito o esclarecimento para quem leu o artigo e não o entendeu.

Anónimo disse...

Pedro Silva, ainda há adeptos que pensam que se ganham campeonatos a berrar e não a jogar futebol. Futebol, foi coisa que nunca jogamos com Lopetegui, mas esses adeptos queriam, que ganhássemos por decreto mesmo sem chutar à baliza. E ainda se dizem grandes defensores do clube!
Não nos preocupemos com o essencial, jogar à bola como sempre jogamos e vão ter que berrar mesmo muito.