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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

O Estranho Caso da Sad do Belenenses

Rui Pedro Soares o atual presidente da SAD entrou discretamente na Portugal Telecom mas cedo protagonizou notícias por estar envolvido nas alegadas escutas do caso "Face Oculta" publicadas pelo jornal "Sol". Foi administrador executivo da "holding" Portugal Telecom desde 2006 ano em que Henrique Granadeiro assumiu a presidência executiva. Ficou com o pelouro das regiões autónomas e autarquias, com o marketing institucional, e com o imobiliário e segurança. Em 2008, quando houve uma reorganização na estrutura administrativa da PT e Zeinal Bava assumiu a presidência executiva, saiu reforçado. Além de manter os cargos que já tinha ficou com as participações financeiras da TM Macau, Timor Telecom e da Archway, mais o ambiente e eficiência energética.
Tem 40 anos. É do Porto mas na adolescência rumou a Lisboa. Estudou no IPAM - Instituto Português de Administração de Marketing, tendo tirado uma formação no INSEAD em telecomunicações, estratégia e marketing. Os contactos com os clubes de futebol, patrocinados pela PT, são da sua responsabilidade.
Dizem que é portista. Recebeu em 2008 um Dragão de Ouro (Sócio do Ano). Chegou a vereador sem pelouro na CML quando concorreu na lista de João Soares em disputa com Santana Lopes e que este ganhou. Segundo a revista "Visão" ainda foi candidato à liderança da JS, mas, quase sem apoios, perdeu. Foi na JS que conheceu Paulo Penedos, o advogado que acabou por ser seu assessor jurídico na PT com quem manteve as conversas telefónicas, alvo de escutas. Rui Pedro Soares e Paulo Penedos foram "apanhados" a falarem sobre a compra da TVI pela PT para alegadamente servir o propósito de controlar a comunicação social como faz o Benfica. Segundo o "Sol" foi também na JS que conheceu Marcos Perestrello que o leva para o grupo de apoio a José Sócrates. Também participou noutras administrações por via da PT. Uma delas é a do Taguspark, onde foi administrador não executivo, colega de Américo Thomatti, presidente executivo do Taguspark, também apanhado numa conversa com Paulo Penedos sobre o negócio da TVI.
Vamos perceber como apareceu no Belenenses chegando mesmo a presidente da SAD. O ex-administrador da Portugal Telecom possuía a fatia maior da SAD do clube, já que, em dezembro de 2012 tinha adquirido, através da Codecity Sports Management que liderava, 46,93% do capital social por 469 euros. Quando fez este acordo tinha ficado pré-definido que logo que fosse legalmente permitido adquiria mais cinco por cento. Assim aconteceu em agosto de 2013 quando o Belenenses atravessou uma crise financeira. Essa aquisição comunicada pela empresa à CMVM foi feita por 50,04 euros, valor que corresponde a 50.040 ações ao preço unitário de um cêntimo. Rui Pedro Soares passou a ser o dono maioritário da SAD detendo 51,9% do capital social. Passadas 2 épocas enquanto a equipa de futebol se posicionava do meio da tabela para baixo a SAD iniciou umas estranhas negociatas com o Benfica tendo recebido empréstimos em dinheiro e jogadores que, segundo explicações recentes, serviriam para esconder as entradas de capital fresco. Todos vimos nas denúncias do caso dos emails que os jogadores cedidos pelo clube da treta não são convocados ou ficam mesmo impedidos de defrontar o Benfica.
 
Foi então assinado um protocolo entre o clube e a SAD para utilização do Estádio do Restelo pertença do clube. Contudo as dívidas relativas ao arrendamento, manutenção, treinos e jogos começaram a vencer-se atingindo uma verba de 450 mil euros. O presidente do clube nada contente com o rumo que as coisas estão a tomar tem procurado um entendimento sem resultados que já motivaram no ano passado um comunicado aos sócios. 
 
O Clube de Futebol “Os Belenenses” informa os seus associados que, na presente data, notificou a Belenenses – Sociedade Desportiva de Futebol, SAD, para pagamento dos montantes devidos ao abrigo da conta-corrente entre Clube e SAD considerando a decisão do Tribunal Arbitral notificada às Partes em 11.07.2017.
Conforme já anteriormente defendido, resulta da decisão proferida pelo Tribunal Arbitral que a SAD tem de pagar ao Clube de Futebol “Os Belenenses”:
 
a) os direitos de formação por atletas formados no Clube nos termos regulamentares;
b) que as verbas relativas ao mecanismo de apoio da UEFA a clubes formadores são receita exclusiva do Clube;
c) e que tais valores são cumuláveis com o pagamento de 15% sobre as transferências efetuadas pela SAD de jogadores formados no Clube, aqui apenas sendo descontado o que for devido a terceiros a título de compensação.
 
Valores recebidos pela SAD e não entregues ao Clube relativos às épocas de 2011/2012, 2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015, relativos às verbas da UEFA de comparticipação do clube formador: € 161.844,47.
 
A comunicação à SAD dos presentes montantes em dívida na presente data, que ascendem a 449.384,39 €, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor, resulta da aceitação por esta da decisão do Tribunal Arbitral tal como interpretada pelo Clube de Futebol “Os Belenenses” em 15.07.2017, de acordo com a última manifestação de vontade efetuada pela SAD no processo no passado dia 6 de Outubro de 2017. 
 
Se esta situação continuar o presidente do clube Patrick Morais de Carvalho prevê denunciar o protocolo acima descrito e formar uma equipa que começará a participar nos campeonatos desde os escalões mais baixos. A SAD que não apresenta as Contas nem os contratos com os jogadores se não assumir as dívidas que entretanto se vão acumulando terá que encontrar a partir do final da época um sítio para jogar com todas as consequências para os sócios.
Não consigo compreender como este individuo tem a coragem de mandar recados ao nosso clube a propósito do caso dos emails. Provavelmente será mais um cartilheiro a trabalhar para o clube da treta.
 
ULTIMA HORA – Em resposta à ameaça de revisão do protocolo, Rui Pedro Soares disse: “Desde dezembro o Estádio do Restelo está penhorado pela Oitante, S.A. empresa que tem por objeto social a administração dos direitos e obrigações que constituam ativos do Banif - Banco Internacional do Funchal. Como a Direção do clube deixou de pagar uma dívida de 5M€ o estádio que foi alvo de uma penhora, pode ser vendido a qualquer momento.”
 
Até à próxima

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Acordamos Mas Não Chegou

Começamos bem e empurramos o clube da treta para o seu meio-campo. Até aos 70 minutos dominámos completamente a partida. As substituições foram claramente despropositadas. Tirar 3 médios que estavam a segurar o meio-campo e meter 2 defesas mais Herrera só lembrava mesmo ao NES. Mas o problema nem é “apenas” dele nem a “culpa” foi do Herrera. Já vem de há 3 anos, sob o ponto de vista desportivo, o descalabro desta SAD, com múltiplos avisos nos pasquins da especialidade. Não consigo entender como treinador atrás de treinador não consegue rentabilizar jogadores como Quintero, Maicon, Iturbe, Kelvin, Martins Indi, Sérgio Oliveira, Brahimi etc. muito menos, como é possível contratar jogadores como Kléber, Gillas, Depoitre, Adrián Lopez, Cristian Tello, Pablo Osvaldo, Josué, Licá etc, provavelmente muito bons atletas para o Guimarães ou o Braga mas não para uma equipa que pretende ser campeã nacional.

