quinta-feira, 31 de maio de 2012

Por falar em burros...

Numa semana que ficou marcada por um gesto digno de um símio por parte do treinador Carlos Lisboa, aquando do final do jogo no Dragão Caixa, e que gerou depois uma resposta violenta das bancadas, eis que se seguiram uma troca de comunicados entre os dois grandes clubes de Portugal, um foi lido por um indivíduo que há muito sabemos não ter capacidade intelectual para se expressar sem ser por palavras de outros, e da parte do F. C. Porto não foi necessário um leitor, o comunicado ficou à vista de todos.

Passando por cima dessa polémica a palavra que mais se repete em ambos os comunicados é a palavra “burro”. Nada mal. Após termos visto um treinador do Benfica ter um comportamento ao nível de um macaco, e demonstrando ser também um animal pouco racional quando diante de todos ainda teve a coragem de negar o que fez… eis que aparece a referência a outro animal… O burro. E não é que do outro lado do atlântico, alguém ouviu burro repetido muitas vezes e sentiu a necessidade de colocar as orelhas de fora e dizer presente?

Nada mais nada menos que esse senhor que andou 6 anos a gozar com a cara dos portugueses e a enganar meio mundo de que era treinador de top só porque ganhou um campeonato do Mundo com o Brasil no Mundial da Coreia do Sul. O burro tem nome. Chama-se Luís Filipe Scolari, e é o original sargentão que serviu de inspiração para o actual selecionador que é o sargentinho. Os tiques de autoritarismo barato e de cobardia e falta de nível disfarçadas com uma ideia de frontalidade, estão todas lá. P. Bento não tem pronúncia do Brasil, não diz que pimbolim é matraquilho e não é capaz de mobilizar massas como Scolari. Por outro lado, sabe um bocadinho mais de futebol, mas também a tarefa não seria difícil.

O que ganhou Scolari na sua carreira? Uma vitória no Mundial da Coreia do Sul, mesmo que repetida mil vezes até à exaustão não se multiplica. Um Mundial da Coreia ganho com uma selecção com jogadores tão fracos como: Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Juninho, Roberto Carlos, Cafu e companhia. Para os que concordam que o Porto foi campeão até com o Vítor Pereira, poderemos dizer que aquela selecção brasileira com todo aquele talento, até com o Scolari conseguiu ganhar. Principalmente porque ser selecionador não é o mesmo que ser treinador. Pode-se ter sucesso como selecionador sendo um treinador medíocre como é o caso de Scolari. Basta ter um grupo de jogadores muito superior tecnicamente, ter um bom ambiente, e depois deixar que o talento resolva os jogos esperando que nenhuma questão táctica complicada se coloque no decorrer dos jogos, porque nesse caso já se sabe que do banco não poderá vir grande coisa.

Tirando esse título pelo Brasil num Mundial marcado por favorecimentos claros à equipa brasileira e à selecção da Coreia do Sul, e um Mundial em que selecções fortes como Itália e Espanha foram deixadas pelo caminho devido a arbitragens para lá de tendenciosas. O Brasil pôde assim, passar incólume, sendo ajudado em jogos contra potências mundiais como Túrquia e Bélgica e assim disputar uma final com a Alemanha mais fraca de sempre a chegar a uma final de uma grande competição. Uma Alemanha que ninguém acreditava e que foi vaiada na própria Alemanha antes de partirem para a Coreia. Uma Alemanha que tinha uma geração tão forte tão forte, que dois anos antes tinha ficado pelo caminho no Euro 2000, despachados com 3 secos da equipa B de Portugal e a Alemanha que dois anos depois da final do Mundial da Coreia também ficaria pelo caminho na fase de grupos do Euro 2004 em Portugal.

