sexta-feira, 12 de junho de 2015

Futebol Clube do Porto 2014/15 (IV)

Continuando a minha análise ao Futebol Clube do Porto da temporada passada falta-me debruçar sobre mais dois aspectos relativamente ao Plantel. Resta-me falar aqui da Baliza e do “Jogador à Porto” (ou equipa que perceba o significado do “Somos Porto”). Comecemos pela Baliza.
Ora, sobre a Baliza dos Dragões já aqui tinha dito que os Azuis e Brancos não tiveram muita sorte com os seus reforços para este sector do campo, e tal facto reduziu o lote de opções de Julen Lopetegui a duas: Fabiano e Hélton. E foi mesmo esta a ordem com que o Futebol Clube do Porto apresentou o seu Guardião durante a época passada, facto pelo qual posso aqui afirmar que foi muito por aí que o Clube acabou a Temporada da maneira que todos sabemos.
 
E digo tal coisa porque no futebol, tal como na construção de uma casa, tudo se constrói da base para cima e não ao contrário, e quando a base não está segura é natural que, mais cedo ou mais tarde, tudo o resto acabe por ruir.
 
O Futebol Clube do Porto arrancou a época 2014/15 com uma ideia muito clara sobre a sua baliza: renovação. Hélton já tinha os seus 36 anos de idade e Fabiano parecia ser o mais que lógico sucessor do grande Capitão. Para mais na pré temporada foi notícia algum mal-estar da parte de Hélton. Ou seja, tudo parecia indicar que estava na hora certa de se levar a natural sucessão dado que a idade é uma Ditadora que não perdoa nada nem ninguém.
Contudo já diz o Povo que não há bela sem senão e assim foi. Fabiano é um Guarda-redes de qualidade mas tem dois problemas que não melhoraram apesar da aposta contínua do seu treinador nos seus serviços. O Brasileiro não conseguiu adaptar-se ao sistema de jogo que Julen Lopetegui implantou no Futebol Clube do Porto. Este mesmo sistema exige que na baliza esteja um “Guardão Líbero”; ou seja, exige um Guarda-redes que saiba jogar bem com a bola nos pés que ajude a equipa no seu processo de transição defesa-ataque. Opara além disto ao Guarda-redes do FC Porto de Julen é exigido que este saiba qual o timing certo de saída/recuo da sua baliza.
 
Fabiano, ao contrário do que eu e Julen esperávamos, falhou nestes dois aspectos cruciais (Danilo e Marcano que o digam) e este até que foi dando sinais das suas debilidades, mas foi preciso ter acontecido a humilhação de Munique para que o Dragão “resgatasse” de vez o seu “velho” Capitão, só que já era tarde demais pois o mal estava feito, a moral da equipa algo abalada e o tempo (tão ditatorial como a Idade) já não dava espaço a que grandes melhorias pudessem ser feitas para que, pelo menos, o FC Porto conquistasse o Campeonato…

3 comentários:

JOSE LIMA disse...

Pedro
Guarda-redes para a equipa principal e equipa “B” neste momento temos 8: Helton, Fabiano, Ricardo Nunes, Andrés Fernandez, Raúl Gudiño, Caio, Kadú e Bolat. É muita coisa. Abraço

Filipe Machado disse...

Fala-se que o Gudino será o sucessor de Helton, mas não me parece que esteja preparado daqui a 2 anos... Todos os outros nomes apontados, apesar de serem muitos, não são viáveis... Ou contrata-se outro guarda-redes ou o Helton terá de render até depois dos 40 anos :)

Carrela disse...

Partilho da mesma opinião.

Esperava bem mais de Fabiano, que continuo a achar que tem muita qualidade, mas falta-lhe o melhor, a capacidade para transmitir calma/segurança/serenidade!
Vai chegar lá? Tenho dúvidas...

Qd Fabiano foi expulso em Arouca, para mim, tinha sido a última gota de água... Mas compreendi Julen, não concordando aceitei, porque se o fizesse seria perder o jogador...
Infelizmente, uma atitude certa nem sempre resulta numa decisão certa...
Fabiano não retribuiu a mão de Julen... e ficamos a pensar o que teria sido a época se tem mudado ai...

Fabiano fica como 2º GR? Quais os efeitos psicológicos num já frágil Fabiano? Será o tempo positivo? Mais uma vez tenho dúvidas...
O ideal era que Fabiano tivesse mercado, para que fosse possível uma saída que agradasse às partes!
E repito que tenho pena, pois vejo/via em Fabiano um grande GR...