Para matar a fome há que caçar um rival

Dois anos e meio para um, quatro anos e meio para outro. Sporting e FC Porto querem voltar o mais cedo possível à rota dos títulos e já no sábado há um para conquistar. Para estar na decisão, porém, há que impôr a primeira derrota em provas nacionais a um rival, falemos de quem falemosÉ mais um duelo de duas equipas que se apresentam como sérias candidatas em todas as provas em Portugal, o primeiro em jeito de mata-mata. Um duelo que apaixonará o adepto, que será de nervos à flor da pele e de equilíbrio no plano teórico. Serão os detalhes a decidir? Será um erro? Um lance inspirado de um dos mágicos que estarão em campo?
 

Segurança ou risco?

As competições são muitas, os jogos também, e os plantéis não são infinitos, nem a qualidade será igual sejam quem forem os elementos. Há argumentos a favor da mudança para um jogo de Taça da Liga, mas tendo em conta o nível de desafio não se prevê que haja revoluções entre as escolhas de Jorge Jesus ou Sérgio Conceição.

 

Do lado leonino, há uma grande dúvida de nome Rúben Ribeiro. O criativo português reforçou a equipa neste mercado de inverno e entrou de imediato no onze inicial, mas contra equipas bem diferentes deste FC Porto. Em clima de clássico, poderá voltar Battaglia para dar mais músculo ao meio-campo. Jesus abdicaria assim de um elemento criativo, mas não é como se não houvesse outros capazes de desequilibrar um clássico. Tudo dependerá da abordagem tática do treinador.

Quanto aos dragões, é verdade que há dois novos nomes a ter em conta - Paulinho e Waris -, mas a entrada de qualquer um deles no onze inicial seria uma grande surpresa. O técnico portista tem sido habitualmente cauteloso na elaboração dos onzes, embora com uma ou outra carta surpresa em jogos grandes. Sérgio Oliveira, por exemplo, já teve esse papel em mais de uma ocasião nesta época e correspondeu. E o eixo da defesa? Esse é outra dúvida, já que o técnico tem alternado entre Felipe, Marcano e Reyes.

Leão atordoado, dragão embalado

Se o FC Porto vem de uma série impressionante de dez triunfos consecutivos, o Sporting vem do abalo que foi o golo consentido em Setúbal perto do final e que ditou perda de pontos. Não é um único jogo, como realçou Jorge Jesus, que anula o que de bom tem feito esta equipa leonina.

Será um único jogo, porém, que ditará a presença de uma destas equipas numa final, onde já está o Vitória FC. O duelo desta quarta-feira não é um jogo que valha um título, mas é um jogo que vale um reforço motivacional para o que resta da temporada, a satisfação de sempre de abater um rival e uma séria aproximação a um troféu que nunca passou por Alvalade ou pelo Dragão.

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Retirado de zerozero