Não pensei voltar a escrever sobre a Taça da Liga tão cedo. Já há uns 3 anos, escrevi noutro espaço um texto em que disse tudo o que pensava da competição e a forma como, a meu ver, o Porto a devia encarar.
Uma competição ridícula, criada no tempo de uma direcção da Liga que perseguiu o F. C. Porto e que teve como grande aposta para mostrar serviço esta Taça da Cerveja na altura, agora acho que já nem a cerveja quer ter nada a ver com a Taça que ficou até mais conhecida como a Taça Lucílio Batista.
Uma competição com quadros competitivos no seu 1º ano altamente confusos e que tornavam a competição menos que uma nota de rodapé. Nos anos seguintes subverteu-se totalmente o espírito da competição. A competição foi criada segundo Hermínio Loureiro para beneficiar os clubes pequenos e dar-lhes uma fonte mais de receita. Ao mesmo tempo o regulamente defenderia o jogador português e obrigaria as equipas a terem que apresentar jovens jogadores portugueses à procura do seu espaço.
Pois bem, a única equipa das 3 grandes que tem vindo a fazer isso tem sido o Porto. Ano após ano após ano, coloca uma equipa de 2ªas linhas na Taça da Liga e trata-a como o antigo campeonato de reservas. E o que acontece? Criticam o Porto por desprezar a competição… Outros clubes como nada ganham, em muitas épocas fizeram da Taça da Liga a competição da salvação, colocando-a acima até da Taça de Portugal quase. Uma competição que era para os clubes pequenos sofreu transformações nos regulamentos para que os clubes grandes a tivessem que levar minimamente a sério, obrigando-os a utilizar certo nº de titulares e facilitando a sua chegada à fase final da competição… Onde ficam os tais clubes pequenos nesta história toda?
Dito isto, fica arredado desde já o argumento algo ridículo de que o Porto desvalorizou a competição a preparar uma possível derrota… Se assim fosse o Porto anda a prepará-la há 4 ou 5 anos… Lembro-me de uma meia-final em que o Porto até foi jogar com 11 suplentes com o Sporting e até se deslocou no dia do jogo de comboio… Acho que a mensagem tinha ficado bem clara. Pelos vistos não… O Porto em todos os jogos desta competição tem aproveitado para rodar jogadores.
Muitos se perguntarão, então se assim é porque é que o Porto não abdica de competir? Muito gostaria o Porto de o poder fazer, mas os regulamentos infelizmente não o permitem. E uma falta de comparência poderia ter repercussões negativas depois na verdadeira competição que nos interessa que é o Campeonato.
Muitos se perguntarão, então se assim é porque é que o Porto não abdica de competir? Muito gostaria o Porto de o poder fazer, mas os regulamentos infelizmente não o permitem. E uma falta de comparência poderia ter repercussões negativas depois na verdadeira competição que nos interessa que é o Campeonato.
Outros perguntarão, então se o jogo com o Benfica para a Taça da Liga era menos importante, porque é que o Porto não jogou com 11 suplentes? Simples, porque a direcção da Liga ao saber que muitos clubes e principalmente o Porto desvalorizavam por completo a competição incluíram artigos no regulamento competitivo que obrigam a que a equipa se apresente com um certo nº de jogadores que tenha sido titular no último jogo do Campeonato. Como tal, o Porto mexeu na equipa praticamente até ao máximo permitido pelo regulamento.
Já o Benfica, tal como noutras épocas, faz desta a sua competição .E porque não? Afinal esta mais do que salvaguardar os interesses dos pequenos, parece ter sido feita para garantir que o Benfica tenha um troféu oficial por época, isto até ao dia em que possam considerar a Taça do Guadiana ou a Eusebio Cup uma competição oficial… Não faltará muito, se para o Benfica até a Taça Latina conta…
Uma competição em que tirando o 1º ano em que o Benfica disputou a meia-final em Setubal e foi derrotado, sempre teve como meia-final jogo único no estádio da Luz e final na 2ª casa do Benfica, o Estádio do Algarve.