Esta é a grande glória da carreira de Scolari. Ele perguntava se o burro era ele. Pinto da Costa uma vez disse que ele era mas é muito esperto, o que não queria dizer que isso fosse sinónimo de bom treinador. E é um facto. Scolari aproveitou bem essa vitória, deu o fora e veio para este pequeno paraíso de brandos costumes à beira mar plantado. Deixaram-no insultar jornalistas, difamar personalidades do país, agredir jogadores…

Foi um festim. Ele nesta triste entrevista que dá ao jornalista Helder Conduto (que bom saber que a rtp gastou dinheiro em viagens para o Brasil para entrevistar este senhor, é para isto que serve mesmo o erário público), o Filipão diz que o que sente mais falta de Portugal é de Cascais e do peixinho e do passeio… Pudera, foi o que ele fez durante anos. Falamos de um selecionador que ele próprio admitiu que apenas passava uma ou duas horas por dia pela FPF. Que de resto ia levar os miúdos à escola, ía passear, comer o seu peixinho nas calmas, correr no calçadão. Basicamente era pago a peso de ouro para passar férias. Depois como justificação para não ir observar jogos da Liga Portuguesa era o facto de poder ver na tv… Então acho que me posso candidatar também para selecionador nacional.

Na triste entrevista que Scolari dá, ele consegue estar ao seu nível que sempre nos habituou. Muito baixo, rasteirinho mesmo, dissimulador, mentiroso, aldrabão e muito pouco dado à autocrítica e vendendo-se como um herói nacional. Afinal ele até no final da entrevista diz que o “retrospecto” com a Alemanha não é bom mas que com a Holanda sim… Não é bom com o Sargentão. Eu sei que ele, tal como muitos outros, acham que Portugal só existiu após a chegada do Filipão… Acontece que em 2000 com um selecionador bem mais barato e que também não era propriamente um grande treinador, conseguimos ganhar mais jogos, marcar mais golos e sofrer menos. Caímos perante a melhor França de todos os tempos mas fizemos uma campanha como se calhar só se viu em 66. Um futebol empolgante com grandes vitórias contra potências como Inglaterra e Alemanha. Scolari a recordação que tem da Alemanha é a de 2008 com o seu minino Ricardo a fechar os olhos e a deixar-nos fora do Euro.

Scolari é o mestre da mentira e da forma como cria uma realidade alternativa, um mundo imaginário e com aquele ar de sobranceria para com os portugueses. Afinal até foi ele que teve a ideia das bandeiras na janela… Marcelo Rebelo de Sousa semanas antes no jornal nacional nem se tinha lembrado disso nem nada… Nem no Brasil isso se faz todos os anos em que há Mundial. Não, esqueçam isso. Foi Scolari que inventou. Passa a ser essa a verdade.

Scolari que até foi ele que apostou no CR7 quando nem titular era do Sporting… Afinal se não fosse Scolari o CR7 nem era ninguém no futebol… Apostou tanto nele que CR7 até começou o Euro 2004 no banco lado a lado com jogadores como: Deco, Ricardo Carvalho, Nuno Valente etc, tudo para ver jogar Simão Sabrosa… Só ao 3º jogo do Euro 2004 é que Scolari dá definitivamente a titularidade a CR7 depois dele ter partido tudo nos dois jogos anteriores. Mas claro, a verdade de Scolari é que ele sim é o paizão do CR7… Ele no Euro 2004 até já jogava no Manchester United, mas obviamente que foi Scolari que o descobriu.

O mesmo Scolari que na entrevista também reclama para si o mérito de ter visto qualidades no “minino” Rui Patrício quando o levou como 3º guarda redes para o Euro 2008 e que isso foi bom para ele ganhar a experiência que tem hoje e que foi óptimo para a carreira dele… Pena é que não tenha falado doutra grande aposta de sua… Bruno Vale, então 3º guarda redes do Porto. Que é feito dele senhor Scolari? Depois de lhe ter queimado a carreira perdeu-lhe o rasto?

O mesmo Scolari que bate no peito para dizer que o ambiente com ele na selecção era espectacular e que nunca houve um mínimo atrito ou problema (em oposição ao seu inimigo Queiroz…). Devia dizer isso ao Maniche. Sabe quem é o Maniche, Filipão ? É aquele carinha que jogava pra caramba no Porto mas o sinhorr fazia questão de não o convocar e o deixar sempre na dúvida até à última hora para logo depois ele acabar titular e sendo um dos melhores jogadores de Portugal… Porquê? Porque ele jogava no Porto, lá longe como o sinhorrr disse um dia para justificar o facto de nunca ir ao Dragão observar os jogos do então bicampeão nacional e europeu. Curiosamente o conceito de distância do senhor Scolari é relativo. É como o conceito de verdade… É que ele jogos do Porto não via, mas para gastar dinheiro da FPF para se passear por Milão ou Madrid para ver os jogos de Rui Costa e Figo, aí já não havia distância… Tudo ficava perto. Pois bem senhor Scolari. Maniche ainda há bem pouco tempo disse com as letras todas que a sua selecção era o grupo de amigos do Scolari e como ele não fazia parte do grupo tinha que sofrer até à última enquanto outros nem precisavam de jogar para serem convocados.

