segunda-feira, 14 de abril de 2014

Três pontos com as asneiras do costume

Numa partida marcada claramente pela gestão dos jogadores para os compromissos a contar para a Taça de Portugal na próxima quarta-feira, o FC Porto levou a melhor sobre o SC Braga e venceu por 1 x 3, ficando mais próximo de garantir o terceiro lugar da Liga Zon Sagres, que garante o acesso ao play-offda Liga dos Campeões.
A primeira parte foi praticamente dominada pelo FC Porto, que chegou ao golo da vantagem por intermédio de Silvestre Varela, enquanto o SC Braga não fez um único remate à baliza à guarda de Fabiano.
Na segunda parte, os Bracarenses estiveram melhor, chegaram com justiça ao empate por intermédio de Erick Moreno, tiveram oportunidades para confirmar a reviravolta no marcador, mas acabaram por ser derrotados pelos Dragões, que marcaram por intermédio de Carlos Eduardo e Quintero.
Desta forma, os Arsenalistas terminam a temporada sem vencer qualquer um dos três crónicos candidatos ao Título e ficam a seis pontos dos lugares europeus, situação que faz com que a Taça de Portugal seja cada vez mais importante para o SC Braga se poder exibir novamente a nível internacional.
Jorge Paixão e Luís Castro, a pensarem nos respectivos jogos das meias-finais da Taça de Portugal, apresentaram onzes diferentes daqueles que são considerados os habituais em cada uma das equipas e no meio de tantas mudanças foi o treinador do FC Porto quem se saiu melhor.
Com um banco composto por jogadores como Mangala, Alex Sandro ou Defour, que costumam ser titulares com Luís Castro, o técnico dos Azuis e Brancos apostou numa defesa praticamente nova, com Victor García a estrear-se na Liga, Maicon e Abdoulaye no eixo e Ricardo na esquerda. No meio campo, Josué foi titular, juntamente com Fernando e Carlos Eduardo, tendo ficado a frente de ataque entregue a Silvestre Varela, Licá e Jackson Martínez.
Sinal de que o treinador do FC Porto ficou claramente a ganhar ao do SC Braga foi o facto de os Arsenalistas não terem executado um único remate à baliza defendida por Fabiano ao longo da primeira parte. Inédito nos jogos em casa esta temporada.
Por sua vez, os Azuis e Brancos chegaram ao intervalo em vantagem no marcador de forma justa. Silvestre Varela, aos 23 minutos, apontou o golo que colocou o FC Porto na frente do resultado, num lance em que Jackson Martínez fez um passe em profundidade e o internacional Português foi mais rápido que Núrio, picando a bola por cima de Eduardo.
Antes do lance do golo, Jackson Martínez, após assistência de Victor García, tinha visto Eduardo defender um cabeceamento e depois foi Carlos Eduardo quem cabeceou por cima, depois de mais um cruzamento do lateral-direito estreante.
Insatisfeito com a prestação da sua equipa ao longo dos primeiros 45 minutos, Jorge Paixão fez duas substituições durante o intervalo, tirando Núrio e Erivaldo para fazer entrar Miljkovic e Rafa, internacional Português que estava há algumas semanas afastado da competição.
O SC Braga entrou bem na segunda parte e Felipe Pardo, logo nos primeiros segundos, foi o autor do primeiro remate dos Arsenalistas no jogo, o qual foi defendido com facilidade por Fabiano. O Colombiano, no entanto, estava mais irrequieto do que no primeiro tempo e pouco depois foi derrubado por Ricardo, ficando a dúvida se não seria grande penalidade. Contudo, o árbitro assinalou falta fora da área.
Contrariando a entrada forte dos da casa, Josué, com um remate de trivela, esteve perto de ampliar a vantagem, mas a oportunidade do médio não foi suficiente para abrandar o ritmo dos Arsenalistas, que aos 58 minutos acabaram por chegar ao golo por intermédio de Erick Moreno. Felipe Pardo, na direita, ganhou em velocidade a Abdoulaye e perto da linha de fundo cruzou para a área, onde apareceu Moreno a cabecear sem hipótese de defesa para Fabiano.
Apesar do lance do golo de Moreno ter sido a primeira situação para marcar do SC Braga, o empate era justo para a forma como os Arsenalistas estavam melhor do que o FC Porto. Nessa altura, Fernando já tinha saído para dar o lugar a Defour e Luís Castro, apesar da igualdade, não parou na poupança para a Taça de Portugal, tirando o melhor marcador do Campeonato, Jackson Martínez, para colocar em campo Ghilas.
O internacional Argelino começou bem o jogo e teve uma boa ocasião para marcar, rematando com perigo a centímetros do poste da baliza de Eduardo. Mas o SC Braga continuava melhor e Éder, que não jogava desde Dezembro, foi lançado por Jorge Paixão, tendo estado muito perto de marcar a 12 minutos dos 90, valendo ao FC Porto uma grande defesa de Fabiano.
Nos últimos dez minutos o jogo ficou mais aberto e aos 83 minutos, Rafa surgiu isolado perante Fabiano após ter «roubado» a bola a Fabiano. O Português permitiu a defesa do guarda-redes do FC Porto e praticamente na resposta, Carlos Eduardo antecipou-se de cabeça a André Pinto dentro da área dos Bracarenses após cruzamento de Josué e colocou a bola no fundo da baliza de Eduardo, oferecendo a vitória à equipa de Luís Castro.
Ainda assim, a vitória do FC Porto apenas ficou definitivamente selada em período de compensação, num contra-ataque concretizado por Juan Quintero, que regressou aos golos com a camisola dos Azuis e Brancos.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Josué

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