quinta-feira, 7 de abril de 2016

Quanta Saudade

Que saudades eu tenho do Pedroto/jogador nos anos 50! E do Pinto da Costa e Pedrotinho dos anos 80. E daquela série fantástica de treinadores/ganhadores: Artur Jorge – Carlos Alberto Silva - Ivic - Robson - Oliveira - Fernando Santos - Mourinho – Jesualdo - Villas-Boas - Vítor Pereira. Ganhámos tudo que havia para ganhar.
Qualquer equipa de 20 amigos nos ganha, reelegemos os culpados como se fosse uma rotina e vamos votar alegremente, “pr’a tudo acabar na quarta-feira” como cantava Vinícius. Nas colmeias trabalha-se para o bem comum. Agora todos sugam mas cada um para si. A abelha-mestra morre em glória quando acaba a tarefa. Na Sad defendem-se até ao indefensável e no fim caem de podres. Os zangões tem vida curta, cheiram a choco, só funcionam quando estão por cima. E quando é só um a mandar, às vezes, não dá grande resultado.

Que saudades eu tenho quando perdíamos no Estádio das Antas, rasgávamos o cartão e na segunda-feira íamos requisitar um novo. Os presidentes tremiam como varas verdes. Qual Sad qual carapuça! Quem mandava era o chefe do departamento de futebol, o treinador e pouco mais. Ai de quem se atrevesse! O presidente mesmo que fosse banqueiro, advogado ou oftalmologista, riscava zero. O clube era dos sócios, feito pelos sócios e para os sócios. A vantagem era que no fim dos mandatos os presidentes iam de vela!
Que saudades eu tenho (cito de memória e salteados) do Pavão, Oliveira, Frasco, André, João Pinto, Fernando Gomes, Aloísio. Do Fernando Couto, Geraldão, Costinha, Domingos, Deco, Hernâni, Falcão. Do Virgílio, Barrigana, Carlos Duarte, Baía, Cubillas, Pepe, Derlei e mais uns tantos que tinham lugar nesta crónica. Quem me dera que todos ainda estivessem entre nós. Quem sobra para recordar destes 3 últimos anos?

Adenda – Já depois de esta crónica ter seguido para edição, foi noticiado que o senhor Pinto da Costa vai dar uma entrevista no Porto Canal esta quinta-feira às 21:30 horas. O navio pode ir ao fundo mas a orquestra continua a tocar! 

Até à próxima

1 comentário:

Anónimo disse...

O Comandante é sempre o último a abandonar o navio, mesmo que tenha grumetes a apagar o fogo com gasolina.
E nós temos e sempre tivemos o melhor Comandante.