Escrevo este texto após uma derrota do Porto no seu reduto contra a milionária equipa do Manchester City. 1-2. A jornada europeia saldou-se com 3 derrotas e um empate para as equipas portuguesas. De longe a única equipa que enfrentava um adversário gigante era o F. C. Porto com este líder da liga inglesa com um plantel de sonho que pode até viver bem com a ostracização de um avançado como Carlos Tevez.
O Porto fez uma excelente primeira parte mas acabou por sucumbir graças a erros individuais misturados com muito azar. Azar que culminou também com o amarelo a A. Pereira que o retira do jogo da 2ª mão, mas mais ainda com a lesão de Danilo, numa altura em que finalmente o Porto ganhava um lateral direito e começava a carburar jogo pelos dois flancos. Uma pena que depois de termos que andar a ver um Maicon adaptado a lateral, quando finalmente vislumbrávamos uma equipa com outro tipo de soluções ofensivas, ocorra esta lesão. Esperemos que recupere o mais rápido possível , se bem que ressalta cada vez mais a ideia que este Porto com Danilo e Lucho, já não chegaria a tempo de resgatar tudo o que se foi perdendo durante a 1ª metade da época.
O City treinado por Mancini, um treinador que ficou certamente traumatizado com o F. C. Porto após um dos maiores banhos de bola que eu já vi ao vivo - Porto x Lázio para a Taça Uefa de 2003 - talvez escaldado, optou por uma táctica cautelosa que só costuma utilizar nos jogos grandes da sua liga.
O City fez regressar Yaya Touré directamente de África para o Porto para ser titular neste jogo quando a prudência aconselhava a esperar. Mancini demonstrou que não estava para brincadeiras e que esta eliminatória era para passar. Constituiu um meio campo com 3 médios de cariz mais defensivo deixando que Yaya fosse o médio com mais liberdade para se chegar à frente e encostar em Balotelli que ficava isolado na frente, esperando pelas incursões dos alas Nasri e David Silva. Falsos extremos, jogadores que gostam muito de aparecer em zonas interiores mas que fechavam o meio campo tentando reforçar o sector para não deixar o Porto jogar. Nesse aspecto Vítor Pereira respondeu bem. Esperava um meio campo do City reforçado e com várias unidades, e então respondeu de igual forma, o Porto aparece no 4-3-3 habitual no papel, mas na prática Hulk ficava também ele isolado entre os centrais, e James e Varela fechavam no meio campo oferecendo uma superioridade ao Porto nesse sector, não deixando grande espaço entre linhas para que o City pudesse explorar a velocidade e repentismo dos seus jogadores mais criativos.
Nos primeiros 10 minutos viu-se um City a ter mais bola, mas a jogar na defensiva, à espera de perceber o que é que o Porto tinha para oferecer. Ora o Porto não quis ser apanhado desprevenido e dava a bola ao City mas sempre espreitando as saídas, deixando Lucho mais liberto de tarefas defensivas, deixando um espaço maior entre Moutinho e Lucho, para que Moutinho tivesse um maior raio de acção. Sentia-se que o Porto estava confiante, mas faltava morder o City mais à frente. A equipa foi ganhando confiança, foi pressionando em conjunto mais à frente e vimos um Varela como não víamos há muito tempo ( a provar que esta chciclet afinal ainda não perdeu o sabor, ao contrário do que se vaticinou), um Lucho a tentar combinar várias vezes com os 3 jogadores do ataque e um Fernando que simplesmente controlava bem todas as tentativas de saída do City. O Porto chegou à vantagem numa bela jogada colectiva e com todo o mérito.
Com a lesão de Danilo o Porto abanou um pouco, porque o City aproveitou a situação para visar a baliza de Helton até que o Porto se reorganizasse defensivamente. No entanto a 1ª parte chegou ao fim com o Porto a ter as rédeas do jogo e a realizar uma exibição à Porto como poucas vezes se viu esta época nos jogos europeus da equipa.
