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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

No Mundial com a graça de todos os “Santinhos”

imagem retirada de zerozero
Quem viu esta partida diante da Suíça (como eu) com toda a certeza que fica feliz pelo apuramento directo para o Mundial de futebol que se vai realizar no próximo ano na Rússia, mas há que ser sincero e dizer que esta vitória lusa diante de uma equipa helvética muito competitiva ficou a dever-se a um “pequeno grande milagre” da parte de “Todos os Santinhos e mais alguns”. Especialmente se tivermos em linha de conta a péssima primeira parte que Portugal realizou. Até parecia que os nossos jogadores não sabiam fazer outra coisa senão cruzar bolas para as mãos do guarda-redes suíço. Por acaso até que foi num deste cruzamentos à sorte que o defesa suíço Johan Djorou meteu a bola na sua própria baliza após uma carambola com Sommer (um excelente GR, diga-se de passagem). Confesso que fiquei com a sensação de que Sommer deveria ter abordado o lance de outra forma (os melhores também erram), mas os “Santinhos” estiveram do lado de Portugal neste lance. E ainda bem que assim o foi, pois este golo português abalou a equipa suíça e permitiu a Portugal apresentar um futebol muito melhor na segunda parte.

Futebol é isto mesmo. Por vezes lá surge aquilo que muitos apelidam de “estrelinha de campeão” e se ganha um jogo complicado. Portugal, actual campeão europeu de selecções – teve hoje direito a esta ”estrelinha” e lá levou de vencida uma Suíça que se preparava para fazer o mesmo que fez aquando do primeiro jogo com Portugal na fase de qualificação para i Mundial (fase esta que acabou de terminar).

É um facto, a Suíça não mereceu – de todo – perder no Estádio da Luz e confesso que se Portugal for jogar assim para o Mundial as coisas podem não correr lá muito bem. A ver vamos, mas nada justifica a imensa euforia de certos adeptos e comentadores que estão a fazer de Fernando Santos uma espécie de “super-hiper-mega” Treinador. O Homem nem no onze inicial e substituições acertou. Então hoje que era necessário um médio recuperador de bolas que ajudasse William Carvalho a organizar o jogo ofensivo de Portugal, Danilo fica no banco e só entra nos minutos finais para segurar a vitória? E porque não ter-se apostado na velocidade de Gélson e na técnica/experiência de Quaresma diante de uma Suíça que não precisava senão de um empate para se qualificar directamente para o Mundial?

Mas lá está, hoje os “Santinhos todos” estiveram com as nossas cores e lá se conseguiu um apuramento que (salvo erro da minha parte) terá sido dos mais difíceis da história da nossa Selecção. Agora vamos aguardar pelo que vai acontecer até Maio de 2018. Que não surjam lesões graves e que os jogadores chave do unido grupo de Fernando Santos estejam em boa forma quando a bola começar a rolar nas terras russas. Até lá, façam o favor de não alimentar ilusões estúpidas.

MVP (Most Valuable Player): André Silva. O jovem avançado terá sido o “menos mau” de um grupo de jogadores que hoje estava muito desinspirado e demasiado nervoso. André Silva foi o marcador do golo que “carimbou em definitivo o passaporte” de Portugal para a Rússia, e tal acaba por ser um feito histórico dado que o “miúdo” marcou golos a todos os adversários de Portugal na fase de qualificação.

Chave do Jogo: Surgiu no minuto 41´, altura em que o defesa suíço Johan Djorou introduziu a bola na baliza da sua equipa. A partir deste momento a Suíça perdeu o controlo do jogo e permitiu que Portugal vencesse a partida com relativa tranquilidade.

Arbitragem: Dois lances muito duvidosos de análise de Cünet Çakir. Aos 37 minutos, o árbitro turco deixou passar em claro uma mão na bola de Ricardo Rodríguez, após remate de Cristiano Ronaldo, e, aos 52, não admoestou Lichtsteiner na sequência de um pisão do lateral suíço em André Silva. Má arbitragem que, felizmente, não teve influência no resultado final.

Positivo: Apuramento. No final de contas o que se pode realçar pela positiva é, tão-somente, o apuramento directo de Portugal para o Mundial. Tal é um feito tendo em consideração o forte (e justificado) mano a mano com os suíços.

Negativo: Mediatismos. O que raio me interessa a mim, enquanto amante do futebol, que a cantora norte-americana Madonna tenha estado a ver o jogo no Estádio da Luz? Somente a velha parolice portuguesa (RTP) pode ver em tal motivo de tanto destaque.
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado (10/10/2017)

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Cair na C(h)ilada

imagem retirada de zerozero
O que dizer sobre esta eliminação de Portugal frente ao Chile? Que o trabalho de casa deveria ter sido feito.

Eu, ao contrário da equipa técnica e jogadores portugueses, fiz o meu trabalho de casa e sabia de antemão o que valia este Chile. Falamos de uma equipa que é sul-americana mas que em campo não se comporta como uma equipa sul-americana. Este Chile de Pizzi (obra de Sampaoli) é uma equipa cínica que sabe gerir os vários momentos do jogo com uma perícia fenomenal. Este Chile joga com três centrais que até são algo baixos, mas estes tem um sentido de posicionamento fabuloso que anula por completo a linha avançada da equipa adversária. Alias, é muito por causa desta fabuloso sentido posicional que a equipa chilena consegue gerir todos os momentos do jogo e fazer o que quer do jogo. A equipa técnica portuguesa – tal como eu - teve duas edições seguidas da Copa América para poder retirar estas notas sobre o seu adversário das meias-finais da Taça das Confederações. Não o fizeram, apostaram na sorte das grandes penalidades e a nossa equipa acabou por ser eliminada por uma equipa que é especialista nas grandes penalidades. Portugal caiu numa C(h)ilada porque quis.

Agora não adianta andar por aí com a conversa do eu teria tirado o André Silva e eu não o teria retirado, etc. Fernando Santos foi muito pouco racional nas substituições é um facto, mas o pecado capital da nossa selecção foi o de ter achado que lhe bastaria levar o jogo até às grandes penalidades para o vencer não querendo, em muitos momentos, resolver a partida nos noventa e poucos minutos. E nem vale a pena dizer mais nada pois tal seria andar a especular sobre o passado, e o futuro não se constrói olhando (exclusivamente) para o passado. Venha daí o honroso 3.º lugar da Taça das Confederações para que este grupo de trabalho ganhe ânimo pois o apuramento para o Mundial do próximo ano está ainda longe de estar garantido.

MVP (Most Valuable Player): André Silva. De todos os sus colegas de selecção, André Silva terá sido aquele que se destacou um bocadinho do mediano. Lutador (como sempre), pecou apenas na finalização mas contra uma equipa como este Chile é compreensível que um jogador em formação como o André Silva tenha tido mais “baixos” do que “altos” durante o jogo.

