domingo, 1 de janeiro de 2017

O Cantinho das Modalidades

Basquetebol

- Desde que se tornou treinador do FC Porto, Moncho López sempre dotou as suas equipas de uma particular apetência para o lançamento exterior. Além de uma defesa agressiva e de um ritmo alto constante, a capacidade para converter triplos é uma das imagens de marca dos atuais campeões nacionais, que ano após ano se superam também para lá da linha dos 6,75 metros. Não é segredo para ninguém que o FC Porto faz do lançamento exterior uma das suas mais-valias, mas são os números que atestam esta conclusão.

Antes de 2015/16, a última vez que os Dragões conquistaram o título nacional foi em 2010/11, uma época desportiva que tanto diz aos portistas. Na fase regular desse campeonato, mais concretamente a 13 de novembro de 2010, o FC Porto converteu 19 triplos num triunfo por 91-74 sobre o Benfica, no Dragão Caixa. Foi tão-somente a melhor performance triplista dos azuis e brancos de que há memória, superando, por exemplo, os 17 diante dos lisboetas, na Luz, nessa mesma época, ou os 14 apontados frente à Ovarense (81-73), em Ovar, no terceiro jogo das meias-finais dos Playoffs da temporada transata.

Para se ter uma pequena noção do pecúlio portista nos Playoffs de 2015/16, aqui ficam mais números: 102 triplos convertidos em dez jogos, à média de 10,2 por partida, significando mais de um terço dos pontos marcados pelos Dragões (306 de 872). Não admira, por isso, que o melhor ataque da edição anterior da Liga Portuguesa de Basquetebol pertencesse ao FC Porto. Esta época, os azuis e brancos mantêm a mão quente e só não têm o melhor ataque do campeonato porque o Vitória de Guimarães tem mais um jogo disputado: 1021 pontos marcados para o FC Porto em 12 jogos, 1022 para os vimaranenses em 13 encontros.

Líderes da fase regular do campeonato, em igualdade pontual com o Galitos Barreiro, os portistas têm uma média ligeiramente superior a 85 pontos por jogo e já converteram 121 triplos em 317 tentativas até ao momento, registando 38% de eficácia para lá da linha dos 6,75 metros. Neste particular, só o CAB Madeira e o Benfica, ambos com 39%, conseguem superar os Dragões, sendo que só os madeirenses marcaram mais triplos (131). Se individualizarmos a questão, encontramos no plantel do FC Porto o jogador mais eficaz da Liga Portuguesa de Basquetebol a lançar de três pontos: José Silva marcou 30 dos 64 triplos que tentou (47%).

O internacional português não é o único representante portista na lista dos mais profícuos triplistas do campeonato, pois Pedro Bastos também aparece na sexta posição, com 44% de aproveitamento (18/41). Esta faceta do FC Porto tem sido verdadeiramente decisiva ao longo do tempo e ficou uma vez mais expressa no derradeiro jogo antes da pausa para o Natal: 17 triplos marcados (recorde da temporada) no triunfo sobre o Eléctrico (97-76), no Dragão Caixa. O coletivo de Moncho López é uma máquina de lançar ao cesto e está recheado de individualidades que podem fazer a diferença a qualquer momento. Afinal de contas, treino, talento e triplos começam pela mesma letra.

- Thomas Bropleh é o mais recente reforço da equipa de basquetebol do FC Porto, tendo assinado com o clube um contrato válido por um mês. O extremo norte-americano de 25 anos, que também tem nacionalidade liberiana, junta-se ao plantel campeão nacional para colmatar a vaga deixada em aberto por Jeff Xavier, que ficará pelo menos mais quatro semanas afastado da competição devido a lesão.

Thomas Bropleh, hoje com 1,96 metros e 91 quilos, fez a sua formação na George Washington High School de Denver, no estado do Colorado, e na Boise State University, no Idaho, tendo vestido a camisola dos Broncos de 2010 a 2014.

Em 2010, no seu último ano na George Washington High School, Thomas Bropleh liderou a equipa numa série de 26 vitórias e duas derrotas, e ao segundo lugar do campeonato estadual, marcando 25 pontos e conquistando 11 ressaltos no jogo do título. Foi ainda eleito Jogador do Ano pelo Scout.com.

A nível europeu, Bropleh, que pode fazer as posições 2 e 3, regista uma passagem pelo Finke Baskets, de Paderborn, da ProA League (segunda divisão alemã) na época de 2014/15, antes de regressar aos EUA para jogar a NBA D-League com a camisola dos Texas Legends.