Tirando isso, é óbvio que um clássico é sempre um clássico. O Porto quer ganhar até os amigáveis, tem prioridades mas quer ganhar. E quis ganhar no jogo da taça da liga mas não a todo custo tal como em todos os demais jogos realizados na prova. Aproveitou para rodar jogadores, e aí se explica a aposta no 4º central da equipa, o jovem Mangala, a aposta em Kleber para ser titular, ou Alex Sandro como defesa esquerdo e Bracalli na baliza.
O Benfica ganhou num jogo em que a pressão estava mais do seu lado, porque se trata de uma competição que lhe é querida, e porque seria muito mau o Porto vencer pela 4ª vez consecutiva no Estádio da Luz, ainda para mais jogando com segundas linhas e numa competição que, já se sabe, não é prioritária. O jogo podia ter caído para qualquer um dos lados, ganhou o Benfica, tudo bem, não haveria qualquer problema.
O que motivou então a reacção de Vítor Pereira e Pinto da Costa? Muitos anti-portistas centraram-se nessa questão como que uma prova de que o Porto afinal até levava a Taça da Liga a sério.
O motivo é simples. O jogo do campeonato e a forma vergonhosa como Jorge Jesus acompanhado pela máquina da comunicação social tentaram desvalorizar a vitória do Porto num jogo, esse sim, que tinha peso igual para os dois, para o Campeonato, um jogo que foi decisivo para o Porto passar para a frente do Benfica. Um jogo em que o Porto foi superior e ganhou o jogo. Um jogo em que ambas as equipas entraram na máxima força.
O motivo é simples. O jogo do campeonato e a forma vergonhosa como Jorge Jesus acompanhado pela máquina da comunicação social tentaram desvalorizar a vitória do Porto num jogo, esse sim, que tinha peso igual para os dois, para o Campeonato, um jogo que foi decisivo para o Porto passar para a frente do Benfica. Um jogo em que o Porto foi superior e ganhou o jogo. Um jogo em que ambas as equipas entraram na máxima força.
O que fez o Benfica após o jogo? Falar de tudo menos do jogo. Jorge Jesus só falou do árbitro assistente, o presidente do Benfica pediu que Pedro Proença não apitasse mais jogos do Benfica. O que fez a comunicação social? O servicinho do costume… Deu eco às queixas benfiquistas, ignorando por completo ou tentando passar por cima da realidade do jogo, da qualidade do Porto e do facto de que havendo erros de arbitragem tais erros prejudicaram também o Porto, porque minutos antes do tal golo que Jesus apelidou de escandaloso, também o árbitro não apitou uma grande penalidade escandalosa de Oscar Cardozo. Tanto era fácil para o fiscal de linha assinalar o fora de jogo de Maicon como era para o ábitro marcar penalti a favor do Porto. O mesmo árbitro que já na 1ª parte poderia ter marcado outro penalti por falta de Emerson sobre Hulk.
No entanto o que foi que passou? Que o Benfica tinha sido prejudicado e que só por isso não ganhou… O Jorge Jesus chegou ao ridículo de dizer que se não fosse esse golo o Benfica ganharia, quando o resultado até estava em 2-2 e com o Porto a jogar contra 10 e a encostar o Benfica às cordas….
