sábado, 17 de junho de 2017

Desespero


Não querendo de forma alguma entrar no famoso caso que tem assolado o futebol português nos últimos tempos (já o disse e repito; não comento casos de polícia), gostaria somente de deixar aqui alguns pontos sobre o comunicado do SL Benfica sobre o dito cujo.

Ora partindo do pressuposto de que esta notícia resume o dito ao essencial:

1- Eu sei que o Código do Processo Penal sofreu algumas revisões recentemente, mas que eu saiba ainda não existe um artigo que permita a um qualquer cidadão (seja ele uma pessoa singular ou colectiva) solicitar a reabertura de um qualquer Processo arquivado sem que se traga factos novos que assim o determinem. Dito de outra forma; o SL Benfica ameaça o Futebol Clube do Porto com a reabertura do famoso Processo “Apito Dourado”. Resta é saber quais as razões para tal dado que, ao contrário do que tem sido feito por Francisco J. Marques nas últimas semanas, o clube da Luz não deu conhecimento de nada relativamente ao dito Processo; 
2- Quanto à tese da “violação da privacidade”, penso que aqui se aplica o mesmo tipo de lógica dos famosos “Panama Papers”. Agora se o SL Benfica acha que está acima de tudo e, inclusive, do interesse público a história é outra e tem – presumo – tratamento numa qualquer instituição psiquiátrica; 
3- No seu comunicado o SL Benfica fala em “cortinas de fumo”. É caso para se dizer que lhes “fugiu a boca para verdade”, pois em parágrafo algum deste mesmo comunicado vemos o Benfica a negar o conteúdo dos ditos e-mails e a refutar as acusações de que é alvo. Sendo assim quem é que está realmente a criar “cortinas de fumo”? 

E haveria muito mais a dizer, mas eu confesso que não gosto de dar tempo de antena a virgens ofendidas e como tal fico-me pela simples conclusão de que por esta altura o desespero na Luz já é monstruoso… Já nem sequer se dão ao trabalho de desviar as atenções daquilo que está realmente em cima da mesa: indícios de que nos últimos anos o Sport Lisboa e Benfica influenciou o sector da arbitragem portuguesa a seu favor! Tal coisa em Itália deu que falar. E de que maneira!

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