quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Como perder pontos de uma forma ridícula

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Primeira e importante ilação a retirar deste empate diante do FC Copenhaga. O Futebol Clube do Porto perdeu dois pontos de uma forma perfeitamente ridícula. E não foi – mais uma vez – por manifesta falta de aviso, pois quando fiz a antevisão desta partida chamei à atenção para a necessidade de haver compensações e que os dinamarqueses não iriam desaproveitar uma oportunidade para marcar golo se porventura os Dragões lhes “fizessem o jeito”. 

Segunda ilação; é impossível a um defesa lateral conseguir “tapar” espaços quando tem pela frente uma série de adversários. Miguel Layún é um excelente jogador mas está longe, muito longe, de ser um “Super-homem” e como tal necessita de que os seus companheiros o ajudem sempre que este sobe pela sua faixa. A tarefa de o ajudar cabia a Jesús Corona e a Héctor Herrera. Ao primeiro ainda podemos desculpar alguma falta de apoio ao Miguel dado que este tinha ordens para atacar e apoiar André silva na fase atacante da equipa, já o segundo foi – mais uma vez – uma tremenda aberração que não joga e não deixa jogar. Não é, portanto, para admirar que o Copenhaga tenha usado e abusado do flanco direito da defesa dos Azuis e Brancos para empatar um jogo que tinha começado a perder. 

Terceira ilação; já se sabia que o FC Copenhaga ia apostar nos lances de bola área (está no seu ADN futebolístico). Era, então, estritamente necessário que a defesa Portista estivesse concentrada em todos estes lances. O que aconteceu no golo da equipa nórdica? Estavam todos a dormir na forma com Iker Casillas a mostrar (outra vez!) que bolas pelo ar não é com ele. Será preciso um desastre ainda maior do que aquele que vimos hoje para que José Sá seja o titular da baliza do FC Porto?

Quarta e última ilação; nada está perdido mas tendo em consideração que na jornada seguinte os Dragões vão a Inglaterra medir forças com o Leicester é caso para se dizer que hoje o Futebol Clube do Porto “meteu uma argolada” daquelas. 

Chave do Jogo: Apareceu no minuto 51´, altura em que os dinamarqueses chegaram ao golo do empate. A partir daí o jogo ficou praticamente na mão do FC Copenhaga que se limitou a gerir o esforço diante de um Dragão que “perdeu a cabeça”. 

Arbitragem: Matej Jug e a sua equipa de arbitragem levaram a cabo uma arbitragem pouco satisfatória. Não se deu muito pelo árbitro é um facto, mas parece ter ficado uma Grande Penalidade por marcar a favor do Futebol Clube do Porto por falta na área após carga sobre Jesús Corona. 

Positivo: Óliver Torres e Otávio. O espanhol voltou a mostrar todo o seu perfume em campo e Otávio foi o atleta mais inconformado do ataque portista. Ambos mereciam mais do que um simples empate diante do FC Copenhaga. 

Negativo: Héctor Herrera e Iker Casillas. O mexicano foi uma tremenda nulidade em campo e Casillas esteve igual a si mesmo em mais um lance aéreo.

Artigo publicado no blog o gato no telhado (14/09/2016)

7 comentários:

pasta7 disse...

Jogar 25 minutos contra uma equipa de 10 jogadores de “segunda-linha” da Champions e não marcar golo é muita incompetência! Assistir à forma como o FCP abordou o jogo é deprimente! A única coisa bonita no jogo foi o golo do Otávio. Tudo o resto foi para esquecer.

O Copenhaga é uma equipa que joga sistematicamente ao ataque, é Campeão, domina o seu futebol nacional. Não perde há mais de 30 jogos, há mais de 2 anos! Os seus melhores jogadores estão no meio-campo. O Copenhaga é uma equipa rápida a lançar o ataque. Tem defesas centrais altos. O Porto devia ter evitado tanto confronto! O meio campo do Porto – sempre o busílis da questão - nunca esteve bem! Ainda na primeira parte andava NES a gritar com o Herrera e Oliver para jogarem em linha à frente da Danilo. Porquê, eles não sabiam em que esquema táctico estariam a jogar? Parece que NÃO!!! Começar a segunda parte a jogar em 4x4x2 com o Corona a segundo-avançado? E a compensação ao Layun que também tinha ordens para subir? Ficar todo o corredor direito com o Layun, mas agora Layun virou super-homem? A equipa não produziu jogo pala direita! A equipa sofreu pela direita! Pensaram que o jogo estava ganho e toca a fazer experiências? Porque não jogamos de forma pragmática? Esperando o Copenhaga, interceptando a bola já em movimento atacante em corrida cortando rapidamente o espaço, lançando o esférico na profundidade e nas costas dos defesas adversários, especialmente através dos extremos? Esse é o nosso ADN! O que NES tem contra extremos-puros? Largura? O FCP não soube matar o jogo. E quem não marca sofre… O problema do FCP (ou um dos principais problemas) está no meio-campo, Danilo não é um jogador rápido a passar a bola e raramente progride bem, não cria desequilíbrios, ainda não sabe girar o jogo, de facto Danilo é mais defesa que médio. Logo, precisamos de sobrecarregar os outros dois médios na busca de linhas de passe mais fáceis para o Danilo, é preciso alguém agarrar no jogo e transportar a bola para o ataque. Parece que não mas é uma perda de tempo e o ninho de muitos problemas no sistema de jogo. NES tem de estabelecer a primeira fase da construção. Deveria o Defesa-Central sair com a bola controlada e os médios deveriam estar constantemente focados em oferecer linhas de passe aos colegas. Alegria, Raça, Intensidade, pragmatismo, eis o que faltou. É uma pena! Mais uma vez! O ânimo estava elevado.

