quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A importância de se começar bem

imagem retirada de zerozero
Começar um campeonato a vencer é bom. Começar o dito a golear é muito bom. O que não é muito bom e a ilusão que tal cria no adepto. Isto porque o Futebol Clube do Porto fez hoje o que lhe competia, mas este demonstrou ter – ainda – muitas lacunas. O normal tendo em consideração que a pré-época é sempre demasiado curta para que uma equipa “afine” todos os sues processos, mas o adepto é, na sua crassa maioria, um ser emocional e tem alguma dificuldade em aceitar o óbvio.

Isto tudo para dizer que ainda estamos longe de ver um Futebol Clube do Porto à imagem do seu treinador. O repelão e o ressalto do meio campo, as duas bolas nos postes de uma defesa azul e branca que tem a obrigação de estar rotinada dado que não houveram “mexidas” neste sector relativamente à época anterior e um ataque liderado por um Aboubakar super perdulário são sinais de que Sérgio Conceição tem ainda muito trabalho pela frente. Isto apesar de Marega ter demonstrado ter já uma pequena noção daquilo que o seu “Mister” deseja de si e dos seus colegas.

´É muito por isto que digo (e repito) que começar um campeonato a vencer é bom. Começar o dito a golear é muito bom. O que não é muito bom e a ilusão que tal cria no adepto. Contudo esta goleada que o Dragão impôs aos “canarinhos” do Estoril impõe respeito e avisa, desde já, o próximo adversário (Tondela) que terá de enfrentar um FC Porto motivado que pretende melhorar o seu rendimento jornada a jornada vencendo os seus jogos. Especialmente se tivermos em linha de conta que o plantel portista está, ainda, indefinido e que haverão sempre “forças ocultas” a dar o seu melhor para que os Dragões não consigam criar o seu futebol.

MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Bem que poderia ter dado este título a Oliver e/ou Brahimi, mas não tivesse Soares tido a infelicidade de se lesionar e talvez Marega não teria entrado em campo para “descomplicar” um jogo que estava a começar a ficar complicado porque o empate ia-se mantendo teimosamente com a pressão das bancadas do Estádio do Dragão a aumentar a cada minuto. Para mais Moussa parece ter sido (para já) o único atleta do plantel portista que percebeu as ideias do novo Treinador.

Chave do Jogo: Surgiu no minuto 35´ para resolver a contenda a favor do FC Porto. Esta foi a altura em que Marega marcou o golo inaugural da partida, golo este que acabou por funcionar como a garrafa do ketchup acabando por resolver uma partida que começava a complicar-se para os Dragões.

Arbitragem: Hugo Miguel é o “suspeito” do costume. Na minha opinião este até que esteve bem ao ter anulado o golo de Aboubakar ainda na primeira parte da partida. Já no outro golo dos portistas que Hugo Miguel anulou por suposto fora de jogo de Corona tenho as minhas sérias dúvidas dado que não me pareceu que o mexicano estivesse em fora de jogo. A cereja no topo do bolo foi uma falta clara sobre Brahimi fora da grande área “estorilista” que Hugo Miguel (obviamente) “não viu”.

Positivo: A entrada de Moussa Marega. Efectivamente há males que vem por bem. A lesão de Tiquinho Soares acabou por abrir caminho à vitória portista que começou a ser construída nos pês de Marega.

Negativo: Vincent Aboubakar. Um ponta de lança “vive de golos” e como tal Aboubakar não pode ser tão perdulário na hora de rematar à baliza adversária. A melhorar Abou!

Artigo publicado no blog o gato no telhado (09/08/2017)

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