Pelos vistos os sócios não querem saber e continuam “a acreditar”. A acreditar e a votar, digo eu. Se quisermos falar “apenas” daqueles que aprovaram as Contas anuais (até 30 de Junho de 2016) podemos dizer que em 255 votantes os 20 contestatários já representam 7,85%. Mas 62% continuam a gostar da presidência de Pinto da Costa. Por mim acho que a contestação vai começar a ganhar corpo. Se a AG tivesse sido este Domingo à noite porventura mais sócios apareciam para votar e daria um resultado bem mais pesado. A habilidade esteve em escolher o “timing”.
Que os sócios tenham manifestado apoio aquando da reeleição do presidente ainda consigo compreender embora achasse estranho que dos 10.000 subscritores da Lista aparecessem menos de 2.000 para depositar o voto nas urnas. Mas tudo bem, Pinto da Costa tem um crédito acumulado, 30 anos de glórias que nunca mais serão esquecidas. O que contesto é votarem favoravelmente “aquelas” Contas e “aquele” Orçamento. Valha-me Deus! Ou estão todos distraídos ou anestesiados.

Acham “normal” um prejuízo de 58,4M€. Acreditam que o presidente teve na mão vendas de 90M€ e não as realizou “para não prejudicar a capacidade ofensiva da equipa”. Sobre o Passivo galopante ninguém comenta. O Capital Próprio (que deveria ser, pelo menos, metade do Capital Social) configura falência técnica mas para os sócios não tem importância. A semana da apresentação das Contas e Orçamento que antecedeu o clássico encheu as páginas dos pasquins enquanto os blogues da bluegosfera salvo raras exceções (Porta26, Mística do Dragão e Porto Universal) que saúdo não dedicaram uma palavra ao tema.
José Correia no seu Reflexão Portista lamentou as palavras de Pinto da Costa que se referiu ao anterior Diretor Financeiro como “cobarde”! Engraçado que já anteriormente, e ainda as coisas corriam muito bem, o Dr. Fernando Gomes (agora na FPF) também tinha renunciado ao cargo por “não concordar com a política financeira da Sad”. Estariam ambos errados e o nosso presidente é o único que leva o passo certo? Esperem pelas contas do 1º Trimestre (1 de Julho a 30 de Setembro). Vão verificar que ainda são piores do que estas.

Não vejo como mas se as coisas não mudarem e esta direção paga a peso de ouro não arrepiar caminho vamos ter muitos desgostos. Desta vez não foram os assobios dos sócios que tiveram a culpa, os portistas novos das pipocas, nem o pobre do Herrera. O problema vem de longe. Uma estrutura anquilosada como há muito não se via, erros de gestão primários, dinheiro esbanjado em contratações duvidosas pagas a peso de ouro e comissões milionárias. Um diretor financeiro incapaz de travar os desmandos do presidente que atira os Custos para um patamar dificilmente aceite pelo Fair Play Financeiro. Por tudo isto, desportivamente falando, no Domingo voltou a acabar mal. Acordamos mas não chegou!

Até à próxima

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A Triste Realidade

Com um lucro de 20M€ o Passivo aumenta 25M€! Foi com a palavra “lucro” que os pasquins afetos ao clube da treta embandeiraram em arco o anúncio de um resumo do RC relativo ao exercício 2015/2016 (1 de Julho de 2015 a 30 de Junho 2016). Para mim esse resumo é suficiente para perceber a grande ilusão que vai no Circo encarnado. Se repararmos que o Passivo Total da Sad é de 455M€ do qual 310M€ são Passivo Financeiro remunerado (paga juros) não compreendo porque andam tão entusiasmados.
Vamos ver como aparece este “lucro”. Imaginem só por uns momentos que as vendas de Renato Sanches e Gaitán não teriam sido realizadas antes de 30 de Junho. Como renderam juntos 60M€, em vez dos tais 20M€ de lucro, teriam 40M€ de prejuízo. Não contando que receberam a maçaroca mas ficaram sem os atletas. Isto se falarmos apenas da Sad. O RC do Clube deve apresentar um Passivo que somado com o da Sad ultrapassa os 500M€! Para os menos entendidos nestas minudências, refere-se que ESTAS é que são contas consolidadas visto que o clube faz parte (é o sócio maioritário com 63%) da Sociedade.
 
Engraçado que mesmo com as excelentes vendas realizadas, bem como a subida de Proveitos em quase todas as Contas, o diretor financeiro Domingos Soares de Oliveira acha (e muito bem) que apenas equilibra as finanças quando conseguir reduzir o Passivo ao valor médio dos Proveitos (mais ou menos 200M€). Ou seja: se houver um ano mau (não apuramento para as competições europeias ou vendas inferiores às da última época) o Passivo continua a aumentar indefinidamente. Quando Vieira pegou na Sad o Passivo era de 80M€. Hoje é 7 vezes maior.
 
Nenhum dos pasquins encarnados (e são todos) reparou que o Capital Próprio (diferença entre Ativo e Passivo) é apenas de 20,9M€ (476,4M€-455,5M€) inferior a metade do Capital Social que são 115M€ o que, como já vem sendo hábito, coloca a Sociedade em Falência Técnica. Aguardaremos pelo parecer do Conselho Fiscal, do Auditor, e do Revisor Oficial de Contas para ver como é tratada esta situação.
Atravessando a Segunda Circular e passando para o outro Circo em frente, a situação ainda é pior. No exercício relativo à última época baixaram o Ativo, subiram o Passivo que já vai em 250M€, e tem um Capital Próprio negativo de 25M€, ou seja: estouraram o Capital da Sociedade no valor de 67M€ e já devem aquela conta mais 25M€. Orgulham-se de terem feito um excelente negócio com a Banca que consistiu em transformar 55M€ de créditos em VMOC’s, umas Obrigações a 10 anos convertíveis em Ações, que se não forem resgatadas naquela data permitem a entrada da Banca na sociedade a somar aos mais de 20% que a HOLDIMO já lá tem. 
 
Como se não bastasse, encetaram uma verdadeira caça às bruxas “convocando” os seis anteriores presumíveis responsáveis pela quase perda de maioria na SAD para uma Auditoria interna a realizar durante várias semanas.
Só para que conste o Resultado Líquido desta última época foi um prejuízo de 32M€. Pergunta-se então como perante estas tristes realidades andam todos tão contentes!
 
Até à próxima

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Quo Vadis Jesus?

Quando era pequeno (há muitos e muitos anos) andei na Escola Primária da Santíssima Trindade ali junto à nossa Câmara Municipal. Logo nos primeiros dias explicaram-me na catequese que aquela expressão personificava “o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.”
 