Depois deste folclore todo estavam à espera de quê? Que o Porto deixasse passar? Claro que não. O Porto demonstrou que se o Benfica queria ser tão criterioso a comentar arbitragens e a comunicação social queria seguir o mesmo caminho, então que analisassem o 2º golo do Benfica com falta clara de Luisão sobre Sapunaru e o fora de jogo mal tirado a Hulk com o jogo a acabar. E foi bom que se queixassem… Porquê? Porque neste país ninguém o faz por nós. Prova disso é que mesmo alertando para os erros do árbitro, as 1ªas páginas dos desportivos dão destaque a uma vitória sem espinhas no Benfica e quase que falam de vingança e redenção… Vingança? Um jogo do Campeonato agora vinga-se com uma vitória na Taça da Liga…? Onde chegamos…
Depois deste folclore todo estavam à espera de quê? Que o Porto deixasse passar? Claro que não. O Porto demonstrou que se o Benfica queria ser tão criterioso a comentar arbitragens e a comunicação social queria seguir o mesmo caminho, então que analisassem o 2º golo do Benfica com falta clara de Luisão sobre Sapunaru e o fora de jogo mal tirado a Hulk com o jogo a acabar. E foi bom que se queixassem… Porquê? Porque neste país ninguém o faz por nós. Prova disso é que mesmo alertando para os erros do árbitro, as 1ªas páginas dos desportivos dão destaque a uma vitória sem espinhas no Benfica e quase que falam de vingança e redenção… Vingança? Um jogo do Campeonato agora vinga-se com uma vitória na Taça da Liga…? Onde chegamos…
Depois temos outro motivo que desencadeou a reacção de Vítor Pereira. Se repararmos na flash interview Vítor Pereira apresentou-se calmo a analisar o jogo e a derrota do Porto. O que mudou então? Jorge Jesus pouco depois na sua fanfarronice saloia veio dizer que o jogo tinha sido importante porque não tinham ficado convencidos com o clássico para o campeonato e que com o jogo da taça da Liga se tinha provado qual era a maior equipa… Parece uma piada dos Gato Fedorento mas não é…Jesus disse mesmo isso.
O mesmo Jesus que no dia anterior também tinha desvalorizado a importância da Taça da Liga… Agora porque não tentam ver as coisas ao contrário…? E se fosse o Benfica a perder (algo que não esteve longe de acontecer…). Se o Benfica que Jesus e a imprensa vendem como do outro Mundo, perdesse novamente para o Porto de Vítor Pereira que todos afirmam ser dos mais fracos dos últimos anos…? Já viram a catástrofe que seria? Acham que Jesus diria que se tinha visto quem era superior…? Desenganem-se… Jorge Jesus na arte da mentira e da ocultação é mais mestre do que o é na táctica. Falamos de um treinador que nem quando foi goleado por 5-0 reconheceu a superioridade do adversário… No final desse banho de bola teve a lata de dizer que o Porto tinha sido apenas mais eficaz mas que não via superioridade em relação ao Benfica…
Mas para que não pensem que estou a inventar, ora vejamos o que respondeu Jorge Jesus acerca da importância do jogo da taça da liga e se de certa forma poderia servir de vingança ao jogo do campeonato:
Jornalista na antevisão do jogo: “Este clássico será um ajuste de contas?”
Jorge Jesus: “Este jogo não é uma desforra relativamente ao campeonato. Cada jogo tem a sua história e esse faz parte do passado”
Isto não foi um mês antes do jogo da taça da liga…foi no dia anterior. Reparem como Jesus muda radicalmente de discurso.
Outra questão importante suscitada por Vítor Pereira, que achei bastante pertinente e digna de reflexão, acaba por servir como um alerta para o futuro para que os árbitros e árbitros assistentes estejam atentos à forma como o Benfica ataca a defende bolas paradas, aquele tal 5º momento do jogo que Jorge Jesus inventou…
Outra questão importante suscitada por Vítor Pereira, que achei bastante pertinente e digna de reflexão, acaba por servir como um alerta para o futuro para que os árbitros e árbitros assistentes estejam atentos à forma como o Benfica ataca a defende bolas paradas, aquele tal 5º momento do jogo que Jorge Jesus inventou…
Eu sendo um interessado pelo futebol e tendo umas noções básicas de treino e táctica, por acaso sempre tive curiosidade na forma como Jorge Jesus trabalharia esse tal 5º momento que ele inventou. Todas as equipas de Jorge Jesus sempre foram fortes nas bolas paradas. É um facto. No Benfica tal realidade se viu reforçada por ter jogadores de melhor qualidade para marcarem os livres e cantos e ainda pelo facto de ter jogadores de elevada estatura. No entanto, sempre achei que o Benfica marcava, ainda assim , demasiados golos de bola parada, mesmo contra equipas que também eram fortes nesse tal momento do jogo e que também dispunham de jogadores de elevada estampa física.
Fui observando ao longo desta época e reparei o mesmo que Vítor Pereira reparou e denunciou na conferência de imprensa. Vítor Pereira aplicou porventura mal o termo bloqueio. Pelo menos no que diz respeito ao lance específico do golo. Bloqueio significa impedimento de passagem. E isso o Benfica também o faz, mas principalmente nas bolas paradas defensivas.