O Figo pôde com a conivência de Scolari abondonar a selecção durante a qualificação do Mundial para se concentrar apenas no clube… Mas obviamente que depois quis ir ao Mundial e Scolari escancarou-lhe as portas. Grande Sargentão! O mesmo Figo que se recusou (como o próprio Scolari uma vez admitiu) a fazer um teste psicológico que Scolari obrigou todos os jogadores a fazer quando chegou a Portugal.

Ele afirma que a relação era espectacular? Pois então que explique lá como foi a ida do Deco à selecção. Figo e Rui Costa publicamente afirmaram-se contra a convocação de Deco tal como outros líderes do grupo como F. Couto e S. Conceição. Quem pagou a fava? Figo que até foi o mais contundente na crítica? Claro que não, acabou por ser S. Conceição. É mais fácil ser-se sargentão assim. Mas quer mais casos? Eu refresco-lhe a memória. O mesmo Luís Figo. O tal jogador que considera o melhor que já treinou… O sargentão, que deixava de fora Baía, Conceição e que se fazia todo de duro, era mole mole mole para com Figo… Scolari, o tal que diz que não cedia a pressões de lado algum… Ora Luis Figo em pleno euro 2004 com Portugal a perder frente à Inglaterra vê a placa com o seu número para sair, e sai a passo e como bom capitão que era nem fica no banco a apoiar os companheiros… Vai directamente para o balneário e é assobiado pelos adeptos presentes no estádio pela sua atitude egoísta… O que fez Scolari? No final do jogo disse que Figo estava no balneário agarrado a uma figura de Nossa Senhora de Fátima a rezar… Palavras para quê? É uma verdade à la Scolari. Quem quis acreditar acreditou, e mais uma vez fez os portugueses de parvos, o seu “exporte” favorito…

Mas este chorrilho de mentiras e parvoíces já esperávamos vindos do mesmo senhor que perante todo o país agrediu um jogador e qual Carlos Lisboa, depois veio dizer que não fez nada… Scolari não teve pudor nenhum em mentir a todo o país que via as imagens. Afinal ele só estava defendendo o “minino”… O Quaresma que nas imagens todos vêm que nem está metido na confusão… Passados estes anos todos, Scolari reafirma que não fez nada demais, e que foi tudo totalmente normal e que só estava defendendo o “minino”… Aliás, vais mais longe. Considera que foi alvo de discriminação. Essa é abusar da sorte… Nunca um selecionador nacional teve uma imprensa tão passiva e tantas condições. Deixavam-no insultar à vontade sem consequências, e até o defenderam quando agrediu um jogador dando uma péssima imagem para todo o Mundo. É outra verdade “ a la scolari”.

Posto isto que novidade nos traz o Sargentão, para além de querer gozar com os portugueses outra vez? Vitor Baía. Como já ninguém tinha paciência para o ouvir - em termos mediáticos ele está a descer a pique tal como a qualidade competitiva do seu actual clube, o Palmeiras que até já decidiu prescindir dos seus serviços mal termine o contrato -, ele tinha então que trazer algo novo. Nada melhor que a maior burrice da história do futebol português contada na versão do burro. A verdade de burro. Uma verdade aparte portanto. Mas até a verdade scolariana começa a ter novas nuances. Ainda dizem que burro velho não aprende línguas… Aprende sim senhor, até aprendeu inglês o suficiente para ser corrido do Chelsea com um bom cheque. Agora inventa um motivo novo para não ter convocado a Baía a cada entrevista que dá.

