sábado, 13 de junho de 2015

Futebol Clube do Porto 2014/15 (V)

Para finalizar o já longo capítulo Plantel do Futebol Clube do Porto 2014/15 deixei para último a questão do Jogador à Porto.
 
Trata-se, sem sombra de dúvida de um ponto deveras delicado se tivermos em linha de conta que escasseia cada vez mais o “Jogador da casa” porque hoje em dia o Futebol está cada vez mais exigente, daí que seja cada vez mais uma necessidade apostar-se em Jogadores já formados e de qualidade que façam com que o Clube vença pois só vencendo os cofres se enchem.
Esta Política não é de agora. Já vêm de há uns bons anos para cá e quem duvida daquilo que aqui disse que perca um pouco do seu tempo indo ao Campo da Constituição para reparar nas imagens dos “padrinhos” do Dragon Force. Cada vez são mais os Jogadores estrangeiros a “dar a cara” pelo projecto de formação dos Dragões, assim como são cada vez mais os estrangeiros nos escalões de formação do Clube Portista.
 
Ora não será disparate algum que eu aqui diga que é algo de complicado fazer com que a Mística do Futebol Clube do Porto seja sentida da mesma maneira que João Pinto, Frasco, Sousa, Fernando Gomes, Vítor Baía, André, Jaime Magalhães, Fernando Couto, Jorge Costa, Paulinho Santos e outros tantos notáveis da História Portista sentiram enquanto envergaram a Camisola Azul e Branca.
 
É neste contexto de evidente quebra da Mística que encontramos o Futebol Clube do Porto 2014/15. Para mais SAD e Treinador Azul e Branco resolveram apostar numa equipa com duas linhas onde o rendimento se mantivesse sempre em níveis elevados, tendo para isto contado com os serviços de 22 Jogadores estrangeiros. Destes 22 apenas 8 já estavam na equipa antes da Temporada 2014/15 e eram conhecedores da realidade Porto.
Agora Manuel Serrão, e outros como ele, que me façam o favor de explicar como é que se podia exigir a este Futebol Clube do Porto versão 2014/15 que fosse uma equipa com Jogadores à Porto? 
 
Para mais 11 dos Jogadores que compunham o plantel Portista 2014/15 actuaram pela primeira vez no Campeonato Português e não tinham a mais pequena noção de como tudo funciona cá pelo nosso pequeno burgo…
 
Se juntarmos a isto o facto de Julen Lopetegui ter demorado também ele demasiado tempo a perceber a complexidade do nosso futebol, pergunto mais uma vez: Podíamos nós Adeptos exigir a esta equipa que jogasse à Porto e sentisse a camisola como o João Pinto? A meu ver não!

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