sábado, 15 de setembro de 2018

Nada de choraminguices sff

imagem retirada de zerozero
Não me vou alongar muito na análise a este empate caseiro porque tal foi o resultado de um aborrecido e natural jogo treino - o primeiro de mais dois… -, contudo não alinho em tretas que Sérgio Conceição e o Departamento de Comunicação do Futebol Clube do Porto utilizam para justificar o injustificável.

A Taça da da Liga não tem relevância competitiva alguma. É algo feito porque sim e porque dá algum dinheiro extra aos ditos “três grandes” que só não entram directamente na Final Four porque parece mal. Os jogadores, por muito profissionais que sejam, sabem disto. Muitos dos atletas que Sérgio escolheu para o jogo treino de hoje estiveram recentemente ao serviço da selecção. Na próxima Terça-feira arranca a participação azul e branca em mais edição da UEFA Champions League num grupo que é muito equilibrado.

Por tudo isto, e mais alguma coisa, é normal que os jogadores azuis e brancos hoje não tivessem dado o máximo. Nem me pareceu que os do Desportivo de Chaves estivessem com muita vontade de jogar. Como tal, porquê carga de água se vem para a Praça Pública apontar o dedo ao famoso anti jogo do adversário e ao árbitro? Talvez porque se ache que o adepto de futebol “engole” toda e qualquer patranha. Outros há que se aproveitam do resultado de um jogo treino para dar a entender que está tudo muito mal no Dragão (refiro-me a uma “certa” Comunicação Social).

Claro que não vou aqui dizer que não se pode, - e devem – retirar ilações deste jogo. A principal que eu retiro é que se o FC Porto tivesse jogado como jogou a partir do minuto 60 teria vencido a partida. Até à entrada de Yacine Brahimi em campo os azuis e brancios andaram, nitidamente, a passear a boal em campo com o Chaves a ver. Pergunto: o que tem isto a ver com o anti jogo ou com o árbitro?

A outra importante ilação que retiro é que há jogadores no plantel portista que não aproveitam as oportunidades que lhes são dadas. E aqui falo, especialmente, de Jesús Corona que passou completamente ao lado da partida.

E a ilação mais importante que retiro – e sobre a qual já venho falando desde a vitória à tangente no Jamor diante do “Belenenses SAD” – é que este novo Futebol Clube do Porto de Sérgio conceição não consegue gerir uma vantagem no marcador. A “chegada” de Danilo Pereira poderá ser a solução deste problema, mas um jogador que esteve lesionado tanto tempo não recupera a sua boa forma rapidamente, pelo que não se entende a nulidade que tem sido o meio campo portista nos últimos tempos. A não ser que tal tenha a ver com o anti jogo ou com o árbitro.

MVP (Most Valuable Player): Yacine Brahimi. O argelino não jogou de inicio, mas quando entrou em campo para substituir Corona, este “mexeu (e de que maneira!) com um jogo que parecia condenado ao aborrecimento. Merecia mais do que este empate a uma bola, mas o futebol é um desporto colectivo que deve se disputado desde o apito inicial do árbitro.

Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum ambas as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse, em definitivo, para o seu lado.

Arbitragem: Minutos finais quentes para Vítor Ferreira, que depois de não ter assinalado - mal - uma grande penalidade sobre Aboubakar acabou por invalidar - bem - o golo ao camaronês já nos descontos.

Positivo: Sérgio Conceição. Mexeu bem na equipa dado que esta parecia estar refém de um marasmo tal que o jogo culminaria num empate a zero. Escusava era de ter arriscado com Abounakar dado que o camaronês regressou lesionado dos trabalhos da sua selecção.

Negativo: Começar a jogar ao minuto 60. Mau demais para uma equipa como o FC Porto que diz querer vencer esta “competição”. Se quer ganhar, então tem de fazer por isto entrando em campo decidida a vencer desde o primeiro minuto. 
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado /14/09/2018)

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