sábado, 29 de setembro de 2018

Por um Tiquinho

imagem retirada de zerozero

Antes de mais as minhas sinceras desculpas pelo atraso na publicação deste artigo. Jogo a um dia da semana é – para mim – um tremendo “castigo”. Já há muito que venho dizendo que a nossa Liga tem de fazer uam escolha: ou marca os jogos para um dia da semana para, desta forma, satisfazer os operadores de televisão e tem os estádios vazios ou então agenda os jogos para o fim-de-semana e tem os estádios cheios. Querer as duas coisas ao mesmo tempo não dá… Adiante.

Sobre o jogo mantenho o que já venho dizendo há muito tempo. Prefiro mil vezes vencer sem convencer do que empatar e/ou perder e convencer. Claro que ver o Futebol Clube do Porto a jogar desta forma incomoda qualquer portista. Especialmente quando se está na bancada a ver um grupo de 11 marmanjos a trocar a bola entre si com zero margem de progressão. Tal irrita e preocupa em certa medida, mas enquanto se for vencendo está tudo bem. O problema está no simples facto de que esta forma de estar em campo poderá vir a custar pontos dado que nem sempre vamos ter um Tiquinho Soares que aparece na hora certa para empurrar a bola para a baliza adversária após um ressalto… Convinha – a meu ver – que Sérgio Conceição se apercebesse de tal antes de vir para as conferências de imprensa dando uma de José Maria Pedroto.

Não gosto de ver este FC Porto tão dependente dos rasgos individuais de Brahimi e Marega. É um facto que tal faz parte do futebol e que este CD Tondela de Pepa pensa sempre no “poucochinho” (especialmente quando a ideia é lixar as contas aos Dragões), mas esta forma de estar em campo é um mau sinal. Sérgio Conceição tem toda a razão quando diz que ele é que sabe quem deve jogar dado que é ele quem trabalha com os jogadores nos treinos semanais, mas face a tão fraca prestação de um meio campo portista muito trabalhador mas pouco habilidoso, não seria má ideia apostar em Oliver Torres. Quanto mais não seja para se tentar que o jogo porista passe a ter uma clara alternativa ao toca para trás e para os lados e os extremos que resolvam… repito, nem sempre vamso ter um Tiquinho a sair do banco para resolver a contenda com a ajuda da famosa “estrelinha de campeão”.

Concluindo; os azuis e brancos venceram, lideram a Liga NOS e na próxima jornada visitam a Luz à frente do SL Benfica. Um excelente cenário que eu espero que se mantenha. A ver vamos.

MVP (Most Valuable Player): Tiquinho Soares. Pouco mais fez senão marcar o golo decisivo, mas penso que é justo atribuir-lhe esta nomeação tendo em consideração a “pobreza franciscana” que foi a prestação de todos os elementos do Futebol Clube do Porto que estiveram em campo.

Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse claramente para o seu lado.

Arbitragem: Arbitragem positiva no seu global e sem grandes percalços pela equipa de Luís Godinho.

Positivo: 3 pontos e liderança (novamente). Efectivamente o que se pode retirar de positivo é a vitória do FC Porto e a consequente liderança da Liga NOS.

Negativo: Exibição “cinzenta”. Ganhar é importante, é um facto, mas isto de se viver da sorte do jogo é algo que uma equipa como o FC Porto não pode (nem deve!) adoptar como rotina. 

Artigo publicado no blog o gato no telhado (28/09/2018)

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