sábado, 23 de maio de 2015

Um fraco final

Fechou-se o pano sobre a Temporada do FC Porto. Uma época que foi uma desilusão para os adeptos Azuis e Brancos no plano nacional – 2.º lugar no Campeonato, eliminação da Taça de Portugal ao primeiro jogo contra o Sporting e saída da Taça da Liga nas meias-finais após uma derrota diante do Marítimo – e (pouco) atenuada pela boa campanha internacional – quartos de final da Liga dos Campeões – que terminou com uma goleada sofrida aos pés do Bayern Munchen.
Alguns adeptos do FC Porto fizeram questão de mostrar o desagrado no último Domingo, quando a equipa chegou ao Estádio do Dragão após ter empatado com o Belenenses e com esse resultado permitido ao Benfica garantir a conquista do Bicampeonato. Dois dias depois, no regresso aos treinos, também se manifestaram no Olival, onde a equipa habitualmente trabalha, e por isso foi sem surpresa que o Estádio do Dragão esteve despido no último jogo da época.
Pouco mais de 16 mil pessoas marcaram presença no reduto Azul e Branco para o jogo frente ao Penafiel, disputado num silêncio de que não há memória. E quem esteve presente esteve longe de assistir a um bom espectáculo de futebol. Num duelo entre equipas cujo futuro estava definido, a primeira parte teve zero de interesse. Os primeiros 45 minutos, jogados a um ritmo (demasiado) baixo, estiveram longe de deixar saudades e o maior destaque foi o «falhanço» de Brahimi, que com a baliza completamente escancarada conseguiu fazer o mais difícil...rematar por cima.
À excepção desse lance, e apesar do FC Porto ter tido quase sempre a posse de bola, não há memória de outra oportunidade junto da baliza de Coelho. E na baliza contrária, defendida por Helton, a pasmaceira ainda era maior, pois o Penafiel não tinha capacidade para ter a bola, nem para criar perigo através do contra-ataque. Valia ao conjunto de Carlos Brito a organização defensiva e a forma como, devido ao ritmo baixo dos Dragões, os jogadores Durienses souberam encaixar o seu jogo no dos da casa.
As perspectivas para a segunda parte não eram nada animadoras e com o desenrolar do encontro foi-se percebendo que a etapa complementar ia ser uma espécie de fotocópia da primeira parte. Jogo disputado a ritmo baixo, o FC Porto com mais bola mas com escassas situações para o golo aparecer. Nem as substituições operadas por Julen Lopetegui foram capazes de mudar o rumo de uma partida em que Jackson Martínez, com um pontapé de bicicleta, foi o único que esteve verdadeiramente perto de colorir uma noite cinzenta.
Sinal disso foram as maiores salvas de palmas que se registaram no Estádio do Dragão, que aconteceram, não por algum momento mais inspirado dos jogadores, mas sim sempre que as claques afectas ao FC Porto exibiam uma tarja direcionada à equipa e que tinham como intuito criticar a postura dos Dragões na etapa final da Temporada. Ainda assim, dentro de campo, quem acabou por fazer a diferença foi Aboubakar, avançado Camaronês que nos últimos jogos não tinha saído do banco de suplentes e que contra o Penafiel entrou para o lugar de Brahimi e fez a diferença a oito minutos dos 90.
Um tento festejado pelos Portistas no Estádio, mas que não impediu um último protesto das Claques: cantaram o Hino do Clube, gritaram «o Porto é nosso» e abandonaram os seus lugares antes do apito final, não vendo, por isso, o golo de Danilo, que assinou o 2 x 0 no tempo de compensação e recebeu a última salva de palmas antes de se mudar para o Real Madrid CF. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Ricardo Quaresma

2 comentários:

Anónimo disse...

Ao Sr Lopetegui tudo é desculpado, até lhe constroem um posto de vigia. Mas ao Sr Paulo Fonseca nada lhe foi perdoado.
Na época passada o FCPorto tinha treinador, mas não tinha jogadores. Esta época o FCPorto não tem treinador mas tem jogadores.
Na próxima época o FCPorto atingirá a perfeição, não terá nem treinador nem jogadores.

Luís (O do Sérgio Conceição ou Ruí Vitória)

Pedro Silva disse...

@ Anónimo (Luís)

"Ao Sr Lopetegui tudo é desculpado, até lhe constroem um posto de vigia. Mas ao Sr Paulo Fonseca nada lhe foi perdoado."

Este é um ponto sobre o qual já gastei muito do meu latim mas ao qual prometo voltar em breve.