- O FC Porto perdeu frente ao Benfica (69-56), no Pavilhão da Luz, em Lisboa, somando desta forma a terceira derrota em 13 jogos na Liga Portuguesa de Basquetebol. No clássico da 13.ª jornada do campeonato, os azuis e brancos não lograram levar a melhor sobre os lisboetas e passam agora a somar 23 pontos, menos um do que o líder Galitos Barreiro, que também venceu nesta ronda. O FC Porto volta a entrar em campo em 2017, no dia 7 de janeiro, às 19h00, no Dragão Caixa, frente ao Lusitânia. O encontro, referente à 14.ª ronda, terá transmissão em direto no Porto Canal.

Hóquei em Patins
 
- À 10.ª jornada, o campeonato nacional de hóquei em patins parou para que se cumpram as habituais miniférias de natal e ano novo e, se é certo que há mais para jogar do que o que já foi jogado (faltam três jornadas para terminar a primeira volta), a verdade é que já é possível fazer um pequeno balanço do que se viu do FC Porto Fidelidade nos poucos mais de três meses de competição.

Para começar a temporada dificilmente se poderia pedir mais ou melhor do que um Benfica-FC Porto, frente a frente, na luta pela Supertaça de Portugal. A primeira “amostra” da temporada foi um autêntico “​hino” ao hóquei, num dos clássicos mais emotivos dos últimos anos em que os azuis e brancos estiveram sempre (desde os 10 segundos) na frente do marcador. O resultado fechou com um 13-7 favorável e com a turma de Guillem Cabestany a trazer para o Porto o primeiro troféu da época.

O campeonato começou no primeiro dia de outubro com uma vitória (4-2) na receção à sempre difícil equipa do Óquei de Barcelos, seguindo-se um “tranquilo” percurso até ao mês de dezembro, cujo calendário reservava os testes de maior dificuldade teórica à equipa azul e branca.

O decisivo mês começou com uma deslocação a Alverca, para defrontar o Sporting, e logo aí que os Dragões deixaram os primeiros e únicos pontos do campeonato até ao momento. Um empate a três foi o resultado que por uma jornada atirou os azuis e brancos para o terceiro lugar e para fora do comboio dos 100% vitoriosos. Isto porque ainda antes da paragem, foi a vez da Oliveirense, que seguia no duo da frente, visitar o Dragão Caixa e ser derrotada por 6-4.

Recuperado o segundo lugar, é agora tempo de esperar para ver como se saem os principais rivais nos confrontos diretos. Como afirmou o técnico portista, “só o tempo dirá se o empate em casa do Sporting foi um bom ou um mau resultado”, mas a verdade é que os Dragões até entram em 2017 com a possibilidade de subir à liderança. A 7 de janeiro jogam no Pavilhão da Luz com o líder e, em caso de vitória, passam a somar mais um ponto do que o Benfica.

Para já, fica o registo de um percurso sem qualquer derrota da equipa que até ao momento tem a melhor defesa do campeonato, com 23 golos sofridos, e a que tem uma melhor relação entre golos marcados (69) e golos sofridos (três marcados por cada sofrido).

Mas não só de I Divisão se fez a época portista até ao momento. O sorteio da Liga Europeia deixou o FC Porto no Grupo B, juntamente com os franceses do Mérignac, dos italianos do Bassano e do “todo-poderoso” FC Barcelona e se é verdade que os Dragões nem começaram bem (empate surpreendente em casa com o Mérignac) também o é que cumpriram nas duas jornadas seguintes: venceram em Itália (4-3) e na receção aos espanhóis (2-1)​ e lideram o Grupo B.

Encerrado o ano de 2016, ficam na retina as últimas exibições de grande nível da equipa portista, em especial a última, frente ao Barcelona, que deixou bem evidente o potencial da formação azul e branca.

Ultrapassado o ciclo de dezembro, abre-se agora um novo, mas não menos exigente em janeiro, em que além da visita à Luz, os portistas jogam também em Barcelona, no Palau Blaugrana, muita da definição do Grupo B e do futuro na Liga Europeia, tendo depois uma receção ao Valongo e uma deslocação ao terreno do Riba D´ave para encerrar a primeira volta de um campeonato com a competitividade em níveis que há muito não se via.

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