domingo, 8 de abril de 2012

Hulk mantêm a liderança

O FC Porto saiu de Braga mais favorito à conquista do Título Nacional. Não há como contorná-lo, depois da vitória por 0 x 1 na Pedreira. Incontornável é também a constatação para o lado Minhoto: perder com os dois rivais em jornadas consecutivas mostra que o título está ali perto, é certo, mas ainda falta "um bocadinho assim."

Era um dos jogos do Título - não o único - da jornada e Vítor Pereira quis experimentar o tal "factor surpresa" ao colocar Kléber no lugar de Marc Janko, mas a jogada do Treinador Portista só podia acabar em fracasso tendo em conta o histórico do avançado Brasileiro na presente temporada. Perdido na frente, onde Hulk reinou, assim foi a vida de Kléber até à saída, ao intervalo. Era desnecessária esta "surpresa", senhor Pereira.

Isso não foi obstáculo a um FC Porto melhor no arranque do jogo na Pedreira onde o nervosismo e o medo de falhar em tão importante data foi sempre uma sensação constante. Os Dragões entraram fortes, pressionantes, e nem um primeiro esboço de ataque Arsenalista, aos seis minutos - Mossoró cruzou e Lima chegou tarde - abalou a confiança Azul e Branca, que roçou o golo em duas ocasiões gémeas.

Minuto 12, Hulk arranca pela direita do ataque Portista e serve atrasado para Lucho González. O Argentino, à entrada da área, atirou para uma primeira defesa de Quim, ele que se mostraria à altura de um jogo do Título. Aos 27', desengane-se quem pensar estar a ver a repetição do primeiro lance. Hulk fez o mesmo, Lucho também e Quim não ficou atrás. Dois avisos do FC Porto que estava em Braga para defender a liderança.

Atenção. O SC Braga não estava mal, sobretudo na missão de travar o ataque dos Dragões - excepção aos dois lances que Quim anulou. Mas precisou de se adaptar a uma entrada forte do Dragão e só à meia hora de jogo começou a aproveitar a ausência de Fernando no eixo mais defensivo do meio campo Azul. O primeiro aviso foi de Lima, que depois de fugir a Otamendi arriscou o remate de ângulo difícil. Era o nascimento do Braga ofensivo.

Agora era a vez do FC Porto correr atrás da bola e de ver os Guerreiros do Minho ameaçaram a solidez do nulo no marcador. Alan, aos 32 minutos, quase obrigou Otamendi a um autogolo - arriscadíssimo o corte do Argentino - e quatro minutos depois foi Hugo Viana ao seu estilo, num livre descaído para a direita, a levar "lume" às luvas de Helton. Aquecia a luta pelo mais alto troféu do futebol Nacional.

Até ao descanso, concentração máxima no minuto 43. Porquê? Porque Hulk atirou com direito a multa por excesso de velocidade e de um ângulo que parecia impossível. O certo é que a bola ia para lá mas um gesto à velocidade da luz, sublime e maravilhoso de Quim tirou a vantagem ao FC Porto. Espetáculo, e tudo para os balneários.

Um interregno que fez mal a Hugo Viana, um autêntico desastre no reinício da partida. Primeiro, porque aos 47 minutos surgiu na cara de Helton e falhou. Era só escolher o canto, encostar e estava feito mas o Português atirou disparatadamente para as nuvens. Mas o pior estava para vir, aos 55'. O sempre tão fiável médio entregou a bola redondinha para James, este lançou Hulk que por sua vez bateu Quim. 0 x 1.

E agora, SC Braga? O risco de sofrer a segunda derrota consecutiva perante rivais diretos crescia à medida que o título se afastava. Houve reacção, com Maicon a imitar Otamendi e quase a acertar na baliza errada. Logo depois foi Alan a tentar mudar o fado Minhoto mas Helton tirou com uma palmada. "Tirar" serve para lançar o tópico seguinte: que reacção foi aquela, Álvaro Pereira? O lateral saiu - já estava amarelado - e só faltou morder Vítor Pereira.

Com os minutos passavam também as estratégias e chegava a hora de apelar às emoções. Vítor Pereira "fechou" a cave com três centrais, Leonardo Jardim abriu a casa toda com Nuno Gomes no lugar de Custódio. Pelo meio, James Rodríguez ficou pertinho de acabar com a questão e Helton, aos 80', levantou a perna a tempo de evitar o empate Minhoto. Ufa, que a coisa apertava na Pedreira.

O certo é que até final nada mudaria, porque o SC Braga abdicou da construção inteligente das jogadas para procurar a sorte nas bolas longas. Sorte que jamais chegaria até ao apito final de Olegário Benquerença. E que constatação fica? Que o SC Braga não ganhou nenhum dos jogos com Benfica e FC Porto está época. Talvez por isso se foi adiando no Minho a candidatura assumida ao título, porque assim fica difícil. O FC Porto, esse, pode ver descansado o dérbi de segunda-feira entre o Sporting e o Benfica.

Texto originalmente escrito em zerozero

Melhor em Campo: João Moutinho


Toda a equipa do Blog aproveit6a para desejar aos seus Leitores e Amigos uma Santa Páscoa junto dos seus entes queridos.

2 comentários:

P. Ungaro disse...

Boas ,

Antes de mais gostei da atitude ... os jogadores foram bravos, determinados, tiveram raça e determinação, e quando assim é é mais facil chegar á vitoria.
Sobre o jogo foi um bom jogo de futebol com duas equipas a quererem ganhar o jogo, assim dá gosto ver o futebol.
Quanto ao Porto estivemos bem, a ausencia de Fernando não se fez sentir com um Defour á altura das responsabilidades ... e agora só temos que continuar da mesma forma e o campeonato é nosso.

Um abraço

http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt

Pedro Silva disse...

@ P. Ungaro

Na minha opinião isto da raça e da determinação anda pelas horas da morte no que ao nosso FC Porto diz respeito. Basta ver a cena triste que o Alvaro Pereira fez para se perceber porque digo tal coisa.

Quanto ao jogo em si, estou de acordo com o que escreveu.

Cumprimentos e boa Páscoa.