Segundo os princípios do Cristianismo os três representam uma e só entidade. Não percebi muito bem o conceito, havia qualquer coisa que não encaixava. Então, do alto dos meus 7 anos, enchi-me de coragem e pedi à catequista que me “traduzisse” aquilo. A resposta não podia ser mais politicamente correta: “mistério”! Jesus (o verdadeiro) fazia com muita classe o truque dos pães. A multiplicação dos milhões escapa-me. Nunca pensei que quase 70 anos mais tarde o enigma subsistisse, e os personagens fossem os mesmos. Em nome do Pai, o Filho foi para o Sporting, e o Espírito Santo é quem sustenta a casa! Os lesados do BES que o digam.
Um dos braços de Ricardo Espírito Santo era o BESA. O semanário Expresso noticiou há alguns meses que o BES Angola não sabe a quem emprestou 5,7 mil milhões de dólares, sendo que a atual administração suspeita que 745 milhões foram parar às mãos de Álvaro Sobrinho, presidente daquele banco até 2012. Assim é fácil contratar treinadores.
O empresário Álvaro Madaleno Sobrinho é dono da Newshold, grupo angolano que, além do semanário Sol, controla 15% da Cofina (Correio da Manhã, Jornal de Negócios, revista Sábado), bem como o jornal i. Pelos vistos, segundo o Relatório e Contas do 3º Trimestre (1 de Julho a 31 de Março) já tem perto de 30% na SAD do Zbórden.
Se Jesus for pelo salário anunciado provocará um enorme esforço de Tesouraria que não vejo como as finanças da Sad possam aguentar. Palpita-me que o Sporting não tardará muito a recorrer à solução habitual, mais um Empréstimo Obrigacionista, pois claro! O presidente saiu com um comunicado/justificação aos sócios que mais parece o Sermão de Santo António aos Peixes. Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Dias da Cunha afirmou que devia ir para o manicómio, esquecendo-se que foi um dos obreiros da derrocada económica da Sad secundado por Soares Franco, Eduardo Bettencourt, e Godinho Lopes. O bouquet final (como no fogo de artifício do fim-de-ano na Madeira) está reservado para o banana. Quando começarem as castanhas (os processos) a rebentarem-lhe na boca, gostava de andar por cá para ver se a Holdimo e/ou o BES se chegam à frente para aguentar com os prejuízos. Para Jesus, será mais difícil do que andar no arame.
Atravessando a Segunda Circular confesso que já tinha saudades duma palhaçada tão engraçada no Circo Cardinali (não confundir com o Cardinali árbitro assistente que não quis aproveitar os 2.000€ que outro sevandija dos esverdeados lhe mandou meter na conta).
 
Vieira (que faz sempre as coisas pelo outro lado) desta vez foi apanhado na curva. Mas nem tudo são desgraças. Livrou-se de um sapateiro que ganhava 4 mil quilos/ano e ao mesmo tempo atirou a batata quente para o parceiro do Circo em frente.
Claro que o tema de fundo (como dizem os apresentadores dos tele jornais) foi mais uma vez escondido da populaça. Provou-se que o clube da treta (pese embora a pasquinada que o leva ao colinho dizer o contrário) está falido e já nem sequer tem dinheiro para os ordenados. O último Relatório e Contas vem coberto pelo tal manto diáfano da fantasia que só tem lugar nas cabeçorras do Jaime Antunes ou do António Figueiredo.
 
Se dúvidas houvesse bastava ler o anúncio do dia 5 de Junho na CMVM de mais um empréstimo, desta vez de 55M€, a contrastar com as declarações do imbecil que representa a “instituição” no Dia Seguinte que afirma com aquele ar de mentiroso compulsivo que “o Benfica está bem de dinheiro”. Havia de lhe crescer o nariz de cada vez que mente.
 
Então na semana passada quando Guilherme Aguiar (o único que percebe alguma coisa daquilo) afirmou que JJ ia para o Sporting, o homem ia tendo uma apoplexia de tanto rir. Abanava por todos os lados como o Zequinha da Feira Popular. Se tivesse um pingo de vergonha nas ventas partia para os Emirates só com bilhete de ida.
 
Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Este Benfica é Feito em Photoshop

Depois do espetáculo degradante que o senhor árbitro/adepto do Benfica protagonizou em Moreira de Cónegos fiquei sem perceber por que motivo entrou em campo vestido de branco como as virgens e pediu respeito. Com todas as tropelias, falhas e aldrabices, que os homens do apito tem protagonizado semana após semana, só ainda não entendi como é que ainda há público que pague para assistir a jogos que a FPF e a Comissão de Arbitragem transformaram numa fantochada. Fartei-me de ser roubado centenas de vezes mas temporada como esta não me recordo de nenhuma. E “venho de longe, de muito longe” como canta o Zé Mário Branco. Vejam lá que ainda me lembro do Calabote!
Bem sei que o senhor Vítor Pereira (que não tem ninguém a quem prestar contas) foi eleito para que o Diretor do Circo apoiasse o senhor Fernando Gomes e este, como moeda de troca, apoiasse o senhor Vieira para desfeitear os Calimeros. Tenho algumas dúvidas mas parece que estas “combinações” estão muito na moda. Agora já não são precisos visons para as mulheres dos árbitros. Bastam uns croquetes ou mensagens nos télélés.
 
O que tenho a certeza é que este Benfica, cantado pelos pasquins da capital, não existe. É um efeito do Photoshop. O popular programa de computador que fez na semana passada 25 anos transforma a realidade dando às coisas verdadeiras um aspeto diferente do real. Tão a ver? Cantos que não são cantos mas que depois dão golo, penaltys que são penaltys mas ao clube da treta são perdoados, cacetadas que não são marcadas e o “outro” é que vai expulso! Por mim até gostava mais do Circus Flamenco do Quique Flores. Também não jogavam nada mas, pelo menos, davam-nos música!
Resolvi então entrar na brincadeira e “desfocar” a história como eles fazem aos jogos. Nada melhor do que inventar fatos e criar situações a fingir que são autênticas. Então lá fui ao arquivo recolher algumas das fotomontagens que me entretenho a fazer onde estes aldrabões são protagonistas. Se acharem as imagens “estranhas” não duvidem delas. Basta os meus amigos imaginarem que são verdadeiras. Pelo menos tão verdadeiras como o primeiro golo do clube da treta ao Moreirense.
Por exemplo: na terra deste lambe-botas dos 7 instrumentos (mandatário da candidatura há 12 anos do senhor Vieira) e candidato-a-candidato de tudo o que mexe, no passado fim-de-semana não houve jogos em Viseu, por motivo da greve dos árbitros. “Querem respeito”! Não sei porquê. Como diria o outro “eles sabem que nós sabemos” como foram lá parar. Ano após ano, essas personagens sinistras a quem chamam observadores, favoreceram os paixões, lucilios, xistras etc. e correram com outros, de maneira que hoje só lá ficaram adeptos e sócios confessos da “instituição”. São como os vesgos. Olham para um lado mas estão a ver o outro.
Toda a gente chegou à conclusão que “esta” LIGA é mesmo uma farsa. Toda não! Os compinchas que ilustram (graças ao tal Photoshop) esta foto de família participam desta comédia, escondendo-se hipocritamente atrás da ”verdade desportiva”. Da verdade deles bem entendido. O senhor Rui Santos passa a frase em rodapé no TEMPO EXTRA e já foi de joelhos à Assembleia da Republica levar uma petição. O próximo passo desta comédia, só pode ser a greve dos pasquins, falados, escritos ou televisionados porque o público nos estádios, as tiragens, e as audiências das TV’s estão a baixar. Vejam lá que injustiça! Pessoas tão amantes da verdade desportiva, quais querubins de asa murcha, chulos da CS que temos, taditos, tem que levar o andor aos ombros para terem direito à sopa!
Falido até ao tutano este quarteto sabe bem que se não ganhar esta LIGA e vender a pouca carne humana que ainda lhe resta, ou muda o nome do galinheiro ou vai jogar para os distritais (fairplay financeiro dixit). Engraçado que os caceteiros (Di Maria, Coentrão, Ramires, David Luiz, Javi, Matic, Enzo, etc.) que por cá os cãezinhos amestrados do senhor Vítor Pereira nem amarelos lhes mostravam lá fora estão carregadinhos de cartões. A Banca fechou-lhes a torneira, o Costa da Câmara levou uma tampa da Assembleia, e a menos que o Santana Lopes lhes dê mais uns terrenos como fez para o estádio, qualquer dia tem que começar a pagar aos credores como os outros meninos ou então fechar a tasca.
“Pertante” à cautela é preciso ir pensando em mudar o naming. Em vez de Cesta do Pão o nome TITANIC parece-lhes bem? A quem conseguiu vender um frangueiro por 8 milhões, duas vezes e a dois clubes falidos, tem que se lhe tirar o chapéu! Devem ser negócios à moda do Dominguinhos o diretor financeiro que junto com o senhor Vieira, são os responsáveis por em 12 anos terem aumentado o Passivo da “instituição” de 80 para 600M€.
O senhor Moniz da Media Capital, ressuscitado recentemente, ousou abrir a bocarra. Nem teve tempo de respirar. Levou logo pelas ventas abaixo com um ror de campeonatos, taças e champions. Bocas por bocas mais lhe valera estar calado e fazer como a mulher. Ir trabalhar para a TV. Afinal é isso que ele sabe fazer. Deixe o futebol para os meninos grandes.
 
