quinta-feira, 1 de março de 2012

Os dilemas de Vítor Pereira.

Aproxima-se o jogo que poderá ser decisivo na atribuição do título esta época. Se há duas semanas atrás este jogo era mais decisivo para o Porto que para o Benfica, agora a pressão inverteu-se.

Jorge Jesus que fez questão de uma forma bastante irritada, após o jogo de Guimarães, dizer que pressão era de quem vinha atrás… então por uma questão de coerência deveria dizer que a pressão agora está do lado do Benfica que está atrás.

Na imprensa que pintava um Benfica invencível já se instalou alguma insegurança e nervosismo, o mesmo que assola já os adeptos que até já criticam as opções do treinador e até já esboçaram protestos contra o seu presidente. O Benfica perdeu uma oportunidade única de matar a Liga. O Porto estrutura, equipa técnica, jogadores e adeptos, já estavam preparados psicologicamente para encarar o jogo da Luz como a última oportunidade de relançar o campeonato. O Benfica sempre encarou esse jogo como um “match point”. Uma oportunidade para fechar a Liga e sem grande pressão, uma vez que se perdessem continuariam na frente e a depender apenas de si próprios para serem campeões ao contrário do Porto.

Agora tudo mudou. O Benfica é que tem que vir para cima do Porto e tentar roubar a liderança. O Porto pode e deve jogar para ganhar e para ganhar uma vantagem de 3 pontos que na prática passarão a ser 4. Por sso mesmo, a vitória será tão importante para cada um dos rivais. Numa liga que promete ser disputada taco a taco, poderão ser decisivos os factores de desempate, um deles será o confronto directo e, por isso, quem ganhar vantagem neste clássico fica com um trunfo importante…Mas parece-me também que se estão a esquecer de incluir o Braga nesta equação…Os jogos com o Braga serão também importantíssimos para definir posições. E em confrontos directos o Porto está melhor uma vez que já derrotou o Braga enquanto o Benfica empatou.

O Benfica abordou esta época com uma atitude e uma estratégia que passava por evitar erros do passado, discursos inflamados e projectos e objectivos megalómanos… Não falariam de arbitragens até porque tudo lhes estava a correr bem. Actualmente já estão a vacilar… O presidente e os comentadores já têm que falar de árbitros para serenar adeptos que não conseguem entender como é que uma equipa perde 5 pontos de distância para o seu directo rival antes do clássico… Adeptos que podem ser enganados pela onda benfiquista, mas que também se questionam como é que se podem desculpar 5 pontos perdidos pelo cansaço de um jogo de Champions… Existe uma confiança hesitante por parte do Benfica. Por um lado a confiança de sentirem que têm jogado bem durante grande parte da época e de que terão o estádio cheio, e ainda aproveitaram a prorrogativa de anteciparem o jogo para 6ª prejudicando assim a preparação do Porto para o clássico…Mas o que os assusta mais é o que acontece se o Porto ganhar novamente na Luz…Principalmente este Porto de Vítor Pereira. Um Porto eliminado da champions e derrotado de forma clara pelo City e que mereceu tantos sorrisos por parte dos benfiquistas…Como ficarão esses benfiquistas se este Porto em crise, que não joga o mesmo futebol da época passada, que tem Hulk em baixo de forma, que tem um treinador no banco que não inspira confiança de ninguém…este Porto que está longe do que pode fazer e que mesmo assim está empatado em pontos com o melhor Benfica…? Eles obviamente terão que pensar…Se o Porto mal tem os mesmos pontos que o tal super Benfica e até tem vantagem na diferença de golos, imaginem se entretanto o Porto arranca para um bom final de temporada…Seria um rude golpe no orgulho benfiquista já tão mal tratado na época passada com goleadas, eliminações da taça, festas de título na Luz sem luz e com muita água à mistura…

Foi devolvida uma nova vida a este F. C. Porto de Vítor Pereira e agora caberá a ele tomar as decisões estratégicas de como gerir esta nova oportunidade e não a desperdiçar pois poderá não haver outra.

