sábado, 16 de agosto de 2014

Arranque à Campeão

O FC Porto venceu o Marítimo por 2 x 0 no arranque do Campeonato, num triunfo justo e com alguns pormenores de qualidade, sobretudo no primeiro tempo. Rúben Neves marcou o primeiro e abrilhantou ainda mais uma noite já de si histórica: o médio é o mais jovem de sempre a estrear-se pelos Dragões.
Naquele que foi o primeiro jogo oficial do FC Porto esta Temporada, houve uma mescla nas escolhas de Julen Lopetegui, entre os recém-chegados e os que já na época passada rodavam no Dragão. Martins Indi, Óliver Torres, Rúben Neves e Yacine Brahimi foram as novidades entre os titulares Azuis e Brancos, com especial destaque para o jovem Português que, com 17 anos, se tornou no mais jovem Atleta a representar o FC Porto no Campeonato. Como se o marco não chegasse, o médio marcou um golo, o primeiro da partida.
Julen Lopetegui afirmou em conferência de imprensa que pretendia um FC Porto que desse esperança aos adeptos, que, no fundo, encantasse em campo com o futebol praticado. Os primeiros 15 minutos cumpriram esse desígnio na perfeição: qualidade e critério no passe, muito acerto e boa ligação entre os sectores, faziam esquecer que este era o primeiro jogo a sério da época.
Foi precisamente nesse período de mais intensidade que o FC Porto chegou ao golo, na sequência de um pontapé de canto na esquerda. Rúben Neves surgiu sem marcação e aproveitou a sobra, rematando cruzado, de pé direito, colocando os Dragões em vantagem. O menino fez dupla história.
Apesar do domínio, os Dragões foram baixando o ritmo sendo Brahimi o mais inconformado em campo. O FC Porto apostava na posse e na circulação de bola, guardava-a, impedindo qualquer construção Maritimista, mas não criou muitos mais lances que pudessem ter dado golo.
Do Marítimo pouco se via. Só à passagem da meia hora chegou à baliza contrária com perigo. Edgar Costa surgiu em velocidade pela esquerda e, apenas com Fabiano pela frente, optou por lateralizar para a entrada de Fransérgio. Alex Sandro, mais rápido, surgiu para o corte, de cabeça. Ficou a ideia de que se o avançado tivesse atacado a baliza, poderia ter feito golo.
Se na primeira parte houve momentos em que a qualidade fez esquecer que este era o arranque da temporada, no segundo tempo o rendimento do FC Porto desceu e, consecutivamente, os Insulares começaram a crescer no jogo.
A equipa de Leonel Pontes começou a pressionar mais alto, os Dragões não conseguiam colocar a bola no chão – que Lopetegui tanto gosta – e sair em ataque corrido. O Marítimo ia dando conta do recado em termos defensivos mas não chegava à baliza defendida por Fabiano.
Tirando dois lances de perigo, ambos protagonizados por Jackson Martínez, não houve oportunidades de golo dignas desse nome no segundo tempo, excepção feita ao tento que surgiu já na compensação, precisamente saído dos pés do Colombiano, que fechou a contagem.
Com o jogo controlado o FC Porto, provavelmente já a pensar no desafio com o Lille, na próxima quarta-feira, no play-off da Liga dos Campeões, baixou o ritmo e jogou com o cronómetro, guardando os três pontos e mantendo a tradição de vencer na estreia do Campeonato: a última derrota dos Dragões na primeira jornada da Liga foi em Alvalade, em 2001/02.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Rúben Neves

2 comentários:

rui disse...

Talvez dar 30 minutos ao Sami para ver o que acontece, apesar do golo nos descontos Jackson esteve desastrado e muito metido entre os deesas.

Pedro Silva disse...

Rui o Sami não é um ponta de lança puro como o Cofetero.

Mas teria sido interessante ver como se safaria O Sami se bem que a apostar neste Jogador seria o mesmo que colocar de lado a posse de bola para adoptar o sistema das transições rápidas. Não estou a ver Lopetegui a fazer isto tão cedo.