terça-feira, 18 de abril de 2017

Dom Roberto

Dom Roberto é um filme português de Ernesto de Sousa, com Raúl Solnado no papel do protagonista. O tema central é a vida miserável de um vagabundo sonhador da cidade de Lisboa, João Barbelas, a quem os garotos deram a alcunha de "Dom Roberto" por o verem deambular com o seu teatro ambulante de fantoches pelas ruas da cidade.
Barbelas tem um romance de amor com uma rapariga de triste passado, a Maria, que ingenuamente acredita ter conseguido arranjar casa para consumar o amor que por ele sente e com ele partilhar a alegria de viver. A felicidade é traiçoeira. Perdem ambos a casa mas conservam a esperança e a ternura, tendo a fome como fatalidade *.
 
O personagem João Barbelas fez-me recordar Carlos Janela autor da Cartilha. Perdeu a casa de Alvalade, trabalha para o circo em frente e arrasta-se pelas televisões. Nos tempos modernos (não é o filme de Charlot, não senhor) os vagabundos deambulam pelos clubes que melhor lhes pagam, não precisam de andar com a barraca de pano às costas, e manipulam os fantoches por email. Toda a gente suspeitava disto mas não existiam provas até que Francisco J. Marques divulgou no Porto Canal a cartilha pela qual a geringonça encarnada se rege. Trata-se de um conjunto de instruções sobre a forma como os serventes de LFV que se passeiam pelos Órgãos de Comunicação Social devem agir, os assuntos a tratar e a forma de os apresentar. Cada um dos ”robertos” de Vieira não percebe que foi transformado numa espécie de Said al-Sahaf antigo ministro de comunicação do Iraque.
A lista da criadagem é extensa mas, naturalmente ressalta à vista de todos pela sua imbecilidade o ex-vice-presidente encarnado no Dia Seguinte. O homem tem o monopólio de vários anos no programa do lacaio, Paulo Garcia, sabe a lição de cor tendo substituído Fernando Seara outro cartilhado. Gomes da Silva como malcriado intratável, tornou viral o momento em que Dias Ferreira abandonou o programa e o deixou a falar sozinho. Podia escolher como tema “o colinho”, “as claques não legalizadas”, “o Passivo da Instituição”, a “porta 18” ou “as dívidas de Vieira”. Mas não! Optou por recitar a Cartilha para os outros apaniguados a seguirem religiosamente. Como curiosidade e para quem liga às estatísticas a expressão “por uma razão muito simples” já foi proferida 37.459 vezes!
O autor da cartilha é Carlos Janela e na equipa das marionetas alinham Luís Filipe Vieira, Luís Bernardo, José Nuno Martins, Hélder Conduto, Orlando Dias, António Figueiredo, João Gobern, Jaime Antunes, Rui Gomes da Silva, Telmo Correia, Leonor Pinhão, Pedro Guerra, José Calado, André Ventura, Domingos Amaral, Pedro Adão e Silva, João Alves, António Rola, Fernando Seara, António Pedro Vasconcelos, Diamantino Miranda, qual deles o melhor!
 
Nenhum percebeu a sujeição a que ficou reduzido quando faz eco de ordens e instruções de um pobre-diabo. A talhe de foice recordamos outro grupo de robertos dos quais alguns foram cooptados para esta nova Geringonça. Passeiam-se impunemente nos pasquins, rádios e Tvs! De comum todos eles “fazem a coisa pelo outro lado”!
foto montagem JOSÉ LIMA
Curiosamente um deles, Ricardo Costa, que leu em direto na televisão o acórdão mais tarde reduzido a cinzas pelos Tribunais verdadeiros que arredou Hulk dos relvados por vários meses agora anda por aí a vociferar contra “a morosidade” da atual Comissão de Disciplina da FPF na aplicação de sanções ao FC do Porto e a Bruno de Carvalho. Quer dizer: se o homem não tivesse sido corrido da LIGA continuaria a proteger o clube da treta e sabe-se lá por onde andaríamos hoje mais os Calimeros. Aí pelas competições distritais…
 
Até à próxima
 
*Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Roberto

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