O F. C. Porto treinado por Vítor Pereira para surpresa de grande parte dos portistas (eu incluído) passou de uma situação de ter a liga quase perdida, para neste momento ter uma vantagem de 3 pontos para o Benfica após uma exibição personalizada no Estádio da Luz.
Na projecção do jogo eu pedia a Vítor Pereira que independentemente das tácticas, da escolha de jogadores, que abordasse o jogo com uma postura corajosa. Que fizesse exactamente o contrário do que tinha feito em Alvalade, quando por falta de ambição, se contentou com um empate e deixou o Benfica escapar naquele que, para mi ,teria sido o momento decisivo para perder o campeonato.
Felizmente enganei-me. Vítor Pereira teve o mérito de mesmo sem exibições de encher o olho e com vários equívocos e obsessões estranhas como a de Maicon como lateral direito, de ir ganhando os seus jogos. Também teremos que ser honestos e afirmar que se o Porto está na corrida muito o deve ao facto de Jorge Jesus ter cometido erros grosseiros que ninguém esperaria, devolvendo assim a hipótese de o Porto voltar à luta. Um outro clube, com outra estrutura e outro treinador nunca permitiria que se perdessem 5 pontos de vantagem antes de um jogo que até poderia arrumar em definitivo as contas do título.
Mas com o mal do Benfica pode o F. C. Porto bem… E enquanto eles preferirem olhar apenas para erros de arbitragem (o mesmo clube que passou uma época a dizer que não falaria de arbitragens, e cujo presidente ainda há 3 semanas dizia que a arbitragem estava francamente melhor e que não falaria de arbitragens…), e não repararem nos erros crassos que cometeram… mais o F. C. Porto estará perto de ganhar a Liga.
Hoje, como sempre, o Benfica perde-se em encontrar desculpas para os seus fracassos em factores externos ao invés de ter a capacidade de auto critica para poder melhorar. O F.C. Porto hoje como sempre, apresenta uma estrutura mais forte. Responde no campo. Tem apostas de risco, tem personalidade e carácter.
Vítor Pereira que tanto criticamos parece ter guardado o melhor para o grande momento da época. Nem parecia o mesmo treinador que se contentava com um empate em Alvalade. Ele teve a tal coragem que um campeão tem que ter. Mesmo sabendo que entrava em igualdade pontual, entrou para encostar o Benfica. Mandou a equipa subir e pressionar o Benfica o mais alto possível.
O facto de toda a imprensa e o próprio Jesus desvalorizarem este F. C. Porto só aumentou ainda mais o efeito surpresa que Vítor Pereira quis apresentar. O Benfica esperava um jogo inicialmente táctico de respeito mútuo, mas o Porto partiu logo para cima sem receios. Não foi tanto na forma como Vítor Pereira montou a estrutura táctica. Aí, voltou a insistir no erro de colocar o central em melhor forma do Porto a lateral… No entanto, foi na atitude e na estratégia que demonstrou que, não obstante essas opções, que a ideia era que só a vitória interessava.
Mas o verdadeiro teste de coragem estava para vir… Após o Benfica passar para a frente do marcador, temi o pior. Pensei que a partir dali o Porto arriscava-se a cair a pique. Vítor Pereira contrariando toda a sua conduta recente e o seu histórico, decide agitar o jogo com James bem cedo, não esperando para ver como paravam as modas. Não demorou como de costume a mexer na equipa. Reagiu e colocou as fichas todas. Mais que isso, quando esperavam a substituição típica de trocar o Djalma (com um amarelo e que vinha sendo uma nulidade), eis que Vítor Pereira surpreende tudo e todos e tira Rolando. Mais do que a mudança táctica da passagem de um extremo amarelado para lateral e a entrada de James, foi a mensagem passada para dentro do campo e para os adeptos. O grito de toque a reunir a dizer claramente que o jogo e a liga estavam longe de estar terminados e que o Porto ainda tinha uma palavra a dizer.