Acho genial a coragem deste indivíduo… Vem falar do assunto cerca de 8 anos depois. Isto é que é coragem. Na época dizia que não convocava Baía porque confiava em Ricardo (esse guarda redes glorioso que fica na história por defender sem luvas mas também de olhos fechados). Após uns anos, afinal já não convocara Baía porque Madaíl tinha pedido para não o convocar. Ora Madaíl não só o desmentiu como até afirmou que Baía era dos jogadores que mais admirava no futebol e que nunca compreendeu a decisão de Scolari em não o convocar. Após isso, Scolari deixa passar uns tempos e agora aponta baterias para… Pinto da Costa. Ele é burro no essencial para um treinador que é saber de futebol, mas noutras coisas é catedrático na mesma faculdade de Jorge Jesus.

O que vende? O que chama a atenção e lhe pode abrir portas que parecem mais que fechadas no mercado português? A velha estratégia de sempre e que ele utilizou para unir o país em 2004, atacar o Porto e Pinto da Costa ainda que depois fosse à conta do Porto que tenha conseguido chegar aonde chegou na selecção… Agora já não é Madaíl que não queria Baía. Era o próprio Pinto da Costa… A afirmação é tão absurda e a explicação é tão estranha que o próprio Scolari se atrapalhou todo na hora de se explicar. Ele viu o Belenenses - Porto e nesse jogo o Nuno Espírito Santo foi titular. Falou com dirigentes do Porto e eles informaram-lhe que o Baía estava em conflito com a estrutura técnica e por isso não estava a ser opção… O que faz Scolari? Não o convoca durante 8 anos. Baía esteve fora da equipa do Porto cerca de 2 meses, Scolari achou por bem deixa-lo à conta disso fora da selecção por 8 anos… Parece-me razoável. Totalmente proporcional e lógico. Sem dúvida. É caso para se dizer “E o burro sou eu?”.

Mas como aquela explicação parecia muito estúpida e sabia a pouco ele completou… Com o quê? Com mais uma prova de cobardia e falta de carácter que sempre o caractertizaram. Tinha gente na Federação que trabalhavam junto dele que lhe contaram histórias de “vestiário” e que ele por isso não o convocou… Gente essa que obviamente não tinha nome… Mas esperem lá… Este não é aquele mesmo sargentão que diz que é avesso a que se metam no seu trabalho? O mesmo que disse que resistiu estoicamente a todo o tipo de pressões, nomeadamente as do presidente do Porto? Então esse mesmo resistente, dá crédito a histórias do diz que disse sem sequer conhecer pessoalmente Vítor Baía ou o convocar uma vez sequer para o poder avaliar pela sua própria cabeça? Para quem afirma que não cedia a pressões…

Depois deixa a mais engraçada para o fim. Afinal Pinto da Costa tinha poder na selecção portuguesa porque falava de jogadores com gente da Federação, coisa que todos os dirigentes fazem. Mas então, algo me escapa… Como é que ele tinha poder e queria ter jogadores na selecção, mas depois queria deixar de fora o Baía…?

Vejamos o enorme peso de Pinto da Costa na selecção… Só assim de memória lembro-me que no Euro-96 o selecionador era António Oliveira que até é conotado com o Porto e o que aconteceu nesse Europeu…? A pressão para que jogassem jogadores do Porto era tão grande tão grande, que Oliveira até teve a brilhante ideia de deixar no banco o melhor marcador do campeonato, Domingos Paciência, jogador do Porto, para dar a titularidade a Sá Pinto que nem tinha metade dos golos marcados de Domingos… Essa pressão devia ser muito fraquita. A pressão nesse Euro era tão asfixiante que o Porto tinha como titulares Baía e Paulinho Santos apenas, e porque não haviam grandes laterais. Tantos titulares quanto o Benfica e o Sporting. Benfica com Helder e Dimas e Sporting com Oceano e Sá Pinto. E em 2000? Pressão insuportável mesmo. O Porto mantinha Baía como titular e Jorge Costa que “só” faz provavelmente a melhor dupla do Europeu com F. Couto. O Sporting tinha um titular nessa selecção. Esse craque do futebol mundial que era Vidigal. O Benfica só não tinha os mesmos dois porque não queria. É que Nuno Gomes jogava com João Pinto no ataque… Acontece que Vale e Azevedo teve a brilhante ideia de o dispensar antes do Europeu e ele foi ao Euro como jogador livre, mas foi convocado pela época que fez no Benfica.

