segunda-feira, 28 de julho de 2014

Treinador novo, Jogadores novos e os velhos maus hábitos do costume (mais uma vez)

Faltou o golo na apresentação do FC Porto aos adeptos, pois os Azuis e Brancos não foram além de um empate sem golos diante do Saint-Étienne, quarto classificado da última edição do Campeonato Francês.
Apesar de não ter havido festejos de golos, os Azuis e Brancos mostraram que há processos que estão a ser bem assimilados, algo que se notou pelo bom entendimento entre os jogadores, apesar de haver muitas caras novas no plantel para 2014/2015. No entanto, à medida que Lopetegui foi mexendo na equipa ao longo do encontro, colocando muitos atletas novos a jogar juntos, foi notório que ainda há estranheza entre eles, algo normal tendo em conta os poucos treinos que tiveram juntos.
Porém, pelo jogo de apresentação percebeu-se que Jackson Martínez, caso fique no plantel, terá um papel fundamental na equipa. Sem ele, o FC Porto não tem mais ninguém que possa jogar tão bem dentro da área e por isso criou pouquíssimas situações para marcar, apesar do volume ofensivo de jogo que conseguiu especialmente na primeira parte e início da segunda.
Mais atrás, destaque para Fabiano, que foi um dos grandes responsáveis pelo facto do Saint-Étienne não ter apontado qualquer golo, mostrando de forma clara a Julen Lopetegui que pode contar com ele ao longo da temporada para guardar a baliza dos Dragões.
O FC Porto apresentou-se aos sócios no Estádio do Dragão com um onze longe de ser aquele que Julen Lopetegui deverá apresentar no primeiro jogo oficial da temporada. O treinador Espanhol apostou em Fabiano, Danilo, Maicon, Diego Reyes, Alex Sandro, Rúben Neves, Óliver Torres, Hector Herrera, Ricardo Quaresma, Ricardo Pereira e Sami e decidiu colocar alguns reforços sonantes no banco de suplentes.
Das apostas de Julen Lopetegui, desde logo se percebe a ausência de um referência na área adversária, sendo que Sami foi o responsável por tentar aparecer mais vezes em zonas de finalização, mas chegou ao final da primeira parte sem qualquer chance para marcar. Na verdade, os Azuis e Brancos produziram muito jogo ofensivo durante os primeiros 45 minutos, mas criaram poucas ocasiões para marcar.
As excepções foram Hector Herrera, que rematou para uma grande defesa de Jessy Moulin, e Rúben Neves, que surgiu à entrada da área a rematar ao lado após uma boa jogada de ataque ao primeiro toque por parte do FC Porto. Por falar em Rúben Neves, o médio de apenas 17 anos jogou pela primeira vez no Estádio do Dragão e ficou claro que tem grande potencial e uma enorme margem de progressão. Jogou de início no lugar que durante a temporada deverá ser de Casemiro e mostrou segurança, boa visão de jogo e certeza no passe, além de ter surgido em zona de finalização quando teve oportunidade. Claramente, um jogador a seguir.
Mas não foi só Rúben Neves a novidade no FC Porto de Julen Lopetegui. Frente ao Saint-Étienne, os adeptos puderam ver um Ricardo Quaresma mais dado à equipa, ajudando nas tarefas defensivas imediatamente a seguir ao momento da perda de bola. Além disso, os laterais estiveram mais comedidos nas subidas pelos corredor, apoiando na mesma o ataque mas com mais critério em comparação com a época passada. Contudo, os Dragões mostraram capacidade para jogar constantemente pelos dois flancos, rejeitando ficar refém de apenas um.
No plano defensivo, numa altura em que se fala na chegada de um novo guarda-redes ao FC Porto, Fabiano exibiu-se em bom plano, mostrando segurança quando teve que intervir em vários lances perigosos do Saint-Étienne, que tentou sempre aproveitar as distrações e os erros dos jogadores Azuis e Brancos.
À entrada para a segunda parte, Julen Lopetegui optou por mudar cinco jogadores no onze, quatro reforços, Casemiro, Yacine Brahimi, Cristian Tello e Adrián López, e um jogador que já fazia parte do plantel na temporada transacta, Juan Quintero.
O internacional Colombiano entrou bem na partida e teve a primeira situação para marcar da etapa complementar, tendo fugido à marcação da defesa Francesa e rematado às malhas laterais da baliza de Jessy Moulin. Pouco depois, Quintero executou um último passe perfeito para Adrián López surgir em boa posição, mas o Espanhol não esteve bem no remate e permitiu a defesa do guardião do Saint-Étienne.
Porém, apesar de ter quase sempre a bola na sua posse, o FC Porto viu o Saint-Étienne ter as melhores ocasiões para marcar, valendo Fabiano a negar o golo com defesas bastante seguras. Além disso, já nos instantes finais, os Franceses só não estragam a festa Portista porque Kévin Monnet-Paquet rematou a milímetros do poste, causando um coro de assobios vindo das bancadas, pois nessa altura os Dragões tinham perdido o controlo do encontro e estavam demasiado exposto em campo.
De referir que à passagem do minuto 70, Lopetegui mexeu no esquema táctico, tirando Diego Reyes e colocando Kelvin em campo, passando o FC Porto a jogar com três defesas, fazendo com que Casemiro, médio mais recuado, passasse a ter mais preocupações defensivas do que até então.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Fabiano

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