Vítor Pereira já com o empate no bolso e com a vantagem anulada no confronto directo, arriscou ainda mais. Foi o Vítor Pereira mais corajoso que vimos durante toda a época. Ele demonstrou que não queria o empate para nada, queria os 3 pontos e arrisca muito (até considerei na altura um risco demasiado grande), tirando Moutinho e mandando Kleber a jogo, deixando a equipa partida num claro 4-2-4 com 4 jogadores de ataque e ainda Lucho a ser um dos dois a meio campo. O risco compensou e a coragem venceu. O golo apareceu de bola parada em fora de jogo, mas adivinhava-se como o cenário mais provável tal a pressão asfixiante do Porto que empurrava o Benfica para trás. O empate até poderia ter surgido de penalti… Mas pelos vistos os mesmos que se indignam com o fora de jogo acham perfeitamente normal e aceitável que Cardozo jogue voley dentro da área. Mesmo em voley seria falta, porque joga duas vezes a bola com a mão. O Porto encostou o Benfica às cordas…Exactamente o contrário do que Jorge Jesus fizera na 1ª volta no Estádio do Dragão. Aí, o Benfica chega ao 2-2 e todos reparamos que se carregasse um bocadinho mais, era provável que até saísse com a vitória… no entanto, Jorge Jesus preferiu ter uma abordagem conservadora e guardar o empate…Logo ele que tem sempre um discurso tão optimista e arrojado. No momento em que o podia demonstrar em campo, preferiu segurar o empate.
Mas esta coragem que é o título deste texto, não se trata apenas da coragem de Vítor Pereira. Refiro-me também à coragem de Pinto da Costa e da estrutura do F. C. Porto que uma vez mais deu uma lição. Independentemente do que venha a acontecer para a frente, deu uma lição.
Basta olhar para o Sporting… Domingos não era sequer contestado e foi precipitadamente despedido… Aquele que fazia parte da solução foi sacrificado como sendo a raiz de todos os males do Sporting.
Pinto da Costa desde o início viu Vítor Pereira a ser altamente contestado, o próprio Pinto da Costa assistiu à forma como a equipa viu esfumar-se as suas hipóteses nas competições europeias, viu a forma como fomos eliminados da taça e como parecia haver um divórcio entre jogadores, massa adepta e treinador.
Quando muitos de nós previam já que o melhor seria a mudança e começar a preparar a próxima época e que esta seria para esquecer. A verdade é que Pinto da Costa nunca desistiu. Não desistiu da Liga, e prova disso foi quando contrata Lucho e Janko, dois jogadores que fogem à política de contratações do F. C. Porto que está mais voltada para o investimento em jogadores jovens. Pinto da Costa e a estrutura F. C. Porto com esses dois reforços demonstram que ainda acreditam que é possível ganhar esta época e que a aposta era para o presente.
Basta olhar para o Sporting… Domingos não era sequer contestado e foi precipitadamente despedido… Aquele que fazia parte da solução foi sacrificado como sendo a raiz de todos os males do Sporting.
Pinto da Costa desde o início viu Vítor Pereira a ser altamente contestado, o próprio Pinto da Costa assistiu à forma como a equipa viu esfumar-se as suas hipóteses nas competições europeias, viu a forma como fomos eliminados da taça e como parecia haver um divórcio entre jogadores, massa adepta e treinador.
Quando muitos de nós previam já que o melhor seria a mudança e começar a preparar a próxima época e que esta seria para esquecer. A verdade é que Pinto da Costa nunca desistiu. Não desistiu da Liga, e prova disso foi quando contrata Lucho e Janko, dois jogadores que fogem à política de contratações do F. C. Porto que está mais voltada para o investimento em jogadores jovens. Pinto da Costa e a estrutura F. C. Porto com esses dois reforços demonstram que ainda acreditam que é possível ganhar esta época e que a aposta era para o presente.
Por outro lado, Pinto da Costa nunca deixou cair Vítor Pereira. Tal como noutros momentos, ele deu estabilidade ao treinador contra tudo e todos.
Mas isso também não significou que Pinto da Costa seja cego e não leia os sinais que a equipa dá… Uma pequena revolução foi sendo operada mas sem dar muito nas vistas. Começou pelos jogadores (a mudança mais visível foram as saídas de Guarín e Belluschi, e a entrada de Janko e acima de tudo do Comandante Lucho), mas também e esta é a menos comentada, a mudança na equipa técnica.
Pinto da Costa segurou Vítor Pereira mas não aceitou segurá-lo a todo o custo, fechando os olhos para os problemas. Foram feitas mexidas para que a máquina começasse a funcionar de uma vez por todas. Por um lado, Pinto da Costa desceu ao balneário, mais que uma ve , para demonstrar a um balneário que vinha de uma época de sucesso com AVB, que teriam que respeitar a autoridade de Vítor Pereira e que ele não estaria dependente da vontade dos jogadores. Esse tipo de actuação foi fundamental… Não se pode deixar que os jogadores tomem conta dos destinos do clube e decidam sobre treinadores. Veja-se o péssimo exemplo do Chelsea. No Porto segue-se uma lógica vencedora em que toda a gente sabe quem manda. Presidente é quem decide, treinador está lá para treinar e jogadores para jogar. Não há qualquer tipo de alteração nesta pirâmide nem interferências.