Que grande poder tinha Pinto da Costa, realmente… Não deixa de ser engraçado… Scolari diz que fechou a porta às pressões mas curiosamente foi com ele que o Porto mais jogadores teve a titular da selecção desde que me lembro de ver futebol. E bem. Porque tratava-se da equipa campeã da Europa de clubes. Burrice e teimosia foi termos desperdiçado 2 anos de trabalho sem essa equipa, porque o sargentão queria provar que poderia ganhar algo sem os jogadores do Porto e porque não queria ouvir a boca de que só ganhava graças ao Porto de Mourinho… Mas a força dele só durou 90 minutos…Bastou sentir o lugar em perigo que logo mandou a equipa do Porto a jogo e só parou na final, porque aí era preciso um treinador e um guarda redes. Mourinho não estava, Baía podia estar, mas um burro qualquer decidiu deixá-lo de fora.

Depois sugou essa geração até ao tutano, deixando o barco sem proceder a qualquer tipo de renovação e deixando a vaca fria para o Queiroz. Na final do Euro 2004 pudemos ver o grande Ricardo a demonstrar toda a sua classe e Scolari a sua sagacidade táctica ao conseguir o enorme feito de num Europeu disputado em casa perder dois jogos para a Grécia e sem nunca aprender nada com essas derrotas. Aliás, foi bonito ver como com o Euro em risco Scolari decide arriscar tudo na final com a Grécia, tirando a 15 minutos do fim Pauleta para fazer entrar Nuno Gomes… Absolutamente brilhante.

Li um comentário curioso acerca desta declaração de Scolari que foi o seguinte “O que Scolari disse só pode ser mentira. Se Pinto da Costa escolhesse os jogadores da selecção já tínhamos sido campeões do Mundo.” Não deixa de ser uma graçola mas que acaba por ter alguma razão. Com o toque de midas que Pinto da Costa tem e com o seu historial vitorioso, seguramente que se ele estivesse à frente dos destinos da selecção já teríamos ganho algo de relevante e não teríamos perdido uma final em casa para a Grécia e ficado todos contentes. Scolari até nisso foi burro. Teve a equipa campeã da Europa de Mourinho nas mãos, a jogar em casa, e ainda com o acrescento da geração de ouro e conseguiu jogar menos, perder mais jogos e com mais estrondo do que Portugal em 2000 que não tinha a espinha dorsal da equipa campeã da Europa. Também não tinha grande treinador, mas tinha um que pelo menos não se armava em sargentão…

Já que está na moda o diz que disse, e as pressões para cá e para lá. Scolari poderia ter aproveitado para contar o porquê de convocar jogadores sem clube, que nem sequer tinham ritmo competitivo como foi o caso do Costinha… Podia explicar o porquê de num jogo ter convocado Hugo Viana que estava sem clube e que no final explicou que o tinha colocado a jogar para ver se o ajudava a arranjar clube porque estavam olheiros a ver… Afinal Scolari para além de selecionador era também empresário? Cobrou comissão pela transferência posterior? Obviamente que não poderemos dar credibilidade nenhuma a este indivíduo que de uma forma absolutamente repugnante gozou com os portugueses, insultou jornalistas e fez uma cruzada contra o melhor clube português.

De criticar também o timing da entrevista e o seu riso para comentar o afastamento de R. Carvalho e a crítica que faz a um profissional que segurou a defesa de Portugal enquanto ele lá esteve. O central que o safou variadíssimas vezes. Um jogador com um percurso imaculado ao serviço da selecção tirando esse triste episódio. Provavelmente o melhor central português da história a ser, uma vez mais, enxovalhado por quem o deveria respeitar e muito. Absolutamente asquerosa a atitude de Scolari, talvez para defender o seu novo minino… O Sargentinho…

Outra verdade a la Scolari… Jogadores decidiram deixar a selecção apenas com Queiroz… A sério senhor Scolari? E então Rui Costa que abdica de representar a selecção e o anuncia nas vésperas da final do euro 2004? Quem era o selecionador dessa época…? E Tiago que renunciou com P. Bento? Não conta? São as tais verdades “a la Scolari”. Verdades de burro.