Na 2ª parte Alvaro Pereira teve o seu minuto horribilis e conseguiu levar o amarelo que o afasta da 2ª mão e logo a seguir acaba por, sem querer, fazer auto-golo. O lance deixou-me dúvidas se não terá havido falta de Balotelli. E se o árbitro considera que não houve falta e que o A. Pereira jogou sem ter sido empurrado, então o golo é com a mão. Como tal deveria ter sido assinalado penalti e o A. Pereira ia para a rua.
O Porto abanou muito com esse golo. A equipa foi perdendo frescura física e os defeitos deste onze que até aí vinham sendo disfarçados por um excelente jogo de Mangala que entrou e conseguiu facilmente entrar no ritmo e fazer desarmes importantes, ou Varela que conseguia pressionar a defesa contrária e ajudar nas missões defensivas, a qualidade do posicionamento de Lucho ou a garra de Moutinho… Tudo isso foi dando lugar a aspectos menos bons. James demasiado desaparecido do jogo, muito preso à faixa. Hulk que a jogar a ponta de lança se enerva com facilidade, atira-se muito para o chão e fica muito frustrado por não poder ter tantos duelos físicos e ganhar o um para um com tanta facilidade como quando joga numa faixa.
Com a lesão de Danilo o Porto abanou um pouco, porque o City aproveitou a situação para visar a baliza de Helton até que o Porto se reorganizasse defensivamente. No entanto a 1ª parte chegou ao fim com o Porto a ter as rédeas do jogo e a realizar uma exibição à Porto como poucas vezes se viu esta época nos jogos europeus da equipa.
Na 2ª parte Alvaro Pereira teve o seu minuto horribilis e conseguiu levar o amarelo que o afasta da 2ª mão e logo a seguir acaba por, sem querer, fazer auto-golo. O lance deixou-me dúvidas se não terá havido falta de Balotelli. E se o árbitro considera que não houve falta e que o A. Pereira jogou sem ter sido empurrado, então o golo é com a mão. Como tal deveria ter sido assinalado penalti e o A. Pereira ia para a rua.
O Porto abanou muito com esse golo. A equipa foi perdendo frescura física e os defeitos deste onze que até aí vinham sendo disfarçados por um excelente jogo de Mangala que entrou e conseguiu facilmente entrar no ritmo e fazer desarmes importantes, ou Varela que conseguia pressionar a defesa contrária e ajudar nas missões defensivas, a qualidade do posicionamento de Lucho ou a garra de Moutinho… Tudo isso foi dando lugar a aspectos menos bons. James demasiado desaparecido do jogo, muito preso à faixa. Hulk que a jogar a ponta de lança se enerva com facilidade, atira-se muito para o chão e fica muito frustrado por não poder ter tantos duelos físicos e ganhar o um para um com tanta facilidade como quando joga numa faixa.
É enervante ver Hulk a jogar no meio. Para ele e para os espectadores. Hulk não sabe jogar de costas voltadas para a baliza nem oferece presença na área. É um peixe fora de água. Fora do seu habitat natural que é uma faixa, Hulk perde todos os seus poderes e parece um jogador quase comum. Alvaro começou a demonstrar uma enorme intranquilidade logo após o golo e começou a tomar más decisões. Lucho foi perdendo influência no jogo e algum fulgor físico.
O City aproveitou assim para num erro defensivo do Porto capitalizar a sua enorme qualidade técnica e dar a volta ao marcador. Aí sentiu-se falta de um Danilo na faixa direita em vez de um Maicon. O Porto precisava de acelerar pelas faixas, mas tinha um Alvaro fragilizado psicologicamene e um Maicon que dê-se as voltas que se queiram dar, não é ,nem será um lateral nos tempos mais próximos. Não consegue apoiar o ataque e o Porto precisava de alguém capaz de transportar a bola.
Kleber entrou para finalmente libertar Hulk das amarras tácticas que o faziam estar sempre emparedado entre os centrais, mas já era tarde. Hulk também já se tinha desgastado física e emocionalmente grande parte do jogo em batalhas mais que perdidas e já demonstrava pouco discernimento. Nesta altura nota-se também a falta de soluções pela saída de médios como Guarín ou Belluschi. Para tentar mudar o rumo do jogo o Porto apenas tem Defour que acrescenta muito pouco à equipa em termos ofensivos.
