sábado, 6 de maio de 2017

Saltar para o topo (e esperar) em terreno minado

Em antevisão ao duelo deste sábado no terreno do Marítimo, Nuno Espírito Santo atirou boa parte da pressão no que toca à jornada para o rival Benfica. Vencer na Madeira, indicou o técnico portista, fará com que os encarnados entrem em campo em Vila do Conde como segundos classificados. São factos, mas para que tal se verifique e para que o Benfica fique sob essa pressão é preciso, antes de mais, que os dragões tragam três pontos da Madeira. E diz a história que há poucos terrenos tão difíceis como este para o FC Porto.

Olhando apenas ao presente século, aliás, apenas a Luz e Alvalade deram menor percentagem de vitórias ao FC Porto. Em 18 deslocações aos Barreiros desde 2000/01, os dragões venceram apenas 8 vezes, o que equivale a 44% das partidas. Retirando então as idas aos terrenos dos dois rivais lisboetas, não há de momento terreno mais difícil para o FC Porto entre todas as equipas que disputam a Liga NOS do que o reduto do Marítimo, olhando à percentagem de vitórias azuis-e-brancas.

A percentagem de vitórias do FC Porto no terreno do Marítimo é, aliás, a mais baixa entre os três grandes neste século. O Benfica venceu 53% das partidas nos Barreiros e o Sporting venceu 61%, sendo o clube grande que se tem dado melhor neste terreno minado.

Do outro lado estará uma equipa que ocupa por agora o último lugar de qualificação para a Liga Europa e que procura segurar esse estatuto perante a ameaça do Rio Ave, que terá também um dos grandes pela frente nesta ronda. Além do interesse que desperta esta partida no que toca à luta pelo título, portanto, também a luta pela Europa poderá ficar mais esclarecida.
 
Quem rende Maxi?

Esta é a grande questão no que toca à equipa do FC Porto. Maxi Pereira está castigado, depois da expulsão diante do Desportivo de Chaves, e por isso não é opção para este encontro. Olhando ao plantel portista, Miguel Layún seria a escolha mais natural, pelas suas características, para ocupar o seu lugar, mas Nuno Espírito Santo teve ideias diferentes.

De forma algo surpreendente, o técnico portista deixou o mexicano no continente e levou, por outro lado, Fernando Fonseca à Madeira. Titular da equipa B no lado direito da defesa, é assim a única opção de raiz para o lugar de lateral-direito. Uma aposta arriscada, face à juventude do jogador (20 anos) e ao facto de este nunca ter representado a equipa principal portista.

O treinador poderá, no entanto, lançar mais uma cartada surpresa e colocar outro jogador nessa posição. Willy Boly é hipótese, tal como Héctor Herrera, que constituiria uma surpresa das grandes.
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3 comentários:

Pedro M. disse...

Já que abdicou do Layún, que aposte no Fonseca.
Podia não inventar nos três jogos que faltam, mas já anda a tentar isso...
Saudações Portistas!

Felisberto disse...

Já há histerismo por Layun, o gajo que ofereceu dois golos de bandeja à Juventus no Dragão, o fulano que contra o Rio Ave estava de cabeça perdida, o tipo que em Outubro disse que não ficaria mais uma época no FC PORTO, por ter ficado fora dos convocados!!!
Que jogue FF e Nuno só peca por não ter também convocado Dalot!!!

Pinho Cardão disse...

Sou portista há muitos, muitos anos. Com muita pena o digo, e não querendo beliscar as suas qualidades humanas, penso que o treinador do FCPorto é o grande responsável pela má época do clube. Pior, nem talvez o Quinito. A tal ideia de jogo que quis explicar, recorrendo a mal amanhados bonecos, resulta num jogo sem quaisquer ideias. Os extremos são os defesas, direito e esquerdo, os pontas de lança andam por todo o lado, menos onde devem estar, os que deviam ser extremos jogam no meio campo, aquilo é mesmo a confusão total. Mandou embora o Aboubakar e o Quintero, abdicou de jogar com o Brahimi, o melhor jogador do Porto, e só o pôs a jogar porque alguém, ou algo, o terá obrigado. Votou ao ostracismo o Layún, que nas duas últimas épocas foi excelente e, mal que pode, põe a jogar o Herrera que pode ser muito bom no México, mas no Porto é uma absoluta nulidade. E é capitão.
Um treinador do Porto tem que concitar a confiança dos jogadores. Custa-me a acreditar que, nos momentos menos bons, a pose que apresenta junto à linha lhes dê algum ânimo. Até porque penso que os próprios jogadores já realizaram que tal esquema de jogo só pode levar ao fracasso. Como se está a ver. Infelizmente.
Ainda hoje, com o Marítimo, falou da boa exibição do FCP, quando o que se adivinhava era o golo do Marítimo, que acabou por aparecer.