segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O Polvo Encarnado

Lá estive na sexta-feira no Hotel AC Porto ali bem perto do nosso Estádio para adquirir o livro. Por deficiência de informação dos jornais alguns Portistas ficaram desiludidos porque a sessão de apresentação era em exclusivo para a Imprensa.
Finalmente tudo se compôs consegui satisfazer o meu objetivo que além de adquirir o livro era agradecer aos autores tudo o que tem feito pelo Clube com a divulgação deste escândalo.
O livro cobre essencialmente o período desde 2002 até hoje dividido em oito capítulos que “correspondem aos oito tentáculos através dos quais o clube da Luz manipula e subverte a realidade do futebol português”. Eu começaria a relatar as aldrabices um pouco mais para trás aí por alturas de 1958. Mas aí em vez de 200 páginas tinha que ter umas 2000! Já ouviram falar do árbitro Inocêncio Calabote? Para mim este polvo já tem 60 anos! Naturalmente não vou aqui revelar excertos dos variados assuntos, apenas abrir o apetite aos leitores apresentando a forma como estão divididos os temas.
 
1 – O controlo das instituições de futebol
2 – A arbitragem
3 – A justiça desportiva
4 – A imprensa
5 – As cartilhas
6 – A BTV
7 – As claques
8 – O (s) regime (s)
 
Pelo que conhecemos, observadores e árbitros, foram escolhidos a dedo para fazer subir nas classificações os que “ajudavam” o clube da treta e fazer desaparecer do mapa aqueles que porventura uma ou outra vez o prejudicaram. Com a maior das naturalidades nos últimos anos durante o reinado de Vítor Pereira começou a dança dos cãezinhos amestrados.
O mais curioso é que alguns ainda por lá andam. Como é possível um quadro de árbitros ter espécimes como Bruno Paixão, Carlos Xistra, Manuel Mota, João Capela ou “as jovens promessas” Tiago Martins e Fábio Veríssimo? Por isso agora vemos os resultados. Nenhum árbitro português no Europeu nem no Mundial. Quem pontua esta gente? Quem são os observadores que os sobem ou descem conforme as suas atuações mais ou menos “agradáveis” para a instituição? Trata-se, como escreveu no JOGO deste domingo Jorge Costa, de “um campeonato paralelo”. Fontelas Gomes bem pode limpar as mãos à parede.
Como nasceu esta corja dos cartilheiros? Alguns bem formados com canudo e tudo vomitam textos de um chulo do futebol Carlos Janela! Luís Bernardo, Hélder Conduto, António Rola ou Fernando Seara. António Figueiredo, João Gobern, Jaime Antunes, Rui Gomes da Silva, Telmo Correia, Leonor Pinhão, Pedro Guerra e José Calado, André Ventura, Domingos Amaral, Pedro Adão e Silva, João Alves, Diamantino e claro Luís Filipe Vieira. Isto sem contar com os apresentadores dos programas desportivos das 3 operadoras generalistas e tantos outros pasquineiros dos pasquins da capital.
Outro que já deve ter lugar reservado no Panteão Nacional é o Periquito! Podiam aproveitar e no próximo jantar anual da “instituição” faziam reproduções do passarinho para enfeitar as mesas. Mas cuidado! Pelo que se adivinha no livro O Polvo Encarnado isto ainda vai no princípio! Acho que devemos pedir a colaboração da ASAE. Ainda-por-cima é tóxico!
 
Até à próxima.

1 comentário:

José Correia disse...

Caro José Lima, também já comprei o livro. Ainda não li mas, tal como o meu amigo, imagino que faltem muitos capítulos (o que poderá ser motivo para novos volumes).
Abraço