Pinto da Costa segurou Vítor Pereira mas não aceitou segurá-lo a todo o custo, fechando os olhos para os problemas. Foram feitas mexidas para que a máquina começasse a funcionar de uma vez por todas. Por um lado, Pinto da Costa desceu ao balneário, mais que uma ve , para demonstrar a um balneário que vinha de uma época de sucesso com AVB, que teriam que respeitar a autoridade de Vítor Pereira e que ele não estaria dependente da vontade dos jogadores. Esse tipo de actuação foi fundamental… Não se pode deixar que os jogadores tomem conta dos destinos do clube e decidam sobre treinadores. Veja-se o péssimo exemplo do Chelsea. No Porto segue-se uma lógica vencedora em que toda a gente sabe quem manda. Presidente é quem decide, treinador está lá para treinar e jogadores para jogar. Não há qualquer tipo de alteração nesta pirâmide nem interferências.
Depois, Pinto da Costa fez ver a Vítor Pereira que a confiança mantinha-se mas que algo tinha que ser feito. E foi. Sem se falar muito nisso (mais uma vez mérito para a estrutura do F. C. Porto que conseguiu abafar bem essa situação), houve uma alteração na hierarquia da equipa técnica. Rui Quinta desaparece do banco, onde era o braço direito de Vítor Pereira e passa para a bancada. Para o seu lugar entra o jovem Filipe Almeida que era o 3º na hierarquia.
O facto de Paulinho Santos entrar na mesma altura do reboliço do Sporting pela demissão de Domingos, foi um timing perfeito. O momento certo. Todos estavam tão entretidos com a novidade Sá Pinto que até brincaram com o ingresso de Paulinho na equipa técnica e disseram que era uma resposta à agressividade de Sá Pinto então contratado para o Sporting…
Esse tipo de graçola e a forma ligeira como trataram do assunto serviu os interesses do Porto. Porque enquanto não se reparava, mudanças iam acontecendo na equipa técnica e ninguém dava por isso. Poderia ter-se alimentado polémica. Falar da desautorização de Vítor Pereira por se colocar um novo adjunto numa equipa técnica que tinha sido escolhida por Vítor Pereira. Nenhum treinador gosta muito que interfiram na sua equipa técnica… Ao simplificarem tudo, foi-se deixando escapar a mudança global. Rui Quinta desapareceu do banco e tal nunca foi questionado a Vítor Pereira e foi dado estabilidade ao clube num momento de algumas mudanças com o intuito de ainda se conseguir lutar pelo título.
Sentiu-se o pulso do balneário e quem acompanha diariamente a equipa fez claramente um relatório sobre o que podia ser melhorado. É importante perceber que um treinador não tem de saber de tudo ou ser o melhor em todas as vertentes. Daí a existência de uma equipa técnica. Nem todos podem ser Mourinho e concentrarem em si grande parte de todas as decisões e serem óptimos em treino, táctica, leitura de jogo, observação, e ainda ser perito em liderança e relações interpessoais. Por isso a constituição de uma boa equipa técnica é fundamental para o sucesso. Não raras vezes vemos treinadores principais da velha guarda a apresentarem excelentes resultados e logo aí as pessoas tendem em desvalorizar o trabalho de um treinador e dizem que só a motivação é que conta…
Não é bem assim… Esses treinadores têm a humildade suficiente para saberem rodear-se de pessoas que dominam novas metodologias e que os podem auxiliar nesse tipo de questões mais técnicas e deixar-lhes a questão da liderança e outro tipo de pormenores mais humanos e menos científicos. Tem que haver esse misto. Por isso Ferguson tem uma carreira tão longa e cheia de sucessos. Ele soube-se adaptar à mudança dos tempos e quando reparou que já estava desactualizado, soube rodear-se de adjuntos capazes de darem um upgrade em termos de treino e até tácticos deixando a parte da liderança e do balneário e a sua gestão para Ferguson.
O mesmo se passou esta época na equipa técnica do F. C. Porto. Não me agradou muito a composição da equipa técnica de Vítor Pereira e por aí também começou uma série de erros no planeamento. O objectivo para n.º 2 seria Bruno Moura, treinador do Santa Clara…Uma vez não assegurado esse objectivo, a solução acabou por parecer de recurso e aposta-se em Rui Quinta que, com todo o respeito, tem um percurso e um perfil totalmente diferente do de Bruno Moura. Um treinador jovem, com outro tipo de formação científica e uma forma diferente de ler o jogo de Rui Quinta.