Chave do Jogo: Inexistente. Em momento alguma algumas das equipas foi capaz de criar um lance que colocasse um ponto final na partida a seu favor.

Arbitragem: Não se pode dizer que o árbitro e restantes auxiliares estiveram mal no jogo. A meu ver o Sr. Alireza Faghani e restante equipa procuraram sempre passar ao lado do jogo, mas bem que poderiam ter evitado alguma polémica se tivessem optado por recorrer ao tal de “vídeo-árbitro” em alguns lances.

Positivo: Inexistente.

Negativo: Fernando Santos. Em completo contraste com a partida anterior, o seleccionador nacional desta vez “mexeu” mal na equipa e terá sido muito por isto que Portugal acabou eliminado pelo chile nas meias-finais da Taça das Confederações.
 
Artigo publicado no blog o gato no telhado (28/06/2017

terça-feira, 28 de março de 2017

O dilema das poupanças no regresso à Madeira

Portugal está de regresso à Ilha da Madeira para realizar um encontro de preparação. A equipa das quinas não joga no arquipélago desde 2001, altura em que venceu Andorra (3x0), em jogo de qualificação para o Mundial de 2002.

Dezasseis anos depois, a seleção portuguesa tem o privilégio de assinalar o primeiro encontro internacional no estádio do CS Marítimo desde a recente remodelação e marca também a estreia de Cristiano Ronaldo na Madeira, com a camisola de Portugal.

O encontro é de caráter particular e espera-se que Fernando Santos promova algumas alterações face ao onze inicial que entrou em campo no passado sábado, diante a Hungria (3x0), embora o Selecionador Nacional considere igualmente importante o jogo frente aos suecos.
 
Clássico condiciona Selecionador?

O Clássico está aí à porta e as opções de Fernando Santos vão ser escrutinadas, sobretudo pelos adeptos afetos a Benfica e FC Porto, tendo em conta a utilização de jogadores como André Silva, Danilo Pereira, Nélson Semedo, Eliseu e Pizzi.

A integridade dos jogadores deve ou não ser preservada? Esta é a grande questão, mas Fernando Santos já avisou que as suas decisões não vão estar reféns do Clássico, lembrando que nesse fim de semana também há um Monaco x Paris SG, igualmente importante, no caso para Bernardo Silva e João Moutinho.

A história conta-nos que a Suécia tem vantagem no confronto direto com Portugal, ainda que a mais recente aponte para um claro favoritismo da equipa das quinas. Os dados estão lançados, resta saber como Fernando Santos vai resolver este dilema.
clicar para ampliar

domingo, 26 de julho de 2015

Quando a esmola é muita…

Portugal ficou no Grupo B de qualificação para o Mundial de Futebol de 2018, que vai decorrer na Rússia.
 
A selecção nacional vai defrontar Suíça, Hungria, Andorra, Letónia e Ilhas Faroé e pode ser considerada a favorita entre este lote de equipas.
 
Para conseguir o apuramento directo para o Mundial 2018, Portugal terá de vencer este Grupo B. O segundo lugar dá direito a uma vaga no play-off.
 
 
Porque por aqui se fala da selecção nacional que é, somente, a equipa de Todos Nós quer se queira ou não e quer se goste dos Jogadores/Seleccionador ou não eis que começo este meu comentário ao sorteio da fase de grupos de apuramento para o Mundial de 2018 que se vai realizar na Rússia recorrendo a um ditado popular português que diz o seguinte: Quando a esmola é muita, o santo desconfia.
 
E espero bem que Fernando Santos (que deverá ser o Seleccionador Português aconteça o que acontecer nos próximos tempos) desconfie, e muito, deste sorteio. Isto porque já se sabe que a nossa Comunicação Social (CS), especialista na criação de conflitos, praticamente já qualificou Portugal para o dito Mundial, antevendo um simples e nada cansativo “passeio” Luso durante o apuramento dado que os adversários estão longe de serem complicados…
 
Mas a realidade do futebol à qual, repito, a nossa CS é, por opção, completamente alheia já nos mostrou coisas interessantes, porque no relvado nem sempre o mais forte consegue impor o seu futebol. Para além de que o tempo das equipas que “apanhavam” 7 e 8 golos nos jogos de qualificação já lá vai. Ninguém é fraco e tosco para todo o sempre. Que o diga o País de Gales!
 
Todo e qualquer grupo de Qualificação para uma qualquer fase seja de que desporto for torna-se fácil ou difícil consoante o empenho e trabalho que as equipas demonstrem durante os jogos. Por isto é bom que Portugal dê “corda aos sapatos” e “vista o fato de macaco” em todos os jogos que terá pela frente pois se surgir o habitual facilitismo Lusitano até Andorra poderá fazer das suas.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

E as meias já tão perto

Portugal é líder do grupo B do Europeu e há um nome que merece maior destaque do que todos os outros: José Sá. O guarda-redes da equipa de Rui Jorge, nesta competição com uma farta barba e uma imagem ímpar, já tinha sido decisivo diante da Inglaterra e realizou uma exibição fantástica contra a Itália, que muito trabalho deu aos Lusos. Já lá vai o tempo em que se assistiam a jogos de Italianos frios e cínicos. Desta vez, a sorte (e o mérito) estiveram do lado Português.
 
Com um ataque novo e confortável com o triunfo frente à Inglaterra, a turma nacional não teve um bom começo, longe disso. Descoordenada, lenta e pouco agressiva, a equipa de Rui Jorge bem podia agradecer a José Sá a manutenção do nulo. Que exibição do Maritimista!
 
A Itália pressionava alto assim que os médios Portugueses recebiam bola e não deixava que William e Sérgio Oliveira construíssem, não permitindo também os movimentos de Bernardo Silva entre linhas com a bola no pé. Os avançados Portugueses mostravam clara dificuldade na procura dos espaços e na combinação com os companheiros.
 
Por outro lado, graças à tal pressão alta que os Transalpinos faziam, a bola era ganha em contra-balanço e Portugal era apanhado desprevenido e descompensado. O jogo Italiano, rápido, deambulava no imediato para Berardi, que conduzia da direita para o meio e que fazia o que queria, perante um Guerreiro surpreendido e mal auxiliado por Sérgio Oliveira.
 
Valia, lá está, José Sá, o melhor. A meio da primeira parte, Portugal finalmente serenou, passou a jogar com maior segurança e viu a Itália reduzir a intensidade. Foi nessa altura que João Mário falhou o golo de forma surpreendente. Mas era preciso mais, pois o adversário a isso obrigava.
 
Rui Jorge optou por manter os mesmos e por tentar corrigir alguns pormenores - por exemplo, Guerreiro quase deixou de subir e passou a ter atenção exclusiva a Berardi - mas voltou a ver a equipa entrar adormecida.
 