Que Porto poderemos esperar para a Luz? Com a mesma estratégia caso estivesse a 5 pontos do Benfica? Será isso aconselhável? O Porto da 1ª parte no Dragão com o City? O Porto mandão em grande parte do jogo em Manchester, capaz de circular a bola rápido e criar desequilíbrios e assumir as despesas do jogo? Ou o Porto lento e previsível visto neste último jogo numa exibição tirada a papel químico de tantas outras já efectuadas esta temporada?

E a atitude? Será a de querer segurar um empate como fez em Alvalade, jogando directo para um Hulk totalmente isolado? Ou será a de um Porto que quer deixar vincado que o campeão voltou para ficar e que quer dar um golpe bem forte na moral benfiquista no seu próprio estádio? O mesmo Porto que no ano passado deu esse grito de revolta nos jogos com o Benfica, vai decidir aparecer? Vítor Pereira dará oportunidade para que a equipa se exprima dessa forma em campo?

Muitas interrogações passarão pela mente de Vítor Pereira. E se estrategicamente já teria muito que pensar, esta alteração pontual juntada ao facto de receber grande parte dos jogadores a 48h do jogo e de ainda poder ter que superar ausências como as de Varela e James, obrigará a que V. Pereira tenha que repensar muito do plano de jogo. Vamos então por sectores:
- Defesa

Porto perdeu Danilo para esta importante batalha, mas por outro lado nas últimas semanas tivemos a boa notícia da recuperação de Sapunaru como opção. O que fará Vítor Pereira? Optará por manter a aposta de Maicon na direita, amputando assim a equipa de um apoio ofensivo num flanco e reforçando o jogo interior em termos defensivos, esperando por extremos do Benfica que jogam muito por dentro, como Gaitan ou Nolito ou Bruno Cesar? Olhará Vítor Pereira primeiro para a forma do Benfica atacar e a melhor forma de o parar, ou a sua preocupação será mais no processo ofensivo do Porto e deixar que seja o Benfica a ter que se adaptar…?

Sapunaru oferece rotinas de lateral direito, a capacidade de dar apoio ao extremo. É um lateral que sabe subir sem ser no entanto tão ofensivo como Danilo, por exemplo. No entanto, relativamente a Maicon tem a enorme vantagem de ter rotinas na posição e não se limitar a defender. O ponto a menos para Sapunaru poderá ser este tempo longo de paragem e a falta de ritmo para um jogo que se prevê muito quente.

Com Maicon a lateral, o Porto perde aquele que é neste momento o central em melhor forma. Otamendi tem estado em baixo de forma, mas assim teria que formar dupla com Rolando. Há também o problema da mensagem que se passa para dentro do campo… A mensagem de que é mais importante não perder do que tentar ganhar.

A decisão que Vítor Pereira tomar em relação ao lateral direito irá influenciar não apenas a forma do Porto se posicionar a defender, mas acima de tudo muito da forma como o Porto abordará o jogo no momento de transição ofensiva e de organização ofensiva.

- Meio campo

Muitos pensarão que aqui não haverá margem para discutir. Os nomes estão mais que escolhidos: Fernando, Moutinho e Lucho. Disso não restam grandes dúvidas. Seria importante que o Porto não recebesse um Moutinho muito desgastado. Isto porque neste jogo, mais que em muitos outros será importantíssimo o desempenho do trio do meio campo portista e a sua coesão. Provavelmente jogarão em inferioridade numérica em relação à estrutura táctica do Benfica. Será então necessária muita inteligência na ocupação de espaços e a capacidade de fazer o campo parecer pequeno quando o Benfica ataca, mas terem a capacidade de serem rápidos a abrir os caminhos para o ataque portista mal o Porto recupere a bola.

Aqui também Vítor Pereira terá que assumir uma posição estratégica. Desde o regresso de Lucho que Vitor Pereira tem aproveitado Lucho em terrenos mais adiantados, quase como 2º avançado por vezes, fazendo a aproximação a Janko mais do que propriamente sendo o maestro da equipa. Janko por ser um ponta de lança tão fixo, obriga a ter apoios mais directos. Lucho aparece por isso frequentemente nesses espaços para tentar aproveitar as 2ªas bolas de Janko para tentar rematar ou assistir um companheiro.

