sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Virou o disco... que música toca o líder?

Sérgio Conceição falou em «orquestras» e em «maestros» ao lançar o duelo, mas uma coisa é certa: para que a música soe bem, é preciso que os músicos mostrem o que sabem. Depois de um jogo com muitas dificuldades em Matosinhos para a Taça, vem aí o início da segunda volta para o líder destacado da Liga NOS.

Metade do campeonato ficou para trás e é com cinco pontos de vantagem sobre o concorrente mais próximo que o FC Porto entra nesta segunda metade. Os portistas somam menos dois pontos do que somavam no mesmo momento da época passada, mas a folga é maior, e já houve visitas à Luz e a Alvalade. Para arrancar esta segunda volta, uma visita à zona fronteiriça de Chaves, onde as indicações têm sido as melhores para os portistas: a contar para o campeonato, 13 vitórias em 15 jogos por lá realizados, com apenas uma derrota na longínqua época de 1988/89. E além disso, uma visita a uma equipa que caiu por 5x0 no Dragão na primeira jornada e que segura a lanterna-vermelha da Liga.
 
Que falta farão os transferidos?

Duas das figuras da equipa de Tiago Fernandes deixaram valores interessantes nos cofres de Chaves mas deram algumas dores de cabeça ao treinador dos flavienses. A saída de Marcão obriga a um novo parceiro para Maras no eixo da defesa, a saída de Eustáquio obriga a mudanças no meio-campo. 
 
Tanto para a defesa como para o meio-campo já chegaram caras novas e há curiosidade em ver o que acrescentam Nemanja Calasan, Erdem Sen ou João Costinha nesta equipa. Com Paulinho castigado, Tiago Fernandes regozija-se com a recuperação recente de Lionn, e há também entre os ausentes confirmados Ghazaryan e João Teixeira, além de Rúben Macedo, que está emprestado pelos dragões.
 
O Chaves está num ponto de viragem evidente na época, até pelas movimentações no mercado, e espera que a segunda metade seja bem melhor... que melhor maneira de a começar do que travando o campeão nacional? 
 
Desgaste... e dúvida à direita 
 
Há lesões a ter em conta na equipa de Sérgio Conceição e há também o desgaste acumulado da recente sequência de jogos, e em particular dos 120 minutos realizados em Matosinhos. Jogadores como Felipe, Alex Telles, Óliver ou Herrera cumpriram todo o encontro frente ao Leixões e o próprio treinador admitiu que poderiam não chegar a este encontro na plenitude da condição física, mesmo estando aptos. 
 
Com a lesão de Maxi Pereira, a zona defensiva obrigará a mudanças em relação ao onze-tipo. Será esta a altura de Militão estar em campo desde o primeiro minuto como lateral-direito, com Pepe e Felipe a repetirem a dupla de centrais de Matosinhos... e assim formando o quarteto defensivo que muitos veem como o quarteto ideal dos dragões? Haverá nova aposta em Mbemba, que mostrou virtudes na posição? Ou voltará a recuar Corona? São dúvidas por esclarecer, assim como a disponibilidade - ou não - de Brahimi. 
 
No meio-campo, Danilo está fora de combate e Sérgio Oliveira continua à espera de oportunidades - não joga há um mês, e nesse último jogo em que participou - jogo da Taça contra o Moreirense - apenas somou 12 minutos. Herrera e Óliver, no entanto, formaram uma dupla de qualidade, complementando-se, e tudo dependerá da abordagem tática de Conceição. E convém não esquecer que Militão também entra nas contas para o meio-campo, como o treinador mostrou...
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Artigo publicado no site zerozero

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