Por isso, falar de sorte é justo, sobretudo depois de ver Belotti cabecear à trave no primeiro lance do segundo tempo.
 
Rui Jorge não demorou muito mais. Era necessário mudar peças e o próprio esquema. A entrada de Gonçalo Paciência não surpreendeu e ajudou. Portugal ganhou uma referência no ataque e moldou o sector intermédio de uma forma defensiva mais familiar para os jogadores, com os extremos a auxiliarem os laterais.
 
A Selecção Portuguesa ficou mais consistente e, com o passar do tempo, a Itália começou a revelar alguma ansiedade, normal para quem via a classificação ser negativa.
 
A lesão de William Carvalho assustou momentaneamente e voltou a desequilibrar a equipa, só que a Itália não aproveitou e o sportinguista voltou ao relvado para ajudar a segurar um empate benéfico para as cores nacionais. Aliás, Portugal até acabou por cima, frente a uma Itália de rastos fisicamente, no fim do desafio.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: José Sá

quarta-feira, 1 de abril de 2015

No meio dos Tubarões

Pelas alterações que Fernando Santos reservou para o particular com Cabo Verde, dificilmente se podia esperar uma grande exibição de Portugal, mas a derrota por 0 x 2 claramente não era esperada, embora se possa justificar em parte pela eficácia mostrada pelos Cabo-verdianos na hora de atirar à baliza na primeira parte. Dois remates à baliza em todo o jogo, dois golos.
 
Ao intervalo, a turma das Quinas já perdia por dois golos sem resposta, mas os comandados de Fernando Santos, mesmo sem fazerem uma exibição brilhante, não estiveram num plano inferior em relação à turma orientada por Rui Águas, apresentando mesmo bons momentos. Sinal disso é que Vózinha, guarda-redes dos Africanos, teve que se mostrar com um punhado de boas defesas nos primeiros minutos da partida. João Mário e Bernardo Silva eram aqueles que mais contribuíam para um desempenho razoável dos Portugueses.
 
No entanto, Odair Fortes, aos 38 minutos, rematou de uma zona com pouco ângulo e beneficiou de um toque da bola num jogador Português, o que acabou por trair Anthony Lopes, que claramente não esperava que o esférico tomasse aquela direcção. A festa das centenas de adeptos Cabo-verdianos foi imensa e maior ficou pouco depois, quando aos 43 minutos Gegé ampliou a vantagem, após um lance de bola parada em que foi muita a passividade da defesa Lusa na forma como permitiu que o atleta do Marítimo surgisse ao segundo poste para encostar.
 
A perder por 0 x 2, Portugal entrou na segunda metade do encontro com vontade de reagir, obrigando Vózinha a aparecer novamente na partida. Foi nessa altura que Vieirinha procurou aparecer mais no jogo, nomeadamente com remates de meia distância, mas o guarda-redes Cabo-verdiano estava disposto a figurar entre os melhores jogadores do encontro e não permitiu que a bola entrasse na sua baliza.
 
O ímpeto mostrado no começo da segunda parte foi fugaz. Cabo Verde, por outro lado, mostrou porque é considerada uma das selecções mais organizadas do continente Africano e defendeu sempre de forma muito coesa, criando bastantes dificuldades aos Portugueses para conseguirem penetrar na sua defesa. Mais difícil ficou a tentativa de recuperação de Portugal no resultado, quando André Pinto, aos 60 minutos, viu o cartão vermelho directo por ter derrubado um jogador Cabo-verdiano quando este seguia isolado perante Anthony Lopes, depois de uma perda de bola de Paulo Oliveira.
 
Claramente, a maioria dos jogadores que teve oportunidade de se estrear e de regressar à Selecção Portuguesa após tanto tempo de ausência tem mais qualidade do que aquilo que mostrou. Bernardo Silva, Ukra e também André André foram exemplos disso. Portugal podia e devia ter feito mais perante um adversário que foi organizado e soube segurar a vantagem, mas claramente faltaram referências na Selecção Nacional e isso deixou demasiado evidente a inexperiência Lusa, algo que logicamente não contribuiu para uma exibição mais positiva.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Ukra

segunda-feira, 30 de março de 2015

Eis a Liderança

Não foi simples muito menos fácil para a Selecção vencer por 2 x 1, no Estádio da Luz e passar para a frente do Grupo I de qualificação para o Euro 2016. A verdade é que a turma das Quinas derrotou os Sérvios, na Capital Portuguesa, e este triunfo será, por certo, fundamental nas contas finais rumo ao apuramento. Ricardo Carvalho e Coentrão fizeram os golos Portugueses, Matic o tento Sérvio.
 
O Estádio da Luz estava à pinha, com milhares a gritar bem alto pela Selecção, quando Cristiano Ronaldo e companhia avançaram para o relvado. O objectivo era claro: vencer. Sem Fernando Santos no banco, os jogadores catapultaram a equipa para uma ofensiva sobre as linhas recuadas dos Sérvios que tinham no ex-benfiquista Matic uma espécie de pronto-socorro.
 
Em busca de rigor defensivo, a equipa dos Balcãs tentava refrear o ímpeto atacante com que Portugal se apresentou. Mas não era fácil. Com alguns momentos de aceleração pelos flancos, Portugal tentava desmontar o bloco defensivo Sérvio, que entregou as despesas de jogo à turma Lusa.
 
A jogar num clássico 4x4x2 losango (Danny e Ronaldo na frente, Coentrão e Nani nas laterais), a equipa das Quinas não precisou de muito para chegar com sucesso à baliza Sérvia. Aos 10 minutos, Ricardo Carvalho, solto de marcação na área, abriu o activo de cabeça e deixou em festa os adeptos Lusos. O central do Monaco acabaria por sair lesionado, logo depois, tendo entrado para o seu lugar José Fonte.
 
A Sérvia reagiu bem ao golo sofrido e ia chegando com relativo perigo às imediações da área de Rui Patrício, embora o jogo fosse caindo de intensidade. Era preciso um abanão no jogo e ele foi dado por Ronaldo que, à passagem da meia hora, disparou com força e colocação às redes de Vladimir Stojković. A verdade é que a Selecção Nacional Portuguesa recuperou o controlo da partida e chegou ao intervalo a vencer pela margem mínima.
 
No reatamento, duas equipas mais preocupadas em defender do que em atacar, com o jogo mais adormecido. Muita circulação de parte a parte mas a bola quase sempre longe das balizas. Portugal foi recuando e quando deu conta já Matic tinha feito o empate. Aos 61', o ex-benfica, solto na área, fez um golo para mais tarde recordar. Com um remate à meia volta, ao segundo poste, o médio bateu Rui Patrício.
 
Mas o empate durou pouco. Dois minutos volvidos, Fábio Coentrão fez o 2 x 1. Ronaldo serviu Moutinho na direita, este foi ao vértice da área cruzar para Coentrão, ao segundo poste, encostar e festejar virado para o topo Sul da Luz.
 