De bom neste jogo, apenas o onze inicial, se esquecermos de Hulk no meio. É a equipa que o Porto tem que apresentar. A melhor que temos. Não podemos é hipotecar o nosso maior craque deixando-o fora de jogo. Se não joga Janko, tem que jogar Kleber no meio. Por pior que jogue, tem que ser ele a assumir. Hulk assusta os centrais só pelo nome, mas na prática perde tudo o que pode dar à equipa. Mais vale um ponta de lança desinspirado mas que fixe os centrais, do que desperdiçar o nosso maior talento.
O City aproveitou assim para num erro defensivo do Porto capitalizar a sua enorme qualidade técnica e dar a volta ao marcador. Aí sentiu-se falta de um Danilo na faixa direita em vez de um Maicon. O Porto precisava de acelerar pelas faixas, mas tinha um Alvaro fragilizado psicologicamene e um Maicon que dê-se as voltas que se queiram dar, não é ,nem será um lateral nos tempos mais próximos. Não consegue apoiar o ataque e o Porto precisava de alguém capaz de transportar a bola.
Kleber entrou para finalmente libertar Hulk das amarras tácticas que o faziam estar sempre emparedado entre os centrais, mas já era tarde. Hulk também já se tinha desgastado física e emocionalmente grande parte do jogo em batalhas mais que perdidas e já demonstrava pouco discernimento. Nesta altura nota-se também a falta de soluções pela saída de médios como Guarín ou Belluschi. Para tentar mudar o rumo do jogo o Porto apenas tem Defour que acrescenta muito pouco à equipa em termos ofensivos.
De bom neste jogo, apenas o onze inicial, se esquecermos de Hulk no meio. É a equipa que o Porto tem que apresentar. A melhor que temos. Não podemos é hipotecar o nosso maior craque deixando-o fora de jogo. Se não joga Janko, tem que jogar Kleber no meio. Por pior que jogue, tem que ser ele a assumir. Hulk assusta os centrais só pelo nome, mas na prática perde tudo o que pode dar à equipa. Mais vale um ponta de lança desinspirado mas que fixe os centrais, do que desperdiçar o nosso maior talento.
Deixo para o fim, o que mais me indignou. O tratamento da comunicação social relativamente às equipas portuguesas em prova. Começou com a “épica” exibição do Benfica… Eles foram heróis, eles fizeram um grande jogo contra uma grande equipa… A mesma comunicação social que apelidou o Porto de “menor” quando perdeu na Rússia contra um Zenit bem mais forte que este que o Benfica enfentou. Um Zenit que não ofereceu dois golos ao Porto, que tinha Akinfevv na baliza e Danny, o melhor jogador da Liga Russa, no meio campo ofensivo a pautar todo o jogo.
Um Zenit que estava no topo da forma, prestes a sagrar-se campeão russo. Não um Zenit que está em plena pré-época como agora. É só verem as estatísticas. Grande parte das equipas russas sempre que passam a fase de grupos, e até surpreendem, costumam cair sempre na fase seguinte e a jogar um futebol sem ter o nível da primeira fase da champions. Porquê? Porque estão em plena pré-época e apanham equipas que vêm embaladas já dos seus campeonatos. Imaginem Porto, Benfica ou Sporting a terem que jogar jogos decisivos da Champions em plena pré-época…
No entanto, quem vir a 1ª página da Bola, aparecia uma fotografia dos jogadores do Benfica a celebrarem um golo… Quem não vir o resultado, até pensará que o Benfica venceu… Ora o Benfica nem empatou, por mais que o guarda redes contrário se tenha esforçado… O 2º golo então é caricato, ele consegue tirar a bola dos pés de Bruno Alves para a ir colocar nos pés do Cardozo… Mas a euforia está instalada. Não há nada a fazer. Pensei eu, tudo bem, deixa-os estarem felizes. É normal o entusiasmo.
