terça-feira, 17 de maio de 2016

Jogo Sujo

Há cerca de meio ano comprei um livro que aborda o tema dos resultados combinados um fenómeno que ultrapassa fronteiras. Embora em Portugal, a ter acontecido, será ainda em pequena escala, a moda pode estar ligada à detenção no passado fim-de-semana de alguns dirigentes e jogadores, para que alguns clubes não descessem em detrimento de outros.
São conhecidas as manobras de clubes que gostam de “fazer as coisas pelo outro lado”. Uns por contratar jogadores aos adversários, nas vésperas ou às vezes nos dias dos próprios jogos, outros por emprestarem jogadores excedentários que depois não os podem defrontar, e ainda pela conhecida habilidade de apoiarem um senhor qualquer para presidente da Comissão de Arbitragem que, naturalmente, lhes vai facilitar a vida ao nomear árbitros da sua preferência, que é como quem diz marcar penalidades fora da área, não ver cortes da bola com o braço, enfim um rosário do qual os colinhos destas últimas temporadas são infelizes exemplos.
 
O problema já existe há cerca de uma década e está ligado à manipulação de resultados com vista aos acertos nas apostas desportivas, conhecido como Match Fixing e está referenciado pelos organismos europeu ligados ao Futebol, UEFA, FIFA e COI. Para obviar estas situações foi criada uma empresa Sportradar AG multinacional com sede em St. Gallen, Suíça, que analisa dados de vários desportos e a sua relação com as casas de apostas.
 
Desta vez os indícios verificaram-se em vários pontos do país e as autoridades terão sido alertadas por indicação da própria Federação Portuguesa de Futebol. O crime dos quais parece haver suspeitas é o da corrupção desportiva.
Em Portugal a Lei que fiscaliza estas atividades é a n.º 50/2007 de 31 de agosto, tem por objeto “responsabilizar penalmente os comportamentos contrários aos valores da verdade, da lealdade e da correção e suscetíveis de alterarem fraudulentamente os resultados da competição". A referida lei abrange três tipos de crime: corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa. As penas são agravadas se a parte acusada for dirigente, árbitro, empresário ou pessoa coletiva desportiva, e preveem-se penas acessórias como a suspensão de participação em competição desportiva, proibição de exercício de profissão e privação de acesso a fundos públicos.
 
Voltaremos ao assunto

3 comentários:

Anónimo disse...

Com o processo "Apito Dourado" e a Operação "Fénix" atou-se de pés e mãos o FCPORTO. E como se isso não basta-se, descobriram-se metidos neste caso das apostas ilegais 2 super dragões.
O único clube que podia enfrentar a corrupção no futebol nacional, não o pode fazer, pois está chamuscado pelo caso "Cardinal".
Assim, temos um autoestrada aberta para que o apito da "porta 18" mande e desmande, pelo menos durante 30 anos.

Luís (O do José Peseiro)

JOSE LIMA disse...

Pois é meu caro. Há vários apitos. Uns são mais às claras, outros mais às escondidas...
Abraço

Anónimo disse...

Peço desculpa, eu disse "descobriram-se metidos neste caso das apostas ilegais 2 super dragões" cometi um lapso, foi apenas 1 super dragão.
Quanto aos outros apitos tem de aparecer no "youtube" de outra forma os da "porta 18" não acreditam.

Luís (O do José Peseiro)