Até ao próximo “roubo de igreja”

domingo, 17 de agosto de 2014

Nunca Te Enganes a Ti Próprio

Na reentrada em cena do programa desportivo DIA SEGUINTE que passa 90% do tempo a enaltecer o clube da treta esperava-se que o mesmo servisse para o aldrabão do costume responder à óbvia questão de como iriam arranjar 200 milhões até Dezembro para cumprir os compromissos de 2 Empréstimos Obrigacionistas quase sobrepostos e liquidar uma conta caucionada no BES. Conhecem estas Contas? São assim uma espécie de “compre agora e pague com o subsídio do Natal!”
 
Expetativas goradas, o ex-administrador que nunca sabe responder ao que lhe perguntam já deve ter percebido que ninguém acredita na banha de cobra que anda há muito a vender e prefere iludir a resposta. Então muda de assunto com desculpas esfarrapadas não assumindo o estado de falência em que se encontra a “instituição”. O habitual fornecedor de dinheiro para Tesouraria faliu. Fechou a torneira. No último RC a SAD demonstra compromissos financeiros até 2024 e o estádio nem metade está pago. Quatro dos seus acionistas de referência, BES, José da Conceição Guilherme, Somague, e o presidente LFV estão ligados à construção. Este último é um dos homens mais ricos de Portugal e nem sequer aufere vencimento (por imposição estatutária) no Clube. Provavelmente o dinheiro apareceu por geração espontânea.
 
Mas o programa teve uma novidade. Foi apresentado um novo papagaio. Todos estávamos habituados aos papagaios encarnados Cervan e Seara mas desta vez apareceu um papagaio verde no lugar da última abécula que por lá vegetava. Assistimos a uma prestação generosa entremeada de expedientes dilatórios (ou não fosse o homem advogado) mas cujo discurso nada mudou pela ignorância evidenciada sobre as matérias em discussão. Nem sabia que o Zbórden tinha rebentado mas com os amigos do BES conseguiu que lhe fossem perdoados juros e esticados os prazos de pagamento da divida. Assim uma espécie de PER disfarçado.
Voltando á vaca fria (o tema era a crise do BES e o seu reflexo nos clubes) percebeu-se que os dois circos da capital foram bastante atingidos nas suas expetativas de continuarem a viver com o dinheiro da Banca. Como de costume o feiticeiro que nos aparece aos Domingos à hora do jantar desvalorizou o caso, juntando o total dos Passivos dos 3 grandes que ultrapassa o milhão de euros. Só que mais uma vez meteu água. Deixe lá, já tinha acontecido o mesmo ao Economista António Samagaio no PÚBLICO. Não reparou nalguns pormenores.
 
Querem ver alguns? Primeiro: O BES é financiador preferencial da “instituição”. Segundo: Detém uma participação no Capital Social da SAD. Terceiro: Gere e participa num Fundo (Benfica Stars Fund) onde a SAD tem 15%. Quarto: Apoia os sucessivos Empréstimos Obrigacionistas como colocador daquelas operações.
 
Nós, os parolos cá de cima, não queremos misturas. Como o feiticeiro prometeu que iria falar nisso no próximo Domingo, aconselho que leia os RC dos 3 grandes e separe os valores de cada SAD. Olhe se quiser até pode juntar-lhes o Passivo dos respetivos clubes e umas empresas que andam perdidas pela capital. Vai ver que o Grupo do clube da treta tem um passivo maior do que os outros dois juntos. Não venha para cá com “contas à moda do Porto”.
 
Curiosamente a Sociedade de Revisores da KPMG que faz parte da Comissão de Auditoria do BES já tinham invocado o risco da empresa sobre as operações do Grupo BES, devido a uma grande exposição ao crédito concedido a sociedades de meia tijela. Compreende-se agora por que motivo o clube da freguesia de Benfica os mandou pela porta fora e substituiu o ROC.
 
Ao terminar o DIA SEGUINTE o representante da “instituição” não respondeu a duas perguntas concretas do apresentador do programa. Primeira: se as vendas apressadas e por qualquer preço se deviam à necessidade de compromissos de Tesouraria ou à liquidação dos compromissos com os Investidores do Empréstimo Obrigacionista mais a conta caucionada do BES perto do final do ano. Segunda: se o clube tinha apoiado Mário Figueiredo para presidente da LIGA. O homem mentiu e disse que não. Prefere continuar a enganar-se a si próprio.
Até à próxima

domingo, 10 de março de 2013

A Bomba Millennium

Desta vez parece que rebentou mesmo. Os amigos que habitualmente lêem este blogue sabem que tenho a mania de analisar as contas dos clubes. Deformação profissional, já se vê, embora me atraia um pouco fazer pirraça aos nossos adversários mais directos. Por mais de uma vez “avisei” que quando a Banca fechasse a torneira alguns clubes da treta iriam passar por muitas dificuldades.

A decisão do Millennium acabar com os empréstimos para o futebol pode desencadear um verdadeiro terramoto nos 2 circos da Segunda Circular, bem como, um gravíssimo efeito dominó, mesmo para aqueles clubes que habitualmente cumprem com os seus compromissos. Vamos começar naturalmente pelo mais, maior, grande. Vieira cometeu a proeza de multiplicar o Passivo por 5, durante os 10 anos em que está à frente do clube. No ano em que Vilarinho foi presidente já era ele quem mandava, até o obrigou a atravessar-se com uns “papagaios”, enquanto, o agora renegado, Joaquim Oliveira emprestava dinheiro para comprar cal de marcar o campo, e os salários do plantel.
Vieira conseguiu a proeza de apresentar Resultados Líquidos negativos em 7 anos e Capitais Próprios negativos em 2, sem que algum dos chamados “notáveis” como por exemplo, Jaime Antunes, Luís Tadeu ou Bagão Félix, tenham posto travão naquele descalabro. Pasme-se que este comentador da BOLHA classificou a passagem do estádio para a SAD como “um golpe genial”! Nunca percebeu que só com esta operação a SAD aumentou o Passivo em mais de 100ME. E não me venham para aqui com a conversa da treta, dizer que têm Activos superiores ao Passivo. O estádio ou os campos do Seixal, só serão “verdadeiros” Activos, quando e se, algum dia forem pagos ao BES que abichou 7,97% da SAD por conta dos créditos que ali detinha, a Somague que teve que se contentar com 3,73% ou o Joaquim Oliveira que chegou a ter mais de 6%.
Com a “instituição” na corda bamba, os terrenos para o estádio que apenas podiam ser destinados a “fins desportivos” foram adquiridos pela CML para depois os voltarem a doar com os planos duma urbanização aprovados, e a EPUL a trabalhar de borla na construção. A falcatrua foi de tal ordem que o Tribunal de Contas ainda hoje anda às voltas com o caso. Santana Lopes, à altura presidente da CML, atirou o assunto para cima de Carmona Rodrigues e, em vez de o meterem na cadeia por gestão danosa, convidaram-no para provedor da Santa Casa da Misericórdia.
Naquela época uma colega de partido aceitou uns papéis a que chamavam acções, sem qualquer valor comercial como garantia de dívidas fiscais, tudo a Bem da Nação, claro. Também não consigo compreender o arrotar de mentiras e basófias, proferidas pelo execrável palermoide que representa o clube da treta no Dia Seguinte, nomeadamente quando refere que "o problema do Benfica não é de dinheiro".