Nas ofensivas, e no caso do 2º golo em concreto, o Benfica faz mais do que bloqueio ou obstrução. O Benfica tem alvos definidos na zona defensiva e tenta tirá-los da jogada impedindo-os de manter a sua posição zonal através de agarrões e empurrões. Tiram-nos totalmente da jogada, se preciso embrulhando-se com eles e fazendo-os cair mas de forma a que parece um contacto natural dentro da área. Fica uma clareira na zona central defensiva do Porto, na zona construída para defender a bola parada quando Luisão impede Sapunaru de manter a sua posição e de abordar o lance, e da mesma maneira que Mangala é perturbado na sua acção.
Isso não é fruto do acaso, como Jorge Jesus uma vez mais de forma aparentemente mentirosa o tentou fazer passar no pós-jogo…É que entretanto já apareceram ex-jogadores seus a confirmarem que Jorge Jesus treina de facto bloqueios e os encara como estratégia para ser mais forte nas bolas paradas.
Assim sendo, a pergunta de Vítor Pereira tinha pertinência. São os bloqueios permitidos em futebol? A resposta é não. Os únicos casos em que serão permitidos tais lances serão apenas quando o jogador ganha posição. Não foi o caso do golo do Benfica. E é um facto que o Benfica tem essa estratégia bem delineada nas bolas paradas ofensivas. O jogador que marca faz sinal para que zona vai tentar colocar a bola, e há um grupo de 3 ou 4 jogadores do Benfica que em vez de atacarem a bola, tentam impedir os defesas de se posicionarem correctamente. E não seria falta se atrapalhassem a sua acção de forma lícita, mas não é o caso. Geralmente estabelecem uma zona por onde a bola deverá passar e centram-se nesses jogadores nucleares para abrir uma brecha para que a bola possa passar sem sofrer desvios. Um bocado à semelhança do que hoje se faz muito na formação da barreira quando jogadores tentam impedir a formação da barreira e vão para a frente da mesma, ou tentam abrir uma brecha na barreira para que a bola possa passar. Isto acontece nas bolas paradas ofensivas do Benfica. Contudo o Benfica costuma ser muito forte também nas bolas paradas defensivas e confesso que este aspecto foi o que mais atenção me chamou quando tentava analisar de uma forma mais táctica e estratégica os jogos do Benfica.
O Benfica começou a fazer algo interessante, que se trata de fazer uma espécie de cordão humano. Os meninos de Jorge Jesus dão as mãos. Ao fazê-lo deixam delineada uma zona de controlo onde os jogadores não podem deixar passar os avançados. Acontece que esse tipo de acção é faltosa. Trata-se de uma defesa zonal bem eficaz mas também porque impede que a equipa adversária possa atacar a bola da melhor forma uma vez que existe um bloco unido a impedir a progressão. Curiosamente nunca vi os árbitros a avisar os jogadores do Benfica que não podem defender daquela forma. Ainda para mais é hoje público que numa das muitas sessões de esclarecimento dos árbitros com as várias equipas do campeonato, através dos seus capitães de equipa, deixaram claro que esse tipo de bloqueios é ilegal.
Assim Jorge Jesus gaba-se da força das suas equipas nas bolas paradas. Ninguém lhe tira o método engenhoso de defender à zona e raramente falhar essa marcação, mas também porque o trabalho fica facilitado se a defesa ficar toda em linha unida e de forma a obstruir a passagem dos jogadores adversários não os deixando sequer atrapalhar a zona defensiva construída para o Benfica para a bola parada.