Até final, a Sérvia ainda tentou chegar ao empate mas Portugal segurou a vantagem e passa para a liderança isolada deste Grupo I de apuramento para o Campeonato da Europa de 2016, a realizar em França.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: João Moutinho

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pensamento da Semana: E deixar a estupidez de lado? Não?


Tenho ouvido e lido algumas opiniões da parte dos defensores de Paulo Bento na Selecção nacional, Na sua crassa maioria os argumentos são sempre os mesmos: a chamada dos proscritos de PB, equipa envelhecida, “discurso de bueiro" do Seleccionador e tacticamente nada mudou. 

Esta malta terá a sua razão no último ponto. Efectivamente Fernando Santos não trouxe nada que já não tenhamos visto com Paulo Bento num passado não muito distante. Se formos sérios temos de concordar que está a acontecer com FS o mesmo que sucedeu com Bento na sua sucessão a Carlos Queiroz.

Agora no resto a tal malta não tem razão alguma. E se estivesse calada ganhava mais. Muito mais mesmo. Senão vejamos.

O que ganhou a Equipa de Todos Nós com a dura disciplina de Paulo Bento? Uma fraca participação no último Mundial de futebol. Isto porque a disciplina “Bentiana” que se aplicava aos mais fracos e nunca aos mais fortes deixou de fora, por vontade expressa do Técnico, opções que, mesmo sendo já de idade avançada, poderiam fazer a diferença. Veja-se, a título de exemplo, o jeito que Ricardo Carvalho tem feito nos últimos jogos de Portugal. 

Depois temos a questão da equipa velha. E aqui eu pergunto: esta gente tem serradura no lugar dos miolos e buracos no lugar dos olhos? Uma Selecção renova-se da “manhã para a noite” em Países de grande densidade populacional (Brasil e Alemanha por exemplo), e mesmo assim sem garantias de sucesso. Ora sendo Portugal um País com pouco mais do que 10 milhões de habitantes, terá assim tantos futebolistas de qualidade que possam jogar na nossa Selecção? Só na imaginação de certas cabeças de “bento”. 

Por último o tal de discurso de Fernando Santos. Primeiro há que dizer que Paulo Bento tinha cá uma retórica que só vista. Numa Conferência de Imprensa eram imensas as vezes em que este se contradizia ou onde mandava ameaças camufladas aos Jornalistas que não estavam do seu lado. Não estou com isto a dizer que concorde com os termos “gajos”, “pau” e por adiante, mas Fernando Santos já anda nisto do futebol há muito tempo e sabe bem com que tipo de Comunicação Social está a lidar. Pelo que não é preciso dizer mais nada.

Por isto caros “Bentianos” e deixar a estupidez de lado? Não?

sábado, 15 de novembro de 2014

Os suspeitos do costume

Missão cumprida. Portugal demorou a chegar ao golo, mas no Algarve a Selecção orientada por Fernando Santos garantiu a conquista dos 3 pontos com uma vitória por 1 x 0 e subiu ao segundo lugar do grupo.
 
Cristiano Ronaldo, aos 72 minutos, foi o autor do golo da Selecção das Quinas e, tal como na Dinamarca, voltou a formar sociedade com Ricardo Quaresma, jogador que foi lançado na segunda parte e precisou apenas de dois minutos para ajudar Portugal a chegar à vantagem e colocar a Selecção novamente na rota do Campeonato da Europa.
 
Não foi brilhante a primeira parte de Portugal. Aliás, não foi brilhante e isso é facilmente percetível quando Rui Patrício foi um dos elementos em destaque durante os primeiros 45 minutos. Apesar da Selecção Portuguesa ter tido a bola na sua posse durante mais tempo que o adversário, a verdade é que a Arménia, fazendo uso da técnica e da inteligência de Henrikh Mkhitaryan, deixou por duas vezes a defesa Lusa em sentido, tendo o guarda-redes brilhado com duas boas defesas.
 
Tal como os jogadores foram prometendo durante a semana, Portugal entrou ao ataque frente a uma Arménia que defendeu com muitos jogadores atrás da linha da bola. No entanto, foram poucas as vezes em que souberam decidir da melhor maneira, para além dos lances ofensivos terem ocorrido quase todos pelo corredor esquerdo, onde Raphael Guerreiro apareceu muito bem a apoiar o ataque, o que deu um toque de previsibilidade aos movimentos Lusos.
 
Além disso, ao contrário do que Fernando Santos pediu na conferência de imprensa de antevisão, Portugal abusou dos passes longos e perante essa opção a defesa da Arménia sentiu-se confortável para manter a bola longe da zona de perigo. Cristiano Ronaldo ainda apareceu por várias vezes dentro da área junto de Hélder Postiga (pouco ou nada acrescentou ao ataque), mas isso de nada valeu para ultrapassar a defesa sólida dos Arménios, pois foram poucas as vezes em que a sua baliza foi ameaçada.
 
Diga-se, contudo, que ficou uma grande penalidade por assinalar a favor de Portugal, num lance em que Hélder Postiga foi empurrado pelas costas dentro da área quando tentava chegar à bola.
 
Fernando Santos optou por não fazer nenhuma alteração ao intervalo, mas aguentou apenas 11 minutos na segunda parte sem mexer na equipa, trocando Hélder Postiga por Éder. Em pouco tempo, o avançado do SC Braga, pelo seu porte físico, mostrou que podia dar mais trabalho à defesa da Arménia e assim aconteceu, embora mais no sentido de arrastar os marcadores directos e assistir os companheiros, do que em ganhar espaço para poder rematar à baliza.
 
Portugal mantinha o domínio no jogo, mas continuava com dificuldades para conseguir entrar com perigo na área, até porque Danny e Nani claramente não estavam inspirados. Consequentemente, as oportunidades para marcar continuavam a escassear e isso só se alterou quando o Selecionador Nacionador decidiu voltar a mexer, apostando na entrada de Ricardo Quaresma e na saída de Danny.
 
Na jornada anterior, na Dinamarca, a parceria Quaresma/Ronaldo funcionou na perfeição e tal voltou a acontecer no Algarve, pois o jogador do FC Porto, apenas dois minutos depois de ter entrado, foi fundamental na forma como conseguiu «rasgar» a defesa da Arménia e rematar para defesa de Roman Berezovsky, guarda-redes que não agarrou a bola e permitiu que Cristiano Ronaldo, após toque de Nani, inaugurasse, finalmente e com justiça, o marcador aos 72 minutos.
 
Após o golo, a Selecção das Quinas manteve o domínio no jogo e até podia ter dilatado o marcador por intermédio de Éder por duas ocasiões. Na primeira, o ponta de lança falhou escandalosamente o golo e na segunda possibilidade que teve apenas o ferro impediu que a bola entrasse dentro da baliza de uma Arménia que na etapa complementar poucas vezes mostrou capacidade para incomodar a defesa Lusa.
 