Coincidência das coincidências: além de terem um Passivo Financeiro de 254M€ e como o BES ainda não lhes cortou o vício da pedinchice deram-se ao luxo de anunciar aos pacóvios que ainda “acarditam” naquilo, mais um Empréstimo de 80M€, como de costume, para empurrar o Passivo para a frente.

Acho muita piada aos benfiquistas que se atrevem a comentar os Relatório e Contas semestrais ou anuais quando, perante o descalabro daquele Passivo monumental, falam orgulhosamente em “contas consolidadas”. Alguns pensam que o Benfica/Clube inclui ali as suas Contas. Estão redondamente enganados. Uma coisa é o Clube com 113M€ de Passivo, outra é a SAD com 393M€ onde as sociedades efectivamente ali consolidadas são: Benfica Estádio; Clinica SLB; Benfica TV; Benfica Stars Fund e Benfica Seguros, todas elas com resultados negativos à excepção da Benfica Clínica. São os tais 500M€ de Passivo, de que se fala, numa sociedade que tem de Proveitos Operacionais 50M€.
Os chamados Activos Intangíveis (passes dos atletas) estão em grande parte nas mãos dum fundo o ESAF/BES no qual a Benfica SAD investiu uma pequena percentagem. Contratos de Publicidade, Bilheteira, Quotas, e outros Proveitos Operacionais, foram dados como garantia a outros Bancos que (ainda) financiam a “instituição”.

É a deixa para falar de outro filme, Dances With Lions. O resultado do primeiro semestre (desde 1 de Julho até 31 de Dezembro de 2012) foi negativo em 22M€. O Capital Próprio apresenta um resultado negativo de 97M€, enquanto o Activo é de 146M€ e o Passivo 243M€.
Parte significativa dos proveitos de exploração do Sporting resulta de contratos de cedência dos direitos de transmissão televisiva e contratos publicitários. Os principais accionistas da SAD são: o Sporting Clube de Portugal com 25,28%; a SGPS com 64%; e Joaquim Oliveira com 5,47%. O plantel a 30 de Junho de 2012 era constituído por 26 jogadores e estava avaliado em 40,2M€. A SAD recebia 75% do valor das quotizações mas, desde 1 de Outubro de 2012, recebe apenas 25% provocando um decréscimo das suas receitas. A dívida financeira é de 116M€ para um Passivo Total de 220M€ isto, claro, sem incluir as diversas sociedades que formam o Grupo Zbórden.
Segundo o presidente, são necessários 25M€ no final deste mês e mais 40M€ até ao final da época para resolver compromissos com credores, e atletas, com os Proveitos Operacionais a baixar todos os dias, os passes dos atletas espalhados por vários fundos, e o valioso Património Imobiliário se ter desvanecido sem ninguém saber como.

António Raposo Subtil, o advogado especialista em questões de insolvência afirma no jornal Vida Económica que esta situação “não é necessariamente uma sentença de morte”, antes uma oportunidade para manter no mercado uma determinada sociedade comercial, com a dívida reestruturada”. Considera ainda que “a generalidade das empresas só muito tardiamente procurou ajustar a estrutura do passivo à sua real capacidade financeira”. Estaria a pensar em alguma SAD nossa conhecida?
Já agora atrevo-me a uma dica: deixem-se de armar aos fidalgos arruinados e adiram quanto antes ao programa “Revitalizar”! É fácil, é barato, e dá milhões…

Até à próxima.

Fotomontagens de José Lima

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um Talho a Preto e Branco

Depois do último acto de renúncia de Godinho Lopes, papa dos Calimeros, as ameaças sucedem-se. “Isto vai sair-te caro” (onde é que eu já ouvi “isto”?) terá dito o inefável Rogério Alves. Depois de O Espião Que Saiu do Frio, thriller que garantiu a Paulo Pereira Cristóvão o Óscar para o Melhor Actor Invisível, o médico dos fígados estragados, Eduardo Barroso, comentador desportivo nas horas vagas, concorre ao ambicionado galardão Carniceiro de Ouro oferecido pela Associação Portuguesa de Talhantes e Ofícios Correlativos.
A palavra “talho” deve ser entendida como homenagem à secular instituição em todas as suas vertentes, desde o aparecimento do Visconde de Valmor, à candidatura de Carlos Severino (quem?) passando naturalmente por Maria José Valério, acompanhada ao piano pelo maestro Moniz Pereira.
A boa-nova, é que a brigada do croquete, “espera para ver”. Os gajos das 2 consoantes seguidas (Mello, Bettencourt, Ricciardi, Roquette, Telles, etc.) não se candidatam. Em contrapartida alguns dos nomes soprados, como por ex. Dias Ferreira, Luís Figo, ou Vicente Moura (o senhor comandante), meras anedotas, fazem-nos sorrir. Os outros, os que dão entrevistas nos pasquins, devem ter ido ler os últimos relatórios, meteram o rabinho entre as pernas e deram de frosques. Um dos cómicos que contribuiu para o descalabro a que chegou o clube, Santana Lopes, aparece na televisão das sopeiras a mandar uns palpites travestido de mendigo com a barba por fazer, condizente com o tacho que arranjou na Misericórdia. Como o homenzinho diz que não tem salário (?) esperamos que utilize, pelo menos, um cartão de crédito (para os alfinetes) como o Maestro Miguel Graça Moura. À hora de encerrarmos a nossa Redacção ainda não tínhamos conseguido esclarecer se costuma frequentar a “sopa dos pobres”.
A “coisa” (o Zbórden) assusta! Nem me atrevo a colocar aqui os números para os meus amigos não se assustarem. Só lhes posso dizer que o Passivo Financeiro é quase metade da “instituição” do outro lado da Circular. Imenso, portanto. Engraçada uma afirmação de José Couceiro num debate com Dias Ferreira e José Eduardo na BOLHA TV: “Imaginando que os Bancos, por absurdo, perdoavam a dívida total do Sporting, no mês seguinte lá iam pedir dinheiro outra vez”…
 
Ficamos também a saber que a tal “reestruturação” com a Banca, agora suspensa, a que Godinho Lopes se referiu, significava “esticar” os compromissos durante 40 anos. Imaginem quanto não seria só para juros. O Clube detém 89% da SAD (25 do Sporting + 64 da SGPS). Sempre que eles falam de “investidores”, temos que entender que se referem a algum otário que possa ficar com aquilo. Mas… para que raio servem 89% duma sociedade falida? E onde gastaram 108 milhões que vieram da Banca?
Godinho conta pelos dedos: Aumentámos as modalidades; elaborámos a Auditoria (importa-se de repetir); retomámos o Hóquei em Patins; criámos a Sala de Sócios; promovemos a marca pelo Mundo inteiro (Angola, China, Índia, Estados Unidos), de tal forma que o nosso site está em línguas como o mandarim, russo, chinês, etc.
 
