quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vitória a velocidade cruzeiro

Com as preocupações mentais no clássico da Luz mas as obrigações imediatas na Taça da Liga, o FC Porto resolveu o apuramento para as meias-finais da competição com uma vitória por 1 x 0 sobre o Vitória de Setúbal no Estádio do Dragão. A última etapa antes da final de Coimbra passa agora pela recepção ao Rio Ave, vencedor do Grupo C.
Entre lesões e poupanças a pensar no Benfica, Vítor Pereira escalou um “onze” que variou entre a espinha dorsal (Danilo, Mangala, Fernando e João Moutinho) e a juventude personificada em nomes como André Castro, Kelvin ou Sebá. Uma mescla que tirou inevitavelmente fluência e harmonia ao jogo do FC Porto que, ainda assim, raramente viveu momentos de aflição na tarde chuvosa da Invicta.
Uma tarde à moda do Porto mas com laivos de reminiscência sportinguista. Com Marat Izmaylov na tribuna à espera da estreia de Azul e Branco – foi muito solicitado para as fotografias da praxe -, foi de João Moutinho o momento do jogo. O médio internacional Português transformou a grande penalidade assinalada após um encosto de Nélson Pedroso a Sebá, quando faltava um minuto para o intervalo no Dragão.
A história que precedeu o penálti de Moutinho conta-se em poucas palavras. Houve domínio Portista, ainda que longe de afirmativo; sobra um remate de Sebá, aos sete minutos, sem dificuldade acrescida para Kieszek, enquanto do lado Sadino se destaca uma ou outra jogada interessante, como aquela aos 17 minutos em que Bruninho proporcionou uma defesa pouco complexa a Fabiano Freitas.
Ao intervalo, tempo para Vítor Pereira prosseguir a gestão para o clássico de Domingo (20h15). Fernando fechou a tarde de trabalho e cedeu o lugar a Lucho González, para que o Argentino não perdesse o contacto com a competição sempre com o Benfica no horizonte. O mesmo propósito na troca do regressado Maicon pelo lateral Alex Sandro e Mangala passou da esquerda para o meio – ao lado de Abdoullaye. Mais tarde, à hora de jogo, foi a vez de Steven Defour (que deve ser titular na Luz ocupando a vaga de James) sair para dar lugar a Varela, sobrando João Moutinho e Danilo, que jogaram os 90 minutos.
Quanto ao futebol em si numa tarde em que o FC Porto jogou dividido e o Vitória de Setúbal com as naturais limitações, alguns apontamentos sem relevância para o desfecho final. A começar pelo simples facto de Bruno Galo, aos 50 minutos, ter tido no pé esquerdo a ocasião soberana para os Sadinos viraram o destino; o remate saiu frouxo e à figura de Fabiano. Do lado Portista, sempre a mesma batuta de controlo tranquilo e à distância. Houve aproximações à baliza de Kieszeck, mas só Sebá esteve à porta do golo, aos 72 minutos, travado por defesa corajosa do guardião Polaco.
Num breve olhar sobre o segundo encontro do Grupo A, o Nacional derrotou o Estoril Praia por 1 x 0 e deu, ainda que sem importância prática, uma ajuda ao FC Porto nas contas do apuramento. O golo de Claudemir, aos 54 minutos, de grande penalidade, ditou a história do encontro, que terminou com a equipa de Marco Silva reduzida a nove elementos, devido às expulsões de Bruno e Dieguinho.

Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Sebá

1 comentário:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Missão cumprida é o que me ocorre para classificar a vitória mais que justa do FC Porto, única equipa que apresentou argumentos válidos para vencer o jogo, no mal tratado relvado (continuam os problemas) e com um «apitador» de tendências insuspeitas (é vermelho até à raiz... ia dizer cabelos mas o homem até é careca!).

A mescla apresentada por VP tirou a natural agressividade e acerto colectivo que com a entrada, na segunda parte de Alex e Lucho, foram de alguma forma recuperados.

Gostei da atitude e de alguns desempenhos, como o do Fernando, Moutinho e do Sebá (na segunda parte). Faltou o golo ao promissor jovem brasileiro, que tanto procurou mas a superior exibição de Kieszek não permitiu.

Um abraço