Daí que como vemos, tudo estará relacionado e será também importante saber quem será a referência ofensivo portista, se Janko, se um avançado mais móvel, assim como será necessário saber que tipo de extremos serão escolhidos e a sua capacidade para fecharem no meio e ajudarem a equipa nas missões defensivas.

Parece-me que para este jogo seria recomendável que Lucho recuasse uns metros no terreno. Tem sido claro o enorme espaço que vai entre a dupla Fernando/ Moutinho e Lucho. Moutinho constrói mais desde trás e é o 1º a iniciar a construção, num papel que pertencia a Lucho nos tempos de Jesualdo Ferreira em que Lucho era essencial para lançar a tão propalada transição rápida nos momentos em que o Porto recuperava a bola. Moutinho é mais dinâmica mas não é tão forte como Lucho a fazer esse passe.

Neste jogo, a batalha a meio campo não se poderá dar ao luxo de dispensar el comandante, que para além de maestro terá que ser operário neste jogo. Lucho terá que descer uns metros e juntar-se a Moutinho e Fernando na luta a meio campo. O meio campo portista tem que jogar mais junto, dar mais apoios e linhas de passe e terá que alternar as subidas de Moutinho com as de Lucho. Será importante que Lucho utilize toda a sua inteligência táctica para fechar linhas de passe, e deixar o trabalho mais pesado de recuperação para o Polvo Fernando e para João Moutinho.

- Ataque

Este será porventura o maior quebra-cabeças para Vítor Pereira. Se antes de se conhecerem as possíveis ausências de Varela e James já era difícil de adivinhar a estratégia, agora será ainda pior.

Qual será a opção? O Porto com Janko na frente? Um jogador com pouca mobilidade mas capaz de dar lutar no confronto aéreo com os centrais benfiquistas? Poderá a opção recair em Hulk e jogar tal como em Alvalade com 10 mais Hulk? Com extremos mais preocupados em defender e com a equipa a tentar jogar nas costas da defesa adversaria pedindo a Hulk que preencha toda a zona ofensiva, com as dificuldades que Hulk tem em jogar de costas voltadas para a baliza que toda a gente conhece…?

Janko pressupõe uma de duas situações: ou um jogo directo para ele, uma vez que o Porto será bastante pressionado na sua 1ª zona de construção, e assim terá sempre uma saída fácil para sair da zona de pressão sem se arriscar a perder a bola em zonas proibitivas como tem acontecido nos últimos jogos, com principal destaque para as falhas comprometedoras com o City. A solução será então jogar para a referência Janko esperando que ele ganhe os duelos aéreos com Luisão, ou que pelo menos possa forçar o erro. Ou então a opção Janko poderá fazer parte de um plano mais ambicioso e corajoso. Um Porto que pretende assumir o jogo, ter a bola, e por isso poderá necessitar de alguém que se fixe perto dos centrais e que seja capaz de acorrer aos cruzamentos de Hulk ou Alvaro Pereira. Duas estratégias diferentes e que são perfeitamente plausíveis com Janko como solução.

Se o objectivo fosse repetir os últimos onzes, então Hulk ficaria na direita, com mais liberdade mas sem apoios caso Maicon seja o escolhido para lateral direito, ou com o apoio de Sapunaru que já conhece a forma de Hulk jogar e como o apoiar nos momentos certos.

Varela seria o natural escolhido por Vítor Pereia para a esquerda. Um jogador que vem subindo de forma, que costuma dar-se bem nos jogos com o Benfica e que oferece equilíbrio à equipa. Um jogador que vigiaria de perto as subidas de Maxi e o obrigaria a atenção reforçada.