Depois vejo a estreia de Sá Pinto. Tão desejada que fosse um sucesso pelos comentadores do jogo, que diziam ainda nem o jogo tinha uns 20 minutos que já se notava na face dos jogadores que tinham outra tranquilidade (Freitas Lobos dixit)… Adoro comentadores que são capazes de conseguir ler a expressão facial dos jogadores e serem também um bocado de psicólogos. Uma coisa é abordar algo claro no decorrer do jogo. Um jogador está mais tenso, falha passes, ou está desmotivado. Agora com 10 ou 15 minutos, num jogo que estava 0-0 e sem nada de anormal dizer que consegue ver na cara dos jogadores outra confiança… É engraçado.
Ora não é que pouco depois de dizerem que a atitude e a cara dos jogadores era outra eu vejo o Sporting a sofrer um golo do Légia? Vejo o Patrício mais uma vez a ser decisivo e a fazer 3 ou 4 grandes defesas que permitiram a que o Sporting não ficasse fora da eliminatória? O Sporting lá empata de bola parada 1º e com um grande golo de André Santos depois. Mas isto contra um débil Légia que ainda assim foi quem dispôs de mais oportunidades para matar o jogo. Patrício foi decisivo.
Mas o que disseram os comentadores no final? Dedo de Sá Pinto… Duas substituições dois golos. Ainda para mais jogadores que nem eram aposta de Domingos… Esqueceram-se foi de contabilizar os pontos que o Sporting de Domingos fez na Liga Europa num grupo em que se superiorizaram à Lázio e não ao Légia… Mas isso agora não interessa referir. Foi um jogo enorme, contra uma excelente equipa, mais heróis e mais um resultado incrível.
No entanto, quem vir a 1ª página da Bola, aparecia uma fotografia dos jogadores do Benfica a celebrarem um golo… Quem não vir o resultado, até pensará que o Benfica venceu… Ora o Benfica nem empatou, por mais que o guarda redes contrário se tenha esforçado… O 2º golo então é caricato, ele consegue tirar a bola dos pés de Bruno Alves para a ir colocar nos pés do Cardozo… Mas a euforia está instalada. Não há nada a fazer. Pensei eu, tudo bem, deixa-os estarem felizes. É normal o entusiasmo.
Depois vejo a estreia de Sá Pinto. Tão desejada que fosse um sucesso pelos comentadores do jogo, que diziam ainda nem o jogo tinha uns 20 minutos que já se notava na face dos jogadores que tinham outra tranquilidade (Freitas Lobos dixit)… Adoro comentadores que são capazes de conseguir ler a expressão facial dos jogadores e serem também um bocado de psicólogos. Uma coisa é abordar algo claro no decorrer do jogo. Um jogador está mais tenso, falha passes, ou está desmotivado. Agora com 10 ou 15 minutos, num jogo que estava 0-0 e sem nada de anormal dizer que consegue ver na cara dos jogadores outra confiança… É engraçado.
Ora não é que pouco depois de dizerem que a atitude e a cara dos jogadores era outra eu vejo o Sporting a sofrer um golo do Légia? Vejo o Patrício mais uma vez a ser decisivo e a fazer 3 ou 4 grandes defesas que permitiram a que o Sporting não ficasse fora da eliminatória? O Sporting lá empata de bola parada 1º e com um grande golo de André Santos depois. Mas isto contra um débil Légia que ainda assim foi quem dispôs de mais oportunidades para matar o jogo. Patrício foi decisivo.
Mas o que disseram os comentadores no final? Dedo de Sá Pinto… Duas substituições dois golos. Ainda para mais jogadores que nem eram aposta de Domingos… Esqueceram-se foi de contabilizar os pontos que o Sporting de Domingos fez na Liga Europa num grupo em que se superiorizaram à Lázio e não ao Légia… Mas isso agora não interessa referir. Foi um jogo enorme, contra uma excelente equipa, mais heróis e mais um resultado incrível.
Ora que chegamos ao jogo do Porto. Já se poderia esperar que nada de bom poderia vir de uma transmissão da Sic com comentários de João Rosado… Ainda assim, vinha eu embalado daquele colinho dado aos outros dois representantes portugueses nas competições europeias, quando de repente foi como se desse com a cabeça no chão, quando começo a ouvir os comentários do jogo do Porto.