A escolha de Semedo também me pareceu francamente desajustada. Em todas as equipas técnicas é necessário ter um adjunto que seja o chamado adjunto de balneário. O adjunto que passe mais tempo com os jogadores, que esteja atento aos sinais que vão dando, que seja capaz de os moralizar e de dar mensagens particulares de motivação a cada um nos momentos certos.
Um treinador não pode estar atento a tudo e por isso precisa de delegar. Esse adjunto de balneário tem que ser alguém que os jogadores respeitem e que seja capaz de ser um símbolo da mística do clube. Capaz de a passar aos que chegam e capaz de transmitir os valores do F. C. Porto. Semedo parecia-me ser uma personalidade algo acanhada para ter esse tipo de papel. Mesmo em termos de projecção externa não é um símbolo que se consiga relacionar com uma franja de adeptos mais jovens.
Só quem está lá dentro do balneário saberá como era a sua relação com os jogadores, se estes o respeitavam e se conseguiam ver nele um confidente. Alguém capaz de animar o grupo mas tem capaz de dar estímulos a cada jogador atendendo às características específicas da personalidade de cada um.
Após mais de meia época a estrutura decidiu intervir. A ideia com que fico é que Pinto da Costa e Antero Henrique reuniram-se com Vítor Pereira e disseram-lhe que ele iria manter-se até ao final da época e que tinha a confiança e o respaldo da estrutura. Mas que teriam que haver mudanças e fazerem-se ajustes. E então Rui Quinta saiu do banco. Rui Quinta passava uma imagem que não seria do agrado da estrutura, e por outro lado via-se mais no momento das substituições e parecia mais um 2º treinador principal. Não tinha o perfil de adjunto que se requer no banco de suplentes, principalmente para um treinador com as características de Vítor Pereira. São dois treinadores que claramente preferem a vertente do treino e é aí que se sentem mais confortáveis.
Rui Quinta é um treinador de campo. Não tanto um observador ou um perito em táctica e em ler o jogo. O adjunto que Vítor Pereira precisava, era alguém que fosse menos interventivo, porque essa função já o Vítor Pereira a preenche, mas que fosse mais atento às questões tácticas e à leitura do jogo. Alguém capaz de estar na sombra, e que possa tirar notas e repare em aspectos individuais e colectivos que o treinador principal no decorrer do jogo não consegue dar tanta atenção.
Não conheço o trabalho de Filipe Almeida para fazer grandes considerações. Mas é um treinador mais jovem, que tem outro tipo de trajecto diferente de Rui Quinta e que apresenta uma postura no banco totalmente distinta. Quinta mais vistoso, Filipe Almeida mais agarrado ao seu bloco de notas e a trocar impressões com Vítor Pereira em momentos pontuais passando as mensagens que lhe parecem essenciais. E este tipo de interacção entre adjunto e principal, são capazes de mudar a face de um jogo.
Por outro lado nota-se que Paulinho tem outro carisma que Semedo não tinha. Paulinho ocupa o lugar agora que era de Pedro Emanuel na época passada. O adjunto do balneário. Aquele que é capaz de ser um líder by example para os jogadores. Um jogador que é um verdadeiro símbolo da mística F. C. Porto e com uma história na instituição quase ímpar em termos de dedicação e empenho.
Com esta reformulação a meio da época, a estrutura do F. C. Porto deu uma lição de gestão desportiva. De como nem sempre uma chicotada psicológica com estrondo é a solução e, como é importante apostar nas soluções internas e tentar dar a volta com aquilo que o clube tem antes de partir para medidas tão radicais a meio da época. O F. C. Porto deu assim uma lição de coragem e sagacidade dentro e fora do campo.
8 comentários:
EXCELENTE GOLO.
SAUDAÇÕES PORTISTAS.
PORTO PORTO PORTOshowill
@ Ricardo Costa
Excelente texto. È longo mas é dos melhores textos que escreveste até agora.
Ao contrário de muito boa gente eu nunca defendi a saída do Treinador do FC Porto a meio da Temporada. Quando muito achava que da maneira que as coisas estavam que no final da temporada o Vítor Pereira sairia do Clube.
Não vou aqui dizer se ele é bom ou mau treinador pois a época ainda não terminou e muita coisa ainda vai acontecer e também há aquilo que dizes e bem: a temporada foi planeada á balda. Ainda bem que a estrutura reagiu e reagiu bem.
Quanto ao assunto Semedo, na pré temporada eu tinha aqui levantado a questão de se José Semedo seria o Homem certo para ser o tal Treinador de Balneário. Na altura só faltou baterem-me pois fui atacado por todos os lados e agora foi o que se viu.