James seria uma apostada mais arrojada, uma vez que nem nos jogos com equipas mais pequenas em casa, VP tem arriscado a titularidade do jovem colombiano. Vítor Pereira gosta mais de o ver como um agitador saído do banco. Com James acabam-se as amarras tácticas e dele se pode prever o imprevisível sempre que tiver a bola nos pés. Muitos movimentos interiores mas também a capacidade para assistir companheiros mesmo partindo de uma linha, tal como Hulk faz no flanco contrário. James poderia ser importante para se aproximar mais de Janko podendo assim Lucho organizar o jogo uns metros mais atrás.

Se James estiver em condições físicas acredito que ainda possa ser um trunfo a lançar durante os 90 minutos para agitar o jogo portista e semear a dúvida nas marcações da defesa benfiquista.

Ora estes dois jogadores seriam duas excelentes soluções, mas a sua possível ausência lança a duvida… Quem acompanha Hulk? Jogará Hulk no meio novamente, ou terá Janko esse papel?

O Porto vai querer assumir o jogo e ter bola? Ou vai entrar na expectativa sabendo que é líder e que o Benfica terá que assumir o risco, e o Porto assim poderá aproveitar mais para jogar em transições? E se esse for o objectivo, será mesmo Janko a melhor solução para esta estratégia de jogo? Um jogador com pouca mobilidade e que precisa de ser servido? Seria menos um para esse tipo de acções, a não ser que a estratégia seja o jogo directo para Janko e que ele seja capaz de segurar a bola permitindo a subida da equipa no terreno.

Cebola Rodriguez e Djalma serão as opções com mais possibilidades de entrarem na equipa face às ausências de Varela e James. Curiosamente ambos foram titulares naquele empate em Alvalade em que o Porto jogou para o pontinho.

Cebola Rodriguez a jogar será no lado esquerdo do ataque, permitindo que Hulk possa assumir a direita. Cebola poderia dar nervo à equipa. Acrescenta raça e entrega e ,por um lado, pode ser um precioso apoio nas missões defensivas e ser mesmo o 4º jogador a fechar no meio campo e ajudar a encravar as transições fortes e verticais do jogo do Benfica, abrindo logo de seguida na esquerda mal o Porto recuperasse a posse de bola.

Ponto negativo em relação a Rodriguez, é que não apresenta a mesma frescura física de outrora para correr tanto tempo com a mesma intensidade. Outra desvantagem é a sua incapacidade para desequilibrar… Nesse quesito fica claramente atrás de James e Varela. É esforçado mas não é um jogador de grande criatividade. É um jogador de entrega.

Outra hipótese será Djalma. Djalma que antes da Can já se havia tornado um indiscutível de Vítor Pereira, ainda que as suas exibições parecessem sempre sem sal. Djalma é um jogador rápido e muito vertical, mas que desde que chegou ao Porto demonstra ainda sentir alguma pressão sempre que veste a camisola azul e branca. A camisola ainda lhe pesa. Isso nota-se principalmente no tipo de decisões que toma em termos ofensivos. Falta-lhe assumir o risco, ter o discernimento necessário para saber quando meter a 5ª e arrancar para cima dos defesas, ou quando fazer o passe. Como sabe que não cria grandes desequilíbrios ofensivos e como demonstra algum receio de tomar esse tipo de decisões, Djalma opta antes por ajudar a equipa em termos defensivos. Aproveita a sua velocidade para funcionar quase como um 2º lateral direito.

Acontece que Djalma sempre que jogou, foi com Hulk no meio. Djalma não jogará certamente na esquerda. A entrada de Djalma poderá pressupor a passagem de Hulk para o meio e a titularidade de Cebola Rodriguez, numa abordagem cautelosa e pouco ambiciosa em tudo idêntica à que Vítor Pereira apresentou em Alvalade…Uma táctica que coloca demasiadas expectativas na capacidade de Hulk assumir as despesas ofensivas praticamente sozinho. Hulk contra o Mundo. O que ainda para mais numa fase em que Hulk não vive um grande momento, significará vermos um Hulk perdido em campo, frustrado por não poder arrancar no um para um, e um Hulk que será mais individualista que nunca…Não me parece que seja o melhor neste momento nem para Hulk nem para o Porto, estar a retirá-lo do seu habitat natural.

