Vem aí os Chineses

Já andaram por aí alguns futebolistas chineses. O nosso Clube até teve um jovem chinês Zhang Chiming, que jogou nos juniores em 2007/08, tendo depois sido transferido para o futebol austríaco. No clube da treta andou um tal Yo Dabao que mais tarde viria a ser emprestado ao Olivais e Moscavide e depois ao Mafra. No Leiria jogou Wang Zhang que marcaria 3 golos aos calimeros num jogo da Taça de Portugal. No Beira-Mar alinha, Zhang Chengdong chegando, esta semana, mais um à experiência, Li Haozhen.

A Three Gorges abichou quase1/4 da EDP, o Corinthians comprou Chen Zhi-Zhao, e até Godinho Lopes, o inefável presidente dos calimeros que fez um negócio ruinoso ao alugar, na EXPO98, barcos/hotel sem ter clientes, admite “abrir a SAD aos capitais estrangeiros” não deixando pois claro, de fora, a economia emergente donde chegou o novo médio do Corinthians.

Vamos lá ver o que é esta coisa das “economias emergentes”! Não há uma definição exacta. Podemos estabelecer uma classificação pelo produto interno bruto, reservas naturais, níveis de produção, rendimento per capita, ou saldos positivos nas balanças correntes. Depois existem problemas de disciplina, rigor financeiro, hábitos de trabalho, clima, nível de escolaridade, etc. Na China os gajos podem trabalhar 15 horas por dia, com um salário equivalente a uma tigela de arroz, e o raio da economia é emergente! De uma coisa estou seguro: a nossa é “submergente” (esta fui eu que inventei ih!ih!ih!) ou já se esqueceram do barrete que foi a compra dos submarinos do senhor Portas mais as “contrapartidas” que nunca apareceram? Pode ser que desta vez aconteça o milagre. Os Chineses vão abrir uma linha de crédito à EDP no valor de quatro mil milhões de euros, e prometem apostar no turismo e nos transportes marítimos, o que pode dinamizar, por exemplo, os estaleiros navais de Viana do Castelo ou o porto de Sines. Porque não apostar em clubes falidos do género dos 2 circos da Segunda Circular?

Nos finais da época 2007/2008 Joe Berardo, o negociante de cacos velhos que tinha alugado uns bidés da Lili Caneças e uns azulejos partidos à Ministra da Cultura de então, fez o habitual bluff para subir as acções da “instituição”. Nada mais, nada menos do que lançar uma OPA através duma das suas empresas, a Metalgeste, sobre o clube da treta, onde oferecia 3,50 euros por acção. Como ninguém pegou na “oferta” arranjaram maneira, através dos habituais pasquineiros de serviço, de difundir um boato sobre potenciais investidores chineses que estariam presumivelmente interessados em lançar uma contra-opa oferecendo 7,50 por acção! Resultado: as acções subiram até 4,50 euros durante um dia, até que a CMVM acabou com a brincadeira e mandou parar o baile. Claro que, como a “instituição” é de interesse nacional, e o dislexico da boina preta precisa duns milhões de euros para pagar o rombo que deu na CGD quando pediu dinheiro emprestado para comprar acções do Millenium, o inefável MP em coligação com a CMVM não teve coragem de lhes aplicar as devidas sanções.

Muita graça teve José Maria Ricciardi (estes “Viscondes” tem sempre 2 consoantes iguais no nome) simultaneamente presidente do BESI e vice-presidente do Conselho Fiscal leonino, que mal apanhou Cao Guangjing, um dos novos donos da EDP, a jeito, ofereceu-lhe uma camisola do clube, quiçá a pensar que estes amigos recém-chegados, podem muito bem pegar nos “andores” dos sucessivos projectos financeiros em que os calimeros são especialistas, agora que já dobraram o Cabo das Tormentas dos 200M€ de Passivo só na SAD.

Se, por acaso, alguém duvidar da capacidade realizadora dos chinocas, fica aqui um vídeo da construção do Arc Hotel com 15 andares em 6 dias! Se fosse no Porto, com licenças para aprovar na Câmara do senhor Rui Rio demorava, pelo menos, 6 anos!

A profecia do nosso Futre (nosso, é como quem diz), alinhando temporariamente nas fantochadas que foram as eleições do Zbórden, parece cumprir-se: “Vai vir Charters”!

Até para a semana