segunda-feira, 22 de junho de 2015

E as meias já tão perto

Portugal é líder do grupo B do Europeu e há um nome que merece maior destaque do que todos os outros: José Sá. O guarda-redes da equipa de Rui Jorge, nesta competição com uma farta barba e uma imagem ímpar, já tinha sido decisivo diante da Inglaterra e realizou uma exibição fantástica contra a Itália, que muito trabalho deu aos Lusos. Já lá vai o tempo em que se assistiam a jogos de Italianos frios e cínicos. Desta vez, a sorte (e o mérito) estiveram do lado Português.
 
Com um ataque novo e confortável com o triunfo frente à Inglaterra, a turma nacional não teve um bom começo, longe disso. Descoordenada, lenta e pouco agressiva, a equipa de Rui Jorge bem podia agradecer a José Sá a manutenção do nulo. Que exibição do Maritimista!
 
A Itália pressionava alto assim que os médios Portugueses recebiam bola e não deixava que William e Sérgio Oliveira construíssem, não permitindo também os movimentos de Bernardo Silva entre linhas com a bola no pé. Os avançados Portugueses mostravam clara dificuldade na procura dos espaços e na combinação com os companheiros.
 
Por outro lado, graças à tal pressão alta que os Transalpinos faziam, a bola era ganha em contra-balanço e Portugal era apanhado desprevenido e descompensado. O jogo Italiano, rápido, deambulava no imediato para Berardi, que conduzia da direita para o meio e que fazia o que queria, perante um Guerreiro surpreendido e mal auxiliado por Sérgio Oliveira.
 
Valia, lá está, José Sá, o melhor. A meio da primeira parte, Portugal finalmente serenou, passou a jogar com maior segurança e viu a Itália reduzir a intensidade. Foi nessa altura que João Mário falhou o golo de forma surpreendente. Mas era preciso mais, pois o adversário a isso obrigava.
 
Rui Jorge optou por manter os mesmos e por tentar corrigir alguns pormenores - por exemplo, Guerreiro quase deixou de subir e passou a ter atenção exclusiva a Berardi - mas voltou a ver a equipa entrar adormecida.
 
Por isso, falar de sorte é justo, sobretudo depois de ver Belotti cabecear à trave no primeiro lance do segundo tempo.
 
Rui Jorge não demorou muito mais. Era necessário mudar peças e o próprio esquema. A entrada de Gonçalo Paciência não surpreendeu e ajudou. Portugal ganhou uma referência no ataque e moldou o sector intermédio de uma forma defensiva mais familiar para os jogadores, com os extremos a auxiliarem os laterais.
 
A Selecção Portuguesa ficou mais consistente e, com o passar do tempo, a Itália começou a revelar alguma ansiedade, normal para quem via a classificação ser negativa.
 
A lesão de William Carvalho assustou momentaneamente e voltou a desequilibrar a equipa, só que a Itália não aproveitou e o sportinguista voltou ao relvado para ajudar a segurar um empate benéfico para as cores nacionais. Aliás, Portugal até acabou por cima, frente a uma Itália de rastos fisicamente, no fim do desafio.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: José Sá

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