O Porto em vantagem, a dominar o City e o que diziam os comentadores? Uma equipa de heróis? Um grande jogo do Porto? Em vantagem contra uma magnífica equipa, quase, quase tão forte como o Zenit e o Légia…? Não. Ouvia um João Rosado e o outro comentador indignados com Mancini. A pedir mudanças. A estranharem a táctica do City. Um chegou mesmo a dizer que era confuso o que o City estava a tentar fazer… Por momentos ainda pensei estar a ver o jogo na Sky. Parecia que estava a ver o jogo da perspectiva do clube inglês em prova e não do português. Ao chegar ao intervalo, ouvíamos o que o City teria que fazer, que jogadores Mancini teria que lançar, criticas à actuação de alguns jogadores como Micah Richards que deveria estar a render muito mais. Sobre o Porto? Quase nada a dizer. O que precisava o Porto de fazer? Irrelevante. A equipa adversária parecia ser o Porto. A histeria a cada falta de A. Pereira aconselhando até o árbitro a mostrar o amarelo (sabendo que ele falharia o 2º jogo com o amarelo) chegava a ser comovente, confesso…
Nada contra uma abordagem imparcial mesmo que se trate de uma equipa portuguesa em prova, mas depois de tanto colinho e tantos elogios registados nos jogos das outras equipas, estranhei o tratamento que ficou entre o bizarro e o ridículo.
O jogo não estava a ter um grande nível até… o City empatar. Aí, subitamente, já o City estava a jogar bem (e o Mancini nem tinha feito nenhuma alteração), e o jogo finalmente começava a ter outra dinâmica… Melhor mesmo, só quando o City passou para a frente.
Nos momentos em que o Porto se encontrava em vantagem, caso eu não soubesse ler o jogo, se me guiasse apenas pelos comentadores eu só teria a certeza que o Porto estaria a jogar bem , não pelos elogios dos comentadores, mas exactamente pela ausência de palavras em relação ao Porto. A preocupação de João Rosado e companhia já era de desvalorizarem uma potencial vitória portista frente ao líder da liga inglesa. Até tentaram ensaiar a versão de que o City até se estaria a poupar… Versão logo derrubada quando concluíram que o City não joga este fim de semana para o campeonato. E teriam ainda que nos convencer como é que uma equipa que se queria poupar tinha pedido a Yaya Touré para viajar directamente para o Porto a tempo de ser titular e decisivo na vitória de hoje…
Mas é este o paradigma. O Benfica perde na Rússia e é algo incrível de uma equipa de heróis. O Sporting de Sá Pinto empata com o Légia e parece um feito estrondoso. Elogios para todos os lados. O Porto está a ganhar ao City e o que dizem os comentadores? Que o City está a jogar mal, que o Mancini escolheu mal a táctica e os jogadores, estabelecem as mudanças que o City tem que implementar para derrotar o Porto etc… Tudo logo à cautela não vá o Porto ganhar e ofuscar tão bons resultados e exibições de Benfica e Sporting… Sempre que penso nesta dualidade de critérios jornalísticos recordo-me sempre de nomes lendários como: Valdemar Duarte, João Querido Manha ou António Tadeia. Mas o episódio que guardo sempre como exemplo do que é o jornalismo desportivo em Portugal é um comentário de António Tadeia na rtp.
António Tadeia era o comentador, creio que ainda será, dos resumos da champions na rtp. Ora nesse magazine ele comentava os resultados dos vários jogos de cada grupo. Recordo-me ainda no tempo de Jesualdo o que ele disse de mal do Porto quando o Porto foi goleado pelo Arsenal.
Curiosamente quando o Porto em casa ganhou a esse Arsenal por 2-0 e podiam ter sido mais, o q diz Tadeia? “Este jogo não é um barómetro. O Porto não ganhou nem ao Arsenal B, foi um Arsenal C”. Curiosamente Tadeia esqueceu-se de contar os jogadores do Arsenal que tinham sido titulares na jornada anterior da liga inglesa. Creio que eram nada mais nada menos que 6… Mas era a equipa C.