Já quando se trata de um lance de bola parada ofensiva, aí o Benfica já é o oposto do que deixa os seus rivais fazer… Usa e abusa dos empurrões e agarrões tentanto empurrar as equipas adversárias para zonas cada vez mais próximas da pequena área, atrapalhando também o guarda redes e a sua acção. Principalmente para as defesas que defendem à zona nas bolas paradas tal método é mais difícil de ser vislumbrado pelo árbitro que presta atenção à bola. É mais fácil reparar nesse tipo de acção numa marcação feita ao homem e que torna mas difícil do Benfica traçar um plano para que zonas quer ver a defesa adversária ficar debilitada. O problema é que para quem defende à zona, se se retirar 2 ou 3 elementos do lance, tal acção desorganiza por completo a marcação e propicia a que os jogadores do Benfica apareçam mais confortáveis no momento de finalizar e principalmente que a bola chegue sempre à zona pretendida sem interferências. O 2º golo contra o Porto na Taça da Liga foi apenas um exemplo de vários.
Curiosamente não deixa de ter a sua graça ver os comentadores a exaltarem a superioridade do Benfica num jogo que poderia ter caído para o empate ou para a vitória do Porto… O curioso é o facto de se agarrarem a 3 bolas nos ferros. Seria interessante que analisasse em que tipo de jogadas é que o super Benfica chegou a essas situações… Bolas paradas. Não em jogo corrido. Daí que Vítor Pereira tenha alertado para esse facto. Talvez não se tenha expressado da melhor forma, mas pelo menos eu acho que percebi perfeitamente a ideia fundamental. E essa passa por alertar os árbitros e árbitros assistentes para que nestes jogos até ao final do campeonato estejam atentos às bolas paradas do Benfica, pois é um facto que o Benfica marca muitos golos de bola parada e sofre poucos e isso deve-se, em grande parte, a este tipo de marcação indevida.
De resto é o que se esperava… O Porto ganhou pelo mesmíssimo resultado o Benfica num jogo mais importante para o Campeonato e aí os comentadores vieram falar que o resultado mais justo seria o empate, que o Benfica até podia ter ganho, e que o árbitro foi fundamental no desfecho do jogo... Agora noutro 3-2, com um golo em falta do Benfica e um fora de jogo mal tirado a Hulk o que dizem as mesmas pessoas? Uma vitória justa do Benfica, sem espinhas, e nem colocam a hipótese de que também o empate poderia ser o resultado mais justo e que tirando as bolas paradas, em jogo jogado, o jogo foi bastante repartido e que não fosse a falha grave de marcação do 4º central do Porto, o provável é que o jogo fosse para penaltis.
Obviamente que isso ninguém dirá, não interessa. Não vende. Tal como no jogo para o campeonato não vendia se fizessem a mesma análise que agora fazem mas ao contrário… Dizendo que foi um bom jogo mas que o Porto ganhou merecidamente.
Jorge Jesus viu neste jogo uma superioridade que nem viu num jogo que terminou 5-0… A estratégia é clara. Mas mesmo contando e dando o mesmo peso deste jogo da taça da liga ao que se dá aos do Campeonato, o que vemos é uma vitória para cada lado, um empate e 7 golos marcados e sofridos. Vê-se equilíbrio. E convêm lembrar que são 3 clássicos em que dois deles foram jogados na Luz… Se houvesse outro no Dragão e se a Taça da Liga não fosse sempre a um jogo na Luz como seria…? Um 3-2 fora de casa seria sempre um bom resultado para o visitante.
Mas entendo a campanha de Jesus e da imprensa. É que era mesmo difícil ter que gerir a expectativa dos benfiquistas… No fundo trata-se de um equilíbrio entre a equipa que Jorge Jesus diz ser a mais forte que já treinou e que está em 2º, atrás do Porto de Vítor Pereira que toda a imprensa e inclusive os adeptos admitem ser o Porto mais fraco dos últimos anos... Um Benfica que está nos quartos de final da champions e que se gaba disso dia sim dia sim, e um Porto que fez uma campanha desastrosa nas competições europeias e que foi eliminado da taça. Uma época atípica. Um treinador que provavelmente mesmo sendo campeão não continuará…
E no fim das contas vamos a ver e nos tais confrontos directos o que vemos é um equilibro entre aquele que dizem ser o melhor Benfica dos últimos 20 anos e um dos piores anos do F. C. Porto… Acho que isso deveria deixar amargo de boca era aos benfiquistas… Uma equipa que se supunha tão superior e que está a lutar com o Porto de Vítor Pereira pelo título…? O Porto de AVB que não era nada de especial para muitos benfiquistas e que Jorge Jesus também desvalorizava... nos confrontos directos dizimou o Benfica. O melhor Benfica o que consegue com o mais fraco Porto é perder em casa para o campeonato e empatar no Dragão…? E depois fazem a festa por ganhar um jogo para a Taça da Liga…? Eu compreendo, gerir as expectativas de quem vende um Benfica genial deve ser tarefa difícil a cada jogo que o Benfica efectua com este Porto de Vítor Pereira… Sorte para o Benfica que não haverá mais jogos desses até final da época…
Há muitas forças de bloqueio… Mas por isso mais que nunca teremos que ser Porto e derreter todas as forças com o fogo do Dragão.
