sexta-feira, 22 de maio de 2009

Jesualdo Ferreira: «Não falo de jogadores de outras equipas.»

À espera de um jogo aberto, entre duas equipas com atitudes positivas, Jesualdo Ferreira pretende voltar a festejar com os adeptos portistas a conquista do Tetracampeonato, no derradeiro encontro da presente edição da Liga. O técnico azul e branco garante um grupo motivado e desejoso de terminar a época em alta, quer no campeonato, quer também na final da Taça de Portugal.

Taça fica para depois
«A gestão da equipa que vou fazer não tem a ver com a final da Taça, mas antes com o jogo frente ao Sporting de Braga. Vai jogar a equipa que eu achar que é a melhor para este encontro. Depois deste jogo, ainda teremos uma semana para trabalhar e pensar na Taça de Portugal. A estrutura e os processos da equipa vão continuar os mesmos. Este jogo e o da final são encontros distintos, com uma orientação comum, que é ganhar».

Celebrar com os adeptos
«Sei que o estádio vai estar quase cheio e pretendemos continuar a festa do Tetra pela cidade. A nossa intenção é de voltarmos a fazer os festejos com os nossos adeptos e os portuenses no coração da cidade. Só depois vamos pensar na final da Taça».

Bom jogo em perspectiva
«Com o F.C. Porto campeão e o Sp. Braga a querer o quarto lugar da liga, sabemos que o encontro entre as duas equipas abre boas expectativas para um bom jogo. O Braga é uma equipa positiva, que seguramente vem ao Dragão jogar para ganhar, da mesma forma que o F.C. Porto faz sempre. Perante este quadro de motivações, espero um bom jogo no domingo. Queremos terminar o campeonato com uma vitória que pretendemos oferecer a todos os adeptos».

Motivação em alta
«Nesta segunda volta, empatamos duas vezes em que não fomos eficazes e, de há uns meses a esta parte, temos sido eficazes e pretendemos continuar dessa forma. Tudo vamos fazer para jogarmos um futebol atractivo, que puxe pelo público. Os jogadores estão muito motivados e desejosos de que a época acabe, mas que acabe com vitórias».

Futuro a seu tempo
«Não falo de jogadores de outras equipas. Enquanto não forem jogadores do F.C. Porto não falo. Ainda não acabou o campeonato e ainda há a Taça para disputar. Nós não criámos nenhum tabu, quem gerou essa questão foi a imprensa. As questões em torno do futuro são, para mim, importantes, mas não podem ocupar espaço nem tempo no meu trabalho diário».

Melhor preparados para a final
«As condições vividas na época passada foram diferentes das actuais. O facto de termos sido campeões a seis jornadas do fim, com mês e meio de distância até à final da Taça, tornou difícil para nós a manutenção dos níveis de concentração e motivação. Tivemos um momento difícil frente ao Nacional e quando chegámos à final, o Sporting estava com muito mais ritmo do que nós. Este ano a situação é diferente, os jogadores são outros, as equipas são diferentes e a rotina de trabalho está mais próxima dos momentos decisivos. Preparamos duas semanas muito intensas e os jogadores querem acabar bem a época. Estou certo de que o rendimento do F.C. Porto na final da Taça vai ser muito melhor do que o do ano passado».

Permanente densidade de jogos
«A densidade de jogos desde o início da segunda fase da época, que eu entendo ser desde Janeiro, foi constante e obrigou-nos a garantir permanentemente ritmo e capacidade de resposta aos diferentes desafios com que nos deparámos. Olhando a tudo isso e ao trabalho que fizemos, temos necessariamente pena que a época acabe agora, sobretudo porque as coisas estão bem. Estamos a trabalhar desde 7 de Julho e os jogadores tiveram apenas seis dias de férias no Natal. Dentro deste quadro, o que fizemos nesta segunda fase da época, e domingo podemos conseguir o 13º jogo consecutivo sem perder para a liga, é digno de nota».

Alvalade e Braga determinantes na corrida pelo título
«Considero que os momentos decisivos deste título foram os jogos de Alvalade e de Braga. Em Alvalade, conseguimos manter a liderança, depois de um arranque menos bom e da derrota com o Arsenal. Em Braga, ganhando à 15ª jornada, assumir a liderança da liga foi determinante para garantirmos dentro da equipa e da estrutura do clube a estabilidade para solidificar processos e comprometer os jogadores com os nossos desígnios. Considero que o Fernando e o Hulk foram as maiores revelações desta temporada e que o Bruno Alves foi o jogador mais sólido do campeonato, capaz de resistir aos 52 jogos que fizemos ao longo da época. Acima de tudo, a equipa foi capaz de se alargar, de conquistar cada vez mais jogadores para o seu núcleo forte. Demonstrámos capacidade para resistir às críticas e o nosso desempenho na Champions League foi um atestado da capacidade da equipa. Na minha opinião, ao contrário do que normalmente se afirma, a equipa que se reconstruiu para esta época foi o F.C. Porto e deu-me um gozo muito grande ter ganho o campeonato nestas circunstâncias».

Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode

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