terça-feira, 1 de novembro de 2016

Orçamento de 115M€

Não deveria ser antes 112M€? É o número de emergência do INEM. Confesso que fico pasmado. Ou não percebem nada disto ou estão a gozar com o pagode! Então depois do descalabro do Orçamento de 2015/2016 onde apresentámos um buraco de 58M€ e o Presidente mais o distinto Diretor Financeiro terem anunciado a intenção de uma redução drástica nos Custos tem a lata de apresentar uma projeção quase igual à do ano anterior, apenas com 1M€ de Resultado Liquido? Então como é que vão resolver o problema do Fair Play Financeiro? Onde está a verba para o abate do Passivo, mesmo imaginando que os valores parciais estivessem certos?
Nem vamos esmiuçar conta a conta. Basta apenas analisar os Proveitos e Custos globais. Na conta Resultados Operacionais do ano passado projetaram um resultado (excluindo Passes) de 18.379€. Para este ano apontam para 18.045M€. Nos Proveitos com passes esta temporada projetam “vender” 115.781M€ e “comprar” 47.201M€ donde resultaria um saldo positivo de 68.580M€. Sonhos! Com que jogadores é que conseguiríamos “faturar” 115M€ quando o plantel (todo o plantel) está avaliado em 90M€? Mesmo que “vendêssemos” entre 3 a 5 dos nossos melhores atletas quanto não custaria depois adquirir jogadores de igual valia? No Orçamento do ano anterior tinham projetado na conta Custos Operacionais (excluindo passes) o valor de 107,7M€ que obviamente teriam agora que ser reduzidos. Não é que para esta época projetam 116,5M€? Onde está a redução nos Custos?
Suponho que as diretrizes partam do presidente em consonância com o Dr. Fernando Gomes (os outros são verbos de encher) mas, sinceramente, não sei quem elabora o Orçamento nem onde isto vai parar. O que sei é como se deve fazer. A primeira coisa é aguardar que a Direção (toda a Direção) que tem a responsabilidade exclusiva da política a adotar diga o que pretende. Depois deve-se comparar com o Orçamento do ano anterior, ver de onde surgiu o enorme buraco, e verificar se há ou não capacidade financeira, para pagamentos, compromissos com fornecedores, Banca, etc. no fundo se é exequível. No caso presente é bom de ver que não há condições dada a débil situação de sustentabilidade da SAD sabendo-se que o balão de oxigénio da MEO só cá chega em 2018. Então deve-se alertar o Diretor Financeiro (a menos que ande por aí a passear por alguma petrolífera) da impossibilidade da sua execução a fim de que este atue rapidamente junto do presidente.

Para finalizar gostava de dizer que não gostaria de ver tão cedo mais Empréstimos Obrigacionistas com juros astronómicos, muito menos que vão buscar mais fatias do Dragão, e nem sequer me passa pela cabeça que “dispensem” algum atleta do plantel em Janeiro. O que me preocupa é que façam promessas de vendas “a entregar a mercadoria” no final da temporada e, segundo consta, já andarem a cravar Proveitos diferidos (pedir algum dinheiro adiantado à MEO) e entrarem na próxima época com um Passivo ainda maior.

Até à próxima

Sem comentários: