sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Uruguai mereceu

A última edição da Copa América começou mal mas acabou bem. Com uma série de jogos sem sabor, empates atrás de empates e vitórias por 1-0. A competição mais importante de selecções da América Latina parecia condenada a um enorme bocejo. Mas para bem dos apreciadores de futebol lá foi melhorando, deixando o melhor para o fim.

De notar aquilo que eu repeti aqui algumas vezes, as decepcionantes exibições da Argentina e Brasil. As selecções favoritas a vencerem, carregadas de estrelas na mesma quantidade que se carregaram de desilusões.

O Uruguai foi o justo vencedor, com a equipa mais equilibrada e, depois de um começo também menos auspicioso, melhor futebol. Mais do que isso, venceu o Paraguai, selecção que chegou à final sem qualquer vitória, evitando que o campeão fosse uma equipa incapaz de vencer.

Outro dos meus destaques vai para a Venezuela, selecção que muitos pensariam que não passaria da fase de grupos, acabou em quarto lugar. Terminou a primeira fase com os mesmos pontos que o Brasil, perdendo apenas na diferença em golos. De seguida eliminou o Chile que, com a Colômbia, se colocara como um dos sérios candidatos à final.

Acabou afastada pelo defensivo Paraguai nas grandes penalidades e depois goleada pelo Peru, no jogo de atribuição do terceiro e quartos lugares. Mas deixou uma imagem de luta e superação.

Registe-se que nos dois últimos jogos, a final e o de atribuição do terceiro lugar, se marcaram tantos golos, oito, como na primeira ronda da fase de grupos, seis jogos no total, e apenas menos um que nos quartos e meias-finais em conjunto, outros seis jogos, sem contar com as grandes penalidades naturalmente.

O Uruguai tornou-se assim na selecção com mais títulos na Copa América (15), assim como a selecção com mais títulos a nível mundial. A selecção uruguaia tem um total de 20 troféus, seguida pela Argentina com 19 e o Brasil com 16.

Finalmente, de assinalar os cinco troféus conquistados por Álvaro Pereira e Cristian Rodríguez na última época. Certamente não a esquecerão tão cedo e dificilmente a conseguirão repetir.

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