O FC Porto sofreu os primeiros golos na pré-temporada,
frente aos Venezuelanos do Anzoátegui, no triunfo por 4 x 2. Os Dragões entraram
a vencer na Copa EuroAmericana 2013, deixando claro que há uma segunda linha
que ainda não está à altura dos conceituados.
Com a baliza em branco nos testes anteriores, o sinal de
reparo do jogo Portista vai para a actuação defensiva. Depois de já
ter tremido contra 11 no embate com o Marseille (depois disfarçado com o
resultado), a linha defensiva acabou por revelar novos problemas de
estabilidade frente ao Anzoátegui. Fucile, que tem sido dos mais utilizados
nesta fase de testes, foi o mais instável, sendo que Mangala e Maicon também
não escapam à crítica, sobretudo no lance do primeiro golo Venezuelano.
Golo que surgiu aos 39 minutos e depois de vários avisos por
parte da equipa da casa. Edwin Aguilar intrometeu-se entre os centrais
Portistas e, mais rápido que a dupla Franco-Brasileira, acabou por bater
Fabiano com um chapéu. Sem se tratar de um golo da justiça, a vantagem do
Anzoátegui também não mentia sobre a história do jogo; e o FC Porto sofria
assim o primeiro golo da pré-temporada, que não passou a dois pouco depois
porque Aguilar, desta vez, atirou ao lado depois de nova fugida a um eixo
defensivo Azul desnorteado.
Antes da vantagem Venezuelana assistiu-se a um
equilíbrio de forças e fraquezas, com as equipas a chegarem com frequência – e
facilidade – à área do adversário. Assim, só nos três primeiros minutos
viram-se outras tantas ocasiões de golo; duas para o Anzoátegui (1’ e 3’), uma
para o FC Porto (2’), com Ghilas isolado – a passe de Fernando - a permitir a
defesa ao guarda-redes da casa.
Do futebol Azul tentava destacar-se um elemento. Carlos
Eduardo era quem mais procurava os desequilíbrios – a par de Fernando -,
apresentando-se como o elemento mais solto e «vagabundo» do triângulo invertido
composto pelo «6» Brasileiro e por Steven Defour. Mas era no jogo para trás que
o FC Porto sofria, como aos 15 minutos, quando novo remate de meia distância importunou
Fabiano.
Do jogo para a frente do Tricampeão Nacional comandado por
Paulo Fonseca nota para um remate cruzado de Iturbe, aos 18 minutos, após
assistência de Carlos Eduardo. Aos 20’ foi Varela a não chegar a um cruzamento
do Argentino para aos 37’ se ver um erro de arbitragem; Iturbe foi derrubado na
área pelo guarda-redes adversário, mas um fora-de-jogo mal assinalado acabou
por anular a grande penalidade.
Para a segunda parte, Paulo Fonseca fez mudanças que
devolveram ao «11» Portista uma cara mais comum. Fucile, Carlos Eduardo e
Ghilas cederam os lugares a Danilo, Lucho e Jackson Martínez, três
indiscutíveis na equipa base do Dragão. E a diferença foi imediata, com o FC
Porto a chegar ao empate num lance que envolveu Varela, Danilo e Jackson. O extremo
serviu o lateral que cruzou certeiro para o golpe de cabeça do Colombiano;
fácil e eficaz. Tão fácil que quase dava novo resultado aos 58’, com Lucho a
isolar Jackson que desta vez permitiu a defesa a Edixson González.
Depois, os minutos loucos em Puerto de La Cruz, com três
golos em três minutos. Aos 62’, Juan Fuenmayor voltou a dar vantagem ao
Anzoátegui, com um remate de ressaca na sequência de um livre que
ficou preso na barreira. A reacção do FC Porto foi imediata e letal, com Mangala
a empatar no minuto seguinte (Jackson ganhou nas alturas e deixou a bola à
mercê do Francês) e Varela a apontar o 3 x 2 aos 65 minutos, com um golpe de
cabeça perfeito a finalizar uma bela jogada ofensiva dos Dragões. O mesmo
Varela fixou o resultado final aos 94 minutos, concluindo da melhor forma a
assistência de Lucho.
Do bloco de notas de Paulo Fonseca devem constar várias
anotações após os 90 minutos na Venezuela: Ghilas tarda em se afirmar como
opção séria para Jackson, que marcou à primeira; Carlos Eduardo é irrequieto
mas não sabe como substituir Moutinho e a estabilidade posicional de Lucho
González; e Iturbe, que jogou os 90 minutos e parece crescer a cada nova
oportunidade. É desta, «pequeno» Messi?
Quarta-feira há mais FC Porto na Copa EuroAmericana, desta
feita na Colômbia, frente ao Millionarios.
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Silvestre Varela
2 comentários:
Uma boa analise . O Miguel Sousa Tavares é que não gosta do Varela ainda não percebi porquê...
Meu caro uma cisma é pior que uma doença.
É este o mal do MST no que ao Varela diz respeito.
Mas lá está, são opiniões. Respeita-se e pouco mais que isto. Até porque os nsº do Jogador falam por si.
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