domingo, 1 de maio de 2016

Piada de mau gosto

De alma e coração. É assim que o Sporting se agarra ao sonho de um título que continua tão vivo. Este sábado, nova demonstração de crença em pleno Estádio do Dragão. O leão bateu o FC Porto por 3x1 e enviou um recado bem claro ao rival da Luz. Este título ainda não tem dono; e vai ser até à última gota de suor.
Jorge Jesus não mudou nada. Sem duplo interesse no resultado, o Sporting jogou no Dragão com os três pontos na mira. O esquema habitual, os intervenientes do costume. Mas o técnico leonino não gostou do que viu nos primeiros passos do leão. Rúben Semedo levou um puxão de orelhas ainda dentro do primeiro quarto de hora; William ouviu-o logo a seguir.
O FC Porto começou sólido, sobretudo porque Danilo estancava qualquer sinal de possível hemorragia, e aos sete minutos só se pode queixar da sorte, ou falta dela, porque o remate de Herrera esbarrou no poste. Quando aos 18 minutos Aboubakar voltou a ameaçar, o Dragão respirava de confiança, até que voltaram os fantasmas; os erros que custaram uma época.
José Ángel – que até nem começou mal – deu o mote ao ser «comido» por João Mário que depois serviu Slimani na pequena área. O argelino, implacável, desviou para o primeiro golo do encontro, aos 23 minutos. Começava o tremor defensivo, que só não foi novamente castigado aos 32' porque Casillas, desta vez, travou Slimani. O lance foi tirado a papel químico do golo; logo, Ángel voltou a comprometer.
Mas o espanhol não pode ser o bode expiatório de uma defesa que nunca foi segura. Chidozie esteve longe de convencer e Martins Indi calculou tudo mal aos 44 minutos, deixando Slimani em posição perfeita para o segundo golo dos leões, num belíssimo golpe de cabeça. Era, por esta altura, o 1x2, porque entretanto o FC Porto tinha conseguido chegar ao empate. Coates derrubou Brahimi (33') e Herrera não falhou da marca dos 11 metros.
Foi o melhor período do FC Porto em todo o jogo, que não deu reviravolta porque Herrera atirou ao lado aos 37 minutos depois de um passe em profundidade de Brahimi. Foi, também, o período em que o leão mais tremeu, a par dos primeiros minutos do segundo tempo, quando entre duas boas ocasiões Sérgio Oliveira ainda acertou na trave. Mas este FC Porto é de uma instabilidade assustadora e o Sporting, adulto, voltou rapidamente ao jogo.
Aproveitando as fragilidades no processo defensivo dos dragões, o leão atacou com tudo, mas não matou. João Mário, por exemplo, deu tempo ao tempo quando se pedia uma decisão rápido e clínica. Slimani, aos 69', já fez tudo bem, mas Casillas com um voo soberbo travou o hattrick do argelino. E foi neste momento que renasceu o FC Porto, ainda que longe do futebol espantoso. Varela agitou, André André trouxe alma que entre os erros e a insegurança foram mantendo o dragão ligado ao resultado.
Mas o destino desta história estava na felicidade verde e branca. Num golpe de contra-ataque, ao minuto 85, o Sporting confirmou o que pairava sobre o Dragão. A vitória e a garantia de uma luta pelo título até à última. Bruno César cavalgou, rematou à figura mas Casillas - à semelhança de tanto Porto errático - acabou por ver a bola escapar-lhe por debaixo do corpo. 1x3, ponto final. Há leão! 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo. Sérgio Oliveira

1 comentário:

scape disse...

o melhor foi o sergio oliveira?para mim foi o ..........................