O Porto de Jesualdo faz uma exibição elogiada mundialmente contra o Manchester United, só não ganha por mera infelicidade e um deslize de B. Alves e eis que eu vou cheio de vontade para ver se pela 1ª vez ouviria em directo e a cores um elogio de Tadeia em relação ao Porto… Quando questionado sobre esse grande jogo do Porto o que diz Tadeia? “Não acompanhei esse jogo”. Genial. Afinal que jogo teria acompanhado Tadeia? Um jogo da liga coreana? Dói assim tanto elogiar o F. C. Porto?
O Benfica se tivesse jogado o que o Porto hoje jogou com o City, amanhã a 1ª página da Bola e afins seria algo do estilo “Benfica infeliz. Tudo seria diferente caso o árbitro tivesse assinalado uma grande penalidade clara”. Uma vez que foi o Porto a jogar, é só esperar para ver como é que vão mandar o Porto para canto depois deste resultado contra um poderoso Manchester City, mas que não chega aos calcanhares de um Zenit ou de um Légia…
Já estou habituado a ouvir comentadores a bajular o Benfica e a desvalorizar o Porto na Liga Nacional, mas sinceramente faz-me muita confusão quando essa obsessão até já chega aos jogos das competições europeias.
6 comentários:
@ Ricardo Costa
Estou de acordo com alguns pontos que analisas neste teu extenso texto.
Pelo que tenho lido a lesão de Danilo é mesmo grave e está em risco o resto da temporada do Jogador. Para além de que o FC Porto pode ter deitado 18 Milhões ao caixote do lixo caso o Danilo não recupere devidamente.
O Maicon é um excelente Central (o melhor que os Dragões tem no plantel) e como tal nunca será um excelente Defesa Direito. Mas o VP resolveu cismar com o Sapunaru... Eu bem que avisei que isto ia acabar assim.
Apenas estou em desacordo quando afirmas que o FC Porto está com um pé de fora da Liga Europa. O resultado não é assim tão desequilibrado e há um 2º jogo para disputar.
Se o FC Porto seguisse esta lógica derrotista de alguns Portistas que ainda na semana passada se dirigiam a este FC Porto como "Porto Fortíssimo", então nem vale a pena jogar nas Ligas Europeias e muitos menos em eliminatórias.
Quanto ao que escreveste sobre a nossa Comunicação Social Desportiva, se queres a minha sincera opinião estás a perder tempo com o que não merece um terço da nossa atenção.
De todos os que enunciaste o que ainda me vai dizendo alguma coisa é o Freitas Lobo que eu gosto de ouvir e ler. O resto é tudo uma cambada de génios que percebem tanto de futebol como eu de engenharia aeronáutica.
Para terminar, resta-me apenas dizer-te que o Tadeia é tão bom profissional que até foi corrido da Direcção do Jornal OJOGO de Lisboa. E andas tu a perder tempo com este tipo.
Aquele abraço.
@The Blue One, à entrada para esta eliminatória, sendo o Porto o detentor do troféu achava que era 50/50. Depois de perder o jogo em casa e sofrendo dois golos, obviamente que o Porto fica com um pé de fora da Liga Europa.
Nas competições europeias os golos sofridos em casa pagam-se muito caro.
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Para o Porto passar seria necessário que vencesse a história. O Porto nunca ganhou em Inglaterra.Nunca.E já tivemos equipas muito mais fortes que esta e com treinadores a sério.
Para o Porto passar não basta ganhar. Teria que ganhar e marcar pelo menos dois golos.
O City em casa costuma marcar sempre,como tal o Porto teria que conseguir um resultado muito elástico, o que não me parece que esta equipa seja capaz.
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Até o Porto da época passada teria dificuldades de virar uma eliminatória destas contra uma equipa com a qualidade do City. Este Porto de VP, menos hipóteses terá. Ainda para mais sem A. Pereira,sem Danilo e com Hulk adaptado a ponta de lança e Maicon adaptado a lateral.