2 comentários:
@ Ricardo Costa
O Papa Pastilhas já te respondeu á letra:
Jorge Jesus frisou, esta quinta-feira, que no Benfica não se treinam bloqueios. Para o treinador dos encarnados, tudo se resume a uma estratégia que visa condicionar o jogo da sua equipa, à imagem, sustenta, do que aconteceu no passado com Aimar e Saviola.
«O treinador do FC Porto falou sobre essa questão no final do clássico. Antes, o Aimar e o Saviola atiravam-se para a piscina e, à conta disso, já fomos penalizados em Coimbra [n.d.r. referindo-se a uma alegada falta cometida sobre o número dez no interior da grande área, no empate sem golos com a Académica, na 20.ª jornada da Liga]», argumenta, reiterando o que já havia afirmado após o jogo do campeonato com o FC Porto: «No futebol não há bloqueios, nas leis de jogo não há essa expressão».
«O que há é antecipações, diretas ou de espaço», explica Jesus, que vislumbra uma estratégia que tem por objetivo coartar «a qualidade da equipa do Benfica nos lances de bola parada».
«Os nossos jogadores são agarrados e puxados, principalmente o Luisão, o Jardel e o Javi García. O Benfica tem sido o grande prejudicado, da forma como querem agarrar o Luisão. No lance do segundo golo [n.d.r. no jogo da Taça da Liga com o FC Porto] o Luisão está a ser agarrado por dois jogadores do FC Porto», aponta.
«Não treinamos bloqueios, nem sei do que se trata. Isso é do basquetebol», afirma o treinador dos encarnados, admitindo que diz aos jogadores «que têm de arranjar maneira de não serem agarrados».
Para Jorge Jesus, a importância atribuída aos pretensos bloqueios feitos pelos jogadores do Benfica faz parte de uma estratégia «que já deu frutos com Aimar e Saviola, mas que agora já está muito gasta».
In: Jornal A Bola (http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=322283&rss=1)
P.S.: Texto muito longo... Ler isto tudo é complicado. Faço um apelo ao teu poder de síntese porque o conteúdo do mesmo está excelente.
Aquele abraço.
@The Blue One,
já sabes que o poder de síntese não é o meu forte.;)
Sobre a resposta de Jesus...é uma não resposta. Ele foge ao facto de ter mentido. Ele afirmou que não treinava bloqueios e vários ex-jogadores seus afirmam peremptoriamente que treinavam bloqueios.
Pode mudar-lhe o nome e chamar-lhe obstruções.
Os comentadores de arbitragens e ex-árbitros todos dizem que é falta esse tipo de lances.
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Aliás,foi feita uma reunião como afirmo no texto, entre comissão de arbitragem e capitães de equipa e em que ficou claro que este tipo de lances são ilegais.
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O Jesus agora tenta fazer o papel dele e desviar as atenções e dizer que é uma forma de condicionar o jogo do Benfica...
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Mais mentiroso é quando diz que é o Luisão que é agarrado quando é o Luisão que manda o Sapunaru ao chão com a ajuda de outro jogador do Benfica.
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O Benfica nas bolas paradas ofensivas tem jogadores que nem sequer olham para a bola e que o seu único objectivo é bloquear a acção dos defesas.Isso é falta. O Jesus pode dar as voltas que quiser,mas claramente foi apanhado na curva neste caso em concreto.
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Um abraço.
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