sexta-feira, 4 de março de 2016

Almoçaradas

Interessante que quando as coisas não correm bem, ou se está a preparar alguma patranha, os portugueses aproveitam-se dos almoços. Na última semana foi notícia o repasto de um grupo de fósseis num conhecido restaurante.
Luís Filipe Vieira, o carismático ladrão de camiões e fiel guardião da Porta 18; Dias da Cunha o conhecido negreiro que iniciou o descalabro financeiro dos Calimeros quase entregando o clube a uma Comissão Liquidatária; Gato Félix que aceitou como penhor de dívidas fiscais e à Segurança Social um monte de papéis (a que chamavam Ações) sem qualquer valor comercial para permitir que o clube da treta se inscrevesse no Campeonato Nacional; Alípio Dias e Filipe Pinhal do BPI que por certo o informaram do valor atual das dívidas; Fernando Seara, homem dos 7 instrumentos, uma espécie de criado de Vieira que se candidata a tudo que mexe, como por exemplo, um lugarzinho no novel TAD (Tribunal Arbitral de Desporto). Outros personagens menores compuseram o ramalhete.
Ou muito me engano ou “a coisa” teve a ver com a espetável renúncia do maior patifório que alguma vez pousou no futebol indígena, o senhor Vítor Pereira, que brincou nos últimos anos com o nosso clube, repartindo as “nomeações cirúrgicas” (eufemismo que significa roubar à fartazana) entre os dois circos da Segunda Circular. 
 
Há dias outra avis rara do jornalismo de sarjeta, Mr. Burns, almoçou com Octávio Ribeiro diretor dum pasquim asqueroso chamado CM, por coincidência defendendo sempre os interesses da instituição”. Também no início da temporada Jorge Jesus foi visto no Ritz, pois então, lambuzando Carrillo para assinar. Encontros entre dirigentes, treinadores e jornalistas são usuais para que todos possam vender o seu peixe.
 
Nunca se chegou a saber se os vouchers distribuídos às centenas pelos cãezinhos amestrados do senhor Vítor Pereira foram ou não utilizados, e por quem. Das duas uma. Ou o tal Museu não vale um charuto e os homens de preto não enfiaram o barrete, ou então deram-nos a familiares ou amigos. Também não acredito que uma refeição numa cervejaria fosse aliciante suficiente para falsearem um resultado. Para isso basta-lhes a faculdade de usarem o apito como lhes aprouver, “vislumbrarem” ou não os lances, ou simplesmente dizerem que “estavam tapados”. De resto todos sabemos porque emblema “acodem”. O da treta, pois claro. É a maior rampa de lançamento na carreira a que podem aspirar.
A grande confusão vai começar com o contar de espingardas para as eleições na FPF, marcadas para 4 de Junho de 2016. É sabido que acabou o método de Hondt (a escolha proporcional) das candidaturas em presença para o Conselho de Arbitragem (se houver mais do que uma) e o senhor Fernando Gomes anunciou a recandidatura, tendo já recolhido o apoio de alguns clubes menores, Paços de Ferreira, Penafiel e Varzim. Entretanto as eleições dos 55 delegados da Assembleia Geral da FPF vão realizar-se entre 24 de fevereiro e 30 de março de 2016. As listas candidatas aos vários órgãos sociais (Presidente, Direção, Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal, Conselho de Disciplina, Conselho de Justiça e Conselho de Arbitragem) deverão ser apresentadas até 20 de abril.
 
Esta época as intervenções do senhor Bruno de Carvalho tiveram pelo menos o condão de repartir os “roubos de catedral” por ambos os circos. Ora agora roubas tu, ora logo roubo eu. E claro estas coisas negoceiam-se à mesa deixando o nosso clube de fora. Resta saber quem marca mais almoços e com quem. Duarte Gomes anda à espreita. Se não nos mexermos muito depressinha para o ano somos comidos outra vez!
 
Até à próxima

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