Retirado de zerozero

Melhor em Campo: João Moutinho

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Cismas de Bento resolvem jogo

Portugal é incomparavelmente melhor que esta Dinamarca e Ronaldo mostrou, uma vez mais, que aparece nos grandes momentos. O gelo dos Vikings derreteu com um golo do Melhor Jogador do Mundo, nos descontos. Na estreia de Fernando Santos como Selecionador Luso em jogos oficiais, Ronaldo e companhia conquistaram os três pontos. Portugal já não vencia em Terras Nórdicas desde 1977.
 
O Estádio Parken, em Copenhaga, preencheu-se com muitos adeptos Dinamarqueses que tinham confiança para mais um duelo contra a equipa de Portugal.
 
No primeiro duelo oficial de Fernando Santos como Selecionador Nacional, Pepe e Ricardo Carvalho formaram dupla no eixo defensivo, enquanto que William Carvalho saltou para o meio-campo, ao lado de Moutinho e Tiago.
 
O ritmo não foi intenso nos primeiros minutos mas notou-se sempre um ligeiro ascendente da equipa das Quinas. De resto, só nos últimos 15 minutos do primeiro tempo é que a Dinamarca criou perigo.
 
Portugal, que desde 2000 não falha nenhuma Fase Final de grandes Competições de Selecção, sabia que se jogava uma cartada decisiva na Dinamarca, apesar de não ser um mata-mata.
 
Sempre com Cristiano Ronaldo em plano de evidência, o Capitão Português era, naturalmente, o Homem mais vigiado pelos Dinamarqueses mas era também por ele que Portugal conseguia criar perigo; ora com jogadas por si criadas, ora por conseguir arrastar a marcação de vários adversários e, por consequência, abrir espaço para entradas de Tiago e Moutinho em zona de finalização.
 
Já a Dinamarca, num futebol mais frio, procurava os lances de bola parada para criar perigo junto das redes de Rui Patrício ou com cruzamentos para a cabeça de Bendtner, tudo depois dos 30 minutos, altura em que a equipa da casa começou a subir no terreno de forma mais constante.
 
E a verdade é que a equipa de Morten Olsen fez "tremer" os postes de Rui Patrício, aos 34'. Krohn-Dehli, com um remate em jeito, atirou a bola ao poste esquerdo da baliza Lusa. O guarda-redes Português estava batido e ficaram aí evidentes algumas debilidades do sector defensivo da equipa das Quinas.
 
Se na frente Ronaldo e companhia iam tendo bom entendimento, lá atrás, o despertar dos Nórdicos no último quarto de hora quase dava em golo. Mas ambas as Selecções foram empatadas a zero para os balneários.
 
A abordagem dos Nórdicos no segundo tempo foi a mesma, apesar de uma alteração feita por Morten Olsen (entrada de Bech por troca com Vibe). Do lado Luso, a diferença esteve na forma mais atrevida com que Eliseu que arriscou várias descidas pelo corredor esquerdo.
 
Com Ronaldo, pois claro, a carregar a equipa para a frente, a Selecção Portuguesa podia ter marcado, aos 51 minutos. Danny isolou o Capitão Luso mas CR7 viu o guarda-redes Dinamarquês fazer a "mancha" e negar-lhe o golo.
 
Com o avançar dos minutos, o meio-campo de Portugal começava a mostrar dificuldades em recuperar a bola e Fernando Santos lançou em campo João Mário, retirando Nani.
 
Mas a Selecção Portuguesa não conseguia agarrar o jogo e a Dinamarca ia crescendo. Pior que isso, a equipa das Quinas não tinha bola no meio-campo Nórdico. Nesse sentido, Fernando Santos retirou Danny e colocou em campo Éder para ter um avançado mais fixo na área e tentar explorar uma maior liberdade de Ronaldo.
 
Ainda assim, não havia intensidade no futebol Luso. Mesmo depois da chegada de Ricardo Quaresma (por troca com Tiago) a equipa das Quinas, nos últimos minutos, não teve muita frescura para criar perigo.
 
Mas quem tem Cristiano Ronaldo tem a possibilidade de vencer qualquer jogo. Dito e feito. Aos 90+5', quando já todos faziam contas a um empate... Ronaldo marcou o golo da vitória. Excelente cruzamento de Ricardo Quaresma desde o lado direito e Cristiano Ronaldo, na área, subiu mais alto que o defesa e o guarda-redes e marcou o golo da vitória a Portugal.

Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Ricardo Carvalho

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pensamento da Semana: Uma derrota é sempre uma derrota

Sinceramente quando vejo o estardalhaço (não tem outro nome) pela positiva que a nossa Comunicação Social (CS) faz com uma derrota da Selecção Nacional, rapidamente percebo porquê razão não vamos nunca ganhar seja o que for nas Competições de Selecções.

Quando a nossa equipa perde, seja num jogo treino ou não, tal é sempre motivo de preocupação e de profunda analise e nunca de regozijo e satisfação porque se viram sinais positivos.

Aliás, eu pergunto onde estiveram os sinais positivos neste jogo ante a França onde todos vimos uma defesa Lusa a cometer disparates atrás de disparates. E tanto foi assim que o Seleccionador Nacional Fernando Santos disse que não se podem voltar a cometer erros infantis desta gravidade e índole em alta competição.

Mas estas afirmações de Fernando Santos a nossa CS meteu-as num saco roto e perdeu-as nas suas vastas redacções. E com isto mantemos o mal do costume de embarcarmos todos, mesmo que à força da cegueira selectiva, numa onda positiva que depois de perder a sua força vai fazer a habitual vítima: o Treinador. Fosse Paulo Bento a perder este jogo ante a Selecção Gaulesa e o que não se t6eria dito e escrito nos Jornais, Rádios, Televisões e afins.

Vá, por alguma razão Portugal ostenta orgulhosamente como seu grande símbolo Nacional o Fado. O triste e enfadonho Fado de que não sabermos fazer uma séria autocritica quando perdemos.

Só melhora aquele que aprende com os erros e não aquele que camufla os erros conformem as “ondas” lhe dão ou não jeito. Mas esta parte o Fadinho Lusitano parece não querer entender.

domingo, 12 de outubro de 2014

Ainda não foi desta...

Má estreia de Fernando Santos como Selecionador Nacional, com uma derrota contra a França. Erros defensivos fatais, ainda alguma falta de entrosamento e de conhecimento das ideias do Engenheiro, mas alguns aspectos positivos a reter de uma partida marcada também pela muita cor e alegria Lusitana nas bancadas Francesas.
 