Outra solução seria passar Hulk para a esquerda… Esta opção teria maior sustentação caso Janko assumisse a posição de ponta de lança… Na esquerda Hulk feria menos movimentos para a zona de finalização, mas teria que ir mais vezes à linha de fundo e poderíamos ver aquelas jogadas como vimos em Manchester em que Hulk ganha a linha e faz um cruzamento remate que desviado é quase golo certo. Em Manchester faltou Janko para encostar… Na Luz Janko poderá dar essa opção.

O problema de Djalma na direita será a pouca profundidade ofensiva que a equipa terá, quase como que optando antes por defender aquele flanco, do que propriamente atacá-lo…Principalmente se Maicon for escolhido para lateral direito. Não tem grande lógica ter um extremo que funcione quase como segundo lateral, quando já se joga com um central a lateral direito.

Outra opção que parece totalmente descartada e confesso que para alguma surpresa minha…é a opção por Kleber. Desde a chegada de Janko que parece que Kleber foi ostracizado e deixou de ser opção.

Aquilo que poderia ser um bom momento para Kleber ir entrando no decorrer dos jogos e ir crescendo sem tanta pressão, transformou-se antes numa desculpa para o afastar da equipa…Deverá andar perdido no mesmo laboratório onde anda perdido Iturbe…

Kleber em termos estratégicos até seria uma opção bastante lógica para se ter em conta neste tipo de jogo. Se o Porto quiser apostar num futebol de transições mas não quiser sacrificar Hulk, então o jogador ideal para preencher a vaga no centro do ataque seria Kleber. É claro que ele tem acusado a pressão, que tem tido dificuldade em gestos técnicos essenciais como a recepção e o passe, mas a verdade é que é um avançado que oferece mais mobilidade que Janko. E de nada valerá ter Janko na área se a equipa não jogar com ele. Kleber não necessita tanto desse tipo de adaptação colectiva às suas características. É mais rápido e móvel que Janko e o seu lançamento para o onze inicial poderia até funcionar como uma boa forma de surpreender Jorge Jesus que esperará as várias soluções debatidas neste texto, mas não a aposta em Kleber que nem convocado foi para o último jogo. Há ainda a vantagem de Kleber não ir à selecção e ter esta semana para treinar com a equipa e ser preparado para este jogo com o Benfica. Não nos esqueçamos também que Kleber já marcou ao Benfica na 1ª volta e teria esse factor motivacional a seu favor também…

Outra opção, no entanto um pouco mais improvável seria a apostar em Alex Sandro para extremo esquerdo. Trata-se de um lateral com grande aptência para atacar. Creio no entanto que poderá ser uma opção a lançar durante o jogo sempre e quando a equipa não tenha soluções para as faixas no banco. Este jogo poderia ser uma situação dessas.

Muitas duvidas, muitas questões e muitos nomes que estarão dependentes não apenas da questão física, mas principalmente do tipo de abordagem e plano de jogo que Vítor Pereira terá para o importante jogo da Luz. Seja qual for o planeamento só espero que seja ambicioso e que encare um jogo como um jogo para buscar a vitória e não para defender o pontinho como em Alvalade. Desejo que o Porto aborde este jogo com a coragem e a ambição de campeão.

E para que não digam que só levantei questões e não arrisquei em dar as soluções, deixo aquio onze que eu escolheria para o clássico: Helton, Sapunaru, Maicon, Rolando, Alvaro Pereira ; Fernando , Moutinho, Lucho ; Cebola Rodriguez, Hulk e Janko.

Optaria por recuar Lucho uns metros no terreno, pedir a Cebola que apoiasse no meio sempre que o Porto perdesse a bola e que abrisse na esquerda sempre que a equipa recuperasse a bola. Pediria também que fechasse por dentro, dando a oportunidade para que Alvaro Pereira pudesse aparecer no momento ofensivo e cruzar bolas para Janko. Não descartaria ao longo do jogo de lançar nomes como: Kleber, Djalma e Iturbe ( se bem que VP parece ter-se esquecido de Iturbe no laboratório…). Outras opções a entrar mais conservadoras seriam Defour e Otamendi. Outra opção consoante a questão física dos jogadores regressados das selecções poderia ser também a entrada de Alex Sandro.

