segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Crónica de um jogo de andebol

imagem de zerozero 
 
Que dizer numa primeira nota sobre esta derrota do Futebol Clube do Porto? Que estamos de regresso ao futebol português. Após um jogo de Champions onde tivemos uma arbitragem exemplar (ao contrário do habitual) que não interferiu em momento algum no resultado final, eis que no regresso à competição interna tivemos uma partida com uma arbitragem mais do que “caseira”. E para “ajudar à missa” temos agora os nossos “vesgos” comentadores a dizerem publicamente que não viram a mão de Gelson Martins na bola no golo de Slimani e a mão de Bryan Ruiz no golo de Gelson Martins. Em suma; estamos - efectivamente - de regresso ao futebol português.
 
Ora face ao exposto fica aqui a minha pergunta: não tivessem os sportinguistas beneficiado de duas preciosas “ajudas” e teria Jorge Jesus dado o “banho táctico” que deu a Nuno Espírito Santo (NES)? Muito provavelmente não, mas lá está o Sporting CP é o líder isolado da Liga NOS (repetir tal até à exaustão e depois desta) e a malta fica feliz.
 
Não obstante o sucedido é preocupante a forma pouco clara com que Nuno lidou com a desvantagem. Não sei o que passou pela cabeça do treinador do Futebol Clube do Porto quando este se lembrou de colocar Oliver Torres no lugar do (supostamente) lesionado Jesús Corona. Talvez Nuno quisesse fazer frente à mudança táctica que Jorge Jesus efectuou que lhe permitiu dominar o jogo até ao fim (mudar Bruno César e Bryan Ruiz das faixas para o meio campo foi muito bem visto), mas a verdade é que com isto NES “abriu uma autoestrada” do lado direito da defesa Azul e Branca porque cabia - quase quem em exclusivo – a Miguel Layún a tarefa de atacar e defender porque nem Oliver Torres nem Héctor Herrera estiveram bem na posição de extremo direito. Para mais se Héctor Herrera já é um jogador muito inconstante na sua posição habitual, então que dizer quando tem de ser adaptado a uma nova posição… Sinceramente não percebi esta opção de NES.
 
Agora já sei que os oráculos da desgraça Portista vão aparecer (de novo) e que o campeonato já está perdido. Mas convêm relembrar que estamos ainda na terceira jornada da Liga NOS. Há muito para se fazer até Maio de 2017, mas não deixa de ser verdade que NES tem de fazer mais e melhor neste tipo de jogos que podem não decidir nada mas que “mexem” – e muito - com a moral. Lá com isto o FC Porto vai entrar em campo no próximo jogo sob uma enorme pressão.
 
Chave do Jogo
 
“Bryan Ruiz entrou para jogar atrás de Slimani, mas cedo se percebeu que o costa-riquenho não estava nos seus melhores dias, apresentando-se muito macio. Jorge Jesus trocou imediatamente o camisola 10 com Bruno César, que foi o motor que a equipa precisava.” Partilho da opinião de Luís Rocha Rodrigues (Jornalista do site zerozero) cujo teor transcrevi atrás.
 
Arbitragem
 
Péssima. O trabalho da equipa de arbitragem liderada pelo estreante Tiago Martins foi péssimo. Beneficiou (e muito) a equipa da casa. Adrien Silva, William Carvalho, Bruno César e Slimani tiveram “carta-branca” para na primeira parte “desancar” em tudo o que estivesse de Azul e Branco vestido sem terem sido admoestados com a cartolina amarela. Para mais a arbitragem deste jogo teve uma clara influência no resultado final que acabou por ser favorável aos leões ao não ter anulado os dois golos onde os jogadores do Sporting CP jogam a bola com a mão. Por perceber fica ainda as expulsões de Jorge Jesus e do médico do Sporting.
 
Positivo
 
André Silva: Boa exibição do jovem internacional português. Deu tudo de si e só não foi feliz na primeira parte por manifesta falta de sorte. Merecia mais o atacante portista que na segunda parte teve de lutar sozinho contra a defesa sportinguista.
 
Jesús Corona: O mexicano esteve muito bem. Sempre muito mexido em campo e com muita vontade de ajudar a equipa. Supostamente saiu lesionado ao intervalo mas foi um dos melhores em campo do lado Azul e Branco.
 
Felipe: Mais uma vez o central brasileiro mostrou serviço. Muito bem no lance do golo e excelente a defender. Não merecia esta derrota.
 
Negativo
 
Iker Casillas: Muitas culpas no primeiro golo sofrido. O facto de Iker ser um Guarda-redes experiente não justifica o ter ficado a ver a bola a embater no poste da sua baliza aquando do livre de Bruno César.
 
Nuno Espírito Santo: Preparou bem a equipa Portistas mas não soube dar a volta ao “imbróglio” que a equipa de arbitragem e Jorge Jesus lhe colocou em cima da mesa. A melhorar porque este tipo de situações vão acontecer mais vezes.
 
Artigo publicado no Blog o gato no telhado (28/08/2016)

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