quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Controle Antidoping

Por coincidência, e só mesmo por curiosa coincidência, o nosso clube na sessão do primeiro dia do ano, um treino aberto para os sócios, simpatizantes, e adeptos, teve uma surpresa. Os vampiros quiseram homenagear-nos e vieram de longada até ao Dragão, espetar umas agulhinhas nos braços de alguns atletas. Devem ter lido as notícias sobre o Armstrong ou o Contador e não quiseram ficar atrás.
Nada que tenha sido uma grande surpresa. Se formos ao site da ADOP, entidade especializada nessas deslocações/surpresa, a fazer recordar a visita ao estágio da selecção de Queiroz ás 7 da manhã, para correrem com o homem (o senhor Gomes já entrou com a indemnização, em vez do “impoluto benfiquista Luís Horta” como devia ser), podemos observar nos dados estatísticos que, esta época, até ao dia 3 de Dezembro, a “instituição”, como sabem situada na Capital do Reino, a mesma cidade da ADOP, só tinha sido fiscalizada no final dos jogos, 1 única vez!
 
Se calhar os senhores da ADOP, à frente da qual continua o “impoluto benfiquista Luís Horta”, tem tanta confiança na bondade dos métodos de JJ que nem vale a pena lá irem. As 37 vezes, que Coentrão fazia os 100 metros por jogo, o espumar depois dos jogos, as patadas ou os empurrões de Luisão, as correrias de Maxi Pereira, as agressões impunes de Matic, e no último treino, os noticiados vómitos de Cardozo, são como sempre, fruto da excelente preparação física dos atletas do clube que apenas usa os suplementos alimentares adequados. Sabemos que lá por fora, o furunculoso defesa esquerdo passa mais tempo na bancada do que propriamente no relvado e, facto inédito, há alguns dias, foi castigado pela direcção técnica (MARCA dixit) por se empregar, num treino, “com demasiado voluntarismo”, eufemismo que deve significar: já andas a abusar outra vez!
Ah, já me esquecia! Os parolos cá de cima, no mesmo período de tempo, foram controlados mais vezes. O FC Porto 3, e o Braga 4! Se calhar os “enfermeiros”, ou lá quem são os homens, ganham ao quilómetro e assim, nestes tempos difíceis, metem mais umas patacas ao bolso. E não conta para o IRS.
 
Estive a matutar nesta história de umas equipas correram mais do que outras, ou algumas serem mais controladas, e decidi meter pés ao caminho, que é como quem diz, ir ver o que dizem os manuais sobre este assunto, e a forma como podem ser controlados os atletas batoteiros.
A ADOP recorre a um programa informático denominado PISCO – Programa Informático de Sorteio de Controlos de Dopagem. Neste programa são introduzidos antes do início de cada época os calendários dos jogos das principais modalidades colectivas. Todas as semanas são realizados sorteios recorrendo-se a esta aplicação, sorteios esses em que a confidencialidade dos controlos a realizar é assegurada pelo facto de o operador do sistema não ter conhecimento de quais os jogos que são sorteados. O sistema PISCO produz, para cada acção de controlo de dopagem, um envelope fechado contendo a identificação do jogo onde irão ser realizados controlos. No caso do futebol e para a Liga ZON Sagres, é realizada em cada jornada uma acção de controlo de dopagem ao jogo em que participa a equipa que se encontra classificada em primeiro lugar.
 
Estão a ver? “A equipa que se encontra classificada em primeiro lugar”. Ora como o nosso Clube e a “instituição tem andado mais ou menos a par, é bom de ver que estamos, como de costume, a ser levados ao sebo. Mas nada de mal virá ao Mundo, enquanto o “impoluto benfiquista Luís Horta“ andar por lá. Vamos considerar que a gracinha do controle de doping ao FC Porto no feriado de 1 de Janeiro de 2013 foi para verificar a quantidade de Vinho do Porto nas rabanadas, uma coincidência, ou um aviso do senhor Luís Horta lá para as bandas da Luz. Já não era a primeira vez, se calhar anda a ver o mesmo filme que eu.
 
Até à próxima

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