quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um Talho a Preto e Branco

Depois do último acto de renúncia de Godinho Lopes, papa dos Calimeros, as ameaças sucedem-se. “Isto vai sair-te caro” (onde é que eu já ouvi “isto”?) terá dito o inefável Rogério Alves. Depois de O Espião Que Saiu do Frio, thriller que garantiu a Paulo Pereira Cristóvão o Óscar para o Melhor Actor Invisível, o médico dos fígados estragados, Eduardo Barroso, comentador desportivo nas horas vagas, concorre ao ambicionado galardão Carniceiro de Ouro oferecido pela Associação Portuguesa de Talhantes e Ofícios Correlativos.
A palavra “talho” deve ser entendida como homenagem à secular instituição em todas as suas vertentes, desde o aparecimento do Visconde de Valmor, à candidatura de Carlos Severino (quem?) passando naturalmente por Maria José Valério, acompanhada ao piano pelo maestro Moniz Pereira.
A boa-nova, é que a brigada do croquete, “espera para ver”. Os gajos das 2 consoantes seguidas (Mello, Bettencourt, Ricciardi, Roquette, Telles, etc.) não se candidatam. Em contrapartida alguns dos nomes soprados, como por ex. Dias Ferreira, Luís Figo, ou Vicente Moura (o senhor comandante), meras anedotas, fazem-nos sorrir. Os outros, os que dão entrevistas nos pasquins, devem ter ido ler os últimos relatórios, meteram o rabinho entre as pernas e deram de frosques. Um dos cómicos que contribuiu para o descalabro a que chegou o clube, Santana Lopes, aparece na televisão das sopeiras a mandar uns palpites travestido de mendigo com a barba por fazer, condizente com o tacho que arranjou na Misericórdia. Como o homenzinho diz que não tem salário (?) esperamos que utilize, pelo menos, um cartão de crédito (para os alfinetes) como o Maestro Miguel Graça Moura. À hora de encerrarmos a nossa Redacção ainda não tínhamos conseguido esclarecer se costuma frequentar a “sopa dos pobres”.
A “coisa” (o Zbórden) assusta! Nem me atrevo a colocar aqui os números para os meus amigos não se assustarem. Só lhes posso dizer que o Passivo Financeiro é quase metade da “instituição” do outro lado da Circular. Imenso, portanto. Engraçada uma afirmação de José Couceiro num debate com Dias Ferreira e José Eduardo na BOLHA TV: “Imaginando que os Bancos, por absurdo, perdoavam a dívida total do Sporting, no mês seguinte lá iam pedir dinheiro outra vez”…
 
Ficamos também a saber que a tal “reestruturação” com a Banca, agora suspensa, a que Godinho Lopes se referiu, significava “esticar” os compromissos durante 40 anos. Imaginem quanto não seria só para juros. O Clube detém 89% da SAD (25 do Sporting + 64 da SGPS). Sempre que eles falam de “investidores”, temos que entender que se referem a algum otário que possa ficar com aquilo. Mas… para que raio servem 89% duma sociedade falida? E onde gastaram 108 milhões que vieram da Banca?
Godinho conta pelos dedos: Aumentámos as modalidades; elaborámos a Auditoria (importa-se de repetir); retomámos o Hóquei em Patins; criámos a Sala de Sócios; promovemos a marca pelo Mundo inteiro (Angola, China, Índia, Estados Unidos), de tal forma que o nosso site está em línguas como o mandarim, russo, chinês, etc.
 
Confesso que esta última arrumou comigo. Vejam lá que o Izmaylov que nem sequer fala português devia aprender mandarim! Agora percebo porque fugiu para o Porto. Todos estes pormenores eram apontados no bloco de apontamentos de Paulo Pereira Cristóvão que ajudou a desbaratar o plantel para ficarem apenas com 2 atletas mais ou menos vendáveis: Rui Patrício e Wolfswinkel.
Até à próxima

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