Com o objectivo de se traduzir num impulso ao crescimento económico do concelho realizou-se há 2 semanas em Angra do Heroísmo a Conferência Internacional de Empreendedorismo organizada pela Câmara Municipal e pela Câmara de Comercio de Angra do Heroísmo, com base numa iniciativa do estudante André Leonardo. A conferência, a primeira sobre esta temática realizada nos Açores, decorreu no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo com entradas a 10 euros e juntou mais de 600 pessoas na sua maioria jovens.
Estiveram presentes o espanhol José Manuel Péréz Diaz, um empreendedor que fez de uma pequena cidade das Astúrias, sem nada e no meio de nada, uma cidade tecnológica de que toda a Espanha e em particular as Astúrias se orgulham, e a sueca Anna Tenje que transformou Vaxjo, com 80 mil habitantes, na cidade mais verde da Europa e a mais empreendedora de toda a Escandinávia. A Conferência Internacional de Empreendedorismo trouxe também até Angra do Heroísmo Virgínia Trigo, professora universitária de empreendedorismo, Pedro Queiroga Carrilho, fundador e director da Kask Finanças Pessoais e autor do livro “O Seu Primeiro Milhão” o maior best-seller português na área de business/management, Rui Vinhas da Silva, detentor de uma notável carreira internacional, João Crispim, coordenador do Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores, João Crespo Carvalho, um dos mestres da gestão em Portugal, Manuel Alves, estilista, Luis Marques, director geral da SIC, Alfredo Casimiro presidente do Grupo Urbanos e, pasme-se, Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica.
E, de que falou o conferencista? Sem falsas modéstias, naturalmente, do sucesso aquém e além fronteiras da “instituição” a que preside. Começou com o habitual rol de lamúrias e as directas a Vale e Azevedo: “quando cheguei ao Benfica, o Clube estava totalmente hipotecado”, havia uma erosão significativa, um Passivo de mais de 100 milhões de euros e um Activo que estava hipotecado ou degradado”. Mais à frente: “o Clube tinha acumulado dívidas de muitos milhões”; “de uma marca descredibilizada, a marca Benfica passou a valer, nos dias de hoje, acima dos 250 milhões de euros”. “A nossa dívida à SOMAGUE, que foi a empresa responsável pela construção do estádio, está hoje liquidada”; “o Benfica já ultrapassou os 230 mil sócios e conseguimos arrancar com a BENFICA TV”.
Passivo - Vamos lá então trocar ”isto” por miúdos, a começar pelo que conhecemos das Contas. Em 2002, o Passivo da SAD, era de 83M€ e em 30 de Junho de 2010 já estava em 373M€. A SAD consolida as contas de 4 Sociedades: Benfica/Estádio; Clínica SLB; Benfica TV e SLB-Mediação de Seguros. Faltam conhecer em pormenor os resultados do chamado Grupo Benfica que é composto por mais outras Sociedades: SLB-SGPS (cerca de 32M€); MULTIMÉDIA SA; Benfica Comercial; Rugby SA; Parque Benfica; e o SLB/Clube (cerca de 78M€) o que eleva o Passivo Total das 11 empresas do Grupo para mais de 500M€. Como se vê, para ganhar 2 campeonatos (em 2004 e 2010, ambos com batota, respectivamente Algarvegate e Liga dos Túneis) os resultados são mesmo um “espanto”.
Estiveram presentes o espanhol José Manuel Péréz Diaz, um empreendedor que fez de uma pequena cidade das Astúrias, sem nada e no meio de nada, uma cidade tecnológica de que toda a Espanha e em particular as Astúrias se orgulham, e a sueca Anna Tenje que transformou Vaxjo, com 80 mil habitantes, na cidade mais verde da Europa e a mais empreendedora de toda a Escandinávia. A Conferência Internacional de Empreendedorismo trouxe também até Angra do Heroísmo Virgínia Trigo, professora universitária de empreendedorismo, Pedro Queiroga Carrilho, fundador e director da Kask Finanças Pessoais e autor do livro “O Seu Primeiro Milhão” o maior best-seller português na área de business/management, Rui Vinhas da Silva, detentor de uma notável carreira internacional, João Crispim, coordenador do Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores, João Crespo Carvalho, um dos mestres da gestão em Portugal, Manuel Alves, estilista, Luis Marques, director geral da SIC, Alfredo Casimiro presidente do Grupo Urbanos e, pasme-se, Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica.
E, de que falou o conferencista? Sem falsas modéstias, naturalmente, do sucesso aquém e além fronteiras da “instituição” a que preside. Começou com o habitual rol de lamúrias e as directas a Vale e Azevedo: “quando cheguei ao Benfica, o Clube estava totalmente hipotecado”, havia uma erosão significativa, um Passivo de mais de 100 milhões de euros e um Activo que estava hipotecado ou degradado”. Mais à frente: “o Clube tinha acumulado dívidas de muitos milhões”; “de uma marca descredibilizada, a marca Benfica passou a valer, nos dias de hoje, acima dos 250 milhões de euros”. “A nossa dívida à SOMAGUE, que foi a empresa responsável pela construção do estádio, está hoje liquidada”; “o Benfica já ultrapassou os 230 mil sócios e conseguimos arrancar com a BENFICA TV”.
