O FC Porto honrou a história e no jogo de estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões desta temporada, no Dragão, ganhou. O FC Shakhtar Donetsk até esteve em vantagem mas os Dragões deram a volta e começam a Champions com um triunfo por 2 x 1. Hulk e Kléber foram os marcadores.
Já é cliché, confesso, mas a primeira parte do Dragão foi toda ela, ou quase, sob o signo do "Incrível" Hulk. Aliás, que na Ucrânia, tão cedo, não voltem a passar os filmes da saga em torno de Bruce Banner porque por agora os jogadores do Shakhtar Donetsk já viram o suficiente. Mas vamos por partes, bem explicadas e documentadas.
Marcava o relógio do Dragão cinco minutos de jogo e já a trave Ucraniana tinha estremecido ao impacto do remate dele, sim, do "Incrível". Até era canto, mas o árbitro não viu, como não veria outra coisa, mais tarde. Alta rotação no relvado, James Rodríguez tabela com Hulk, e na volta cai, penálti. Ele, Hulk, de botas amarelas, ajustou a bola e disparou. Ao poste.
Ainda chegavam alguns atrasados às respectivas cadeiras, aos nove minutos, quando Helton largava a bola depois do remate de Willian. Luiz Adriano andava por ali e como quem não quer a coisa fez o 0 x 1. Subia o nível de "stress" nos Azuis e Brancos e para quem é seguidor do "Incrível" sabe que isso provoca a explosão.
O FC Porto dominava na posse mas sem ser perigoso, à espera que Hulk atingisse o ponto. Deram-lhe um livre, aos 28 minutos, a mais de trinta metros da baliza de Oleksandr Rybka. Já a ferver com a grande penalidade falhada e o golo do Shakhtar, Hulk encheu o peito e disparou. Estivéssemos nós num daqueles filmes em que se utilizam a câmara lenta para quase parar o Mundo e teríamos sentido o silêncio naquele segundo. O segundo que a "bomba" do "Incrível" demorou a percorrer o ar até parar dentro da baliza. Um golão!
O empate era justo, porque o FC Porto era mais equipa. E aos 30 minutos viu-lhe ser sonegada uma grande penalidade, a tal coisa que Félix Brych não viu. Aos 32', Hulk, pois claro, voltou à acção, mas agora Rybka foi capaz de suster mais um daqueles remates de longe, incertos. A primeira parte tinha de tudo e por isso terminou com o que lhe faltava. Uma expulsão, a de Yaroslav Rakitsky, depois de uma entrada dura sobre João Moutinho. Aceita-se, mas um amarelo e um diálogo também não tinham ficado mal.
Se o primeiro tempo foi de Hulk, o segundo foi de James. Talvez um pouco injusto, porque o jovem Colombiano já tinha estado bem na primeira metade. Mas o que fez o cafetero, logo no arranque da segunda parte, ao defesa do Shakhtar foi maldoso, sem maldade, apenas de quem sabe o que faz com a bola nos pés. Deixou-o, ao tal Ucraniano, deitado no chão e, qual bandeja, serviu Kléber que só teve de encostar para lá da linha de baliza. 2 x 1 para o FC Porto.
E se há jogos em que não se notam as inferioridades numéricas, este não foi um deles. Já a ganhar, os Dragões sentiram-se mais cómodos na gestão dos acontecimentos. O Shakhtar só em acções sôfregas chegava perto da área de Helton, mas nunca com perigo. Ao contrário de James, que aos 64' voltou a dar mais trabalho do que o desejado a Rybka. Esperou mais 15 minutos, o "puto" James, para, de livre, repetir Hulk, que já tinha saído, e acertar na trave após um livre directo. No lance anterior, Chygrynskiy tinha visto o segundo amarelo e deixara os Ucranianos a jogar com nove. Depois, nada mais.
Melhor em Campo: James Rodriguez
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