A entrada não poderia ter sido pior. Na primeira investida, o primeiro golo, após excelente trabalho de Griezmann. Da esquerda para a direita, um golo que pareceu fácil, tal a apatia defensiva Nacional.
 
Se ainda se pudesse colocar em causa se aquele teria sido um golo fortuito, os minutos seguintes provaram que não. Aliás, 1x0 ao intervalo verificava-se porque os franceses não tiveram a mesma sabedoria na hora de finalizar. Isto porque os espaços existiam, ou eram criados por falhas individuais que descompensavam a equipa.
 
Se Cédric foi melhorando com o passar do tempo (acusou a pressão no início de jogo), Eliseu foi desastrado no capítulo defensivo durante toda a primeira parte. E nem a atacar se safou. Um chumbo no teste de regresso à Selecção, claramente.
 
Mas não podem ser apenas os laterais os visados pelas falhas do primeiro tempo. O próprio Tiago, regressado após três anos de ausência, foi o espelho de quem demorou a entender como actuar, nomeadamente nas dobras feitas às linhas. Moutinho e André Gomes pouco conseguiam transportar em transições com qualidade e assim se explicava o insucesso Nacional no primeiro tempo.
 
Contudo, nem tudo era mau. Notava-se que nem Ronaldo, nem Nani têm grande entrosamento com este estilo ofensivo, mas foi interessante ver a forma como exploraram os centrais adversários, claramente o sector mais descoordenado e inexperiente. Faltou depois calibrar a finalização: Danny e Nani tiveram boas hipóteses, mas não acertaram na rede.
 
Quando a segunda parte começou, já com uma mudança de peças, Portugal estava bem mais confortável do que uma hora antes, quando o jogo teve início. Ou seja, foi nessa altura que a Selecção Nacional mais mandou no jogo.
 
Com confiança renovada, os laterais passaram a subir com muito mais astúcia pelos flancos, apoiando o ataque e dando mais dinâmica, frente a uma Selecção Gaulesa que revelava mais dificuldades a sair a jogar - muito também porque os Lusos subiram na primeira pressão.
 
Só que, no último reduto, pouco havia a finalizar. Quando tal sucedeu, Mandanda foi enorme a segurar o cabeceamento de Cristiano Ronaldo, nas poucas vezes que o Capitão teve espaço no último terço (prova disso é que, no primeiro tempo, foram muitas as vezes que apareceu em zonas mais recuadas à procura de bola, nada usual).
 
No período em que Fernando Santos mexeu novamente na equipa, duro revés. A França marcou outra vez, na primeira vez em que incomodou Rui Patrício na segunda parte, e novamente pelo flanco esquerdo.
 
Parecia que Portugal desanimava com esse segundo tempo, só que João Mário, no minuto em que entrou, ganhou uma grande penalidade, que Quaresma concretizou. O jogo voltava a ter vivacidade e incerteza, ao mesmo tempo que Pogba, que cometeu o castigo máximo, continuava a 'inventar' no meio-campo, com perdas de bola comprometedoras.
 
Houve esperança, mas o fado foi o mesmo das últimas décadas: a sério ou 'a brincar', Portugal não se dá bem com a França.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Tiago

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

E começa mal!

Terminou com derrota o jogo 100 de Portugal na qualificação para Campeonatos da Europa. A capital é Tirana e foi isso mesmo que a Albânia foi em Aveiro. Matreiros, os Albaneses espreitaram o erro e aproveitaram uma desconcentração da defensiva Lusa para marcarem o golo que lhes deu o triunfo e os primeiros três pontos neste grupo I da qualificação para o Euro 2016.
 
De renovação, só André Gomes. O médio que trocou o Benfica pelo Valencia neste verão foi a novidade no 11 titular de Paulo Bento, que, face às escolhas de que dispunha, não provocou mais surpresas na equipa inicial Lusa.
 
Aliás, em comparação com a última partida de Portugal, triunfo por 2 x 1 sobre o Gana na fase de grupos do Mundial, surgiram apenas quatro alterações entre os titulares: Beto, Miguel Veloso, Bruno Alves e Rúben Amorim foram titulares nesse jogo no Brasil – Veloso na lateral-esquerda face à lesão de Coentrão – ao passo que em Aveiro entraram de início Rui Patrício, Fábio Coentrão, Ricardo Costa e André Gomes. As novidades Tiba, Horta, Vezo e Adrien ficaram no banco de suplentes.
 
Portugal entrou melhor no jogo, dominou toda a primeira parte e fez com que a Albânia praticamente não chegasse à baliza guardada por Rui Patrício. A construção Lusa, com João Moutinho a assumir claramente essa tarefa, surgia sempre bem no primeiro processo e quase sempre bem pelas alas, sobretudo com Nani a chamar para si os holofotes. Pelo meio, contudo, quase não havia construção e as situações reais de finalização eram escassas.
 
Do primeiro tempo ficam na retina apenas três lances: um ressalto, logo aos seis minutos, em Ricardo Costa, após uma saída do guarda-redes Berisha, um cabeceamento de Vieirinha, aos 22´, após um livre de Nani e o último lance do jogo, um cabeceamento de Pepe, para fora, após um primeiro desvio de Ricardo Costa, ao primeiro poste, na sequência de um livre novamente batido por Nani.
 
Falta falar na baliza Portuguesa! Rui Patrício foi um mero espectador dos primeiros 44 minutos de jogo. Só aos 45´ o guarda-redes Luso foi chamado a intervir, após uma boa jogada da Albânia pela direita, conduzida por Odise Roshi.
 
A Albânia apostou na defesa, jogou quase sempre fechadinha e Portugal, com poucas ideias e quase nenhum rasgo em termos de aceleração e finalização, não chegou a desatar o 0 x 0 nos primeiros 45 minutos.
 
Paulo Bento percebeu que teria que apostar na velocidade ante uma Albânia fechada e a jogar para o empate e por isso lançou Ivan Cavaleiro no reatamento, abdicando de Vieirinha.
 
De pouco serviu a mexida do Selecionador Nacional, uma vez que aos sete minutos do segundo tempo os Lusos tiveram que correr atrás do resultado. Após uma falta que não foi sancionada sobre Nani na ala direita, Balaj aproveitou uma soneca da defesa Portuguesa, na sequência de um bom cruzamento da direita, e colocou os Albaneses em vantagem, rematando à meia-volta e de forma indefensável para Patrício. A Albânia, cuja capital é Tirana, estava em vantagem quase sem saber como, tão pouca havia sido a sua produção ofensiva até então.
 
O empate para os Lusos esteve próximo, em cima do minuto 70, com Ricardo Horta, que havia sido lançado em jogo por Paulo Bento após retirar William Carvalho, a acertar no ferro da baliza da Albânia num pontapé de ressaca. Depois Pepe falhou de forma escandalosa, à boca da baliza, atirando por cima.
 