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Sobre o facto de considerares o Maicon o melhor central do Porto,já sabes que estamos em desacordo.Não obstante considerar que o Maicon está a atravessar um bom momento e que a adaptação a lateral só vai prejudicar a sua imagem junto da crítica e adeptos o que acaba por ser algo injusto.
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Ainda assim parece-me claro analisando o percurso de todos, que Rolando e Otamendi são os melhores centrais do Porto. Maicon tem mais experiência que Mangala,mas pelo que vi ainda ontem, considero que Mangala tem maior margem de progressão que Maicon que já não acredito que evolua muito mais.
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O Freitas Lobo quando apareceu era um comentador interessante,agora anda cada vez mais arrogante, mais pseudo intelectual e cola-se em demasia ao estilo Valdano e por vezes sai cada pérola que é de rir, como esta de analisar a expressão facial dos jogadores do Sporting com 15 minutos de jogo...
O Freitas Lobo acha-se melhor comentador do que é realmente.E por vezes comenta sobre treino e uma série de assuntos que claramente não domina e depois informa mal quem o ouve e ainda se acha suprasumo.
abraço
Gosto do blog, nunca comentei. Mas vejo-me obrigado a fazer uma ressalva.
Tenho a mesma opinião do Blue One quanto à imprensa desportiva. Não deves dar valor, até porque também é dela que nos alimentamos e tentamos ser maiores.
É a diferença dos portistas a meu ver. As coisas boas não são para elogiar, são para se fazer. E quando tudo corre bem, é o momento de criticar o que falta melhorar.
Não precisamos nem queremos colinho. Só diminui as nossas vitórias.
O caminho é o da perfeição, não o da satisfação.
A ressalva que queria fazer é para o único programa desportivo que ainda considero bastante imparcial e digno de ser ouvido. O Jogo Falado da TSF. Confesso sinceramente que ou sou muito distraido ou não se consegue mesmo descortinar o clube do Mário Fernando. O que para o bom ou para o mau que tenha a dizer, considero uma enorme virtude de um verdadeiro jornalista.
@ Anónimo
Assino por baixo tudo o que escreveu e faço votos de que no futuro possamos ler mais "ressalvas" da sua parte.
Curiosamente o programa de Rádio Jogo Jogado é também o único que ouço com bastante atenção. È de louvar que ainda existam Jornalistas que conseguem ser imparciais.
O único defeito do Jogo Jogado é o facto de o João Rosado passar a maior parte do tempo a dizer disparates, mas é algo que se aguenta.
Cumprimentos e apareça mais vezes.
@ Ricardo Costa
Eu não vou aqui discutir o Sexo dos Anjos contigo no que diz respeito á questão dos Centrais do FC Porto pois tu tens uma visão da qual nunca vai querer dar a mão á palmatória.
Apenas te digo que vejo um enorme potencial no Mangala.
Só lamento que a inteligência do Jogador seja reduzida, pois com tão pouco tempo ao serviço dos Dragões vir dizer que sonha jogar no PSG é revelador da fraca personalidade do Francês.
Aquele abraço.
Caro @anónimo, obrigada pela 1ª participação aqui no blog. Esperamos que seja a 1ª de muitas.
O jornalism desportivo ainda consegue encontrar algumas excepções de qualidade. Mas é um facto que principalmente no meio telivisivo e na imprensa escrita que se nota uma tendência muito forte e pouco profissional em grande parte dos comentários.
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Ao contrário de outros países em que a paixão é pelo jogo, aqui comenta-se pelos clubes e não pelo jogo.
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Caro @The Blue One, também não gostei nada dessa intervenção do Mangala.Dava vontade de o despachar logo. Certamente que ele deve já ter ouvido das boas.
Mas em termos técnicos tenho que admitir que o jovem francês me tem surpreendido, e ainda no jogo com o City teve que entrar a frio e conseguiu aguentar bem a pressão daquele jogo.
Parece-me um central com uma grande margem de progressão.Tem é que ter cabeça,lá está.
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grande abraço.
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