Não, assim não. Está errado. O FCP não é isto! Temos EXPERIÊNCIA CHAMPIONS em nosso ADN! Hoje NES e os jogadores foram uns meninos!

Anónimo disse...

Já era assim no passado ano.Os adversário a atacar pelo lado do Layun e do Maxi, já que são do mais ridiculo que há a defender. Claro que depois sobra para os centrais, sejam eles quem forem.
Herrera é tudo isso e tem as costas muito largas. No entanto o pequenino espanhol que joga devagar e devagarinho e em apenas 3 m2 de terreno, está sempre imune a todas as criticas, tal como o treinador.
Com um meio campo que não cria absolutamente nada, que não pressiona, que não marca, como se podem criar oportunidades de golo?

Guilherme de Sousa Olaio disse...

É exigível a NES saber como toda a gente sabe, creio eu, que incluir numa equipa que tão bem jogou contra o Vitória de Guimarães, um protofutebolista chamado Herrera, é deitar por terra tudo de bom que essa equipa produziu no sábado passado. Das duas equipas em confronto a primeira a ficar "reduzida" a dez unidades foi o FCP até aos 70 minutos, mercê da opção técnica ( ou a isso está NES obrigado) do Treinador. Muito menos tempo e por motivos disciplinares esteve em inferioridade numérica o Copenhaga. Este personagem, a quem já foi entregue um Dragão de Ouro, na mira de que isso contribuísse para a sua venda foi um fiasco. Ninguém de bom senso investe um tostão num indivíduo que a cada passe mal feito, perda de bola ou quebra de ritmo, o que lhe ocorre fazer é subir as meias. Comprem-lhe umas ligas e ponham-no a jogar de suspensórios.
Recordem a quantidade de jogos a que este 16 está ligado e que se traduziram em perda de pontos nas épocas que já leva do Clube.
Um abraço

Pedro Silva disse...

Penso que ao que foi aqui dito por quem por cá comentou há que acrescentar que Iker Casillas também teve muita culpa no cartório, ou não tivesse o Guardião feito - mais uma vez - o seu já habitual disparate. Ainda não percebi o que mais espera NEs para o relegar de vez para o banco de suplentes.

Discordo em absoluto com as críticas a Ólver Torres e concordo com tudo o que aqui foi dito sobre Héctor Herrera. Óliver jogou fora da sua posição para que Herrera pudesse jogar. O resultado está à vista de todos. Até que compreendo a necessidade que NES tem de fazer "rodar" alguns jogadores porque todos abemos que André André não é aquele jogador que aguente uma temporada inteira a jogar de inicio (sempre que foi titular indiscutível em Janeiro baixava muito de forma e de produção), mas há que perceber que a solução não passa (nunca!) por Herrera... Jogar com Herrera no onze inicial é como jogar com 10 o tempo todo.

Anónimo disse...

Qual é o verdadeiro lugar de Oliver Torres? Jogar numa cabine telefónica? Se jogou mais recuado para Herrera jogar, onde é que apareceu a defender? Nunca, tal como a atacar ou a pressionar os armários dinamarqueses. O que acrescenta Oliver Torres ao que já tinhamos?

Pedro Silva disse...

"Qual é o verdadeiro lugar de Oliver Torres?"

Posição 10.

"Se jogou mais recuado para Herrera jogar, onde é que apareceu a defender? Nunca, tal como a atacar ou a pressionar os armários dinamarqueses"

Desde quando é que o médio da posição 8 (posição que Óliver Torres ocupou durante muito tempo neste jogo até ter trocado com Herrera, tal era a inoperância do mexicano no apoio aos avançados) tinha de ser trinco e médio ofensivo ao mesmo tempo. Deve ser uma das novidades do FM.

"O que acrescenta Oliver Torres ao que já tinhamos?"

Qualidade de passe e visão de jogo.

Anónimo disse...

Onde esteve essa qualidade de passe e visão de jogo?
Vi o jogo no estádio e só vi Oliver estorvar Otavio, fazendo com que este se limitasse ao golo e mais nada.
Se ocupou a posição 8 durante muito tempo, era de supor que fizesse jogar a equipa e criasse e quando trocou foi pior a emenda que o soneto. Não vi nada de positivo em Oliver, mas vou voltar a ver o jogo, pois poderei estar enganado.