Depois foi Nani, a surgir em zona de finalização vindo de trás e a cabecear ao lado do alvo, após um bom trabalho de Coentrão. Falhou o Capitão das Quinas e facilitou a conclusão a tirar desta partida: falta um ponta-de-lança à turma Lusa. Isso mesmo provou Éder, que tinha essa missão, cabeceando mal e ao lado quando se elevou sozinho, aos 82´, após um canto batido por Nani na direita.
 
Até ao final sucederam-se as bolas bombeadas para a área Albanesa e os sucessivos cortes da defensiva visitante. Tudo sem consequência para a turma de Paulo Bento, que viu lenços brancos nas bancadas no final do jogo.
 
Contas feitas, Portugal perde pela primeira vez na sua história com a Albânia e falha a conquista dos três pontos no primeiro jogo de qualificação para o Europeu, algo que não ocorria desde 1966. Segue-se a Dinamarca, que bateu a Arménia, numa partida marcada para 14 de Outubro.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: João Moutinho

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ver as coisas como elas são

Confesso que não queria tocar neste assunto. Não o queria porque sempre que o tema é Ricardo Quaresma surge logo um conjunto de Virgens Ofendidas que tem como ensinamento que não se pode dizer seja o que for sobre um Jogador que dá “beijinhos” ao emblema do Futebol Clube do Porto. 
Mas não posso ficar indiferente a esta entrevista que o Ciganito deu ao Maisfutebol e à TVI. E isto porque entendo que há que ser sério quando queremos criticar alguém e não apenas “dar pancadaria em mortos” para se ficar bem na fotografia.
 
Obviamente que estou inteiramente de acordo com Ricardo Quaresma quando este afirma que, passo a citar; "não entendo a justificação do selecionador, mas respeito. Acima de tudo, respeito. Acho que criaram esse mito de eu não defender, porque quem viu os jogos do FC Porto, desde janeiro, viu que já sou uma pessoa muito diferente. Já não sou o jogador que era há quatro ou cinco anos. Sou um jogador mais de equipa.
 
Aqui Quaresma tem toda a razão. Para mais é sabido que Paulo Bento é um bronco cismático que não sabe apresentar argumentos decentes que sustentem as suas decisões.
 
Contudo eu se fosse o Seleccionador Nacional também não teria convocado Quaresma para disputar o Mundial.
 
E não o faria nunca por causa do mau feitio do Atleta (na Selecção há gente bem pior que ele tal como o “caceteiro” do João Pereira por exemplo).
 
Simplesmente há que ser justo na avaliação das coisas e ver tudo com olhos de ver.
 
Se fizermos isto rapidamente vamos perceber que Ricardo Quaresma chegou ao Dragão em Janeiro do corrente ano cível, fez jogos fabulosos até meados de Março ao serviço do Clube Azul e Branco e desta altura até ao final do Campeonato simplesmente não jogou absolutamente nada.
 
Ora estar a convocar mais um para depois vir dizer para os Jornais que aos trinta minutos de jogo já estava de rastos tal como fez João Moutinho nem pensar! Mais vale procurar outras alternativas.
 
E quando falo em alternativas falo no verdadeiro sentido do termo e não nos amigos que querem ir “passear” para um Mundial e festejar com as malucas que se penduram nas grades dos centros de treinos.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pensamento da Semana: Isto da borracha

Depois da tremenda derrota ante a Alemanha, talvez por o efeito do choque já ter passado, tem sido recorrente na nossa Comunicação Social a mensagem de que a derrota ante os Germânicos foi resultado da normalidade e que Pepe terá sido o mau da fita devido á sua ridícula expulsão.
 
Ora eu sou da opinião que há que chamar os bois pelos nomes porque os problemas resolvem-se enfrentando-os mesmos e não fazendo de conta que eles não existiram.
 
Ponto 1- Uma derrota é sempre uma derrota e deve ser sempre encarado como algo de negativo. E pior fica o cenário quando se encolhe os ombros e se diz que perder com a Alemanha é normal. 
 
Desculpem lá mas não é nada normal perder um jogo por quatro boas a zero seja com quem for. A coisa não ficaria pior nem melhor se do outro lado tivesse estado a Selecção das Honduras. Portugal não jogou nada no sue jogo de estreia no Mundial e há que retirar muitas ilações deste facto e não tentar normalizar o que por si nunca será normal.
 
Ponto 2 – Pepe teve uma atitude estúpida. Não há adjectivos para descrever quão mal o defesa esteve pois fez-se expulsar de uma forma no mínimo estúpida. Mas não foi o único e principal responsável pela copiosa derrota ante a Selecção do País da Sra. Merkel.
 
Paulo Bento demorou muito tempo a reagir á expulsão do Jogador e não cabe na cabeça de ninguém fazer de Raul Meireles o central só porque estávamos perto do intervalo do jogo. O Seleccionador não cumpriu com a sua obrigação neste caso e em muitos outros que foram acontecendo ao longo da partida.
 
Pepe esteve mal, muito mal, assim como toda equipa Lusa, mas o Guardião Rui Patrício foi sem sombra de dúvida o pior deles todos. O Guarda-redes não conseguiu fazer uma única defesa durante os 90 e poucos minutos e ainda teve tempo de fazer uma assistência para o golo Alemão. Assistência esta, que por pura sorte, não foi aproveitada por Khedira.. 
 
O “Goleiro” do Sporting CP mostrou que não tem qualidade para defender a baliza da equipa de Todos Nós e tal facto deve ser analisado, debatido e devidamente dissecado na Comunicação Social e não fazer de conta que nada se passou.
 
Pelo bem da nossa Selecção já chega de proteccionismo e de “Clubite Aguda” na gora de dar acara nas televisões e de pegar na Caneta. Façam o favor de colocar a borracha de lado e façam o vosso trabalho, pois só assim poderemos ver Portugal a enfrentar o que falta do Mundial com confiança e serenidade.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Uma festa Portuguesa com certeza

No derradeiro teste antes da partida para o Brasil, Portugal venceu, goleou e convenceu. Ronaldo mostrou que está apto para a prova, e mesmo sem conseguir marcar ajudou a equipa a realizar uma boa exibição. Hugo Almeida bisou, Coentrão e Vieirinha também fizeram o gosto ao pé, pelo meio Keogh apontou um auto-golo. Atenção voltada para a Alemanha já na próxima segunda-feira.
 
A grande novidade do onze Nacional foi o regresso de Cristiano Ronaldo após a ausência nas duas primeiras partidas de preparação. Depois de uma longa semana onde a lesão do nosso Capitão foi tema constante de especulação com todos os cenários a serem equacionados, eis que Paulo Bento decide por um ponto final na questão e testar a forma física do Melhor do Mundo em competição.
 
