segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Dois pontos perdidos em Guimarães

Mais bola, mais oportunidades para os Dragões, mas o mesmo número de golos. Num desafio de entrega máxima, os Vitorianos foram os primeiros a travar o FC Porto de Julen Lopetegui. Os orçamentos são diferentes, a qualidade também, só que a entrega foi ao limite, por parte das duas equipas, num desafio onde Paulo Baptista foi muito contestado. O Campeonato tem agora quatro líderes.
Com desenhos muito próximos daquilo que se perspectivava, a grande novidade confirmou-se do lado Portista. 10 eram quase certos, faltava perceber quem seria o 11º jogador. Não foi Quaresma, nem Evandro. Quintero foi a escolha inicial, para dar virtuosismo à extrema direita. Do outro lado ficava Brahimi, que tinha pela frente o estreante Bruno Gaspar, que aproveitou a lesão de Pedro Correia e o castigo de Nii Plange.
O arranque de jogo teve, logo no primeiro minuto, uma oportunidade para Brahimi. Totalmente enganador, para o filme dos minutos seguintes. Os Dragões entraram sem grande segurança na condução de bola na zona intermédia, também porque se verificava alguma intranquilidade logo na saída defensiva.
É que os Vimaranenses entraram sem medo dos Portistas e com intenção de pressionar o adversário. Perante as dificuldades em contornarem esse aspecto, os Portistas eram obrigados a recorrentes faltas para travarem os contra-ataques Vimaranenses logo à nascença.
Opção inteligente e que não permitia a André André pautar de forma fluida as transições. Ainda assim, a alma inicial dos homens de Guimarães era enorme, alimentada pelos adeptos, desejosos de dar sequência ao excelente arranque da equipa. Só que, em boa verdade, quase todos os ataques terminavam em precipitação. Bernardo, Tomané e Caiado foram exemplo disso, nos remates que tentaram em alturas onde o desenvolvimento do ataque ainda se processava.
O tempo passava e continuava a não ser na construção continuada que os Portistas faziam a diferença. Lentos quando o tentavam, os médios Azuis e Brancos eram facilmente anulados pelos adversários, pelo que não foi de estranhar que a grande oportunidade tenha surgido em velocidade, numa bola longa que Jackson Martínez penteou para a corrida de Brahimi, que foi débil na cara de Douglas.
Depois da pausa forçada, esperava-se um ritmo mais lento até intervalo, o que aconteceu, com os Portistas a terminarem por cima. Foi nesse período que apareceu o melhor José Ángel. Para além das garantias que apresenta a defender, o Espanhol é também muito certeiro quando ataca, com critério, visão e precisão no cruzamento. Os colegas não aproveitaram.
Face a uma entrada novamente enérgica dos Vitorianos, Julen Lopetegui demorou pouco a fazer a substituição que já tinha resultado em casa, frente ao Moreirense. Rúben Neves, outra vez com pouca intensidade na condução, cedeu lugar a Evandro, para que o Brasileiro disciplinasse o meio-campo.
E foi outra vez na base da velocidade que o FC Porto desequilibrou, desta vez com efeitos práticos. Brahimi, sempre ele, fugiu na esquerda, passou por Bruno Gaspar e foi carregado pelo lateral. Penálti que Jackson Martínez, em dia de jogo 100, se encarregou de converter.
A vantagem fazia adivinhar que os Portistas passassem a ter bola com mais segurança e qualidade, até porque a segurança defensiva continuava a acontecer, muito porque Maicon demonstra estar com a sua melhor face, após épocas relegado para segundo plano.
Ainda assim, o golo Vitoriano foi o momento que se seguiu, numa imprudência do mesmo Jackson Martínez na área, tal como numa abordagem matreira de André André. Bernard foi o primeiro a marcar aos Portistas esta época e a igualdade voltava a verificar-se no marcador.
Tello já estava em campo, mas continuava a ser Brahimi o homem que mais desequilibrava. Perante um Bruno Gaspar muito interessante a atacar, mas pouco disciplinado a defender, o Argelino explorou ao máximo aquele lado e só a bandeirola levantada, duas vezes, é que foi travado na sua correria rumo ao sucesso.
Rui Vitória refrescava a frente e reforçava o meio-campo, Lopetegui tardava muito a meter Aboubakar. As melhores oportunidades continuariam a ser dos forasteiros, só que Jackson Martínez mostrou que não é 100% eficaz. Muito por isso, os pontos foram repartidos. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Maicon

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