Confesso que esta última arrumou comigo. Vejam lá que o Izmaylov que nem sequer fala português devia aprender mandarim! Agora percebo porque fugiu para o Porto. Todos estes pormenores eram apontados no bloco de apontamentos de Paulo Pereira Cristóvão que ajudou a desbaratar o plantel para ficarem apenas com 2 atletas mais ou menos vendáveis: Rui Patrício e Wolfswinkel.
Até à próxima

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Revolução na SPORTTV

O braço de ferro entre Vieira e as empresas detidas por Joaquim Oliveira motivado pela não-aceitação das propostas do empresário para a negociação dos 15 jogos em casa a partir da próxima época pode ter conduzido nas últimas semanas o clube da treta a uma derrota histórica. O bluff montado pela inábil administração desmoronou-se como um castelo de cartas. Vejamos um comunicado da ZON enviado à CMVM.
 
“A ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A. anuncia que estabeleceu um acordo de consolidação das posições accionistas na Sport TV Portugal S.A. (“Sport TV”), Sportinveste Multimedia, SGPS S.A. (“Sportinveste”), e PPTV Publicidade de Portugal e Televisão S.A. (“PPTV”) e das respectivas operações, numa única entidade, a qual ficará responsável pela gestão dos direitos desportivos de TV e de Multimédia (internet e móvel), para o mercado Português.”
 “O acordo traduzir-se-á em ganhos de eficiência na gestão dos direitos e apoiará a promoção do desenvolvimento quer da TV tradicional, quer das novas plataformas on-line e móveis de distribuição de conteúdos desportivos para todos os operadores, num contexto de uma maior convergência fixo/móvel. A unificação da gestão destas operações e respectivos direitos de distribuição permitirá também uma maior divulgação internacional dos conteúdos desportivos Portugueses.”
 
“Em consequência das transacções necessárias à consolidação destas posições accionistas a ZON irá reduzir a sua participação para 25% na Sport TV e receberá um encaixe financeiro de cerca de 46 milhões de euros.”
Ainda o senhor Vieira e o inefável lacaio Gomes da Silva que anda pelas Africas a cravar apoios, não tinham acabado de respirar, e outra machadada lhes caiu em cima, o anunciado projecto de fusão ZON/Sonaecom (Optimus).
Joaquim Oliveira resolve uma situação complicada de falta de liquidez, ficando na mesma com os direitos televisivos, e livra-se de ter que aturar o senhor Vieira. A ZON reforça a sua posição no mercado móvel e a OPTIMUS nas comunicações fixas e na televisão paga. O reforço financeiro que esta fusão comporta vai gerar novos mercados para as transmissões desportivas internacionais já que a principal investidora particular da ZON, é a nossa conhecida Isabelinha (dos Santos).
Resulta desta situação, apenas conhecida de alguns, que o senhor Vieira fica em maus lençóis. O que irá “inventar” desta vez? Deixar cair o bluff e juntar-se novamente à Sport TV (agora com três sócios de peso) ou arranjar um pacóvio que lhe pague os 40 milhões para transmitir os 15 jogos em casa? A estratégia, a julgar pela última declaração do cómico Gomes da Silva no DIA SEGUINTE, parece ser a do costume. Procurar mexer os cordelinhos para evitar a todo o custo que esta fusão seja reconhecida pelas entidades responsáveis, ANACOM (Autoridade da Comunicação) à cabeça e deixar ficar tudo como está. “Pode lá ser…” vociferava o incompetente.
Para isso nada melhor do que utilizar os bons ofícios do manipulador de marionetas, Mário Figueiredo, um cadáver adiado que acumula no seu historial derrotas sobre derrotas, a apregoar aos sete ventos a cantilena do “monopólio” da Sport TV. Repare-se que no seu estrebuchar o homem continua a falar “no recurso ás instâncias europeias”! Então, se considerarmos que a MEO, outro operador da PT também entra na dança, este sim. Pode ser mesmo um monopólio (da Portugal Telecom, já se vê), ”à séria”.
 
Os adeptos crentes nas histórias que lhes vendem seguem fielmente o grande pensador gomes da selva, e pensam que Joaquim Oliveira se está a “desfazer de bens”. Os mais pessimistas lá agitam o fantasma do “sistema”, cada vez menos convincente para justificar as 10 miseráveis épocas (dois títulos, ambos com batota) do clube da treta.
 Alguns (poucos), não fora o constante esconder da dramática situação financeira nos programas televisivos ou nos pasquins da Capital já vão percebendo que entre dívidas, passivos e bluff, clube e Sad percorrem a passos largos o mesmo caminho dos vizinhos da 2ª Circular. Dezenas de jogadores hipotecados aos Fundos, Salários do outro mundo (só a peixeira ganha 4 milhões) e um Passivo Financeiro galopante. Quando a Banca fechar a torneira, as bolhas começarem a estoirar, mais a novidade da “refundação” da Sport TV, talvez se possa finalmente avaliar a enorme banhada que o clube da treta levou para casa este Natal.
 
Até à próxima

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sociedades Comerciais Desportivas

Com a recente extinção/insolvência de algumas SAD nossas conhecidas, tenho andado ás voltas com a problemática que levou à criação das Sociedades Desportivas, já que agora se fala em regressar tudo à primitiva forma, ou seja, à mudança do actual modelo das SAD para Sociedades Comerciais Desportivas. Vamos recuar uns tempos e lançar um olhar mais abrangente a toda a legislação produzida.

“As sociedades anónimas desportivas emergiram em 1995, após regulamentação aprovada pelo Decreto -Lei n.º 146/95. O Decreto -Lei n.º 67/97, de 3 de Abril, actual regime jurídico das sociedades desportivas, define igualmente o regime especial de gestão a que ficam sujeitos os clubes desportivos que não optarem pela constituição destas sociedades. Decorridos mais de 15 anos da vigência destes diplomas, considera o Governo que se torna adequado proceder a uma análise do actual regime jurídico das sociedades desportivas, com vista à identificação de eventuais lacunas e normas desajustadas à realidade social desportiva actual e, caso dessa avaliação assim se entenda, à introdução das alterações necessárias”.

Bla, bla, bla, por aí abaixo, foi então criada pelo Despacho nº12693/2011 do ilusionista Ministro-adjunto da Propaganda e Assuntos Parlamentares Miguel Relvas, um grupo de trabalho constituído por várias personalidades ligadas ao fenómeno desportivo, da qual como sempre fez parte, o inefável Comandante Vicente Moura (fazer a continência) que viria a produzir, entre outras, as seguintes conclusões:

“As sociedades desportivas então criadas constituíam um tipo societário sui generis: uma sociedade anónima, subsidiariamente regida pelas regras aplicáveis às sociedades comerciais anónimas, ainda que com características próprias ditadas pelas exigências próprias da actividade desportiva, que constituía o seu objecto social.

De entre tais especificidades, cumpre, aqui, realçar as referentes ao capital social mínimo e à sua forma de realização e reforço (artigos 7º, 8º, 9º, 10º e 11º); as que se traduziram na consagração de um sistema especial de fidelização da sociedade desportiva ao clube fundador através da atribuição de uma espécie de direitos especiais às acções detidas por este (regulada no artigo 30º); as que previram a possibilidade de as Regiões Autónomas, os Municípios e as Associações de Municípios poderem, se o desejassem, subscrever até 50% do capital social das sociedades sedeadas na sua área de jurisdição (artigo 26º); e, ainda, as que se referiam ao estabelecimento de um regime especial para a transmissão do património do clube fundador para a sociedade desportiva (artigo 34º).