Acima de tudo espero que VP apresenta uma equipa que vá à Luz para ganhar e para demonstrar que merece ser campeã mesmo numa época com tantos momentos menos bons. Uma equipa que dê finalmente o grito de revolta e que demonstre que o campeão voltou e que vai à Luz reclamar o seu trono.

2 comentários:

Pedro Silva disse...

@ Ricardo Costa

Uma longa mas excelente analise ao importante jogo que aí vem.

Não creio que o Benfica vá entrar para ganhar e acredito que o catedrático da bola vá colocar a sua equipa á defesa e a espeitar o contra ataque. Como diz o Povo "Gato escaldado da água fria tem medo" e o JJ já levou que chegue do actual FC Porto para além de ter caído com estrondo do Pedestal dos 5 pontos de vantagem.

O grande problema é mesmo o VP. Se lhe dá para inventar então o FC Porto não tem hipóteses.

Espero sinceramente que o Treinador dos Dragões não se lembre de colocar o excelente Maicon a Defesa Direito mas sim a Central no lugar do alienado Otamendi. E também espero que o Sapunaru jogue pois pode não ser um primor como Jogador mas sempre é um Defesa Direito que sabe o que faz na sua posição e não um Jogador adaptado á força.

E o VP que deixe o Djalma no banco que o varela dá conta do recado até á entrada de James.

Vamos a ver no que isto vai dar. Mas nada de excessos de confiança como já li em muitos outros espaços Azuis e Brancos. O Benfica pode ser treinador por um bronco mas é uma equipa de respeito que merece ser olhada com cuidado.

E mais não digo senão estrago a minha antevisão do jogo que saíra daqui a pouco XD

Aquele abraço.

Ricardo Costa disse...

Obrigado pelo comentário @The Blue One.
Concordo quase na totalidade com aquilo que escreveste.
O Varela infelizmente não poderá dar o seu contributo uma vez que está lesionado.
Acredito que o James, estando em condições mínimas vai a jogo,nem que seja só uns 20 minutos.
Tendo apenas Djalma, Iturbe e Cebola como opções acho que a escolha mais sensata será pelo Cebola.
Já não é mau o facto de desta vez o VP ter convocado o Kleber e o Iturbe...Ao menos isso...
.
Sobre o Jesus,eu não acho que ele seja o problema do Benfica.Foi ele que criou esta equipa que é o melhor Benfica da última década ou mais.Mas é uma equipa que não é perfeita,longe disso e que tal como o seu treinador por vezes deixa-se cair em armadilhas da megalomania.
No entanto,até no discurso e mesmo nas opções tácticas,o Jesus anda este ano mais calmo.
Falhou com estrondo nos últimos dois jogos e perde 5 pontos.
Não acredito que ele vá jogar assim com o Porto...Vai ter outra cautela.O Witsel vai encostar no Javi Garcia e provavelmente o Rodrigo nem joga...Coloca o Aimar nas costas do Cardozo e reforça o meio campo com o B. Cesar.
No entanto,até pela pressão do público,o Benfica será obrigado a assumir o jogo ou pelo menos discutir a posse de bola.O Benfica nãos abe jogar de outra forma no seu estádio principalmente.
O empate apesar de poder deixar o Benfica com vantagem no confronto directo será um golpe anímico mais duro para o Benfica do que para o Porto.
Para o Benfica será mais duro porque sabe que podia ter sentenciado o campeonato e significaria deixar escapar 8 pontos em 3 jornadas.
Para o Porto significava sair da Luz com as suas opções intactas e uma equipa que ganha um novo ânimo na luta pelo título.
Vamos ver...Estou como tu.Só espero que não haja invenções e que o Hulk jogue na faixa,que o Porto jogue com ponta de lança de raíz e que o Maicon jogue a central com o Sapunaru na direita.

grande abraço.