A baliza das Quinas voltou a ser defendida por Rui Patrício, o provável titular durante a prova. Surpresa na escolha de Paulo Bento para a lateral direita com a inclusão de Ruben Amorim. Na lateral oposta, Coentrão ocupou o seu habitual posto, enquanto o centro da defesa foi ocupado por Luís Neto e Ricardo Costa. O meio campo ficou entregue a William Carvalho, Moutinho e Raúl Meireles. No ataque, além do já referido Ronaldo, Varela tentava do lado direito servir o "ponta-de-lança" Hugo Almeida.
 
O jogo não podia ter começado melhor para a Selecção Nacional, depois de Ronaldo tentar um remate de longe ainda no 1º minuto, eis que o golo surge no 2º! Rúben Amorim trabalha bem na saída do seu meio campo, abre para Varela, que sem oposição centra para a área, onde Hugo Almeida aparece mal marcado pelo seu opositor e completamente à vontade para abrir o activo num golpe de cabeça de cima para baixo. Fácil de mais!
 
Os minutos seguintes foram de domínio absoluto de Portugal, com 3 grandes ocasiões para dilatar a vantagem. Primeiro foi Ronaldo a ensaiar mais um remate e na recarga, Varela assiste Meireles para uma defesa espectacular do guardião Irlandês! Na sequência do canto, batido por Moutinho, Hugo Almeida quase bisa ao desviar ao primeiro poste um pouco por cima da barra. Finalmente, foi de novo Ronaldo a conquistar uma falta e a bater o livre directo ao poste esquerdo da baliza de Forde. O golo estava eminente e chegou ao minuto 20, desta vez pelo lado esquerdo, com Coentrão e Ronaldo a combinarem com nota artística, e o lateral a centrar para o desvio infeliz de Keogh para a sua própria baliza.
 
O domínio do jogo continuou totalmente do lado Luso. Destaque para um meio-campo que controlou totalmente as operações e onde William Carvalho já parece totalmente entrosado com toda a equipa. O terceiro golo surgiu de novo do lado direito, Varela centra para o segundo poste onde Ronaldo sobe mais alto e cabeceia com força, Forde defende para a frente e Hugo Almeida aproveita para bisar no encontro. 45 Minutos de grande qualidade por parte de Portugal que mostrou que está com grandes níveis de concentração e com grande qualidade na troca de bola.
 
Portugal regressou das cabines com o mesmo onze e cedo viu a Irlanda reduzir a desvantagem. Um livre em posição frontal foi marcado de forma rápida para o lado direito onde McClean recebeu totalmente solto, tirou um adversário da frente e bateu Rui Patrício com um remate rasteiro.
 
A Irlanda conseguiu equilibrar as operações, mas sem incomodar novamente a baliza de Rui Patrício. Paulo Bento fez 5 alterações, retirando do encontro Hugo Almeida, Ronaldo, Meireles, Neto e Varela e colocando em campo Postiga, Nani, André Almeida, Pepe e Vieirinha.
 
Aos 77 minutos, Moutinho lança longo para a corrida de Nani na esquerda, o domínio do extremo é de grande qualidade assim como o centro milimétrico para a entrada de Vieirinha que cabeceia primeiro para a defesa de Forde, mas consegue na recarga fazer o seu 1º golo com a camisola das Quinas!
 
A "mão cheia" chegou aos 83 minutos, novamente Nani a receber um passe longo no lado esquerdo, a dominar a bola e a esperar pela desmarcação de Coentrão. O lateral desviou a bola do guardião Irlandês com o pé direito e festejou o seu 4º golo pela Selecção.
 
Nani ainda apontou um golo de calcanhar a culminar um grande lance de toda a equipa, mas o extremo estava ligeiramente adiantado e a equipa de arbitragem anulou bem o lance.
 
Boa exibição de Portugal que aproveitou o jogo para moralizar a equipa e partir para o Brasil com a bagagem cheia.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Silvestre Varela

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Metam-lhe o turbo já!

Juan iturbe chegou ao Reino do Dragão rotulado de “novo Messi”. Logo na altura tal distinção me despertou uma tremenda desconfiança porque por norma este tipo de “colagens” a grandes Jogadores Mundiais costuma dar quase sempre asneira.

Mas claro está que dei ao jovem Argentino o benefício da dúvida que costumo dar a todos os que chegam ao Futebol Clube do Porto pela primeira vez. Para mais eu tinha seguido a sua prestação no Mundial Sub. 20 via TV e até que tinha gostado do que vi apesar de ter ficado com a clara ideia de que as jogadas de Iturbe se resumiam sempre ao mesmo, ou seja, este colocava-se numa das faixas, recebia a bola, fazia uma diagonal e desferia sempre um forte pontapé em direcção à baliza. 
Pensei eu que o Jogador acabaria por melhorar este seu cliché do “encosta/diagonal/chuta”. Só que o tempo mostrou que eu estava engando porque iturbe nunca quis apreender fosse o que fosse com Vítor Pereira e restantes companheiros de Plantel. Nem o Capitão Lucho González conseguiu chamar Iturbe à razão. 
 
A partir daí o Jogador começou a barafustar que queria jogar com regularidade. Perante este cenário, e para não perturbar o restante plantel, o Futebol Clube do Porto resolve emprestar o “novo Messi” ao River Plate, clube recém-promovido à Divisão principal Argentina depois de uma Temporada terrível que culminou com a descida dos “Milionários”. Na sua Terra Natal Iturbe foi jogando com regularidade, fez alguns golos bonitos mas quanto a títulos conquistados zero. Mesmo jogando Iturbe acabou por ser esquecido pelo Seleccionador Argentino dos Sub. 21.
 
Entretanto a época do Clube Azul e Branco terminou com mais uma conquista de um Campeonato Nacional. Vítor Pereira foi-se embora e tanto James como Moutinho seguiram o exemplo do Treinador. O Plantel Portista está de novo em construção e como é natural a questão do “novo Messi” volta a colocar-se em cima da mesa. E é nesta altura que ouço algo que poderá ter colocado Iturbe de fora dos planos dos Dragões de uma vez por todas.
Diz o seu Empresário que Iturbe quer regressar a Portugal mas este terá obrigatoriamente de ser titular. Este aproveita o momento e afirma a plenos pulmões que o Juan Iturbe é uma aposta pessoal do Presidente Pinto da Costa, deixando assim um sério recado a Paulo Fonseca que recentemente aceitou treinar o FC Porto. Erro crasso do Empresário de Iturbe pois no Dragão este tipo de intimidações não funcionam e muito menos tem resultados positivos quando estamos a falar de um fulano que apenas consegue "dar uns toques bonitos” no Campeonato Argentino.
 
Por tudo isto espero que os Dirigentes e Treinador Portista metam o turbo no Iturbe e o despacham por empréstimo para o River Plate. Ainda está para vir o dia em que o Futebol Clube do Porto funcione à base dos “discos pedidos”… Walter que o diga!