Embora, como se disse acima, a ideia do legislador em 97 fosse a de estimular a criação de sociedades desportivas – tidas como a melhor forma de organização jurídica das entidades que participavam em competições profissionais –, a verdade, porém, é que a lei permitiu então que os clubes pudessem optar por participar em tais competições sob a forma clássica associativa, desde que, nesse caso, ficassem sujeitos a um regime especial de gestão, previsto e regulado nos artigos 37º a 43º. Ainda assim, estabeleceu, no artigo 4º, a regra de que caso adoptasse a forma societária, o clube ficaria impedido de voltar a participar numa competição profissional a não ser sob este novo estatuto jurídico (princípio da irreversibilidade).

O regime especial de gestão, a que ficaram sujeitos os clubes que optassem por não criar uma sociedade desportiva para efeitos de participação numa competição de cariz profissional, traduziu-se, essencialmente, na imposição de um conjunto de regras mínimas que visavam assegurar a indispensável transparência e rigor na gestão. Nessa medida, estabeleceu-se um princípio de responsabilização pessoal dos executivos dos clubes pelos actos de gestão efectuado (artigo 39º); a exigência de transparência contabilística, através da certificação das contas desses clubes por um revisor oficial (artigo 41º); a adopção obrigatória do plano oficial de contabilidade (artigo 44º) e, ainda, a prestação de garantias bancárias ou seguros de caução que respondessem pelos actos praticados em prejuízo desses clubes (artigo 40º)”

“A futura forma jurídica permitirá aos clubes constituírem sociedades comerciais, personalizando as suas equipas profissionais, sem terem de partilhar a titularidade da estrutura desportiva. A solução agora proposta, e que mereceu o consenso dos membros do Grupo de Trabalho, permitirá a todos os clubes adoptarem a forma jurídica societária com custos reduzidos, assegurando que todos os que participam em competições desportivas profissionais o façam em pé de igualdade sob formas jurídicas de análoga natureza. O relevo das alterações a introduzir no regime jurídico das SAD justificou que o Grupo de Trabalho, não obstante ter tomado por referência natural o actual regime, tivesse optado por propor a sua substituição integral.

Assim seriam eliminados "os desvios resultantes do ineficaz regime especial de gestão" (que desaparece) e, em tempos de crise financeira, haveria "abertura e democratização económica do capital social das SAD".

Neste capítulo, é também proposto que a participação da entidade fundadora no capital social da sociedade desportiva não seja superior a 10%. É a abertura do capital social a uma panóplia de investidores privados nacionais e internacionais que dinamizarão fluxos financeiros importantes, implicando a perda de importância do clube fundador.”

Já esteve na berlinda o combate a fenómenos como o doping, enquanto se permitia que alguns atletas com mais borbulhas espumassem em campo, num ano que houve alguns Clubes mais “controlados” do que outros. Agora “a moda” é lutar contra a violência, a intolerância, o racismo e a xenofobia, no contexto da “prática desportiva que importou realçar em ano de Jogos Olímpicos” (o senhor Comandante lá esteve).

Alexandre Mestre, o homem que aconselha os jovens a emigrar, lembrou-se de outra ideia: O PLANO NACIONAL DE ÉTICA NO DESPORTO, tendo como parceiro da iniciativa, adivinhem (rufar de tambores), pasme-se: A BOLHA! São mestres da treta (provavelmente a condecorar no 10 de Junho) deste calibre, que permitem a construção de gaiolas nos estádios de futebol, consentem que idiotas como Laurentino Dias ou Luís Horta (caso Queiroz), se intrometam nos assuntos internos da FPF com os prejuízos que estão à vista, ou aceitam “pareceres” de pseudo especialistas em Direito Administrativo (Fretes do Amaral), para fazer vingar teses que “despacham” clubes para as divisões secundárias, (Gil Vicente e Boavista). Isto enquanto se fecham Escolas, não se promove o emprego jovem e encerram Cursos de Formação. Se a hipocrisia desse dinheiro, não precisávamos da Troika para nada! Só faltou mesmo convidarem o Luisão!

Até à próxima

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Os Indignados

A expressão foi usada há dias para classificar uma enorme multidão de manifestantes que se juntou na Puerta del Sol, em Madrid onde, há um ano, nasceu o movimento de contestação às políticas de austeridade como resposta para a crise, reivindicando um modelo social alternativo baseado na "democracia real".

Por cá, a “instituição” aproveitou a onda, e num movimento concertado, veio a terreiro fingir que tinha sido espoliada “pelos do costume”. Não cheguei a perceber (eles falam por enigmas) se as queixinhas eram dirigidas para dentro ou para fora. Admitindo que foram “para dentro”, teriam alguma razão. Com um plantel desequilibrado onde a falta de um defesa esquerdo foi flagrante, alguns atletas já a precisar de reforma, e a pouca imaginativa táctica de “tudo ao molho e fé em Deus”, com os rapazes a deitar os bofes pela boca fora, fez com que terminassem o campeonato completamente rebentados, aliás, característica do currículo deste treinador.

Depois, eles não têm director desportivo. Ninguém sabe do administrador Rui Costa, já nem é visto, de mãos nos bolsos no túnel, a pressionar os árbitros. Outro administrador é motivo de risota semanal num programa desportivo. Um terceiro, que também andou pelo Dia Seguinte, tinha uma voz esganiçada, teve que ser corrido. Sempre que falava, os “espectadores” tinham que mudar de canal. Calculem quantos comandos estragados. O quarto administrador, por acaso adepto doutro clube, e presumivelmente responsável pela área financeira (Domingo Soares Oliveira) conseguiu bater um recorde mundial. Em oito anos, multiplicou o Passivo 5 vezes! Num mini relatório apresentado há dias, já vão nos 400 milhões, em vez dos 80 no ano em que pegou na pasta. Já temos quatro responsáveis a quem os “indignados” devem pedir contas. Ora, se “eles” são oito mais o presidente, faltam quatro! Quem serão? Ilustres desconhecidos, digo eu. Também não interessa, quem manda é o Rei Sol! Os notáveis, nem vê-los.

And the other hand, que é como quem diz: pelo outro lado, se as culpas foram dirigidas para os “parolos lá de cima”, erraram o alvo. Não temos nada a ver com contratos televisivos, paletes de jogadores, arbitragens, alargamentos, calendários, nomeações, presidentes de Ligas, 70 atletas para pagar vencimentos, e o mais que adiante se verá. Estamos afastados do poder há muitos anos. Os sucessivos senhores que, durante o consulado da parelha Vilarinho/Vieira, passaram pela Liga, não foram lá colocados por nós. Cunha Leal, Hermínio Loureiro, Ricardo Costa, e agora, Mário Figueiredo, não têm o carimbo do Futebol Clube do Porto na testa. Na FPF passa-se o mesmo. A nossa “ligação” com Gilberto Madaíl nem era de amizade nem de inimizade. Quem mandava naquilo, como hoje, eram Vítor Pereira e os CD e CJ sempre hostis ao nosso clube. Como orgãos independentes, não tinham que dar satisfações a ninguém. Não vale a pena gastar mais cera com tão ruins defuntos. Seria fastidioso estar aqui a enumerar os prejuízos desportivos e financeiros que nos causaram. E alguém acha que Madaíl ou Fernando Gomes têm alguma culpa dos critérios nas nomeações do senhor Vítor Pereira? Só o senhor Vieira se lembraria de mandar três paus mandados, dizer que o nosso clube é o “rosto do sistema”.

