sábado, 16 de fevereiro de 2019

Olhos na estrada, sem espreitar o retrovisor

«Keep your eyes on the road, your hands upon the wheel»: se nos permitem, é com inspiração na convenientemente intitulada Roadhouse Blues, da autoria de um senhor de nome Jim Morrison, líder dos californianos The Doors, que arrancamos esta antevisão. Porque a estrada ainda é longa e há perseguidores à espreita de um acidente de percurso de um líder com curta distância de segurança.

Já houve seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado, então o Braga, agora só tem um e quem espreita é um Benfica em momento de aceleração prego a fundo. O líder FC Porto joga antes dos rivais lisboetas (o Braga é o primeiro candidato a jogar, e até pode saltar para a liderança à condição), pelo que deixar de lado receios de perder a pole position nesta etapa é um de vários desafios para os homens de Sérgio Conceição. Não é o único.

Mudar peças e fazer a máquina carburar

Com o ataque desfalcado, é bastante evidente que Sérgio Conceição precisa de encontrar alternativas. Já não havia Aboubakar, deixou de haver Marega, e a juntar a tudo isto, Brahimi, a última de várias baixas e que completa um trio de lesionados que muito deram aos dragões no regresso aos títulos nacionais na época passada.

Com o ataque desfalcado, é bastante evidente que Sérgio Conceição precisa de encontrar alternativas. Já não havia Aboubakar, deixou de haver Marega, e a juntar a tudo isto, Brahimi, a última de várias baixas e que completa um trio de lesionados que muito deram aos dragões no regresso aos títulos nacionais na época passada.
 
Compensa-se com o regresso de Corona, que não pôde pisar o relvado do Olímpico de Roma, mas o mexicano não basta. Sérgio Conceição acredita nas alternativas ao seu dispor, seja Adrián, André Pereira, Fernando Andrade, Otávio... seja quem for, o treinador precisa e espera que correspondam em campo para que a dor das ausências não se sinta.

O momento é delicado. Foram três jogos sem vencer, mais do que em qualquer outra altura da época. Para tornar a meta mais nítida, o FC Porto precisa de voltar a dar gás.

Estabilidade à prova

Do outro lado estará uma equipa que mudou de treinador há pouco, com Sandro a assumir os destinos dos sadinos e a estabilizar os resultados. Três jogos, três empates, incluindo num encontro com o Sporting. Apenas um golo sofrido, mas também apenas um golo marcado. Sem exuberâncias, sem grande espetáculo, mas com menos drama do que no passado recente.

Nesta altura, o Vitória FC está dois pontos acima da linha de água e quer continuar a ver a zona vermelha à distância. Travar um dos três grandes não é tarefa fácil, mas os homens do Sado já o fizeram há apenas duas semanas.
 
Ainda assim, há que olhar para o elefante na sala de Setúbal. Sandro já não tinha ao seu dispor os lesionados André Pedrosa, Alex Freitas e Mikel Agu (que, seja como for, não poderia jogar), deixou ainda de ter Dankler, que rumou ao Japão e, em cima do dia do jogo, viu saírem das opções Rúben Micael e Zequinha. Há menos opções para o onze, há um banco bem mais limitado do que seria de esperar, há dificuldades acrescidas pela frente... o que também torna eventuais surpresas mais saborosas.

Que role a bola. Ou «let it roll, baby, roll». 
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Artigo publicado no site zerozero

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