sábado, 13 de fevereiro de 2016

Do reaparecimento de San Iker

Foi com um enorme Iker Casillas e uma chama que quase parecia desaparecida, mas que surgiu em boa hora, que o FC Porto virou o resultado na Luz e animou ainda mais o campeonato. Num grande jogo de futebol, com muitas oportunidades, o Benfica mostrou desperdício e os Portistas voltaram às noites de glória.
Foi numa altura em que o Benfica já fazia pender a balança a seu favor no campo que Mitroglou abriu o marcador. O lance, por si só, não representou apenas o bom momento de forma do avançado Grego, mas sobretudo a diferença que Renato Sanches representa para esta equipa, alto na pressão e destemido no risco.
Por essa altura, era um FC Porto aparentemente derrotado no ânimo. Aos Dragões, restava a fibra para contrariar tudo. Pois tudo era desfavorável: a classificação, o momento, o ambiente. De tudo o que havia de negativo num Estádio da Luz repleto, esse estaria do lado Azul. Previsão errada.
Ou previsão... Herrera. Foi no pulmão e no pé do médio Mexicano que os Portistas, sem nada o fazer prever, regressaram ao jogo e ao campeonato. Numa excelente primeira parte, marcada pelos assobios a Maxi e pelas várias oportunidades de parte a parte, sobraram várias conclusões: este Benfica tem bem mais estofo do que o da primeira volta; este FC Porto joga com menos bola, mas é muito mais objectivo.
Não fosse o desperdício à frente da baliza (sobretudo do lado das Águias, que têm sido letais) e poderíamos estar a falar de uma mão cheia de golos nos 45 minutos iniciais. O desperdício e... Iker Casillas. Já tinha estado em grande no jogo do Dragão, agora voltou a ser vital para que, no recolher dos balneários, a incerteza pairasse.
Interessante também analisar a componente táctica. Peseiro optou por Brahimi a começar no meio e, depois do golo, devolveu-o (e a André André) à posição mais habitual, o que fez crescer a equipa. Rui Vitória, com isso, trocou Pizzi e Gaitán, não apenas para que Layún não se aventurasse tanto no ataque, mas também para que o Português segurasse Maxi. Não deixa de ser curioso que... ambas resultaram - daí também a nota elevada de qualidade do jogo.
Isto para fazer a ponte para o segundo tempo e para dizer que começou melhor quem manteve. Os Dragões, mais espetivos, deixaram em sentido as Águias, que aceitaram, perceberam o toque e responderam. E de que maneira!
Só que, à avalanche de ataques Encarnados, respondia Iker. Que grande exibição do Espanhol, a crescer à medida que o jogo corria e a manter acesa a chama do Dragão acesa. Parecia ténue, mas foi crescendo, de forma discreta, sem se dar por ela, até rebentar por Aboubakar.
A cambalhota estava feita e, na Luz, o sentimento era de espanto. Isto porque o Benfica, que vinha mostrando ter na eficácia a sua maior força, provava precisamente a dose que costumava servir aos adversários. E se as Águias poderiam reagir no imediato, alguém não deixou. Casillas, sim.
Entrou Carcela e Talisca (não é médio, definitivamente), depois ainda se deu o regresso de Salvio, mas as ofensivas das Águias já não foram as mesmas. Do outro lado estava uma equipa experimentada e com o clique que já lhe parecia desaparecer.
Não fugiu e temos campeonato! 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Iker Casillas 

2 comentários:

Anónimo disse...

Casillas foi realmente enorme, mas Danilo,Herrera, Maxi e Brahimi foram monstros.

Anónimo disse...

MUITO, MUITO, MUITO, satisfeito por me ter enganado.
Tivemos EFICÁCIA, SORTE, um GRANDE Casillas, 13 GUERREIROS e um VERDADEIRO TREINADOR.
Contudo, como felizmente não dispomos da propaganda jornalística, sediada na porta 18, a criar falsas ilusões, TEMOS DE MELHORAR.
Os AZUIS E BRANCOS deram muito espaço entre a defesa e o meio campo.


Luís (O do Nuno Espírito Santo, Pedro Martins, ou Lito Vidigal)