As motivações são claras… Na dita entrevista ele dizia que um filho era do Benfica e outro do Sporting… Curioso… E Scolari? Diz que não tem preferência… É pena, para o ramalhete ser completo podia dizer que era do Belenenses.

Scolari ostracizou não apenas o clube, mas a própria cidade. Na reportagem levada a cabo pela rtp voltaram a relembrar esse triste episódio em que Scolari numa conferência de imprensa quando perguntado por Baía responde mais ou menos assim “você já sabe que não vou responder a essa pergunta, vocês lá do Porto são assim, vão dar voltas e mais voltas e já sei o que vocês querem mas eu não vou responder“ a que o jornalista lhe responde “Eu sou de Lisboa, pode responder à pergunta?” A que Scolari returque “É de Lisboa? Graças a Deus…” Palavras para quê? Como confiar num homem sem carácter, mentiroso e que ganhou uma fortuna trabalhando pouco ou nada, e que fez os portugueses de parvos? Agora ainda vem dar palpites sobre a crise… O mesmo que andava a receber fortunas de um banco do Estado para fazer publicidade… Se ele quiser devolver metade, já é um bom avanço para ajudar o país.

Scolari está desesperado para voltar para Portugal. O seu objectivo ao regressar ao Brasil era fazer dois anos no Palmeiras para depois assumir a selecção brasileira após os Jogos Olímpicos e acabar a carreira como selecionador do Brasil. Acontece que ele – como se diz por terras de Vera Cruz - se deu mal. Os brasileiros tinham a imagem que ele vendera em 2002 e que depois difundiu durante a sua estadia em Portugal, de que era dos melhores treinadores da história do Brasil e que ele praticamente inventara o futebol em Portugal. Acontece que voltando a um futebol brasileiro que tem treinadores de outra qualidade que não existia na década de 90 quando ele saíu, ele deparou-se com o fracasso no Palmeiras. O crédito que ele tinha perdeu-se. E no Brasil ele não pode insultar, difamar e aldrabar a seu bel prazer como em Portugal. Os jornalistas por lá não acham grande piada se aparece um sargentão a insultá-los. Eles não fazem o papel de bobos - para utilizar outra expressão brasileira. A crítica tem sido feroz e a própria torcida do Palmeiras já não o pode ver nem pintado. O mito do grande treinador desvaneceu-se assim que ele teve que fazer algo que deveria saber fazer… ser treinador. Provou que sabe pouco. Por isso as portas da selecção estão fechadas para ele e mais depressa assumirá Muricy Ramalho, actual técnico do Santos, o cargo de selecionador no caso de Mano Menezes ser despedido.

Dado a esta alteração de planos, nada como agitar a bandeira do lado de lá do Atlântico para ver se alguém se lembra dele. Para reforçar a sua vontade ele volta a atacar o Porto, Baía, Pinto da Costa para piscar o olho a benfiquistas e sportinguistas, seja para um lugar nos seus clubes seja para um regresso à selecção para comer um bom peixinho e poder estar descansadinho em Cascais. Pena é que a RTP decida gastar dinheiros públicos para ir fazer uma entrevista ao Brasil para ajudar este senhor a promover-se e a, uma vez mais, tentar fazer-nos todos de parvos. Mas neste caso, apesar de ele ter colocado as orelhas de fora, não temos que o aturar. Já tivemos a nossa dose. Á segunda só é burro quem quer… Os que querem acreditar nas verdades Scolarianas não são burros, são cegos e pior cego não é o que não quer ver, é o que não quer ver e ainda por cima é burro…

2 comentários:

Carlos disse...

Scolari e a seleção só tiveram sucesso no euro 2004 quando ele meteu em campo o esqueleto-base da equipa do Porto que ganhou a Champions. Ponto final. Nenhum treinador faz uma equipa em 2 semanas de estágio. Normalmente as seleções que fizeram história tinham na sua base vários jogadores do mesmo clube: a laranja mecânica no anos 70, e mais recentemente a Espanha, só para dar alguns exemplos.

Anónimo disse...

Um texto totalmente absurdo!
Só pode ter sido escrito por um burro....