quinta-feira, 21 de junho de 2018

Muito gostamos do poker

imagem retirada de zerozero
Efectivamente a nossa selecção adora jogar poker. Confesso que tal não me incomoda de todo desde que se ganhe, mas passamos pro cada sofrimento--- Um sofrimento desnecessário (digo eu) dado que era certo e sabido que Marrocos ia entrar em campo da forma que entrou. Não foi surpresa para ninguém o constante e apertado “espartilho” com o qual a equipa africana manietou, quase que por completo, todo o jogo português. Daí eu não perceber muito bem a zanga de Fernando Santos no final do jogo. Até parece que o seleccionador não está lá a fazer nada dado que parece não conseguir preparar a equipa cada jogo (já com a Espanha foi o mesmo).

Quanto ao jogo em si, este foi o que eu estava à espera. Já tinha visto esta mesma selecção marroquina a deixar tudo em campo diante do irão. Ora tendo em consideração que hoje os africanos ou pontuavam ou eram eliminados. Era, então, de esperar que Marrocos fosse dar o litro diante da nossa equipa:

E assim foi. Momentos houve em que Marrocos dominou a partida e foi, Inclusive, bem melhor do que Portugal. Razão para tal? A mim apenas me apraz explicar tal através do fraco desempenho de alguns dos atletas lusos que ocupa4ram posições chave. Bernardo Silva está nitidamente a acusar o desgaste de uma época de estreia na Premier League (tem sido uma nulidade em todos os aspectos), Gonçalo Guedes bem que tenta fazer algo de jeito mas não acerta uma (e André Silva no banco de suplentes…), William Carvalho continua a ser um tremendo “pastelão” na recuperação de bola e, por último, Raphael Guerreiro tem estado muito melhor a atacar do que a defender (foi quase sempre pelo seu lado que Marrocos atacou com muito perigo). Felizmente os Deus do Futebol, estiveram do nosso lado. Tal como São Patrício e São Cristiano Ronaldo. Foram estes dois últimos “Santos” que praticamente deram a vitória a Portugal numa partida que poderia ter sido bem menos sofrida.

Agora segue-se o Irão de Carlos Queiroz. Uma das equipas deste Mundial que melhor defende. Vai ser um tremendo problema se Portugal voltar a não estar devidamente preparado. A Espanha venceu este mesmo Irão com muito sacrifício! Que sirva de aviso a Fernando Santos e jogadores. Muita cautela para as linhas defensivas portuguesas que terão de estar muito atentas às transições rápidas dos iranianos e às bolas paradas onde esta equipa do médio oriente costuma ser muito eficaz.

MVP (Most Valuable Player): Rui Patrício. Não quero, de forma alguma, retirar o foco que Cristiano Ronaldo merece, mas não tivesse Rui Patrício feito uma “defesa do outro mundo” na segunda parte desta partida e de nada teria valido o enorme golo de CR7.

Chave do Jogo: Inexistente. Penso que em momento algum deste jogo ambas as equipas goram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse, em definitivo, para o seu lado

Arbitragem: Arbitragem pouco feliz num jogo duro e com vários momentos de difícil análise. Ficam muitas dúvidas num derrube de José Fonte a um adversário, também dúvidas na queda de Ronaldo na segunda parte na área. Falhou também no capítulo disciplinar, onde não foi coerente.

Positivo: Marrocos. Não admira que a equipa marroquina não tenha sofrido um único golo na fase de qualificação para o Mundial Rússia 2018. Jogam bem. Muito bem. Tem muita técnica e força física. Falta-lhes somente um “matador” e aquela “pontinha de sorte” das grandes equipas mundiais.

Negativo: Portugal. Futebol também é posse. Quem tem a posse da bola e está em vantagem no jogo manda no dito. È isto que os atletas portugueses às ordens de Fernando Santos tem de perceber de uma vez por todas.
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado (20/06/2018)

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