Passivo - Vamos lá então trocar ”isto” por miúdos, a começar pelo que conhecemos das Contas. Em 2002, o Passivo da SAD, era de 83M€ e em 30 de Junho de 2010 já estava em 373M€. A SAD consolida as contas de 4 Sociedades: Benfica/Estádio; Clínica SLB; Benfica TV e SLB-Mediação de Seguros. Faltam conhecer em pormenor os resultados do chamado Grupo Benfica que é composto por mais outras Sociedades: SLB-SGPS (cerca de 32M€); MULTIMÉDIA SA; Benfica Comercial; Rugby SA; Parque Benfica; e o SLB/Clube (cerca de 78M€) o que eleva o Passivo Total das 11 empresas do Grupo para mais de 500M€. Como se vê, para ganhar 2 campeonatos (em 2004 e 2010, ambos com batota, respectivamente Algarvegate e Liga dos Túneis) os resultados são mesmo um “espanto”.
Valor da “Marca” - O valor da marca é um conjunto de activos: lealdade, notoriedade, qualidade percebida e associações. Assim a gestão do valor da marca tem que contemplar estratégias de investimento que criem e mantenham esses activos.
Cada activo da marca gera valor de diferentes formas. Uns reduzem os custos de investimento em marketing, outros fomentam o estabelecimento de novas associações, outros ainda fornecem o motivo de compra e por último, os restantes facilitam a interpretação e o processamento de informação.
A marca cria valor quer para os consumidores quer para as organizações. O valor da marca assente nestas quatro fontes de valor da marca fornece valor para as empresas e para os consumidores. Ao nível dos consumidores o valor da marca está intimamente ligado ao facto de permitir maior facilidade de interpretar, processar e armazenar toda a informação que os consumidores recebem sobre os diferentes produtos e marcas. A marca facilita então todo o processo de decisão do consumidor. No que respeita às organizações, a marca permite o aumento dos cash flows gerados.
A força da marca vai depender da gestão integrada de todos os elementos da marca. Estes elementos devem estar associados ao nome e ao símbolo da marca. Uma alteração num deles pode afectar todos os restantes activos da marca. (*)
Dívida à SOMAGUE – Ao contrário do que diz o “empreendedor empresário”, o estádio não está pago. A única coisa que existe é “uma promessa de o pagar”, o tal Project Finance que consistiu, perante as ameaças da construtora de penhorar os Activos do Clube, num acordo/plano faseado de pagamentos que um dia há-de ter um fim, podendo dizer-se então que a Cesta do Pão está paga.
Estádio - Talvez o seu associado Bagão Félix, que agora até faz parte dos “amigos de Cavaco” por via da sua recente integração no Conselho de Estado, consiga explicar o milagre da multiplicação dos pães, perdão, dos Passivos em vez andar por aí a distribuir bitaitadas na TVI. Por certo o insigne Benfiquista já se esqueceu do papel vergonhoso que teve quando chamado a funções governativas naquele célebre “governo das trapalhadas” dirigido por outro azeiteiro da política, Santana Lopes que, entre outras bizarrias, deu ou mandou atribuir à “instituição” aquando da construção do Estádio, as benesses que todos conhecemos (favores da EPUL e CML, em troca do voto no seu partido). Para aqueles menos atentos a estas aldrabices recomendo lerem a auditoria do Tribunal de Contas aqui que, por ser extensa, não cabe nesta crónica.
230.000 Sócios – Sabendo que as quotas são essencialmente divididas em 5 categorias: Infantil; Menor; Efectivo; Reformado; e Correspondente, com os preços respectivamente de 18€/ano; 72€/ano; 156€/ano; 78€/ano; e 100€/ano, como podem os 75% que a SAD arrecada (os restantes 25% são para o Clube) serem apenas de 8.228€ em 2008/2009; 8.982€ em 2009/2010; e 5.172€ no 1º Semestre de 2010/2011? Para tantos Sócios a receita devia ser, pelo menos, mais do dobro não?
Benfica TV – Se em abstracto parece ser uma boa ideia um clube ter uma emissora própria, não só para efeitos de divulgação da marca mas, também, como angariadora de receitas publicitárias dos anunciantes, no plano prático a Benfica TV tornou-se uma fonte geradora de conflitos, muito pelo exacerbado clubismo que os intervenientes (técnicos e convidados) colocam nas suas intervenções.
Temos assim que o ilustre palestrante/conferencista anda pelo mundo fora, com o catálogo debaixo do braço a tentar impingir, não só os jogadores excedentários do plantel, como a vender ideias aos incautos sobre as potencialidades duma “instituição” hipotecada até ao tutano, pouco menos do que falida tecnicamente, não como Mestre da Culinária, mas mero cozinheiro de pratos requentados dum restaurante de 3ª. Como neste momento a banca para abrir os cordões à bolsa, só o faz com garantias concretas, cheira-me que esta promoção é sinal evidente que vem aí mais um empréstimo.
Até para a semana
(*) Com a devida vénia á Dr.ª Ana Côrte-Real, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto
2 comentários:
VOTE NO FCP PARA VENCEDOR DA LIGA EUROPA EM:
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VIVA O PORTO
Duas grandes alegrias hoje, nos juniores de futebol e nos seniores de andebol.
Saudações azuis e brancas.
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