Ou estaria a referir-se ao sistema de ter clubes amigos que vão depois, parar à Segunda Liga? É que, sempre que a “instituição” se mete a ajudar “terceiros”, dá grelo. Senão vejamos. O senhor Vieira, conhecido vendedor de pneus e ladrão de camiões, presidente do clube da terra, atirou com o Alverca de cangalhas. Faliu, não fez por menos. Os senhores Damásio e Figueiredo quando deixaram de poder comprar caixas de charutos e meter as facturas ao clube do regime, foram montar arraiais por ali perto. Na, “linha”. Resultado: Estoril ao charco! A direcção foi corrida e, este ano, a nova Administração está de parabéns. Vem brincar com os meninos mais crescidos. Só espero que não voltem a jogar com a equipa da treta no Algarve, nem a dar as chuteiras ao árbitro! Há dois anos, a “instituição” que gosta muito de adquirir paletes de jogadores, “despachou” uma equipa inteira (mais o treinador de brinde) para Fátima. O clube não desceu por milagre. Também houve um entendimento com o Guimarães para nos correr da Champions. Resultado: banhada e o Guimarães está falido. Este ano fizeram um “protocolo” com o Leiria o qual, segundo rezam as crónicas, consistia em lhes emprestar dinheiro e jogadores, ficando com a primazia em eventuais contratações. Resultado: Mais uma equipa que desce!

Resumindo e concluindo: o senhor Vieira e a BOLHA bateram à porta errada. E sabem porquê meus amigos? É que, o clube dos 6 milhões, ainda não se convenceu que para ter sucesso no jogo do pontapé na bola (não confundir com o pasquim), não basta ter o camarote recheado de ministros. É preciso saber. E o senhor Vieira esqueceu-se dum pormenor. É que o Senhor Presidente do Futebol Clube do Porto, ao contrário dele, percebe mesmo de Futebol.

Até para a semana

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Quanto mais Quente Melhor

Há 22 anos, mais precisamente em 13 de Janeiro de 1990 foi dado o primeiro passo para a criação da LPFP, mesmo que as competições continuassem a ser organizadas pela respectiva Federação, passando no entanto, a serem dotadas de autonomia financeira, técnica e administrativa através deste organismo autónomo. A LIGA, entre outras actividades, tais como, registo de contratos, organização de sorteios, presumivelmente “promove e defende os interesses dos seus associados”.

Cinco anos depois, na sequência da aprovação do Regime Jurídico das Federações Desportivas (Decreto-Lei n.º 144/93), foi feita a separação entre o futebol amador e o profissional. A Liga passou a ser responsável por regulamentar, organizar e dirigir as competições de natureza profissional, exercer o poder disciplinar em primeiro grau de decisão e gerir o sector da arbitragem. Jorge Nuno Pinto da Costa, sucedendo a Valentim Loureiro e depois a Manuel Damásio, foi eleito nesse ano. De relevante, apenas se conhece, no mandato de Valentim Loureiro em 1996, a inauguração do Edifício-Sede da LIGA. Na época 2004/2005, assistiu-se à oferta dum campeonato ao Benfica depois do dirigente benfiquista Cunha Leal, com a conivência do Estoril Praia dirigido por outro benfiquista, António Figueiredo, e ainda com a curiosidade de José Veiga ser simultaneamente accionista do Benfica e do clube do Estoril, ter permitido a transferência dum importante jogo para o Algarve.

Também nesse mesmo ano, o Organismo Autónomo, tudo fez para transformar um caso que apenas envolvia o Boavista, na vergonha que ficaria conhecida como Apito Dourado, culminando com a despromoção da popular colectividade portuense, e um enorme rol de processos de intenções que, obviamente, os Tribunais (verdadeiros) se encarregaram de desmontar. Daí para cá, algumas iniciativas dispersas, umas Taças sem qualquer interesse nem relevância, umas competições atamancadas, terminando a época 2008/2009 com a vergonhosa atribuição do troféu que ficará para sempre conhecido como Taça Lucílio Batista.

A gestão de Hermínio Loureiro, refém de dois interesseiros, os senhores Vítor Pereira e Ricardo Costa, respectivamente Directores da Comissão de Arbitragem e de Disciplina, “trabalharam à rédea solta”, no pressuposto de retirar a hegemonia que o Futebol Clube do Porto demonstrava dentro das 4 linhas, e tentar devolvê-la para os lados da Capital, mais concretamente nas cercanias da Segunda Circular. Para isso contaram com a cumplicidade do pior governante desportivo do nosso pobre enquadramento legislativo. Um tal Laurentino Dias, também conhecido como “papa-almoços”, pomposamente travestido nas funções de Secretário de Estado para a Juventude e Desportos!

O resultado foi uma infeliz revisão do Regime Jurídico das Federações Desportivas (que está outra vez para ser modificado) com a passagem do poder Disciplinar e Arbitral para a FPF, e a vergonha que constituiu o processo eleitoral para a Liga, onde meia dúzia de marionetas arregimentadas deram o poder de bandeja a outro incompetente, o senhor Mário Figueiredo.

Vem isto tudo a propósito das recentes intervenções deste cavalheiro sobre a difícil situação que se vive no União de Leiria e a imputação de culpas ao Sindicato de Jogadores, muito provavelmente por Joaquim Evangelista ter posto em cheque uma das obrigações da Liga, ou seja, o controle e acompanhamento dos clubes profissionais no que se refere ao cumprimento escrupuloso dos compromissos financeiros apresentado no Orçamento. Segundo o dirigente sindical, “existem mais clubes nas mesmas circunstâncias” ou seja, em falência. A palavra “falência” deriva do latim fallere, que significa “faltar”, “enganar”, no sentido de deixar alguém de cumprir uma obrigação.

A questão nada tinha de especial se não fosse o facto de algumas SAD’s nossas conhecidas estarem à beira da falência e serem geridas por dirigentes para quem o futebol só lhes interessa como plataforma para os seus negócios privados. A resolução dos seus frequentes problemas financeiros tem sido resolvida pelo Estado e as autarquias através de um sem número de benesses, que rapidamente se tornam letra morta quando os clubes obtêm os financiamentos pretendidos. Há dias, Joaquim Evangelista garantiu que “irá mobilizar a LIGA e a FPF, no sentido de moralizar esta situação”. Do ponto de vista estritamente jurídico, o Artigo 317.º do Código da Propriedade Industrial, no seu número 1, diz que “constitui concorrência desleal todo o acto de concorrência contrário às normas e usos honestos de qualquer ramo de actividade económica”. Extrapolando esta norma para o Futebol podemos então deduzir o conceito de que esta concorrência é caracterizada pela disputa ou competição entre os fornecedores de bens ou serviços, visando atrair para si as preferências dos consumidores ou compradores do mercado.

A dúvida que fica no ar é saber se podem continuar a cometer este crime de concorrência desleal sem serem importunados. E não nos venham agora dizer que “apenas estão falidos tecnicamente”. Já todos conhecemos os truques e habilidades para fugir à falência efectiva: os aumentos de capital, os empréstimos obrigacionistas, enfim a fuga para a frente. Além disso, acresce que cometem um crime permanente, pois a sua execução e consumação já se prolongam no tempo. Como é conhecido, nos crimes permanentes, verifica-se uma unificação jurídica de todas as condutas como se elas se tivessem verificado no momento da última. Ora, estando já falidos tecnicamente há vários anos, pergunta-se por quanto tempo mais haverá, da parte das entidades responsáveis, LIGA, FPF e, obviamente da Tutela, permissão para esta comédia.

O senhor Vieira quer lá saber do Leiria, do Guimarães ou do Setúbal, se os papalvos dos seus associados encherem a Cesta do Pão, empanturrando-se com as suas promessas. E para os governantes da treta, se calhar, “quanto mais quente mais quente melhor”.

Até para a semana.