quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Não há golfinhos, há um lago de tubarões onde o Dragão quer estar

O percurso até agora foi quase incólume e o salto para o mata-mata dos milhões ficou à distância de um ponto. Com o conforto de casa, com o aconchego de oito vitórias consecutivas e com uma equipa em crescendo no número e variedade de opções, o FC Porto tem argumentos de sobra para garantir desde já, ficando uma jornada por jogar, a segunda presença consecutiva nos oitavos-de-final. E se o fizer voltará a ser o único representante luso nessa fase.

Apesar de o apuramento estar à vista, Sérgio Conceição não deixou de acalmar as hostes portistas: para o treinador, vem aí o jogo «mais difícil» de toda esta fase de grupos, perante um rival que chega no seu melhor momento da época, com três vitórias nos últimos quatro jogos e cinco golos marcados num só jogo da Bundesliga há apenas quatro dias. E além de tudo isso, também ciente de que este jogo pode valer apuramento.
 
Dar a volta ao filme alemão

«Quase incólume», dissemos no arranque. Esse «quase» tem como responsável este Schalke, única equipa que roubou pontos a um FC Porto que, num jogo em Gelsenkirchen em que muito correu mal, até acabou o encontro a saudar o ponto somado. Já então a missão foi difícil e o Schalke atravessava um arranque de época crítico. Agora, espera-se um adversário mais fortalecido, mais capaz de ferir, com e sem bola.

Este FC Porto, diga-se, também é bem diferente daquele que não encontrou o antídoto em Gelsenkirchen. A equipa de Sérgio Conceição está mais sólida na defesa (o regresso de Danilo ajudou) e mais imprevisível na construção com bola. Óliver pega na batuta, Corona vive o melhor momento de dragão ao peito (e é pau para toda a obra da defesa ao ataque) e Otávio, no banco ou em campo, é ameaça constante.
 
Mesmo sem o lesionado Aboubakar e o excluído Tiquinho Soares, o maliano Marega, decisivo contra o Galatasaray, promete desgastar e ameaçar uma defesa que é dura de rins e que já sentiu o seu peso na primeira volta.

Conceição falou em tubarões, falou em golfinhos... o FC Porto quer ser o rei do mar de peixes graúdos que é este grupo e manter o rio de milhões a correr.
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Artigo publicado no site zerozero

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