terça-feira, 3 de julho de 2018

Retalhos da Vida de um Ascensorista

“Natural de Raposeira, concelho de Vila do Bispo, em criança costumava sair da escola para andar pelos campos a apanhar caracóis para vender. Numas férias da escola foi trabalhar para a Pousada Infante de Sagres onde teve ocasião de conhecer Bernardo Mendes de Almeida, mais conhecido como Conde de Caria. 
 
Graças à intervenção do conde conseguiu emprego como ascensorista no Hotel Tivoli Lisboa ao mesmo tempo que se dedicava à compra e venda de aguarelas na rua. Começou a ganhar dinheiro como intermediário na compra e venda de terrenos entre os pequenos proprietários da Costa Vicentina e grandes investidores.
 
Depois do 25 de abril de 1974, continuou a investir em terrenos, aproveitando a ida de proprietários para o Brasil que procuravam desfazer-se de tudo por qualquer preço. Cintra comprava para vender mais tarde. Conseguiu adquirir à família do Conde de Caria as águas Vidago, Melgaço & Pedras Salgadas, património que depois venderia por 12 milhões de contos, nos finais da década de 90, ao Jerónimo Martins.
Ao ser eleito presidente do Sporting Clube de Portugal, em 1989 Sousa Cintra tornou-se uma figura conhecida dos portugueses. Os seus mandatos vieram dar estabilidade ao clube depois de uma longa crise. Foi marcado por sucessos nas modalidades e investimentos sucessivos no plantel de futebol com a decisão polémica de despedir Bobby Robson. Em 1995 o clube conquistou a Taça de Portugal quando o presidente do clube era já Pedro Santana Lopes.
Depois de abandonar aquele cargo regressou aos negócios. Em 1998, no Brasil, fundou a Drink In, que se iniciou na produção de cerveja com uma fábrica em São Paulo, a que se seguiu outra, no Rio de Janeiro. Em dois anos tornou-se no quarto maior produtor de cerveja do Brasil, sucesso que o fez apostar no mercado português, com a marca Cintra. Investiu 75 milhões de euros na criação de uma fábrica em Santarém, em 2002, mas, sem alcançar vendas capazes de escoar a produção, acabaria por vender o negócio à Iberpartners, em 2006.
 
Em 2010 cria a Fundação Sousa Cintra uma «instituição de desenvolvimento e solidariedade social», tendo como áreas de atuação principal «a cinegética, as ciências e a economia do mar». À data da sua legalização, o património estava avaliado em cerca de 20 milhões de euros mas nesse mesmo ano os jornais dão conta da falência da empresa Águas do Alardo que passou pelas mãos do empresário.
Em 2015 regressa aos títulos dos jornais, após a sua empresa Portguel ter obtido licença do Estado Português para pesquisar petróleo no Algarve.” Fonte: WIKIPÉDIA
 
Finalmente na semana passada foi nomeado para a presidência da SAD do Sporting Clube de Portugal por uma qualquer “Comissão de Gestão Provisória.”
Refira-se que desde 1988 foram presidentes Jorge Gonçalves, Sousa Cintra, Santana Lopes, José Roquette, Dias da Cunha, Soares Franco, José Eduardo Bettencourt, Godinho Lopes e Bruno de Carvalho qual deles o melhor.
 
Continuam a perfilar-se “candidatos a candidatos” para presidentes do Clube. A última anedota é que um fóssil que anda por tudo quanto é Conselho de Desporto também se vai candidatar. Sousa Cintra para já “é só” presidente da SAD e a primeira medida que tomou foi despedir o treinador e contratar José Peseiro! 
Como naquele clube “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira” quem sabe se qualquer dia Sousa Cintra não voltará a ser ascensorista?
 
Até à próxima

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