Quanto ao Rui Quinta, eu também tinha as minhas dúvidas, mas dei-lhe tempo para mostrar o que sabia se bem que não tinha muita esperança nele. Espero que nas novas funções o Adjunto seja mais útil ao Clube e ao Treinador Principal.
Vamos a ver se esta melhoria da parte de toda a equipa se mantêm até ao final da temporada. Pelo menos na Luz já se fez algo de muito positivo.
Apenas acho que os Jogadores deveriam ter guardado respeito ao treinador sem ser necessária a intervenção de Pinto da Costa, mas é um facto que por vezes os Atletas não primam pelo bom senso e inteligência, para além de que tenho a certeza de que actualmente nenhum dos Jogadores do FC Porto ente a camisola como os Históricos João Pinto, Paulinho Santos, Domingos, Jorge Costa, Vítor Baia, etc.
Aquele abraço.
Óptimo Golo, parabéns! Apesar da extensão, é sem dúvida o melhor texto que li até hoje no blog! Óptima análise e reflexão.
Saudações Portistas do Monte da Caparica
Obrigado pelas palavras elogiosas.:)
Espero ver-vos a comentar mais vezes por este nobre espaço caros @Moura Bessa e @Maria da Fonte.
@The Blue One,eu acho que o Vítor Pereira cometeu muitos erros e mesmo que ganhe a Liga provavelmente isso não será suficiente para que se possa dizer que ele é o treinador que o Porto precisa.Nem seria a 1ª vez que o Porto trocaria de técnico após vencer o campeonato.
O Porto tem que aspirar a ser campeão mas a fazer algo mais na Europa.
O que acho que denotou coragem e inteligênca,e é aqui que a estrutura do Porto bate os demais aos pontos, foi Pinto da Costa manter a aposta em Vítor Pereira independentemente das críticas unânimes ao seu trabalho.
A coragem e inteligência de tentar não ir pelo caminho populista.A coragem de reforçar a equipa dando um sinal que não atirava a toalha ao chão e ainda promover alterações na equipa técnica sem que muitos dessem por isso.
Assim conseguiu-se tentar melhorar o rendimento da equipa sem ter que efectuar um corte radical.
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Foi importante Pinto da Costa demonstrar aos jogadores que teriam que aceitar Vítor Pereira.
Concordo contigo,é triste que seja necessário o presidente fazer isso,mas como dizes e bem os jogadores já não se movem pelo amor à camisola como antes...Daí a importância da chegada de Lucho,um jogador capaz de impôr respeito e transmitir liderança ao balneário,assim como a aposta em Paulinho, um exemplo de dedicação à causa portista.
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É importante notar,que a estrutura do Porto detectou as falhas na planificação da temporada e que tentou rectificar dentro do possível ao invés de simplesmente deitar a toalha ao chão e fazer revoluções para adepto ver.
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Grande abraço.
leportista
Boas; Inteirament de acordo com o que foi escrito. Quero somente vincar um facto importante. Do meu ponto de vista o VP era um treinador sò, por isso ganhou muito com a substituiçao do tal Rui Quinta, a diferença que existia entre VP e AVB reside aqui. Uma equipa tecnica competente e coerente tem outro peso perante a equipa.
@leo portista, obrigado pela sua participação.
Parece-me que o Rui Quinta tem um perfil que não se coaduna com o de Vítor Pereira.
Ambos são treinadores que têm uma certa predominância pela área do treino e não tanto a leitura de jogo, observação etc.
AVB tinha um passado ligado à observação e era perito em ler o jogo, muito por causa disso. O adjunto de AVB teria que ser necessariamente alguém mais ligado à area do treino,pq o AVB tinha pouca experiência no terreno.
Vítor Pereira é distinto. Precisa porventura mais de um apoio no banco que lhe possa ir dando notas importantes das questões tácticas e capaz de ser mais observador.
Quinta é mais do estilo interventivo e dedicado ao treino. Não vejo a mais valia que isso poderia trazer a Vítor Pereira.
O perfil de Bruno Moura que era o pretendido para adjunto era bem diferente de Rui Quinta.
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Acho que este pequeno ajuste na composição da equipa técnica a tornou mais forte e equilibrada.
leportista
Haa... desculpem là, mas nao posso deixar despercebido o papel importante do nosso Paulinho. Homenagem reposta.
Estou perfeitamente sincronisado com a explicaçao Ricardo. Neste contexto, vejo o VP a ir ao fim do seu contrato. E talvez além, nao fosse ele um autentico Dragao.
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